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laissa rocha
Pelo menos dez pessoas foram alvo de tentativas de estelionato em diferentes cidades baianas entre fevereiro e abril deste ano, em um golpe que vem sendo aplicado por indivíduos que se fazem passar por integrantes da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA).
Os casos, registrados em Salvador, Valença, Campo Formoso, Ilhéus e Itabuna, seguem um padrão semelhante, segundo a Defensoria em alerta: os criminosos contatam as vítimas pelo WhatsApp, afirmam que há valores a serem recebidos judicialmente e, em seguida, solicitam dados bancários e pagamentos antecipados para a suposta liberação do dinheiro.
O caso mais recente ocorreu na última semana em Salvador, onde um homem se apresentou como defensor público, citou o número de um processo real e informou à vítima que ela havia ganhado uma ação judicial. "Juiz decretou causa ganha", disse o golpista, segundo relatos. Em seguida, orientou a vítima a instalar um aplicativo bancário para "finalizar os procedimentos" e cobrou uma taxa de R$ 998, alegando que o valor alto da causa exigia o pagamento. Por fim, solicitou fotos do cartão de crédito, frente e verso.
Laíssa Rocha, coordenadora Executiva da DPE/BA de Salvador, reforça que todos os serviços prestados pela instituição são gratuitos e que a Defensoria nunca solicita pagamentos ou dados bancários.
"A instituição existe para garantir assistência jurídica integral e gratuita a quem precisa. Se alguém pedir qualquer valor, é golpe", afirma. Ela explica que os criminosos podem ter obtido informações de processos públicos disponíveis no sistema do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), já que nem todos tramitam em segredo de justiça. Com esses dados em mãos, os golpistas dão credibilidade às mensagens fraudulentas.
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Foto: Divulgação / DPE-BA
Uma usuária da Defensoria em Itabuna contou que quase caiu no golpe porque os criminosos usavam a logomarca oficial da instituição no perfil do aplicativo de mensagens WhatsApp e mencionavam detalhes de seu processo. "Disseram que eu tinha R$ 2 mil a receber, mas precisava enviar R$ 1,3 mil antes para 'testar os dados'. Só percebi a fraude quando o banco bloqueou a transferência", relatou.
A Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) já foi acionada para investigar os casos. Enquanto isso, a Defensoria reforça: "Se pedirem dinheiro, não somos nós", afirmou a DPE-BA.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).