Artigos
Mercado de cotas náuticas e a democratização do acesso à Baía de Todos-os-Santos
Multimídia
André Fraga destaca importância da COP30 e explica papel do Brasil no debate climático global
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
gramado sintetico
Os clubes da Série A que adotam gramados sintéticos divulgaram, na manhã desta quinta-feira (11), uma nota oficial conjunta em resposta às declarações do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. O dirigente havia criticado o uso do piso artificial, tema que voltou ao centro das discussões após o clube carioca formalizar uma proposta de padronização dos gramados do futebol brasileiro junto à CBF.
A manifestação foi publicada por Atlético-MG, Palmeiras, Chapecoense e Athletico-PR em suas redes sociais. O Botafogo, que também assinou o documento, ainda não havia reproduzido o texto até o momento da divulgação.
Na nota, os clubes que utilizam o recurso defenderam o modelo adotado em seus estádios, afirmando que a discussão sobre qualidade dos campos precisa considerar a ausência de padronização nacional. O grupo também declarou que não há comprovação científica que associe gramados sintéticos modernos ao aumento de lesões entre jogadores. As equipes reforçaram que a tecnologia segue normas internacionais e que deve ser analisada dentro de um contexto técnico mais amplo.
A reação ocorreu dois dias depois de o Flamengo encaminhar à CBF o “Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro”, documento que propõe parâmetros para elevar o padrão dos campos no país. Entre os pontos apresentados, está a recomendação pelo fim dos gramados sintéticos na elite do futebol nacional. A discussão acontece em um momento de expansão do uso do piso artificial na Série A: com os acessos de Athletico-PR e Chapecoense, 30% dos clubes passarão a mandar seus jogos em superfície sintética em 2026 — incluindo ainda Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG.
A nota conclui ressaltando que o debate sobre qualidade dos gramados é considerado necessário pelos clubes signatários, mas que, segundo eles, deve ser baseado em critérios técnicos.
Leia a nota completa abaixo na íntegra:
"Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.
Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.
Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.
É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.
O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto.
Athletico Paranaense - Atlético - Botafogo - Chapecoense - Palmeiras"
O Flamengo encaminhou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um documento com sugestões para a criação do "Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro". A proposta, divulgada pelo clube no último domingo (8), busca estabelecer parâmetros mínimos para os campos utilizados nas competições nacionais.
Segundo o comunicado rubro-negro, o objetivo é elevar o padrão dos gramados, reduzir riscos de lesões e aproximar o futebol brasileiro das principais ligas internacionais. O Flamengo argumenta que atletas de alto nível, brasileiros e estrangeiros, podem demonstrar insatisfação com algumas condições atuais e podem, no futuro, evitar atuar no país.
Entre os principais argumentos, a proposta sugere:
- Substituição gradual dos gramados sintéticos da Série A até o fim de 2027 e da Série B até 2028;
- Definição de requisitos mínimos de qualidade, como altura e densidade da grama, tipo de preenchimento, coloração e camada de amortecimento;
- Padronização dos campos, seguindo estudos que apontam impacto das superfícies na saúde dos jogadores.
O presidente do clube, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, falou a respeito do tema durante o evento que elencou os melhores do Brasileirão 2025, promovido pela CBF. De acordo com ele, estádios brasileiros comportarem gramados sintéticos ou ruins é 'uma vergonha'.
"Nós temos feito uma campanha importante contra o gramado de plástico. Ano que vem serão 18 estádios e seis de plástico. Não tem nenhum desses na Europa e não tem nenhum desses na América do Sul. Do meu ponto de vista é uma vergonha que a gente aceite isso no Brasil. Nós vamos trabalhar abertamente contra isso. Não só pela padronização dos gramados, mas pelo campo que a gente jogue. Campo de plástico não! Essa é a posição do Flamengo, já tenho dito e a gente repete. Quem pensa em ganhar dinheiro fazendo show devia mudar de negócio: sai do futebol e vai viver de show business, não tem problema. Mas achar que o futebol precisa de um campo de plástico porque pra fazer show... definitivamente a gente não concorda com isso", disparou Bap.
?? “Nossa campanha é contra o gramado de plástico. É uma vergonha que a gente aceite isso no Brasil.”
— Planeta do Futebol ???? (@futebol_info) December 9, 2025
“Quem quer dinheiro com shows, troca de negócio. Sai do futebol e vai viver de Show Business.”
????? Bap, presidente do Flamengo.
???? @trivela | @guicalvano https://t.co/dmq39DofxZ
O envio do documento faz parte da consulta aberta pela CBF para atualização do Regulamento Geral de Competições (RGC) e do Regulamento Específico (REC) do Brasileirão 2026. O clube informou que agora aguarda a formalização do grupo de trabalho responsável por aprofundar a discussão antes do início da próxima temporada.
Atualmente, cinco clubes da Série A utilizam gramado sintético: Atlético-MG (Arena MRV), Athletico-PR (Ligga Arena), Botafogo (Nilton Santos), Chapecoense (Arena Condá) e Palmeiras (Allianz Parque).
Clique neste link e confira o ofício completo, proposto pelo Flamengo.
Um grupo de jogadores do futebol brasileiro iniciou um movimento contra a utilização de gramados sintéticos nos estádios do país. Atletas como Neymar, Thiago Silva, Gerson, Dudu, Philippe Coutinho, Lucas Moura e Gabigol divulgaram, na manhã desta terça-feira (18), uma nota oficial nas redes sociais pedindo a padronização de campos com gramado natural de qualidade.
"Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam", informa um trecho do comunicado.
Atualmente, apenas dois clubes da Série A utilizam gramado sintético: Palmeiras e Botafogo, os últimos campeões do Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG também está em processo de instalação do piso artificial, enquanto o Athletico-PR, tradicional adepto desse tipo de gramado, jogará a Série B em 2025 após ter sido rebaixado em 2024. Veja a publicação abaixo:
NOTA OFICIAL DOS JOGADORES
"Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.
Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.
FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!"
A prefeitura de Salvador entregou neste sábado (25) dois campos requalificados nas comunidades do Bairro da Paz e São Marcos. Os equipamentos estão localizados na Rua da Jamaica, no Bairro da Paz, e na comunidade Klesus Rocha, em São Marcos.
Nos locais foram realizadas obras de infraestrutura, reforma da arquibancada, troca da rede de cobertura, placas de amortecedores e traves, entre outros serviços.
O primeiro a ser entregue foi o campo do Bairro da Paz. “Iniciamos esse processo de implantação de grama sintética nos campos municipais. Esse trabalho que a gente faz é por toda a cidade, em especial nos bairros mais distantes e pobres, onde as pessoas não têm condições de pagar para alugar um campo sintético para jogar”, afirmou o prefeito Bruno Reis (União).

Bruno destacou que o esporte é uma ferramenta de inclusão social. “Antes, as crianças jogavam aqui num campo de barro, a bola caía na avenida Paralela e elas corriam risco de acidentes. Hoje, ocorreu essa verdadeira transformação. O esporte é uma ferramenta de inclusão social. E um dos exemplos de como a prefeitura pode ajudar no enfrentamento à violência é esse, a construção de um equipamento como esse”, salientou.
Até o momento foram entregues 27 campos com grama sintética na capital baiana, e outros 62 equipamentos esportivos estão com obras em andamento. Atualmente, Salvador tem 756 campos e quadras cadastrados. Destes, 549 foram construídos e reformados pela administração municipal.
“Por isso, a prática do esporte, associada ao lazer, é uma ferramenta essencial para proporcionar oportunidades de fortalecimento da autoestima e na formação de indivíduos mais conscientes”, frisou o secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), Júnior Magalhães.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).