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matheus vidal
Com a cabeça mais perto das nuvens, Matheus Vidal se sagrou campeão mundial de Slackline na Copa Mundial da modalidade, realizada na Bélgica, ainda em abril. Além do primeiro lugar, o “Mago do Equilíbrio”, como é conhecido o atleta de 30 anos, quebrou o recorde mundial da prova, quando conseguiu completá-la em 46 segundos e 76 milésimos.
Oriundo de Itamaraju, Matheus pratica a modalidade Highline do esporte que começou a praticar a 8 anos atrás, quando tinha apenas 22 anos. Em conversa com o Bahia Notícias, o “slackliner” relatou como foi sua preparação para chegar à competição mundial.
"Já conhecia a maioria dos meus adversários. Já sabia com quem eu ia correr. Para o meu corpo e minha mente ficarem boas para uma competição como essa é necessário treinar bastante. Nos últimos meses, antes de ir para a Bélgica eu treinei muito, sabia que estava preparado. Sabia que iria usar aquela competição de palco para mostrar o quanto que a gente pode correr em cima de um slackline. Encontrei alguns desafios como o frio. Nós que somos baianos estamos acostumados com muito calor. Na final enfrentei o meu principal adversário, que é o Sascha Grill, da Alemanha. Nesse momento, pensei que já tinha conquistado o segundo lugar. Se eu não quisesse correr, já tinha uma conquista, já era um vitorioso. Então pensei que ia correr o máximo que eu podia, igual fiz nos treinos. Se ele fosse mais rápido, ele seria merecedor do título de campeão mundial. Usei essa tática. Não tinha que me preocupar com ele, tinha que me preocupar comigo", completou o baiano.
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal
Ainda durante a entrevista, o atleta contou que teve seu primeiro contato com atletas do Slackline quando saiu da sua cidade natal e foi para Uberlândia, em Minas Gerais. Na cidade, garantiu seus equipamentos para começar a praticar profissionalmente o esporte, e começou a carreira como atleta.
“A minha família é humilde na Bahia. Lá em Itamaraju, meus pais são pescadores, então eu tinha que trabalhar. Sempre tive que trabalhar para poder sobreviver. Então demorei dois anos para poder falar que queria ser de fato profissional. Então só em 2018 que eu pedi demissão da empresa que eu trabalhava. Fui atrás na escola de circo, e coloquei na cabeça que iria virar um atleta profissional de Highline”, explicou.
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal
O ESPORTE
Apesar de ter sido criado por escaladores norte-americanos que buscavam novas vias de escalada na década de 80, o Slackline se popularizou primeiramente no Rio de Janeiro, ao chegar no Brasil.
Com uma fita de nylon de 50mm, flexível, suspensa a cerca de 30 metros do 30cm do chão, o esporte é feito a partir do equilíbrio do corpo do atleta. Assim como o skate e o surf, o esporte contém diversas modalidades como: Longline, que consiste em aumentar a distância do percurso, Yogaline que os atletas praticam movimentos de yoga na fita e Highline, categoria praticada por Matheus.
"O slackline é uma fita, geralmente de 5 centímetros, que montamos de um ponto a outro para tentar se equilibrar em cima. Existem várias vertentes do esporte, assim como o skate. Tem uma modalidade que é feita para acrobacias, e o Highline, que é montado entre prédios, montanhas, cachoeiras, é um esporte nas alturas.", explicou Vidal.
A próxima competição disputada pelo “slackliner” será também a Copa Mundial da modalidade, em Paris, na França. O torneio está marcado para acontecer entre os dias 13 a 15 de junho, e o representante da Bahia estará presente com o apoio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia.
O baiano Matheus Vidal alcançou o topo do ranking mundial de slackline após vencer a etapa da Copa do Mundo realizada na Bélgica, no fim de abril. Único latino-americano na competição, o atleta natural de Itamaraju superou o alemão Sascha Grill em uma disputa acirrada e concluiu a prova em 46s76, estabelecendo um novo recorde mundial.
“Estou muito feliz com o resultado. É sempre uma honra muito grande representar o Brasil e a Bahia em competições internacionais. Volto para casa com a certeza que dei o meu melhor”, celebrou Vidal.
Foto: Jonas Konijnenberg/Divulgação
O retorno antecipado, segundo o atleta, é fundamental para a preparação rumo ao segundo mundial da temporada, que será disputado entre 13 e 15 de junho, em Paris. A Sudesb também garantiu as passagens para a viagem à França.
“Se permanecesse na Bélgica até a prova de Paris, teria que trabalhar para me manter, sem tempo suficiente para treinar. O retorno ao Brasil foi essencial para manter o foco total no desempenho”, explicou.
Conhecido como “Mago do Equilíbrio”, Matheus começou no slackline aos 22 anos, após assistir a um vídeo recomendado por seu antigo chefe enquanto instalava antenas digitais em Itamaraju. Desde então, tornou-se referência no esporte e acumula títulos. Em 2022, quebrou o recorde de maior highline urbano das Américas, ao atravessar 510 metros de fita a 68 metros de altura, de olhos vendados, em São Paulo — superando a marca anterior de 333 metros.
Apesar do destaque internacional, o slackline ainda é pouco difundido no Brasil. “Temos cerca de 800 praticantes de highline no país, sendo apenas quatro da Bahia. Estou invicto desde 2017 e tenho mais títulos que qualquer outro brasileiro”, afirmou o atleta, que sonha em voltar para sua cidade natal e criar projetos sociais voltados ao esporte.
“Quero voltar para Itamaraju e ensinar slackline e highline para as crianças e jovens. Não tive acesso a esporte e arte quando era pequeno, mas quero transformar vidas na minha terra”, concluiu.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.