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filho de popo
O tetracampeão de boxe Acelino “Popó” Freitas se manifestou nas redes sociais para apoiar o filho Rafael Freitas, que, segundo ele, estaria sofrendo ameaças após o episódio envolvendo uma confusão na última edição do Spaten Fight Night. O ex-campeão relatou que também foi alvo de agressões ilegais e afirmou que pretende recorrer à Justiça para enfrentar a situação.
Durante a publicação, Popó reconheceu que o filho errou ao reagir em meio à confusão, mas destacou o pedido de desculpas feito por ele. “Você errou, sim, como tantos ali, mas sei que sua intenção foi apenas me defender”, escreveu o ex-pugilista. Ele ainda reforçou que tentou conter os familiares presentes no evento e criticou a postura de profissionais da luta, que, segundo ele, o atacaram sem chance de defesa.
O baiano também afirmou estar “estarrecido, triste e envergonhado” com os desdobramentos do caso, e ressaltou que agora caberá à Justiça dar sequência ao episódio. Ao final, direcionou uma mensagem de incentivo ao filho, garantindo apoio e união familiar.
Na última terça-feira (30), o Conselho Nacional de Boxe (CNB) suspendeu Acelino Freitas (Popó), Wanderlei Silva, Iago Freitas, Luis Claudio Freitas, Lucas Silva e André Amado após envolvimento na confusão depois do confronto entre Popó e Wanderlei na segunda edição do Spaten Fight Night.
Confira o texto publicado por Popó na íntegra:
"Filho, seja forte nas adversidades. Você está sendo ameaçado de todos os lados, mas quem conhece seu coração sabe que não merece isso. Você não está sozinho. Seu pai sofreu no ringue: durante a luta e depois. Sofri com jogo sujo e golpes ilegais conscientes, que levaram meu adversário à desclassificação e me deram a vitória. Ele queria vencer a qualquer custo, minando minha capacidade de lutar. Sei o quanto você ficou apreensivo e reagiu na emoção. Você errou, sim, como tantos ali, mas sei que sua intenção foi apenas me defender. Você pediu desculpas publicamente — e isso eu admiro, pois ninguém do outro lado teve a hombridade de fazer o mesmo. Seu gesto foi nobre, mas não querem te ouvir. Também não querem ouvir a mim, que tenho feito apelos pela paz, ignorados mesmo após antes eu ter sido covardemente atacado por profissionais da luta, sem chance de defesa. Fui hospitalizado, operei e desfalquei uma luta anunciada, com prejuízos. Se querem resolver na justiça, teremos que estar prontos. Eu e você, juntos, em família. Contra quem nos atacou, contra as inverdades que espalham a cada minuto. Na justiça, teremos que nos defender e atacar - com a verdade. A vida é assim, meu filho. Está claro que tentei conter o time — pessoas da nossa família, do meu sangue. Curiosamente, o filho do meu adversário foi o primeiro a desferir golpes, enquanto os meus protestavam em gestos e palavras. Foi duro para eles também verem os golpes ilegais que sofri, proibidos até no MMA, pelo risco à vida. Nada justifica o ímpeto deles, e eu não quero isso. Se pudesse voltar atrás, eu voltaria - já disse isso. Antes de qualquer golpe atingir meu adversário, eu já estava caído nas cordas, sendo agredido covardemente por profissionais experientes da luta. Estou estarrecido. Triste. Envergonhado. Infelizmente, meu oponente, a quem mantenho o respeito como ídolo, está sendo levado a erro por pessoas que só querem se aproveitar dele. É triste. Rafael, você não precisava me defender. Esse é o meu papel. Nós conversamos e te repreendi, mas sei o filho maravilhoso que eu tenho e as bases em que você foi criado. Não tenha medo. Seu pai está aqui. Estamos juntos. Fique firme. Eu te amo"
Acelino Popó Freitas, tetracampeão mundial unificado de boxe, celebrou uma vitória especial fora dos ringues nesta semana. Seu filho, Juan Freitas, de 24 anos, formou-se em medicina, e a conquista trouxe muita emoção ao pugilista baiano.
Durante a cerimônia de formatura, Popó não conteve as lágrimas ao abraçar Juan. Ele registrou momentos do evento em vídeos, mostrando as fotos do filho no telão, e participou ativamente das celebrações, segurando balões que formavam o nome de Juan.
Popó subiu ao palco acompanhado de Manoela Vidal, mãe de Juan, e da avó Cláudia Vidal. O pugilista ainda brincou com o filho, encenando uma luta enquanto o carregava no colo, arrancando sorrisos dos presentes.
No ano passado, Juan prestou uma homenagem ao pai em suas redes sociais, destacando a trajetória de superação de Popó.
"Foi com muita luta que ele conseguiu se consagrar Tetracampeão Mundial Unificado de Boxe e se tornar esse ídolo mundial... Mas isso nem se compara à maior luta que ele já enfrentou: a pobreza. Ele dormiu no chão de casa até os 23 anos de idade e lutou contra a fome e todas as dificuldades que a vulnerabilidade social poderia trazer. Meu pai é motivo de muito orgulho."
Além da admiração pela carreira, Juan ressaltou o papel fundamental de Popó em sua vida pessoal. Ele contou que, ao ter sua sexualidade exposta por terceiros durante a adolescência, o pai foi seu maior suporte.
"Quando tive meu direito de me 'assumir' violado, sem a minha permissão, no maior momento de dor e incerteza da minha vida, ele me acolheu como ninguém. Ele não virou as costas quando mais precisei e me amou incondicionalmente. Foi nesse momento que nos conectamos verdadeiramente como pai e filho."
Juan também agradeceu o apoio do pai em sua educação, fundamental para que realizasse o sonho de se tornar médico. Ele revelou que abriu mão da festa de formatura para destinar os recursos a instituições de caridade.
"Saber de todas as dificuldades que ele enfrentou e, ao longo da minha vida, adquirir consciência de classe e do meu privilégio, me fez decidir abdicar do meu Baile de Formatura. Vou converter o dinheiro em fundos para casas de apoio a crianças que vivem com AIDS e para a população LGBTQIAP+ em situação de vulnerabilidade. Escolheremos essas casas juntos, para transformar o mundo com pequenas ações no dia a dia."
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"As facções também investem, e muito, em inteligência. Eles montam uma indústria de armas. No último fim de semana vimos que muitas dessas peças são montadas aqui mesmo, não vêm todas de fora".
Disse o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) ao comentar que não há negacionismo na política de segurança pública do estado e destacou que o enfrentamento ao crime hoje exige novas estratégias, diante da evolução tecnológica das facções criminosas.