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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

g20

Com posse de Trump, Lula se torna o presidente mais velho do G20
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Com a posse de Donald Trump como presidente dos EUA, o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tornou-se o líder mais velho do G20, aos 79 anos. Até então, o ex-presidente estadunidense Joe Biden era o chefe de estado mais longevo do grupo econômico, com 82 anos.

 

Por outro lado, o líder mais jovem do grupo é Mohammad bin Salman, príncipe da Arábia Saudita e governador de fato do país, que tem 39 anos de idade. Ele comanda o país desde 2015, quando tinha somente 29 anos de idade, após o seu tio, o rei Abdullah, falecer.

 

Compõem o quadro dos cinco líderes mais velhos do G20, ao lado de Lula, Donald Trump (EUA), com 78 anos, Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia há 11 anos, com 74, Prabowo Subianto, presidente da Indonésia desde 2024, com 73 e Vladimir Putin, presidente da Rússia há 25 anos, com 72.

 

Por outro lado, os mais jovens são, além de bin Salman, Emmanuel Macron, presidente da França desde 2017, com 46 anos, Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália desde 2022, com 48, Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá há 9 anos, com 52 e Javier Milei, presidente da Argentina desde 2023, com 54.

 

PREOCUPAÇÕES COM A IDADE DE LULA NO GOVERNO

Segundo fontes, no governo há comparações entre Lula e o ex-presidente Joe Biden. Especula-se que, mesmo que siga vivo e lúcido, o presidente não dispute a reeleição para evitar desgastes a sua imagem e saúde, parecidos com os que sofreu o norte-americano, que teve a sua capacidade questionada na corrida.

 

Lula é também o político mais velho a chegar à presidência do Brasil, quando assumiu aos 78 anos e 2 meses, em 2023, mas só se tornou o presidente mais velho no cargo em fevereiro de 2024, ultrapassando Michel Temer (MDB), que governou até os 78 anos e 3 meses.

 

PRESIDENTES MAIS LONGEVOS

Após a morte de Jimmy Carter em 29 de dezembro de 2024, aos 100 anos, Joe Biden se tornou o ex-presidente vivo mais velho dos EUA, com 82 anos. Após ele seguem, todos com 78 anos, mas com diferença de três meses, Donald Trump, George W. Bush e Bill Clinton.

 

Apenas 9 dos 44 ex-presidentes norte-americanos viveram mais tempo que Joe Biden. No Brasil, apenas 9 dos 37 ex-presidentes brasileiros viveram mais tempo que Lula. O ex-presidente mais longevo do Brasil foi Venceslau Brás, que governou o país entre 1914 e 1918, e faleceu apenas em 1966, aos 98 anos.

 

Lula é o quarto ex-presidente vivo mais velho, atrás de José Sarney (MDB), com 94 anos, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com 93 e Michel Temer (MDB), com 84. Outros três ex-presidentes estão vivos: Dilma Rousseff (PT), com 77 anos, Fernando Collor (PRD), com 75 e Jair Bolsonaro (PL), com 69.

PIB registra crescimento de 0,9% no terceiro trimestre e fica entre 3 maiores do G20
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A economia brasileira cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao segundo trimestre, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3).

 

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro se iguala ao da China no mesmo período e, entre os países do G20, grupo com as maiores economias do mundo, fica atrás apenas da Indonésia e do México, com crescimentos de 1,5% e 1,1% respectivamente.

 

O período analisado abarca os meses de julho, agosto e setembro deste ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a economia brasileira registrou um crescimento de 4,0%.

 

Os setores que mais contribuíram para o crescimento do trimestre foram os de serviço e de indústria, com altas de 0,9% e 0,6%. Ao mesmo tempo, o setor agropecuário apresentou um recuo de 0,9%.

 

Números do IBGE mostram atlas em outras áreas, como os setores de Informação e Comunicação (2,1%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e atividades imobiliárias (1,0%).

 

No setor de indústria, o IBGE destacou o crescimento de 1,3% nas indústrias de transformação, ao passo que outras áreas tiveram quedas consideráveis: Construção (1,7%), eletricidade e gás, água, esgotos, atividades de gestão de resíduos (1,4%).

 

Em comparação ao ano passado, houve uma queda de 3,5% na agropecuária, enquanto nas áreas de indústria e de serviços houve crescimentos de 3,5% e 3,8%, respectivamente.

 

Os resultados estão dentro ou ligeiramente acima do que era projetado por economistas e instituições de pesquisa. No entanto, há uma preocupação com o aumento de preços no país, já que, nos últimos 12 meses, a inflação atingiu o patamar de 4,77% puxada pelo aumento nos alimentos e de tarifas de energia elétrica.

TCU vai investigar gastos com o "Janjapalooza" e deputados do PL querem restituição caso haja ilegalidade
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Após receber representações protocoladas por dois deputados federais, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu nesta segunda-feira (18) dois processos para investigar o financiamento do festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. O evento musical, realizado no Rio de Janeiro, e que aconteceu de formna simultânea à Cúpula do G20 Social, entre os dias 14 e 16 de novembro, contou com diversos shows de artistas nacionais, e foi chamado nas redes sociais de "Janjapalooza", em referência à sua organizadora, a primeira-dama Janja. 

 

O festival foi realizado pelo governo federal e recebeu patrocínio de estatais como a Petrobrás e a Usina de Itaipu. Os requerimentos apresentados pelos deputados Sanderson (PL-RS) e Gustavo Gayer (PL-GO) alegam que houve gastos na ordem dos 33,5 milhões de reais para o festival. Os requerimentos foram distribuídos para os ministros Jorge Oliveira, e Walton Alencar Rodrigues. 

 

O deputado Sanderson disse em suas redes que apresentou o requerimento para saber se houve legalidade no uso de recursos das estatais para a promoção do evento. "Se o TCU identificar ilegalidade nos gastos, queremos a restituição. Em um momento tão difícil como o que estamos passando, torrar dinheiro num festival sem o menor interesse público é um escárnio que não podemos aceitar", disse o deputado do PL gaúcho.

 

Na mesma linha do seu colega de partido, o deputado goiano Gustavo Gayer criticou o "Janjapalooza" e o que chamou de "gastança" em meio aos caos sociais no Brasil. "O país está à beira de um colapso econômico, e o governo simplesmente não se preocupa em reduzir gastos. Por isso queremos investigação desse evento", afirmou Gayer.

 

O evento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, batizado de "Janjapalooza", teve shows de artistas como Alceu Valença, Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Fafá de Belém, Diogo Nogueira, Zeca Pagodinho, Maria Rita, entre outros. No último dia do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou ao lado do cantor Gilberto Gil, e disse que hava levado a temática da fome à Cúpula do G20 para que o assunto deixe de ser uma pauta social e se torne um compromisso político dos chefes de Estado.  

 

Durante a realização do evento, a primeira-dama Janja se incomodou com a resposta de uma pessoa da plateia que chamou o festival de "Janjapalooza". Após o comentário, Janja corrigiu a participante e disse que a iniciativa se chama Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza.

 

"Não, filha, é Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Vamos ver se consegue entender a mensagem, tá?", respondeu a primeira-dama à mulher.

 

O episódio aconteceu na sexta-feira (15), durante o lançamento da Plataforma de Igualdade Étnico Racial na conferência, que reúne as maiores economias do mundo e países emergentes. Na ocasião, Janja havia perguntado às pessoas presentes quem havia ido no primeiro dia do festival, que começou na quinta (14).
 

VÍDEO: Emmanuel Macron visita calçadão de Copacabana e tira selfie com populares no RJ
Foto: Reprodução / Redes sociais

O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou a orla de Copacabana, neste domingo (17), poucas horas após desembarcar no Rio de Janeiro para o G20, e foi visto tirando selfies com transeuntes no famoso calçadão do bairro.

 

Nas imagens divulgadas nas redes sociais, o presidente francês aparece acompanhado de cerca de seis seguranças e é tietado por cariocas e turistas durante seu passeio. Macron e sua esposa, Brigitte Macron, estão hospedados na região para o G20, que começou nesta segunda-feira (18). Confira:

 

 

A caminhada teria ocorrido por volta das 23h e ele chegou a parar em um dos quiosques da orla antes de retornar ao hotel Fairmont, mesmo hotel em que o presidente Lula e a comitiva brasileira estão hospedados no Rio.

 Rio retoma tradicional “foto da família G20” após 2 anos; Biden e Putin ficam de fora
Foto: Ricardo Stuckert / PR

A edição brasileira do encontro G20, no Rio de Janeiro, retomou a tradicional “foto de família” que tinha sido quebrada nas 2 últimas edições. Em um palanque exibindo a temática “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, projeto brasileiro referendada por todo o G20, os líderes mundiais posaram nos jardins do MAM com vista para o Pão de Açúcar ao fundo. 

 

Fora dos registros ficaram alguns atores importantes, como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; e Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, mas duas ausências ficaram marcadas: Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, presidente da Rússia.  

 

No caso de Biden, registros no local mostram que o líder americano chegou atrasado ao evento, pouco tempo após a foto. O democrata chegou ao Brasil neste domingo (17), e chegou a visitar a capital do Amazonas, Manaus e sobrevoar a Floresta Amazônica. O atraso do presidente não foi oficialmente justificado. 

 

Já o presidente russo, Vladimir Putin, enviou seu representante, o ministro de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, participou da foto. A última havia sido tirada em 2021, em Roma, na Itália. No ano seguinte, em Bali 2022, e em Nova Déli, ano passado, as autoridades julgaram que posar com a Rússia “queimaria o filme”, e a imagem soaria como um endosso à invasão russa à Ucrânia.

Lula e autoridades mundiais discutem fome e pobreza na cúpula do G20; no Congresso, prioridade é o projeto das emendas
Foto: Ricardo Stuckert/PR

A semana em Brasília começa com as principais autoridades no Rio de Janeiro, já que nesta manhã de segunda-feira (18) está sendo aberto oficialmente o encontro de cúpula dos países do G20. Estão presentes no Brasil os presidentes e primeiros-ministros das maiores potências do planeta, incluindo também os dirigentes da União Europeia e da União Africana (somente o presidente russo Vladimir Putin não compareceu). 

 

Para o encontro do G20 foi montado um grande esquema de segurança no Rio de Janeiro, com cerca de 18 mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica se somando aos efetivos da Polícia Militar, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. As forças de segurança estão atuando com patrulhamento principalmente nos hotéis, no deslocamento das autoridades, e principalmente, no Museu de Arte Moderna, onde acontecerão os encontros.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu os trabalhos às 8h40, quando começou a receber os líderes. Às 10hs, é iniciada oficialmente a cúpula, com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. 

 

Já no Congresso Nacional, a semana será curta por conta do feriado do Dia da Consciência Negra, na próxima quarta (20). Senado e Câmara terão sessões nesta segunda e na terça (19), e o principal tema em pauta é o projeto que regulamenta as emendas parlamentares. 

 

Veja abaixo um resumo da semana nos três poderes.

 

PODER EXECUTIVO

O presidente Lula está desde o fim de semana no Rio de Janeiro, para participar dos eventos do encontro de cúpula do G20. Durante sábado (16) e domingo (17) Lula teve encontros com nove presidentes ou primeiros-ministros de alguns desses países, como o presidente da França, Emmanuel Macron; o da África do Sul, Cyril Ramaphosa; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o presidente da Turquia, Erdogan; a presidente da União Europeia, Ursula Van Der Leyen; o secretário-geral da ONU, António Guterres; entre outros.

 

Nesta segunda, a agenda do presidente Lula foi iniciada às 8h40, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com os cumprimentos aos líderes do G20 que chegam para o encontro de cúpula. Às 10h, acontecerá o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a 1ª Sessão da Reunião de Líderes do G20, com o tema: Combate à Fome e à Pobreza.

 

Às 14h10, no Museu de Arte Moderna, será feita a foto oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Depois, às 14h30, será iniciada a 2ª Sessão da Reunião de Líderes do G20. O tema da segunda sessão será "Reforma das Instituições de Governança Global". 

 

No final do dia, às 18h, acontecerá a recepção oficial oferecida aos chefes de delegações estrangeiras. O presidente Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva vão recepcionar os líderes e suas comitivas, ainda no MAM. 

 

A programação para a terça (19) começa logo cedo, em um café da manhã que contará com a presença do presidente Lula e representantes da Índia e da África do Sul. Logo depois, às 10h, no Museu de Arte Moderna, acontecerá a 3º Sessão da Cúpula do G20. O grupo discutirá nessa reunião o desenvolvimento sustentável e a transição energética. 

 

Às 12h30 está programada a sessão de encerramento da Cúpula de Líderes. Nesse evento, o Brasil transmitirá o comando do G20 para a África do Sul, que presidirá o grupo das grandes potências a partir de 1º de dezembro. O governo brasileiro quer que a troca de comando simbolize a continuidade do diálogo e a importância da cooperação internacional para enfrentar os desafios globais.

 

A programação oficial da cúpula prevê ainda um almoço oficial de encerramento dos trabalhos às 15h. Depois, acontecerão reuniões bilaterais entre os líderes.  

 

Na próxima quarta (20), em Brasília, o presidente receberá no Palácio do Planalto o presidente da China, Xi Jinping. De acordo com o Palácio do Planalto e o Ministério das Relações Exteriores, a reunião bilateral entre os dois líderes representará uma mudança de patamar que há tempos vem sendo construída pelas diplomacias brasileira e chinesa.

 

Segundo a diplomacia brasileira, serão assinados pelos dois presidentes acordos nas áreas de finanças, infraestrutura, cadeias produtivas, transformação ecológica e tecnologia. No pacote, estão ainda as rotas de integração sul-americana, projeto brasileiro que visa conectar os países do continente.

 

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Entre janeiro e outubro de 2024, o fluxo de negócios foi de US$ 136,3 bilhões, sendo US$ 83,4 bilhões em exportações e US$ 52,9 bilhões em importações, um superavit de US$ 30,4 bilhões a favor do Brasil. Esta será a segunda vez que Xi Jinping estará em Brasília. A primeira foi em 2014, quando foi recebido pela então presidente Dilma Rousseff. 

 

A agenda do presidente Lula para os últimos dias da semana ainda não foi divulgada. É possível que Lula retome as conversas com a equipe econômica e ministros como Fernando Haddad e Simone Tebet para discutir o projeto que apresentará um pacote de medidas de corte de gastos. 

 

Não há previsão ainda de divulgação desse pacote nesta semana. Segundo declaração do ministro da Fazenda, o pacote de medidas estaria já praticamente pronto para ser anunciado "nos próximos dias". 

 

PODER LEGISLATIVO

No Congresso Nacional, com a semana esvaziada por conta do feriado do Dia da Consciência Negra e a presença dos presidentes da Câmara e do Senado no encontro do G20, além dos líderes partidários, a expectativa é pela discussão sobre o projeto que modifica as regras das emendas parlamentares. Câmara e Senado têm pressa em finalizar a votação e apresentar o texto ao STF, que suspendeu os repasses das emendas parlamentares desde o mês de agosto até que o Legislativo editasse medidas que garantissem a transparência e a rastreabilidade das verbas.

 

O Senado terá sessão deliberativa nesta segunda (18), e na pauta está apenas o projeto de lei complementar (PLP) 175/2024, que estabelece regras de transparência e rastreabilidade para o pagamento de emendas parlamentares. O texto principal foi aprovado na última quarta (13), mas a votação do projeto não foi concluída. Os senadores ainda precisam analisar seis destaques propostos por lideranças partidárias.

 

Também está prevista sessão deliberativa para as 10h de terça (19), com uma pauta de três projetos. Podem ser votados o PL 3449/2024, que altera a legislação para permitir ao Ministério da Fazenda zerar as alíquotas do Imposto de Importação para medicamentos no Regime de Tributação Simplificada (RTS). 

 

Ainda serão votados o PL 2251/2022, que autoriza o Poder Executivo a doar área para a instalação da Embaixada da República de Cabo Verde. O último projeto em pauta é o PL 1354/2019, que impõe prioridade na tramitação processual em que figure como parte ou interveniente a pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

 

Na Câmara, devem ser realizadas sessões deliberativas nesta segunda e na terça. É possível que seja votada a Proposta de Emenda à Constituição 5/23, que amplia a imunidade tributária para templos de qualquer culto. O texto proíbe a cobrança de tributos sobre bens ou serviços necessários à formação do patrimônio, à geração de renda e à prestação de serviços de todas as religiões.

 

Essa PEC estava sendo votada na última quarta (13) quando a sessão foi interrompida, por conta da tentativa de atentado ao Supremo Tribunal Federal pelo ex-candidato a vereador Tiu França, que saiu de Santa Catarina e se estabeleceu no Distrito Federal para realizar o ataque com bombas na Praça dos Três Poderes. Tiu França acabou se matando ao detonar um explosivo próximo à sua cabeça. 

 

Na sessão de terça, caso tenha sido finalizada pelo Senado a votação do projeto que regulamenta as emendas parlamentares, é possível que a Câmara também vote a proposta. Os presidentes da Câmara e do Senado querem encerrar essa votação para que o presidente Lula possa sancionar as novas regras ainda nesta semana. 

 

PODER JUDICIÁRIO

Até o momento, não estão previstas sessões presenciais de julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa semana ainda acontece o julgamento em plenário virtual sobre a situação do ex-jogador Robinho.

 

A última ministra a votar foi Cármen Lúcia, que decidiu pela manutenção da prisão do ex-jogador de futebol. Com esse voto, o STF chegou ao placar de 5 a 1 para manter Robinho preso. Falta um voto para alcançar a maioria nessa decisão. 

 

O ex-jogador Robinho está preso há oito meses em Tremembé, no interior de São Paulo. Robinho cumpre a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo a que foi condenado na Justiça da Itália. O crime ocorreu em 2013, quando ele era um dos principais jogadores do Milan, na Itália.

 

Ainda no plenário virtual existem outros processos que estarão em julgamento até o próximo dia 26. Entre os destaques da pauta estão processos sobre a constitucionalidade da presença de símbolos religiosos em órgãos públicos, a possibilidade de dar preferência ao pagamento de honorários advocatícios sobre créditos tributários e a transferência à administração pública do ônus de comprovar que não teve culpa na fiscalização do cumprimento de obrigações trabalhistas em contratos de terceirização.

 

Também estão na pauta do plenário virtual do STF estão mais 14 ações penais contra réus que foram processados por participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023. Todas os processos envolvem pessoas que se recusaram a aceitar o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) oferecido pelo Ministério Público para encerrar a ação penal sem condenação.

Escala 6x1: Como é a jornada de trabalho nos países do G20?
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Em meio às recentes discussões acerca do fim da escala de trabalho 6x1, na qual os trabalhadores descansam um dia a cada seis dias de trabalho, pode vir a tona o questionamento: como são as jornadas de trabalho de outros países pelo mundo?

 

Entre os países do G20, grupo das vinte maiores economias do mundo, que se reunirão no Rio de Janeiro entre os próximos dias 14 e 19, a jornada de trabalho varia entre 32 e 47 horas semanais, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho. 

 

Países como a China e a Índia possuem uma média de 47 e 46 horas trabalhadas por semana, respectivamente, enquanto outros países, como a Austrália e o Canadá, possuem uma média de 32 horas semanais de trabalho.

 

Segundo os dados da OIT, o Brasil tem uma carga média de 39 horas trabalhadas na semana por pessoa empregada. A lei, no entanto, prevê um limite de 8 horas diárias e 44 horas semanais.

 

As jornadas de trabalho exaustivas, principalmente aquelas que abarcam trabalhar seis dias por semana, viraram tema de discussões no Brasil, o que culminou na apresentação de um Projeto de Emenda à Constituição, por parte da deputada federal Érika Hilton (PSOL-MG), que prevê uma diminuição da carga horária máxima para 36 horas e um limite de 4 dias trabalhados por semana.

 

Confira a lista dos países do G20 com as jornadas de trabalho semanais mais longas:

1. Índia — 47 horas

2. China — 46 horas

3. México; Turquia — 44 horas

5. África do Sul ? 43 horas

6. Indonésia ? 40 horas

7. Brasil; Rússia ? 39 horas

9. Coreia do Sul; EUA ? 38 horas

11. Argentina; Japão ? 37 horas

13. França, Itália, Reino Unido ? 36 horas

16. Alemanha ? 34 horas

17. Austrália e Canadá ? 32 horas

 

A Arábia Saudita, que faz parte do G20, não possui dados registrados na OIT

Governo federal decreta GLO para Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Na sexta-feira (8), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um novo decreto autorizando o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem (GLO), no período de 14 a 21 de novembro, com a finalidade de proteger os chefes de estado que irão participar da Cúpula de Líderes do G20, na cidade do Rio de Janeiro.

 

Nos dias 18 e 19 de novembro, a realização da Reunião de Cúpula de Líderes do G20 reunirá, além das delegações dos seus 21 membros, países e organizações internacionais convidadas, totalizando 56 delegações.

 

Segundo o Planalto, mais de 40 delegações já estão confirmadas com as presenças de chefes de Estado ou Governo (países) ou dirigente máximo (organizações internacionais). O G20 Social, por sua vez, reunirá organizações da sociedade civil entre 14 e 16 de novembro.

 

Conforme o decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), o emprego das Forças Armadas ocorrerá em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e em coordenação com os órgãos de segurança pública.

 

Caberá às Forças Armadas seguir as ações previstas no Plano Estratégico Integrado de Segurança para a Cúpula. O plano prevê que elas deverão atuar nos perímetros de segurança estabelecidos, tanto na parte terrestre quanto marítima, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; na Marina da Glória; no monumento a Estácio de Sá; no perímetro externo do Aeroporto Internacional Tom Jobim e nos locais de hospedagem das delegações dos Chefes de Estado.

 

O decreto também determina que as tropas atuem na segurança das vias de ida e volta das comitivas, entre os locais de hospedagem e o Museu de Arte Moderna; nas vias de chegada e saída entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim e os locais de hospedagem, incluindo as linhas amarela (Rodovia Governador Carlos Lacerda) e vermelha (Via Expressa Presidente João Goulart), além das demais ruas da zona sul e da zona oeste utilizadas no percurso.

 

O MJSP informou que a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) atuará com 95 agentes no esquema de segurança da reunião. Os agentes farão ações de policiamento ostensivo e preventivo no entorno do evento e nos locais das conferências, no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro da cidade.

Concerto Terra Brasilis faz imersão cultural nas cinco regiões do país e encerra G20 da cultura na Bahia
Foto: Caio Diniz/ Secult

Como resumir o Brasil em um espetáculo? Como conseguir traduzir os mais de 8 milhões de quilômetros de extensão do país? Os 5.570 municípios, os 26 estados e o Distrito Federal, as cinco regiões e suas particularidades? A tarefa difícil ficou para Vavá Botelho, responsável dirigir o concerto sinfonia Terra Brasilis, que marcou o encerramento do Grupo de Trabalho de Cultura do G20 Brasil 2024 na Bahia.

 

De casa cheia, com os 5 mil ingressos vendidos, o Concerto Sinfonia Terra Brasilis ganhou o palco a Concha Acústica do TCA nesta sexta-feira (8), após um trabalho árduo de quase um ano de preparação do fundador do Balé Folclórico da Bahia, que foi convidado por Margareth Menezes para idealizar o musical

 

“Eu recebi essa incumbência em outubro do ano passado, quando Margareth me ligou da Índia, onde estava acontecendo a reunião de 2023, e eu comecei já a pensar em muitas coisas porque ela já chegou cheia de ideias que queria as manifestações culturais do Brasil inteiro. Eu alimentei esse sonho o tempo inteiro na cabeça, mas a gente viu que era muito complicado trazer manifestações culturais do país inteiro para toda a logística de ensaio, de concepção e tudo mais então, pensamos no show como se fosse um sobrevoo no país e vamos trazer a música como uma linguagem que contempla tudo isso, que contempla toda essa diversidade essa riqueza cultural que a gente tem no Brasil.”

 

Tendo a Orquestra Sinfônica da Bahia como anfitriã do concerto, Vavá trabalhou em construir uma história, intercalando as músicas de BaianaSystem, Daniela Mercury, Ellen Oléria, Gaby Amarantos, Kleiton & Kledir, e Martnália, com as canções clássicas, em uma viagem que teve início na Bahia, e fim também, mas passou por cada região do país.

 

Ao Bahia Notícias, Vavá contou que não foi difícil de encaixar a grandiosidade de cada convidado no espetáculo. O difícil, nesta sexta, foi fazer o público assistir ao concerto sentado, o que também não era totalmente a intenção.

 

“Não foi difícil de jeito nenhum. Pelo contrário, a gente foi abraçado por todos eles. Todos amaram a ideia, vieram muito, muito felizes de estar participando do projeto. Contribuíram muito, ajudando, dando ideias, dando dicas para a gente, para a gente poder complementar todas as ideias que chegaram até eles. E eu acho que tudo isso colaborou para que a gente pudesse fazer um espetáculo grandioso, com, meio e fim.”

 

Daniela Mercury foi a primeira convidada da noite a colaborar com a Osba. Ao BN, a artista celebrou a parceria. Segundo Daniela, aquela seria a primeira vez que cantaria as canções escolhidas para o show com a orquestra. 

 

“Eu estou lisonjeada, escolhi três canções que são conhecidas no mundo, ‘Ilê Perola Negra’, ‘O Canto da Cidade’ e ‘Rapunzel’, que ficou entre as músicas mais tocadas na Europa. Então, é uma forma da gente se conectar. Agora a gente pode cantar aqui  ao lado de colegas tão expressivos, tão importantes, como a Gabi Amarantes, Mart’nália, BaianaSystem, e estão lindos, os arranjos estão espetaculares. Eu estou emocionada.”

 

 

A artista foi a responsável por tirar o público do chão ao som dos sucessos e com a presença das Deusas do Ébano. Depois de Daniela, a “regra” foi criada, se a música é animada, a plateia curte de pé. Gaby Amarantos, representando o Norte, fez isso nas três músicas cantadas.

 

Emocionada, Gaby, que levou o tecnomelody, além da tradição de Dona Onete, celebrou ter sido a escolhida para representar o Norte e da região ter sido lembrada após o apagamento em momentos de grande destaque na mídia, como o Rock in Rio.

 

“Eu tô muito feliz de ter sido escolhida como representante desse lugar tão lindo. Quem ainda não foi no Norte, quem ainda não foi no Amazônia, quem ainda conheceu nosso Círio de Nazaré, nossa festa de aparelhagem, a nossa cultura, que é tão rica quanto essa, vá. Eu me sinto em casa quando eu tô aqui, e eu espero que vocês se sintam em casa quando forem lá.”

 

 

A festa seguiu com a música da dupla Kleiton e Kledir, que promoveu uma sessão nostalgia na Concha com o sucesso ‘Deu Pra Ti’, de 1981, e revelou ao BN que a relação deles com a Bahia é antiga, de outros carnavais. Ou melhor, festivais.

 

“A gente tem um carinho muito grande por Salvador, pela Bahia, porque desde que a gente começou a gente vem fazer show aqui, até anterior a dupla. A gente tinha o Almôndegas que era a nossa banda, e chegamos a fazer o Festival de Verão, é uma longa trajetória, uma longa história de amor e de carinho pela Bahia e eu acredito que a recíproca também é verdadeira. Estamos muito contentes de participar.

Foto: Caio Diniz/ Secult

 

A festa continuou com Ellen Oléria, natural de Brasília e que representou a região Centro-Oeste. A ex-The Voice Brasil foi ovacionada pelo público e encantou com a voz potente. A artista precedeu Mart’nália, que levou para o palco a malemolência do samba carioca, representando o Sudeste. Bem humorada e confortável no palco, a artista deu um selinho e Prazeres e dançou com o maestro, fazendo o público gritar e pedir bis.

Foto: Caio Diniz/ Secult

 

O encerramento da festa transformou a Concha Acústica em um Carnaval. Sem Navio Pirata, a energia da avenida ficou por conta da plateia, além, é claro, do som da BaianaSystem. A banda colocou toda Concha de pé e ainda promoveu uma rodinha, assim, no diminutivo, na frente do palco.

 

Ao som de ‘Lucro’, ‘Sul-Americana’, ‘Capim Guiné’ e ‘Duas Cidades’, até o próprio maestro se entregou ao balanço e os músicos da Osba se levantaram no ritmo da música. Pode ter demorado, mas chegou um show daqueles feito da Bahia para o Brasil. Que representasse cada canto e cada particularidade do nosso mundo para o mundo.

 

 

Para Bruno Monteiro, Secretário de Cultura da Bahia, o saldo do G20 na Bahia é positivo, assim como o show de encerramento que teve a aprovação do público.

 

“Em termos de cultura, uma semana como essa, em que a Bahia foi o centro das atenções das políticas de cultura no mundo, com certeza deixa muitas sementes plantadas. Primeiro pelo contato, a imersão cultural que nós possibilitamos para essas autoridades do mundo todo que tiveram uma vivência muito intensa aqui com uma programação que nós preparamos que valorizou muito a diversidade cultural baiana, mas também pela possibilidade dos intercâmbios que foram estabelecidos porque isso é o que continua, o que vai dar sequência todo o diálogo estabelecido, todas as experiências trocadas. E a Bahia também foi o cenário inspirador para um encontro muito produtivo, que produziu um documento final muito avançado do ponto de vista propositivo, com uma agenda muito forte muito importante para a cultura mundial sobretudo com o tema da preservação ambiental da valorização da economia criativa da preservação dos patrimônios, então é um balanço muito positivo de uma semana muito frutífera para a cultura mundial, especialmente para a cultura baiana".
 

Reunião do G20 termina com entrega de carta da Bahia para políticas globais de fomento à cultura e à sustentabilidade
Foto: Feijão Almeida / GOVBA

A Bahia foi palco para a apresentação da carta com considerações de mais de 120 autoridades que participaram da reunião do Grupo de Trabalho de Cultura do G20, iniciada na última segunda-feira (4), no Centro de Convenções, em Salvador. O encontro, que terminou nesta sexta-feira (8), precede o encerramento da contribuição do Brasil na presidência do G20, que passa à África do Sul a liderança nas próximas semanas.

 

O governador Jerônimo Rodrigues participou da plenária de fechamento da reunião, acompanhado dos ministros Margareth Menezes, da Cultura; Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e de secretários de Estado. Ministros da Cultura de países como Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, África do Sul, Emirados Árabes, Indonésia e Japão, bem como representantes de mais de 20 organizações internacionais, também estiveram presentes e apresentaram contribuições para os assuntos discutidos nos últimos quatro dias.

 

“Da cultura desses 20 países, sai um documento, que é a Carta da Bahia, tratando de temas importantes, a exemplo da relação entre a cultura e o meio ambiente, a cultura e uso de tecnologia, o uso da inteligência artificial, inclusive um forte posicionamento dos ministros sobre o uso de deepfake. Mas um ponto muito importante do debate dessa semana é a respeito do patrimônio de cada país. Nós tivemos, recentemente, a devolução do manto sagrado dos Tupinambás. Um já chegou ao Brasil, são 13. A preservação da cultura de cada país engrandece a cultura mundial”, afirmou Jerônimo.

 

A carta, entregue aos líderes da cúpula do G20, será o documento que vai orientar práticas de políticas culturais no mundo. A ministra da cultura, Margareth Menezes, frisou que o documento, entregue na plenária, é fruto de um longo e cuidadoso processo de articulação e debate das delegações técnicas, que acontecem desde dezembro de 2023.

 

"Esse documento consagra valores, princípios e diretrizes que vêm sendo discutidos desde o início do nosso grupo e que foram trazidos em linha de continuidade pelas presidências da Arábia Saudita, da Itália, da Indonésia e da Índia. Nos comprometemos com princípios inclusivos, participação social e acessibilidade para o pleno exercício dos direitos culturais”, disse o governador.

Biden anuncia visita à Manaus e reunião com lideranças indígenas na Floresta Amazônica
Foto: Erin Scott / Official White House

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncia agenda em Manaus, capital do Amazonas, no dia 17 de novembro. Conforme divulgado na quinta-feira (7) pela secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, o líder americano visitará a Floresta Amazônica e se reunirá com líderes locais, indígenas e outros atores que trabalham na preservação e proteção do ecossistema.

 

Segundo o governo norte-americano, esta será a primeira visita oficial de um presidente dos Estados Unidos à região. Antes do comunicado oficial, Biden telefonou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para confirmar a viagem, que também inclui a participação dele na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19. As informações são da Agência Brasil. 

 

"No Rio de Janeiro, o presidente Biden se reunirá com o presidente Lula, à margem do G20, para reforçar a liderança dos EUA em direitos dos trabalhadores e crescimento econômico sustentável. Durante o evento, o presidente Biden destacará a proposta dos EUA para os países em desenvolvimento e liderará o G20 para trabalhar em conjunto no enfrentamento de desafios globais compartilhados, como a fome e a pobreza, mudanças climáticas, ameaças à saúde e a dívida dos países em desenvolvimento", informou Jean-Pierre, em declaração aos meios de comunicação.

 

Além do Brasil, Biden vai cumprir outra agenda na América Latina. A parada será em Lima, no Peru, de 14 a 16 de novembro, para se encontrar com a presidente do país andino Dina Boluarte, e participar da cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC).

 

Luta Contra a Fome
Durante a conversa com Lula, o presidente dos EUA  confirmou ainda a decisão de seu governo em aderir à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa do Brasil na presidência rotativa do G20. O projeto, lançado em julho, visa canalizar recursos para programas e projetos que visam ao enfrentamento a esses dois problemas persistentes no planeta.

Combate à fome e pobreza no mundo e reforma da ONU e outras entidades estão no documento final da Cúpula do P20
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

Reiterar o papel essencial dos parlamentos na promoção da cooperação internacional e do multilateralismo, por meio da diplomacia parlamentar e de todas as etapas de elaboração, legitimação, financiamento, implementação e fiscalização das políticas públicas. Continuar os esforços conjuntos para oferecer uma contribuição parlamentar eficaz e relevante ao processo do G20, inclusive trabalhando em conjunto com os respectivos governos para cumprir compromissos que impliquem em gerar benefícios para a população mundial.

 

Esses foram alguns dos compromissos firmados pelas delegações de quase 40 países que participaram da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), encerrada nesta sexta-feira (8), em Brasília. Os compromissos fazem parte da declaração final do encontro, que só não foi assinada pela delegação da Argentina. 

 

O documento, que está estruturado em três eixos temáticos (combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável; reforma da governança global), será entregue durante a reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que acontece nos dias 18 e 19 deste mês. O lema do P20 deste ano, sob a presidência do Brasil, foi "Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável". 

 

Ao final da sessão de encerramento da Cúpula, o presidente da Câmara, Arthur Lira, que preside neste ano o P20, ressaltou a importância dos parlamentos nos acordos que poderão ser feitos entre os países que compõem o G20. Lira lembrou que todas as propostas e acordos estabelecidos no encontro precisarão ser aprovados e homologados pelos parlamentos dos países presentes. 

 

"Nossa expectativa é que os países que compõem o G20, com respeito às instituições, os seus parlamentos estão assinando uma carta de intenções, um documento propositivo para que o que for discutido aqui seja observado lá. Tudo o que for feito em termos de acordo, precisa ser homologado pelos parlamentos. E cada vez mais essa interação entre poderes é importante em nível dos países ou mundial", afirmou o presidente da Câmara.

 

O texto da declaração final conjunta assinada pelos países do P20 propõe o desenvolvimento de instrumentos para garantia da segurança alimentar e nutricional e o estabelecimento de condições adequadas de trabalho em todo o mundo. Também propõe a adoção de medidas que garantam o acesso equitativo a oportunidades e recursos, incluindo água, educação, saúde e saneamento básico para enfrentar a desigualdade socioeconômica.

 

"A erradicação da pobreza é um desafio global fundamental e uma condição sine qua non para o desenvolvimento sustentável", diz o texto do documento.

 

A declaração final também prega o trabalho dos parlamentos para buscar a eliminação de todas as formas de discriminação, assédio e violência, online e offline, com atenção especial para as mulheres e meninas em todos os âmbitos de suas vidas, foram salientadas no texto. O texto reconhece a importância de fortalecer e expandir a cobertura dos programas de proteção social e de promover políticas públicas de inclusão, especialmente em respeito aos direitos das pessoas com deficiência.

 

Em relação ao clima, um dos principais assuntos discutidos nas reuniões de trabalho e conversas bilaterais mantidas desde a última quarta (6), o documento final reforça a urgência da luta contra as mudanças climáticas. Os dirigentes de parlamentos também reforçaram a necessidade de intensificar esforços para manter o aumento da temperatura média global nos níveis definidos no Acordo de Paris de 2015, ou seja, limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

 

No tema da governança global, o texto elaborado pelo P20 cita a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que é uma reivindicação antiga do Brasil. Também estão presentes no documento pedidos de mudanças em outros órgãos da ONU, além de uma mudança no sistema financeiro internacional para garantir mais transparência das instituições financeiras em todos os níveis e atenção aos países em desenvolvimento.

 

Os presidentes de parlamentos também cobram a efetivação de uma reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC), para que sejam adotadas regras previsíveis, sem discriminação, equitativas e aptas a promover o desenvolvimento sustentável, com restauração de seu sistema de solução de controvérsia.

 

"Os desafios urgentes que temos de enfrentar exigem que os nossos parlamentos não permaneçam focados apenas nas questões atuais, mas incluam a 'dimensão do futuro' na agenda parlamentar", disseram os congressistas na declaração conjunta.

 

Para Arthur Lira, é preciso revisar o papel das entidades multilaterais que cuidam da governança global.

 

"A geopolítica está mudando e os organismos de contenção que buscam a paz e o equilíbrio de garantir a vida de civis inocentes estão perdendo força", disse o presidente da Câmara.

 

O uso cada vez mais frequente da Inteligência Artificial também está presente no texto da declaração conjunta. O uso dessas novas tecnologias, segundo o documento, deve ter uma abordagem ética, transparente e centrada no ser humano. O tema foi objeto da última reunião do P20 na Índia em 2023.

 

"Concordamos que as tecnologias digitais, incluindo a inteligência artificial, podem ser usadas para enfrentar desafios globais e promover o desenvolvimento social e econômico, como um dos pilares da economia digital. Destacamos nosso compromisso de trabalhar em conjunto para promover a cooperação internacional na capacitação e em novas discussões sobre IA para o desenvolvimento sustentável inclusivo e a redução da desigualdade. Entendemos que, para se beneficiar plenamente dessas oportunidades, é fundamental garantir que todos os países estejam preparados para a transformação digital. Portanto, é fundamental abordar a disparidade digital, tecnológica e de IA", afirma a declaração.

 

O texto também menciona a necessidade de todos os governos e parlamentos promoverem o direito internacional humanitário, com atenção especial aos desafios decorrentes do uso de novas tecnologias em conflitos armados. Os dirigentes de parlamentos afirmam reconhecer o "potencial disruptivo da IA" para ampliar ou reduzir a diferença de produtividade entre os países desenvolvidos, e alerta para a necessidade da tomada de medidas adequadas para o desenvolvimento de uma IA segura, protegida e confiável.

 

"Para fomentar um futuro digital aberto, livre e seguro para todos, incentivamos todos os governos a continuarem a desenvolver padrões internacionais sobre o uso de novas tecnologias digitais, em total respeito aos direitos humanos, com o objetivo de garantir que a economia digital traga benefícios tangíveis para todos, inclusive para os países em desenvolvimento, fortalecendo a confiança na economia digital e promovendo transformações digitais inclusivas", explica o documento oficial.
 

Pacheco e Lira inauguram discussões no encontro dos presidentes de parlamentos das grandes potências
Foto: Edu Mota / Brasília

Discutir contribuições e debater novas ideias para as principais questões que dizem respeito às nações de todo mundo, como combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento socioambiental e a transição ecológica, o enfrentamento a calamidades naturais e provocadas pela ação humana, entre outros temas. Esse é um dos objetivos da 10ª Cúpula do P20, o grupo de presidentes e lideranças dos parlamentos das maiores potências do planeta, que acontece nesta semana em Brasília. 

 

O evento foi aberto oficialmente nesta quinta-feira (7), no plenário da Câmara dos Deputados, pelos presidentes das duas casas do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL). O encontro tem como slogan "Parlamentos por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável", e as discussões que ocorrerão até esta sexta (7) buscarão identificar estratégias para impactar positivamente a vida das populações dos países do G20 e da comunidade internacional.

 

Na abertura oficial da solenidade, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco , defendeu a regulamentação de novas tecnologias digitais e disse que o parlamento brasileiro vem trabalhando na elaboração de arcabouço legislativo que regule as tecnologias digitais e a mídia.

 

"Cientes de suas três dimensões social, econômica e ambiental, não podemos nos olvidar da importância e da atenção às tecnologias digitais, sobretudo da inteligência artificial e da internet das coisas, para o enfrentamento dos nossos desafios. O Congresso Nacional brasileiro tem trabalhado para produzir um arcabouço legislativo sólido que regule as tecnologias digitais e a mídia, trazendo segurança jurídica para o setor", disse Pacheco.

 

No início da manhã, Pacheco e Lira recepcionaram os presidentes de parlamentos de diversos países e entidades e organizações internacionais na porta de entrada do prédio do Congresso Nacional. Delegações parlamentares de países que não integram o G20 e organizações internacionais também foram convidadas.

 


Foto: Edu Mota / Bahia Notícias

 

No seu discurso de abertura do encontro, o senador Rodrigo Pacheco defendeu a criação do P20, que, segundo ele, foi "fundamental". 

 

"Por meio da atuação dos parlamentos, é possível fomentar a aproximação entre os processos decisórios governamentais e os diversos setores da sociedade. Os parlamentos constituem a caixa de ressonância dos anseios populares e têm a nobre missão de traduzir a vontade do povo em leis que, efetivamente, garantam a paz, a segurança e o bem-estar geral", disse o senador mineiro.

 

Pacheco disse também em seu pronunciamento que o P20 se reveste de maior importância como grupo diante do que ele chamou de "delicado momento" vivemos atualmente. O presidente do Congresso destacou que a democracia vem sendo questionada em várias partes do planeta.

 

"Ao constituir o P20, o Grupo dos Vinte está à altura do desafio democrático inerente ao bom funcionamento do sistema internacional, em que se exige mais diálogo, transparência e participação das diversas nações e seus povos. Fato bastante relevante, sobretudo se considerarmos o delicado momento em que vivemos, um momento no qual a democracia é questionada em várias partes do globo", afirmou.

 

O P20 foi criado em 2010, uma década após o primeiro encontro do G20, e o objetivo do grupo é promover soluções legislativas sobre decisões políticas dos chefes de Estado. Em 2024, o P20 acontece em Brasília e o encontro dos líderes do G20 acontecerá no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 20 deste mês. Da cúpula parlamentar que ocorre em Brasília, sairá uma carta com diretrizes sobre temas como fome e sustentabilidade. 

 

O presidente da Câmara, Arthur Lira, que assumiu o comando do P20 em outubro do ano passado, disse, em pronunciamento na sessão desta quinta que os parlamentos das maiores potênciais mundiais precisam ter como foco prioritário de discussão o combate à pobreza, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global. Lira também destacou em sua fala a responsabilidade dos deputados e senadores em promover medidas que aumentem a presença feminina nas instâncias de poder.

 

"Precisamos redobrar os esforços para melhor dividir – dentro dos nossos países e entre as nações – a abundância de bens, serviços e riqueza que a economia e a tecnologia nos fornecem hoje", afirmou o presidente da Câmara. "Reitero o convite a que as próximas presidências do P20 incluam a reunião das mulheres parlamentares como parte essencial da nossa agenda de diplomacia parlamentar", completou Lira.

 

Arthur Lira destacou também a discussão sobre a reforma tributária no Brasil como um exemplo de proposta legislativa que busca diminuir os efeitos de desigualdades por meio de um sistema tributário mais simplificado. Em relação à sustentabilidade, o presidente da Câmara disse que as mudanças climáticas têm trazido desafios importantes a serem enfrentados pelo planeta. Ele lembrou os eventos extremos como as inundações no Rio Grande do Sul e as secas na região Amazônica.

 

O presidente do Câmara e do P20 reiterou ainda o compromisso do parlamento brasileiro de priorizar a discussão de uma pauta verde voltada para a transição energética e para a regulamentação do mercado de carbono. 

 

"Consolidamos, assim, as credenciais do Brasil para liderar o debate internacional sobre o desenvolvimento sustentável", defendeu.

 

Outro ponto defendido pelo deputado Arthur Lira em seu pronunciamento foi um apelo a que os parlamentos dos países do G20 se engajem na promoção da paz, com especial atenção à proteção da vida de civis inocentes. Segundo ele, o Poder Legislativo deve se mobilizar em torno de acordos internacionais direcionados à paz, ao equilíbrio das relações comerciais, à segurança alimentar, à cooperação científica e tecnológica, à sustentabilidade ambiental e à prosperidade para todos.

 

"A renovação do multilateralismo proposta pelo Pacto para o Futuro, adotado em setembro na ONU, somente será alcançada se houver grande envolvimento dos parlamentos na construção de propostas que remodelem a governança global", defendeu o presidente da Câmara.

 

Na tarde desta quinta, serão realizadas duas sessões de trabalho com a presença dos presidentes de parlamentos e de entidades internacionais, com os seguintes temas: a contribuição dos parlamentos no combate à fome, à pobreza e à desigualdade em nível mundial; desenvolvimento socioambiental e transição ecológica justa e inclusiva, incluindo a dimensão do enfrentamento a calamidades naturais e provocadas pela ação humana.

 

Na sexta-feira, a última sessão de trabalho da Cúpula do P20 vai debater a governança global adaptada aos desafios do século 21. No final da programação do encontro, está prevista a adoção de uma Declaração Conjunta, que será entregue à Cúpula de Líderes do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro com a presença das lideranças dos demais 19 países-membros, além de dirigentes da União Africana e da União Europeia.
 

Seminário Internacional do G20 discute papel da cultura na crise climática
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

A abertura do Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima aconteceu nesta segunda-feira (4), no Centro de Convenções de Salvador. O evento visa explorar o papel das artes e tradições no debate sobre sustentabilidade ambiental. 

 

O evento contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e das ministras Margareth Menezes (Cultura) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas), destacando a importância da cultura nas ações globais para um futuro sustentável.

 

A ministra Margareth Menezes enfatizou a cultura como motor de transformação social. "A arte tem o poder de tocar a alma das pessoas e de inspirar mudanças. Neste seminário, queremos explorar como as expressões culturais podem não apenas sensibilizar, mas também mobilizar a sociedade em torno da causa climática. É crucial que as vozes da cultura se unam para promover uma conscientização mais profunda sobre a crise ambiental que enfrentamos", declarou.

 

As palestras seguem até terça-feira (5), com 11 painéis, disponíveis gratuitamente, onde especialistas discutirão responsabilidade ambiental nos setores culturais, justiça climática nas artes e mobilização social para um futuro sustentável.

 

As inscrições estão disponíveis na plataforma Sympla, com vagas limitadas. Após os painéis, nos dias 6 e 7 de novembro, haverá oficinas no Museu de Arte da Bahia (MAB), com seis atividades práticas sobre redução de carbono, comunicação popular e resiliência do patrimônio cultural, visando capacitar as instituições a reduzir sua pegada de carbono e contribuir para a meta de limitar o aquecimento a 1,5°C.

 

Durante a cerimônia de abertura, o governador Jerônimo Rodrigues ressaltou a importância de receber o G20 na Bahia e a oportunidade de discutir ambos os temas em conjunto.

 

"Hoje, Salvador e a Bahia assumem o papel de sede nacional e mundial do G20, acolhendo um seminário que promove um debate profundo e necessário sobre cultura e meio ambiente. O evento propõe uma abordagem corajosa ao unir esses temas, geralmente discutidos separadamente, para explorar seu potencial transformador frente aos desafios globais. O encontro visa expor, de maneira direta, os desafios ambientais que precisam ser enfrentados e destaca a importância de mobilizar esforços conjuntos entre líderes e setores culturais para impulsionar ações climáticas e conscientização ambiental", disse.

Bahia recebe reunião do GT de Cultura do G20
Foto: Joa Souza / GOVBA

O Centro de Convenções de Salvador receberá a partir da próxima segunda-feira (4), os líderes das principais economias globais para debater pautas relacionadas à diversidade e patrimônio cultural, inclusão social, direitos autorais, entre outros eixos temáticos na 4ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho (GT) de Cultura e a Reunião de Ministros de Cultura do G20.

 

O evento, apoiado pelo Governo do Estado, ocorre simultaneamente ao Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima, que terá abertura no dia 04/11, às 9h, com as presenças das ministras da Cultura, Margareth Menezes, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, governador Jerônimo Rodrigues e secretários estaduais.


Mais de 120 autoridades estão credenciadas para o encontro na capital baiana, incluindo os ministros da Cultura da Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Indonésia, Angola, África do Sul, União Africana, Vice-Ministro adjunto da Rússia, Vice-Ministro do Japão, Vice-Ministro da Coreia do Sul, Vice-Ministro da China, Vice-Ministro de Portugal, e mais de 20 organizações internacionais como UNESCO e UNCTAD.

 

Durante o G20 serão discutidos quatro eixos temáticos, sendo a Diversidade Cultural e Inclusão Social; Direitos Autorais e Ambiente Digital; Economia Criativa e Desenvolvimento Sustentável e Preservação, Salvaguarda e Promoção do Patrimônio Cultural e da Memória. “Esperamos que o Encontro sirva para projetar a cultura baiana, mas principalmente para sedimentar a Cultura como vetor fundamental do desenvolvimento sustentável e para o fortalecimento das democracias”, afirma o secretário de Cultura, Bruno Monteiro.

 

Casa Bahia G20

 

Através das secretarias de estado, o Governo projetará a Bahia com diversas atividades. No Centro de Convenções de Salvador será instalada a Casa Bahia no G20 Cultura Brasil 2024, com apoio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre) para comercialização de produtos de 14 Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol) e peças do Programa Artesanato da Bahia, entre elas parte da coleção de acessórios “Axé Raízes do Quilombo”, apresentada na passarela da 58ª São Paulo fashion Week, no desfile da marca baiana Meninos Rei.

 

A coleção é composta de bolsas, chapéus, brincos, colares, pulseiras, mochilas e tops, confeccionados a partir da técnica de trançado com a palha de piaçava, palha da costa e montagem em miçangas. As peças foram produzidas por mulheres da Associação de Artesanato Raízes do Quilombo, do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, sob a coordenação dos estilistas Ceu e Junior Rocha.

 

Exposições

 

Também no Centro de Convenções de Salvador será montada a Exposição Frans Krajceberg, com obras e a trajetória do artista plástico e ativista ambiental que, a partir da flora brasileira, criou uma arquitetura da natureza, trazendo a questão ambiental como questão de ordem ética dentro da arte.

 

Já no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC), ministras e ministros da Cultura de países do G20 visitarão a Exposição Dona Fulô e Outras Joias Negras, que conta a trajetória de riquezas produzidas no Brasil no contexto da diáspora africana.

 

Sinfonia Terra Brasilis

 

O concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) com o tema Sinfonia Terra Brasilis marcará o encerramento do G20 da Cultura no dia 08 de novembro, às 19h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. A apresentação contará com a apresentação de vários artistas convidados, mostrando a diversidade das expressões artísticas brasileiras e fazendo um passeio pela riqueza cultural do país.

 

A reunião do G20 da Cultura, em Salvador, é uma realização do Ministério da Cultura, OEI e Unesco, e parceria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Congresso Nacional vai parar no início de novembro para sediar a cúpula de presidentes de parlamentos do G20
Foto: Arquivo Comunicação Câmara dos Deputados

Depois de ficar praticamente paralisado e com poucas atividades no mês de outubro devido ao calendário eleitoral, o Congresso Nacional só deve aumentar seu ritmo de trabalho e votações de projetos importantes a partir da segunda semana de novembro. Isso porque a Câmara dos Deputados e o Senado Federal sediarão, entre os dis 6 e 8 de novembro, a 10ª Cúpula de Presidentes de Parlamentos do G20 (P20), que ocorrerá no Palácio do Congresso Nacional. Durante essa semana, não haverá atividades em plenário ou nas comissões na Câmara e no Senado.

 

O P20 foi criado em 2010, com o objetivo de envolver os parlamentares nas discussões do G20, de modo a fortalecer a colaboração global e a aplicação dos acordos internacionais que forem propostos pelo grupo de países. Como as decisões do G20 resultam em tratados ou acordos internacionais que precisam ser ratificados e aprovados pelos parlamento de cada país do grupo, o P20 é fundamental para garantir a implementação de acordos internacionais em seus países.

 

O encontro do P20 será realizado alguns dias antes da cúpula do G20, que reunirá chefes de Estado e de Governo das maiores economias do mundo, marcada para os dias 18 e 19 na cidade do Rio de Janeiro. Como o Brasil assumiu o comando do G20 em dezembro do ano passado, durante reunião na Índia, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, preside o P20.

 

Em alinhamento com as áreas prioritárias do G20 deste ano, a 10ª Cúpula do P20 promoverá debates e trocas sob o tema "Parlamentos para um Mundo Justo e um Planeta Sustentável". O objetivo dos debates é identificar estratégias para impactar positivamente a vida das pessoas em seus países e na comunidade internacional. 

 

Para o encontro do P20, que será realizado em Brasília, 62 delegações foram convidadas, representando os parlamentos de 35 países, juntamente com sete instituições internacionais, incluindo a ONU, a União Interparlamentar (UIP) e o Parlamento do Mercosul.

 

De acordo com a programação do evento, no dia 6 de novembro, acontecerá o "Fórum Parlamentar do G20: Rumo à Implementação das Recomendações do 1º Encontro de Mulheres Parlamentares do P20". Esse encontro foi realizado em Maceió, em julho, com mais de 30 delegações estrangeiras, resultando na Carta de Alagoas, que será apresentada na Cúpula do P20. 

 

O fórum discutirá a promoção da justiça climática e do desenvolvimento sustentável sob a perspectiva de gênero e raça; a ampliação da representatividade feminina nos espaços decisórios; e o combate às desigualdades de gênero e raça.

 

No dia 7 de novembro, será realizada a cerimônia oficial de abertura da Cúpula do P20, com a chegada dos presidentes dos parlamentos participantes, e duas sessões de trabalho com os seguintes temas: a contribuição dos Parlamentos no combate à fome, à pobreza e à desigualdade em nível global; desenvolvimento socioambiental e uma transição ecológica justa e inclusiva, incluindo o enfrentamento de desastres naturais e induzidos pelo homem.

 

No dia 8 de novembro, a última sessão de trabalho discutirá a governança global adaptada aos desafios do século XXI. Ao final da reunião do P20, está prevista a leitura de uma Declaração Conjunta, que será entregue à Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, com a presença de líderes dos 19 países-membros, da União Africana e da União Europeia.

 

Durante os três dias do evento, os parlamentares também terão a oportunidade de participar de reuniões bilaterais para discutir temas de interesse mútuo.
 

Evento paralelo ao G20 discutirá Estado socialmente justo
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Organizações da sociedade civil, especialistas e representantes de universidades e de organismos internacionais debatem, de segunda (22) a sexta-feira (26), um modelo de Estado socialmente justo que garanta o desenvolvimento sustentável. O evento States of the Future (Estados do Futuro, em inglês) ocorre na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

 

O encontro ocorrerá paralelamente à reunião de ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana). A reunião do G20 só começa na quarta-feira (24), mas os vice-ministros, secretários e diretores dos ministérios de Finanças e dos Bancos Centrais fazem reuniões preparatórias na segunda e na terça-feira (23). As informações são da Agência Brasil.

 

A programação terá conferências magnas e painéis em formato de talk-show. Entre os políticos confirmados, estão o presidente eleito do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, e a ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet.

 

Entre os professores e especialistas presentes, estão Ailton Krenak, liderança indígena e imortal da Academia Brasileira de Letras; Denise Ferreira da Silva, professora da New York University; Mariana Mazzucato, diretora fundadora do Instituto para Inovação e Propósito Público da University College London (IIPP/UCL); e Ha-Joon Chang, professor da School of Oriental and African Studies da Universidade de Londres e autor de livros como Chutando a Escada.

 

Segundo o BNDES, o cenário atual tem trazido grandes desafios aos governos. Avanços tecnológicos, pandemias, mudanças climáticas, novas ameaças à segurança transnacional e evoluções significativas no mercado de trabalho exigem novas respostas, por meio da construção de um modelo de desenvolvimento mais sustentável e com justiça social.

 

PROGRAMAÇÃO

De segunda a quarta-feira, os painéis debaterão os atuais desafios de política industrial, econômica e de sustentabilidade, ainda sob os impactos sofridos pela pandemia de covid-19. Nesses dias, o evento será transmitido ao vivo no canal do BNDES no Youtube.

 

Também haverá discussões sobre o papel do Estado para liderar as mudanças necessárias, com a proposição de caminhos que redesenhem as instituições e criem Estados resilientes e ágeis. Os painéis também abordarão o sistema de governança global e o papel dos atores estatais e não estatais na construção de futuros.

 

A quinta (25) e a sexta-feira serão dedicadas a seminários e mesas simultâneas de diálogo social, entre especialistas nacionais e internacionais e organizações da sociedade civil. Eles discutirão temas como transformação digital, diversidade, inclusão, futuro do trabalho no serviço público e transformação da educação.

 

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, abrirá o evento, nesta segunda. Na terça, a diretora socioambiental do banco, Tereza Campello fará a abertura. Os diretores Nelson Barbosa (Planejamento e Relações Institucionais) e as diretoras Helena Tenorio (Pessoas, TI e Operações) e Luciana Costa (Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática) também participarão do evento.

 

Além do BNDES, o evento é promovido pelos Ministérios da Gestão e Inovação em Serviços Públicos; das Relações Exteriores; e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O States of the Future tem o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud, da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), da Maranta, da Open Society Foundations e do Instituto República.org.

Delegações do G20 desembarcam em Salvador para reunião sobre combate à fome e desigualdade nesta segunda-feira
Foto: Fernando Vivas/GOVBA

 

Representantes das maiores economias do mundo desembarcaram desde o início do fim de semana (25), no Aeroporto Internacional de Salvador. As 45 delegações do G20, compostas por 19 países, além da União Africana e da União Europeia, estão sendo recebidas por equipes da Secretaria Estadual de Turismo (Setur-BA), com um serviço de receptivo, que inclui apresentações para evidenciar a riqueza histórica e cultural da Bahia. Eles participam da primeira reunião do Grupo, no Centro de Convenções Salvador, na segunda-feira (27), para debater pautas prioritárias como o combate à fome, pobreza e desigualdade. 

 

Após o desembarque, as comitivas dos países participantes são direcionadas à Sala VIP do G20, montada pela Setur-BA no aeroporto, onde são recepcionadas por um grupo de capoeira e baianas. “Vamos até o desembarque e conduzimos até essa sala e ambientamos eles com um pouco da cultura da Bahia. Depois eles vão até a van e seguem para os seus hotéis. Esse é um trabalho que a Setur vem desenvolvendo com muita expertise durante todo o ano. O posto do aeroporto é aberto todos os dias e conta com colaboradores que falam outras línguas e dão todo apoio ao turista”, pontuou a supervisora do Serviço de Atendimento ao Turista (SAT) do Aeroporto, Patrícia Seabra. Os representantes do G20 vêm de várias partes do mundo, como Rússia, Arábia Saudita, Canadá, Indonésia, China, Singapura.

 

Pela primeira vez na Bahia e representando a Arábia Saudita, Ibrahim Alkaltham, ficou  entusiasmado por estar na Bahia. “Faço parte da delegação do meu país e esta é a minha primeira vez na reunião do G20 e neste estado. As expectativas são as melhores possíveis após essa recepção calorosa”, afirmou. 

 

Yogie Yohanes, da Embaixada da Indonésia no Brasil, contou sobre o que espera da reunião. “A minha expectativa é de que os países do G20 possam fazer uma ação conjunta com o Brasil e com os países emergentes, acompanhar as necessidades de cada um deles e fazê-los crescer”, disse. 

 

Os capoeiristas da Cia Tradições, coordenados pelo coreógrafo e diretor artístico, Denys Silva e a baiana Marinalva Ribeiro da Silva, foram as grandes atrações. “Fizemos aqui, uma apresentação de capoeira e samba de roda bem bacana, onde conseguimos uma ótima interação com o público. Foi maravilhoso receber pessoas que nunca tinham visto um berimbau pessoalmente. Eles ficaram bem entusiasmados olhando, perguntando coisas sobre como era o som, e ficaram felizes”, contou Denys Silva. 

 

A maior curiosidade das comitivas, apontada pela baiana Marinalva, foi sobre a vestimenta. “Eles querem saber sobre tudo: o significado dos colares, da fitinha do Senhor do Bonfim, como veste essa roupa e o que tem por debaixo desse vestido para ser tão rodado. São bastante curiosos e gostam muito da nossa recepção”, contou. 

 

Durante o evento no Centro de Convenções, que terá a presença de cerca de 200 delegados estrangeiros, também estão previstos estandes de secretarias estaduais, e uma apresentação com o tema Dança dos Orixás, demonstrando mais um pouco da riqueza cultural da Bahia. Ainda está incluído na programação, um passeio turístico para o Pelourinho.

 

REUNIÃO

A reunião faz parte do Grupo de Trabalho (GT) de Desenvolvimento e terá abertura oficial na segunda-feira (27), às 9h, com as presenças do sherpa (líder) do Brasil no G20, embaixador Mauricio Lyrio, e do diretor da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador Ruy Pereira. 

 

Na capital baiana, o GT irá apresentar estudos durante o encontro, que acontece até quarta-feira (20), incluindo políticas de inclusão para mulheres e grupos marginalizados, combate à pobreza infantil e às desigualdades, por meio de políticas inclusivas e de redução das desigualdades raciais no mundo do trabalho.

Representantes das Supremas Cortes dos países do G20 participam de encontro no RJ a partir desta segunda
Foto: Gustavo Moreno / SCO / STF

Presidentes e representantes das Supremas Cortes e dos Tribunais Constitucionais dos países integrantes do G20, da União Europeia e da União Africana reúnem-se no Rio de Janeiro para intercâmbio de ideias e de iniciativas sobre temas jurídicos relevantes e atuais, a fim de instituir um fórum global para órgãos de jurisdição constitucional.

 

Organizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o J20 ocorre no contexto da presidência do Brasil no G20 em 2024. O objetivo é propor projetos de cooperação multilateral e bilateral sobre cidadania, inclusão social, litigância climática, desenvolvimento sustentável, transformação digital e uso da tecnologia para a eficiência da Justiça.

Programação

Os participantes foram recepcionados na tarde de domingo (12). Nesta segunda-feira (13), após a abertura oficial do evento, ocorrem as sessões temáticas sobre “Promoção da Cidadania e da Inclusão Social pelo Poder Judiciário”, programada para 10h30, e “Litigância Climática e Desenvolvimento Sustentável”, marcada para às 15h. Ambas as sessões serão restritas às comitivas.

 

O encontro de terça-feira (14) será aberto ao público e o debate se dará em torno do tema “Transformação Digital e Uso da Tecnologia para a Eficiência da Justiça”. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, fará a abertura de cada sessão.

Brasil anuncia iniciativa global para integridade da informação sobre mudanças climáticas
Foto: Audiovisual / G20 Brasil

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, anunciou que o Brasil está na liderança de uma iniciativa global para promover a integridade da informação sobre mudanças climáticas e compreende o G20 como espaço privilegiado para isso. A declaração foi feita nesta quarta-feira (1), durante a abertura do evento paralelo do grupo de trabalho de Economia Digital do Fórum, em São Paulo.

 

De acordo com Pimenta, as Nações Unidas e a Unesco já estão “gestando a proposta”, que deve reunir coletivos internacionais de pesquisadores como a Rede de Conhecimento Global, o Observatório da Informação e Democracia e o Painel Internacional sobre o Ambiente Informacional, assim como outras agências do Sistema ONU envolvidas no enfrentamento das mudanças climáticas. 

 

“Acreditamos que a desinformação e o discurso de ódio afetam o exercício pleno de direitos individuais e coletivos. O enfrentamento à desinformação e ao discurso de ódio fortalece a liberdade de expressão, porque promove o acesso à informação para o conjunto da sociedade e protege o direito de expressão de grupos minorizados”, afirmou.

 

Pimenta ainda destacou que o governo busca diálogo permanente para enfrentar a desinformação e o discurso de ódio, defendendo os direitos humanos. Para ilustrar os esforços, falou sobre iniciativas como o Brasil contra Fake, a plataforma ComunicaBR e a Estratégia Brasileira de Educação Midiática. “O Brasil aposta numa abordagem abrangente, que promova equilíbrio de direitos. Acreditamos no valor da informação e da transparência para garantir que os cidadãos tenham informações precisas sobre o governo e as políticas públicas".

 

REGULAÇÃO 

Pimenta salientou ainda que o Brasil seguirá pautando globalmente a urgência pela regulação “democrática” das plataformas digitais. O chefe da Comunicação do governo resgatou que o modelo de negócio das empresas favorece a disseminação de desinformação e discursos de ódio e que as plataformas precisam ter mais responsabilidade para garantir que o ambiente digital não seja usado para a disseminação de conteúdos ilegais. “A regulação deve ser equilibrada para promover e garantir a liberdade de expressão ao mesmo tempo em que protege outros direitos fundamentais dos cidadãos. Entendemos que a União Europeia e o Reino Unido são referências de legislação recente que vão nessa direção e devem inspirar os debates globais”, declarou. 

Tourinho cita "entraves" com Secult-BA e reclama que prefeitura está sendo “escanteada” sobre G20 em Salvador
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

“A parte ruim do negócio para mim tem sido lidar com essa dimensão política eleitoreira e isso afeta um pouco essas relações”. Essa foi a fala do secretário de Cultura (Secult) de Salvador, Pedro Tourinho, sobre a relação com o Secretário de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), Bruno Monteiro.

 

Durante o Carnaval, Bruno Monteiro, sugeriu que a prefeitura queria “pongar” no sucesso do Carnaval do Centro Histórico, afirmando que havia uma tentativa de “apropriação de algo que a Prefeitura não teve participação”. Durante entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (26), Tourinho, que já havia rebatido a declaração de Monteiro, afirmou não estar interessado na disputa política acerca do Centro Histórico, e que deseja seguir fazendo seu trabalho.

 

“Como assim se apropriar? Cada um tem o seu papel. Não tem esse negócio de apropriação. [...] Não estou interessado na disputa política pelo território do Centro Histórico. Queremos fazer a parte que nos cabe no Centro Histórico. Não quero dizer que o Centro Histórico é da cidade, do Estado ou Federal. O Centro Histórico pertence à população da cidade e cada um tem seu papel a fazer. Acho que, de alguma forma, essa dinâmica política atrapalhou um pouco essa possibilidade de alinhamento total nas ações”, afirmou Pedro Tourinho, destacando que houve diálogos com o Governo do Estado para elaborar o Carnaval, e que não entendeu o questionamento de Monteiro.

 

O secretário ainda pontuou a dificuldade em manter diálogos a nível federal, dando a entender que os entraves estaduais transbordaram para outra esfera, uma vez que a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, é alinhada com o governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Tourinho citou como exemplo o fato da prefeitura, de acordo com ele, está sendo escanteada nos diálogos sobre a reunião do G20 em Salvador.

 

“Vamos ter o G20 agora. O governo federal e estadual escantearam a prefeitura dessa conversa. A gente fica um pouco à mercê. Teve a visita técnica, mas ficamos escanteados da conversa. Por que eles estão fazendo isso? Não era melhor fazer isso [G20] juntos?”, questionou o secretário de cultura de Salvador. A capital baiana será uma das 13 cidades-sede que receberão reuniões temáticas grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana. 

 

IPHAN

Ainda na esteiras das críticas acerca dos diálogos a nivel federal, o secretário de cultura de Salvador também destacou que existiam conversas com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para um programa de habitação no Centro Histórico, mas que acabou não indo à frente, sem motivo aparente. “Começamos o ano passado com uma ótima conversa com o Iphan para fazer uma programa de habitação, em conjunto, no Centro Histórico. Fomos os primeiros a levar esse projeto para eles. De repente parou e estamos seguindo com recurso próprio. Então você sente que tem algumas coisas”, disse o secretário.

Lula participa de reunião preparatória do G20 nesta quarta-feira
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (13) de uma reunião conjunta das trilhas de Sherpas e das Finanças do G20 Brasil. É o primeiro encontro das duas trilhas juntos na fase inicial de discussões do G20.

 

A primeira reunião do G20 Brasil terminou nesta terça-feira (12), em Brasília. A ocasião contou com a presença dos sherpas, que são os emissários pessoais dos líderes do G20, responsáveis por supervisionar as negociações, discutir os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenar a maior parte do trabalho. Já nesta quinta-feira será iniciado o momento da Trilha de Finanças, que contará com vice-ministros das Finanças e vice-presidentes de bancos centrais do G20.

 

O encontro dos sherpas terá a presença de autoridades das maiores economias do mundo, 19 países mais União Africana e União Europeia, além dos oito países convidados. No final do encontro, o  ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, enfatizou sobre os três objetivos da presidência brasileira (inclusão social e combate à fome; transição energética e desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global). O ministro destacou ainda a intenção do Brasil em fomentar a participação social no processo do G20.

 

“Ao assumir a presidência do G20, não planejamos resolver os problemas do mundo. Nosso plano é apresentar-lhes um conjunto de bons pontos de partida, e estamos prontos para dar nossa parcela de contribuição. Durante nossa presidência, trabalharemos para construir um consenso dentro do grupo, ouvindo todos os membros e buscando o mais alto nível de ambição para que o G20 produza resultados”, afirmou o ministro.

 

Após o primeiro ciclo neste mês, as próximas reuniões do G20 estão previstas para o ano que vem, 2024, na segunda semana de janeiro, por videoconferência.

Salvador será uma das cidades-sede do G20 em 2024
Foto: Betto Jr. / Secom PMS

O prefeito Bruno Reis confirmou nesta quarta-feira (6) que Salvador será uma das 13 cidades-sede que receberão reuniões temáticas do G20 no próximo ano. O Brasil assumiu pela primeira vez a presidência do grupo, que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. Antes, o Governo federal já tinha informado que 13 cidades vão receber o evento em fevereiro de 2024, quando as reuniões ministeriais serão iniciadas. 

 

“Ano que vem, Salvador vai receber uma série de encontros de grupos de trabalho do G20, e a Prefeitura vai dar todo o apoio institucional e operacional. Já estamos fazendo a devida articulação junto ao governo federal, dando apoio e a infraestrutura necessária para a realização e para que nós possamos receber aqui esses grandes líderes mundiais que vão discutir o futuro do Brasil e do mundo”, afirmou o prefeito. 

 

Ao longo do mandato, que dura um ano, o Brasil organizará mais de 100 reuniões de grupos de trabalho, que serão realizadas tanto virtual quanto presencialmente, e cerca de 20 encontros ministeriais, culminando com a Cúpula de Chefes de Governo e Estado que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024.

 

“Acho que é um reconhecimento ao grande momento que vive em Salvador, há o desejo de todos de virem a Salvador e que poderão ter a oportunidade para trabalhar, para discutir os problemas globais, mas também é um momento em que as pessoas podem conhecer a nova Salvador que nós estamos construindo”, salientou o prefeito.

Brasil, Índia e Indonésia assinam acordo para elevar tuberculose para prioridade do G20
Foto: Reprodução / Agência Brasil

Brasil, Índia e Indonésia formalizaram uma coalisão no último sábado (25), em Varanasi, na Índia, para elevar a tuberculose para prioridade na Agenda Global do G20. A iniciativa aconteceu durante a 36ª Reunião do Conselho de Parceria da Stop TB. Na ocasião, o Ministério da Saúde do Brasil foi representado na ocasião pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

 

A secretária reafirmou o empenho em acelerar e fortalecer os esforços para eliminar a tuberculose como problema de saúde pública no Brasil até 2030, cinco anos à frente da meta global. "A proteção social e o respeito pela dignidade humana estarão no centro da agenda do governo. Essa abordagem provou ser eficaz na eliminação da tuberculose e de outras doenças associadas à pobreza. O Ministério da Saúde trabalha em conjunto com outros ministérios, o setor privado e financiadores internacionais para tornar isso possível", reforçou.

 

A tuberculose leva mais de um milhão de pessoas a óbito anualmente e cerca de 10 milhões de pessoas adoecem no mundo. A doença afeta desproporcionalmente os mais vulneráveis.

 

A Stop TB Partnership é um conglomerado global com mais de 2 mil parceiros de comunidades de TB, organizações técnicas e internacionais, programas governamentais, agências de pesquisa e financiamento, fundações, ONGs, sociedade e grupos comunitários e empresas do setor privado, todos comprometidos em eliminar a tuberculose como um problema de saúde pública até 2030.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

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O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

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