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O Cremonese, clube da segunda divisão do futebol italiano, anunciou na manhã desta segunda-feira (14) a contratação por empréstimo do lateral-direito Romano Floriani Mussolini, bisneto de Benito Mussolini, ex-líder do Partido Nacional Fascista e figura histórica associada ao regime fascista na Itália. O vínculo do jogador com a nova equipe é válido por uma temporada, com opção de compra ao fim do período.
Romano, de 21 anos, é filho da política italiana Alessandra Mussolini e pertence à Lazio, clube onde foi formado nas divisões de base. O jovem lateral ganhou destaque no fim de 2024 ao marcar seu primeiro gol como profissional na vitória da Juve Stabia por 1 a 0 sobre o Cesena, pela Série B. O episódio, no entanto, gerou repercussão negativa: parte da torcida celebrou o gol entoando gritos com o sobrenome Mussolini e fazendo a saudação associada a seu bisavô, conhecida como "Il Duce", símbolo do antigo regime.
Bisneto de Mussolini, Romano Floriani marcou hoje seu 1° gol como profissional.
— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) December 23, 2024
Foi pela Juve Stabia, na Série B italiana, onde atua por empréstimo, porque pertence à Lazio.
Assim celebrou a torcida do clube do sul da Itália: fez saudação romana e exaltou o sobrenome fascista. pic.twitter.com/jM32ZR5IvG
Pela Juve Stabia, Romano atuou em 37 partidas na última temporada, com um gol e duas assistências. Antes disso, passou também pelo Pescara, na temporada 2023/24, onde disputou 28 jogos e deu uma assistência.
Apesar do peso do sobrenome, Romano tem buscado trilhar sua trajetória no futebol focando no desempenho esportivo. Ele tem contrato com a Lazio até junho de 2025, mas busca mais minutos e projeção com a oportunidade no Cremonese.
Após José de Abreu associar Regina Duarte ao fascismo e afirmar que “vagina não transforma uma mulher em um ser humano” pelo fato dela ter assumido um cargo no governo federal (clique aqui), o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa de sua secretária de Cultura.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, ele comentou as declarações do ator na saída do Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (5). "Na política você tem que ter um pouco de maldade. Na política você entrou num liquidificador. Tem um ator aí batendo nela [Regina], falando palavras impronunciáveis. E não vi ninguém, das feministas e da esquerda festiva que temos, falando nada. [Ele] está massacrando uma senhora que tem um passado aí que nos orgulha a todos", defendeu o presidente.
Durante o rápido encontro com os jornalistas, Bolsonaro falou ainda que não há pressa para a nomeação formal de Regina Duarte. "Ela tem um acerto com a Globo ainda. A gente está conversando, não tem pressa não. Se fizer correndo as coisas, não dá certo. Quero o bem dela, é uma pessoa que tem um coração muito grande", disse.
O cantor e compositor Caetano Veloso denunciou o governo de Jair Bolsonaro em um vídeo gravado em inglês. No vídeo, Caetano classifica o governo como fascista e diz que o presidente tem travado uma guerra contra os artistas e contra a Amazônia. Ele também chama a atenção para o documentário “Democracia em Vertigem”, da diretora Petra Costa.
Ele disse que jamais imaginou que veria tanto retrocesso no país e lembrou que em sua juventude lutou contra a ditadura e contra a censura no Brasil, sendo, inclusive, preso. Ele pede para as pessoas assistirem ao documentário e falou sobre a indicação da obras ao Oscar.
As global democracy reaches a crisis point, knowledge is one of our greatest lines of defense. @petracostal's Academy Award-nominated film THE EDGE OF DEMOCRACY is an essential documentation of the Brazilian government's backslide into fascism, and a must-watch for concerned pic.twitter.com/s1mLhnlySH
— Caetano Veloso (@caetanoveloso) January 25, 2020
Alex Kapranos, vocalista da banda britânica Franz Ferdinand, é mais uma celebridade internacional a aderir ao movimento #EleNão, em oposição ao candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL). “Eu costumava acreditar que músicos deveriam ficar fora da política, mas isso foi antes dessa era da demagogia. Não é mais possível permanecer neutro. Amo o Brasil e não posso ignorar o que está acontecendo. Sim, eu posso irritar alguns fãs, mas tenho que dizer: #EleNão”, publicou o artista em suas redes sociais, nesta terça-feira (16).
Kapranos se soma a uma lista de artistas estrangeiros que se posicionaram contra o candidato e as pautas defendidas por ele. Dentre as adesões ao #EleNão estão Madonna (clique aqui) e Roger Waters (clique aqui); os atores da série Grey'a Anatomy, Stefania Spampinato, Giacomo Gianniotti e Jesse Williams (clique aqui); o ator de Rebelde e Sense8, Alfonso Herrera (clique aqui) e a atriz Ellen Page (clique aqui). Prestes a se apresentar no Brasil, a cantora colombiana Shakira foi orientada pela produção a não se manifestar politicamente durante os shows (clique aqui).
Eu costumava acreditar que músicos deveriam ficar fora da política, mas isso foi antes dessa era da demagogia.
— alex kapranos (@alkapranos) 16 de outubro de 2018
Não é mais possível permanecer neutro.
Amo o Brasil e não posso ignorar o que está acontecendo. Sim, eu posso irritar alguns fãs, mas tenho que dizer:#EleNão https://t.co/TOHs6rCRfr
Após Roger Waters incluir o presidenciável Jair Bolsonaro entre líderes neo-fascistas a serem combatidos no mundo e aderir à campanha do “Ele Não” em seus shows no Brasil, a produção de Shakira recomendou cautela à cantora colombiana em sua passagem pelo país. Segundo informações da coluna assinada por Ancelmo Gois no jornal O Globo, a equipe orientou a artista a não se envolver com a eleição brasileira. Embaixadora da Boa Vontade do Fundo da ONU para a Infância (Unicef) e conhecida por ativismo pelos direitos humanos, Shakira se apresenta neste domingo (21), em São Paulo, e 23 de outubro, em Porto Alegre.
A filósofa Márcia Tiburi, que desembarca nesta sexta-feira (26) em Salvador, para lançar o livro “Feminismo em comum” (clique aqui), divulgou uma carta na qual explica os motivos de ter abandonado os estúdios de uma rádio, na última quarta-feira (24), ao saber que o dirigente do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri, também participaria do programa. “Sempre gostei muito de participar do teu programa. Conversar contigo, e com qualquer pessoa que apresente argumentos consistentes. Mais do que um prazer é, para mim, um dever ligado à necessidade de resistir ao pensamento autoritário, superficial e protofascista. Ao meu ver, debates que desvelem divergências teóricas ou ideológicas podem nos ajudar a melhorar nossos olhares sobre o mundo”, escreveu Márcia, no documento endereçado a Juremir Machado, apresentador do programa “Esfera Pública”, na Rádio Gaíba. “Tenho a minha trajetória marcada tanto por uma produção teórica quanto por uma prática de lutar contra o empobrecimento da linguagem, a demonização de pessoas, os discursos vazios, a transformação da informação em mercadoria espetacularizada, os shows de horrores em que se transformaram a grande maioria dos programas nos meios de comunicação de massa”, acrescentou a filósofa, afirmando que poucas vezes se negou a participar de debates. “Sempre que o fiz, foi por uma questão de coerência. Tenho o direito de não legitimar como interlocutor pessoas que agem com má fé contra a inteligência do povo brasileiro ao mesmo tempo em que exploram a ignorância, o racismo, o sexismo e outros preconceitos introjetados em parcela da população. Por essa razão, ontem tive de me retirar do teu programa. Confesso que senti medo: medo de que no Brasil, após o golpe midiático-empresarial-judicial, não exista mais espaço para debater ideias”, justificou Márcia Tiburi, lembrando que o incidente se deu no dia do julgamento de Lula no TRF-4. “Em um dia muito importante para a história brasileira, marcado por mais uma violação explícita da Constituição da República, não me é admissível participar de um programa, que tenderia a se transformar em um grotesco espetáculo no qual duas linguagens que não se conectam seriam expostas em uma espécie de ringue, no qual argumentos perdem sentido diante de um já conhecido discurso pronto (fiz uma reflexão teórica sobre isso em ‘A Arte de escrever para idiotas’), que conta com vários divulgadores, de pós-adolescentes a conhecidos psicóticos, que investe em produzir confusão a partir de ideias vazias, chavões, estereótipos ideológicos, mistificações, apologia ao autoritarismo e outros recursos retóricos que levam ao vazio do pensamento”, argumentou, acrescentando que não depende de audiência e nem sente prazer em “demonstrar a ignorância alheia”, e, por isso, não via sentido em participar do programa.
Veja o momento em que Márcia Tiburi abandona o estúdio da rádio:
“Fiquei perplexa, mas após refletir melhor cheguei à conclusão de que a ofensa que senti naquele momento era inevitável. A uma, porque, ao contrário das demais pessoas, não fui avisada de quem participaria do debate. A duas, por você imaginar que eu desejaria participar de um programa em que o risco de ouvir frases vazias, manifestações preconceituosas e ofensas era enorme. Por fim, e principalmente, meu estômago não permitiria, em um dia no qual assistimos a uma profunda injustiça, ouvir qualquer pessoa que faça disso motivo de piada ou de alegria. Não sou obrigada a ouvir quem acredita que justiça é o que está em cabeças vazias e interessa aos grupos econômicos que, ao longo da história do Brasil, sempre atentaram contra a democracia”, disse Márcia Tiburi, destacando que tem o direito de escolher o debate no qual quer participar e que não chegou a pedir para ser avisada sobre outro participante porque não imaginava que o “raro programa de rádio, crítico e analítico” abrisse espaço para “representantes do emprobecimento subjetivo do Brasil”. Tiburi pontua que é importante o debate com qualquer cidadão que possa contribuir com ideias e reflexões, mas que “não se pode apostar em indivíduos que se notabilizaram por violentar a inteligência e a cultura, sem qualificação alguma, que mistificam a partir de clichês e polarizações sem nenhum fundamento”. De forma contundente ela afirma ainda que “o discurso que leva ao fascismo precisa ser interrompido”, sob pena de os meios de comunicação contribuírem para destruir o que resta da democracia. “Quando meu livro ‘Como conversar com um fascista’ foi publicado, muitos não perceberam a ironia kirkegaardiana do título. Espero que a tua audiência tenha entendido. O detentor da personalidade autoritária, fechado para o outro e com suas certezas delirantes, chama de diálogo ao que é monólogo. Espero que, sob a tua condução, o programa volte a investir em mais diálogo, que seja capaz de reunir a esquerda e a direita comprometidas com o Estado Democrático de Direito em torno do debate de ideias”, conclui.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.