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A produção dos cineastas baianos estará em evidência na programação gratuita do Panorama Coisa de Cinema, na Sala Walter da Silveira, a partir da próxima quinta-feira (3). Filmes da Retrospectiva Documentários Sérgio Machado e da Competitiva Baiana são maioria entre os 24 filmes selecionados para exibição neste cinema da Biblioteca dos Barris.
A sessão que reúne seis curtas produzidos na Bahia no ano será seguida de debates com os diretores. A Competitiva Baiana III acontece no dia 6/4, às 18h, e traz um olhar sobre a infância em quatro dos filmes programados. Em “Vovó foi pro céu”, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter, uma menina de 7 anos tenta aprender a lidar com o luto.
Já em "Menina espoleta e os super-heróis secretos" (Paula Lice, Pedro Perazzo e Tais Bichara), “Bárbara” (Vilma Carla Martins) e "Meu pai e a praia" (Marcos Alexandre) a imaginação infantil, sonhos de crianças e a capacidade de criar novos mundos são abordados com sensibilidade. A sessão tem ainda “O amor não cabe na sala” (Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira) e “Ymburana” (Mamirawá).
A programação da Competitiva Baiana na Walter tem ainda “Quem é essa mulher?”, de Mariana Jaspe, que desvenda a história da baiana Maria Odília Teixeira, neta de uma ex-escravizada que se tornou a primeira médica negra do Brasil. Outros destaques são o documentário "O samba antes do samba", onde Paulo Alcoforado resgata a história do samba de chula do Recôncavo; e "Catadoras", de Dayse Porto, que dá voz a mulheres que trabalham com reciclagem.
A música se faz presente na Competitiva com "WR Discos - uma invenção musical" (Nuno Penna e Maira Cristina), que revisita a trajetória do icônico estúdio baiano WR, e "Volta ao mundo, Kamará" (Eduardo Tosta e Karol Azevedo), que acompanha a turnê europeia da Orquestra NEOJIBA.
Da Retrospectiva Documentários Sérgio Machado, a programação da Walter terá "A luta do século", sobre a rivalidade entre os boxeadores Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield; “3 obás de Xangô”, que aborda a amizade de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé; “Onde a Terra Acaba”, um resgate da vida e a obra de Mário Peixoto, diretor do clássico “Limite”.
SERVIÇO
O que: XX Panorama na Walter da Silveira
Quando: 3 a 9 de abril
Onde: Sala Walter da Silveira (Biblioteca dos Barris).
Acesso gratuito
Sete produções baianas foram selecionadas para integrar a 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontece de 22 a 30 de janeiro de 2021, em edição online (clique aqui) e gratuita.
Pela primeira vez em sua história, a Mostra Aurora, que integra a programação da Mostra de Tiradentes, reúne três filmes da Bahia: “Açucena”, de Isaac Donato; “Rosa Tirana”, de Rogério Sagui e “Eu, Empresa”, uma coprodução Bahia/Minas Gerais, de Leon Sampaio e Marcus Curvelo.
Além destas produções, quatro curtas-metragens do estado foram selecionados na 24ª edição da mostra de cinema: “A destruição do planeta live”, dirigido por Marcus Curvelo; “À beira do planeta mainha soprou a gente”, com direção e roteiro de Bruna Barros e Bruna Castro; “Vander”, de Bárbara Carmo e “5 fitas”, dos diretores Heraldo de Deus e Vilma Martins, que também assinam o roteiro.
A Rosza Filmes liberou, na última quinta-feira (11), três filmes do seu catálogo gratuitamente na plataforma do YouTube. Estão em cartaz os filmes "Café com Canela" (2017), "A Ilha" (2018) e "Até o Fim" (2020), que trazem no elenco artistas como Aldri Anunciação, Tia Má, Babu Santana e Valdinéia Soriano. Todas as produções foram rodadas em cidades do Recôncavo baiano e do Baixo Sul e estarão disponíveis até 2 de julho.
Ao Bahia Notícias, uma das realizadoras dos filmes, a cineasta Glenda Nicácio, contou que a iniciativa de exibir as obras no YouTube se deu por causa do "tumulto, ao caos do momento". "Acho que é uma ação totalmente de emergência, em um período de emergência. Para nós ficou clara a necessidade de compartilhamento em que parece tudo frágil e o cinema que a gente produz poderia ser uma forma de se aproximar das pessoas e, sobretudo, de aproximar elas a essas histórias, dessas pessoas, dessas narrativas negras", ressaltou, afirmando que todo mundo sai ganhando com essa circulação virtual.
Em meio à pandemia, o também cineasta Ary Rosa e parceiro de Glenda na direção da produtora, diz acreditar que o mundo não é mais o mesmo e com isso a sétima arte, assim como outras áreas, está em processo de reinvenção e a disputa pela exibição no modelo formal será desleal quando houver a reabertura das salas em todo o país.
"Os contratos e os acordos estão sendo revistos. Não dá para a gente acreditar que, por exemplo, algum filme independente que tenha a sala de cinema como primeira janela [de exibição] e esteja pronto - considerando que as salas de cinema estão sem previsão de reabertura para este ano - tenha espaço, se a gente imaginar que outras obras como as de Hollywood e até mesmo as nacionais estão represadas e vão querer 'entrar de sola'", avalia Ary.
Em processo de mudança também está o percurso para a produção de obras audiovisuais no país. A dupla conta que as obras executadas até aqui contaram com o financiamentos de entes públicos como a Ancine e a TVE Bahia através de dispositivos de fomento e editais - estes, por sua vez, segundo os realizadores, estão cada vez mais escassos. "A gente começou a rever nossos modos de produção, "Até o Fim" foi um filme feito com os recursos que a gente ganhou com "Café com Canela", por exemplo. A gente tá se programando agora para fazer filmes com orçamento baixo, com a divisão de lucros envolvendo as empresas parceiras e um roteiro que propõe economia", relatou Ary.
Essa maneira com que fazem filmes, contou Glenda Nicácio, é também produto da localização destas produções. Segundo ela, o Recôncavo transpassa a existência dos filmes e integra a forma e o conteúdo deles. "É o lugar onde a gente se conheceu [ela e Ary], onde a gente aprendeu a fazer cinema. Cachoeira é o lugar que nos ensina a fazer cinema juntos também, em grupo, em coletivo, criando laços de irmandade. Isso fez com que a gente amarrasse todas essas palavras em nossas vivências. Cada filme joga a gente em um processo específico e a gente se joga nisso para conceber".
A repercussão da exibição através do YouTube tem sido positiva desde o lançamento, na última semana. De acordo com Ary, a exibição online "quebra uma parede de proteção" que é comum na exibição nos festivais e na TV. "A gente tem recebido muitos comentários, muita gente agradecendo, feliz com a disponibilização. Tá tocando muita gente porque muda muito o público. Com isso a gente também abre muito para outras coisas que também existem, como o racismo, a homofobia... Mas faz parte, isso não nos amedronta, nem nos intimida, acho que o mais importante é chegar em pessoas que precisam ver esses filmes e que querem ver esses filmes".
Além dos filmes também estão disponíveis no canal da produtora (veja aqui) os making-ofs, as trilhas sonoras e os roteiros.
Na noite desta quarta-feira (21), foram anunciados os filmes premiados no XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema.
O longa-metragem baiano "Ilha", de Ary Rosa e Glenda Nicácio foi o vencedor da categoria Menção Especial pelo júri da Competitiva Nacional do XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema. E o curta "As Balas que Não Dei a Meu Filho" realizado por Thiago Gomes na periferia de Salvador ganhou o Prêmio de Aquisição Elo Company, uma novidade desta edição.
Mostrando um jovem da periferia que sequestra um cineasta para filmar sua história, o novo filme de Ary e Glenda também foi o longa nacional escolhido pelo Júri Jovem. Premiada no Panorama de 2017 por “Café com Canela”, a dupla de cineastas foi representada na cerimônia pelo ator Aldri Anunciação, protagonista de “Ilha”.
Além de ganhar o prêmio Elo por seu curta, Thiago Gomes também foi ao palco receber o troféu Igluscupe de Melhor Longa Baiano por Bando, documentário que ele dirigiu com o ator Lázaro Ramos. Produzido em Ipiaú, interior do estado, o longa Dr. Ocride, de Edson Bastos e Henrique Filho, foi a escolha dos júris Jovem e APC Bahia.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Silvio Humberto
"A situação ganhou maiores proporções: fui surpreendido com os gritos dessa pessoa em minha direção, na porta da Câmara de Vereadores. Lá, fui atacado, ofendido e até chamado de moleque. Tudo premeditado, filmado e divulgado nas redes sociais como um grande espetáculo".
Disse o vereador Sílvio Humberto (PSB) ao registrar, na noite de quarta-feira (3), um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia Territorial dos Barris, em Salvador, contra o ativista da causa animal Roberto Marinho.