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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
O presidente do diretório estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, afirmou quea sigla irá realizar uma reavaliação dos deputados eleitos pelos verdes para verificar se estão seguindo com os “requisitos básicos” da legenda. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (4), o dirigente admitiu que o PV serviu de “barriga de aluguel” para políticos que buscavam a reeleição, mas que não necessariamente se adequavam às ideologias do partido.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

faixa de gaza

Ex-jogador da seleção palestina é morto em ataque durante distribuição de ajuda humanitária em Gaza
Foto: Reprodução

O ex-atacante Suleiman Al-Obaid, que defendeu a seleção da Palestina, foi morto nesta semana, em um ataque enquanto aguardava em uma fila para receber ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza. A informação foi confirmada pela Associação Palestina de Futebol (PFA) na manhã desta quarta-feira (6), que atribui o bombardeio às forças israelenses.

 

 

Natural da Cidade de Gaza, Al-Obaid nasceu em 24 de março de 1984. Casado, ele deixa cinco filhos — dois meninos e três meninas. Ídolo local, era conhecido como o “Pelé do futebol palestino” por sua habilidade e importância simbólica dentro do esporte no país.

 

Segundo a federação, o ataque ocorreu em meio a um cenário já crítico na região, com milhares de civis enfrentando escassez de alimentos e recursos básicos. A nota oficial da PFA classifica a morte como mais um capítulo trágico no impacto do conflito sobre o esporte palestino.

 

Com a morte de Al-Obaid, a entidade contabiliza agora 321 integrantes ligados ao futebol mortos desde o início da guerra, entre jogadores, treinadores, árbitros, dirigentes e outros profissionais do meio. O perfil oficial da federação nas redes sociais tem publicado homenagens constantes às vítimas.

Valmir Assunção faz apelo ao presidente Lula para que o governo rompa relações diplomáticas com Israel
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Em discurso no plenário da Câmara, na sessão desta quarta-feira (11), o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), fez um apelo ao governo federal: que rompa relações diplomáticas com o governo de Israel. 

 

Além do rompimento com a administração do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o deputado baiano pediu ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que articule com outros países para que tomem esse mesmo caminho.


“Já tem um ano e meio o massacre na Faixa de Gaza: mais de 67 mil pessoas assassinadas! É preciso que o governo brasileiro rompa relações com o governo de Israel. Nós não podemos, de forma nenhuma, o mundo não pode ficar assistindo a massacres, a assassinatos de crianças, de mulheres indefesas”, afirmou o deputado.


Segundo afirmou Valmir Assunção, o que se assiste na Faixa de Gaza não seria uma guerra, mas puramente um massacre contra o povo palestino, “que tem direito ao seu território”.


“É preciso dar um basta ao massacre contra o povo palestino! Não podemos observar calados o massacre de toda uma população”, reiterou o deputado do PT da Bahia. 


Em entrevista coletiva durante sua viagem à França, o presidente Lula fez declarações na mesma linha do deputado Valmir Assunção. Lula disse que a guerra na Faixa de Gaza é desproporcional, já que é um “exército altamente profissionalizado matando mulher e criança”.  

 

“Nós também criticamos o Hamas quando fez a invasão a Tel Aviv [capital do país]. Agora, o que ninguém responde é como a inteligência de Israel permitiu que alguém de asa delta invadisse Tel Aviv. Sinceramente, tem coisas que meus anos de escolaridade não me permitem compreender”, afirmou. 

 

O presidente Lula disse ainda que fica pasmo com o silêncio do mundo em relação ao que acontece na Faixa de Gaza. 

 

“Parece que não existe mais humanismo nas pessoas. ‘Ah, palestino pode morrer’. Palestino não é ser inferior, palestino é gente como nós. Ele tem o direito de ter o terreno dele”, disse Lula. 
 

Lula aumenta o tom e critica intenção de Trump de controlar Gaza: "Ele não foi eleito para governar o mundo"
Foto: Reprodução Youtube

Em mais uma série de entrevistas para algumas rádios, na manhã desta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom de suas críticas ao mandatário norte-americano Donald Trump, principalmente em relação à intenção de retirar os palestinos da Faixa de Gaza e assumir o controle daquela região. Lula disse que Trump parece fazer questão de “dizer uma anomalia todo dia”.

 

“Um dia ele quer ocupar o canal do Panamá, outro dia quer anexar a Groenlândia ou o Canadá. Depois, trata o povo palestino como se não fosse ninguém. Ele tem meu respeito para governar os Estados Unidos, mas ele não foi eleito para governar o mundo. Essa é a relação que eu espero que a gente construa”, disse o presidente. 

 

Nesta quinta, Donald Trump, voltou a defender que o território palestino passe para o controle de seu governo ao final da guerra entre Israel e o grupo Hamas. Trump declarou que o seu plano é de assumir o território da Faixa da Gaza, após o reassentamento do povo palestino “em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas” na região do Oriente Médio. 

 

O presidente do Estados Unidos disse ainda que vai transformar a Faixa de Gaza "em um dos maiores desenvolvimentos do tipo na Terra", e garantiu que não usará soldados norte-americanos na operação.

 

Na entrevista nesta manhã, o presidente Lula classificou a situação na Faixa de Gaza como genocídio e defendeu um posicionamento mais “humanista” na política internacional, especialmente em relação à Palestina. 

 

“O que tem que se fazer na Palestina é cuidar dela como se fosse qualquer outro povo”, declarou Lula, que disse ainda que os Estados Unidos sempre se apresentaram como um símbolo de democracia, mas desde a eleição de Donald Trump, os discursos e ações de governo passaram a destoar desse ideal. 

 

Depois da fala do presidente norte-americano, o ministro da Defesa de Israel ordenou ao exército do seu país que prepare um plano para permitir a “saída voluntária” dos moradores de Gaza. O ministro Israel Katz comemorou o anúncio de Trump de que pretende controlar a Faixa de Gaza e transformar aquele território na “Riviera do Oriente Médio”. Katz disse que o governo israelense vai assegurar opções de saída dos palestinos por meio de passagens terrestres, assim como arranjos especiais para saída por ar e mar.  
 

Brasil elogia Corte de Haia por exigir que Israel forneça assistência humanitária em Gaza
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

 

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil elogiou, em nota publicada neste sábado (30), a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), mais conhecida como Corte de Haia, que determinou que Israel adote medidas adicionais para garantir o fornecimento de serviços básicos e assistência humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.

 

“O governo brasileiro saúda a adoção, em 28 de março, pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), de novas medidas cautelares, no âmbito do processo instaurado pela África do Sul contra Israel, com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.” A CIJ é o principal órgão jurídico das Nações Unidas (ONU) que julga denúncias de crimes contra Estados. Na última quinta-feira (28), a Corte emitiu decisão, por 14 votos contra dois, exigindo que Israel adote medidas cautelares adicionais para evitar a degradação da vida do povo palestino.

 

De acordo com informações da Agência Brasil, o Itamaraty recordou que as medidas determinadas pela CIJ têm “caráter vinculante”, o que significa que os países signatários da ONU concordaram em respeitar as decisões do Tribunal.

 

Ainda segundo o MRE, “o governo brasileiro espera que [as medidas] possam resultar em urgente alívio humanitário para Gaza e em ambiente de diálogo político que permita um cessar-fogo definitivo, a libertação imediata de todos os reféns e a retomada de negociações para a solução de dois Estados”.

 

O governo brasileiro ainda lembrou que a fome instalada em Gaza matou “ao menos 31 pessoas, entre as quais 27 crianças, por má nutrição e desidratação, conforme relatório recente do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários”.

 

Entre as medidas determinadas pelo Tribunal, está a cooperação plena com a ONU para a prestação desimpedida, e em grande escala, de assistência humanitária e prestação de serviços básicos, aumentando os pontos de passagem terrestre à Gaza, que devem ficar abertos pelo tempo que for necessário.

 

O órgão ainda exige que os militares israelenses não cometam atos que violem os direitos dos palestinos e que o governo de Israel apresente ao Tribunal um relatório sobre as medidas que adotou para cumprir a ordem da CIJ. A resposta de Israel deve ser apresentada até o dia 28 de abril.

 

De acordo com a decisão, “as catastróficas condições de vida dos palestinos na Faixa de Gaza deterioraram-se ainda mais, em particular devido à prolongada privação generalizada de alimentos e outras necessidades básicas a que os palestinos em Gaza foram submetidos”. Além disso, a Corte afirmou que “os palestinos em Gaza não enfrentam mais apenas o risco de fome, conforme consta do Despacho de 26 de janeiro de 2024, mas a fome está instalada”.

Ministro Mauro Vieira chama de imoral ação de Israel em Gaza
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou de “imoral” e “ilegal” a ação de Israel na Faixa de Gaza. Em discurso na Cisjordânia, o chanceler brasileiro informou que o Brasil manterá a contribuição para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

 

As declarações foram feitas em visita à Cisjordânia, na primeira etapa da visita ao Oriente Médio. Neste domingo (17), Vieira reuniu-se em Ramallah com o chanceler palestino, Riyad al-Maliki, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir a guerra na Faixa de Gaza.

 

“Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, disse Vieira em discurso na capital da Autoridade Palestina. As informações são da Agência Brasil.

 

Segundo o ministro das Relações Exteriores, a utilização da fome e da sede como armas de guerra representa “punição coletiva” e o rastro de destruição e de morte na população inocente não será esquecido. Durante o discurso, Vieira foi aplaudido de pé. Na cerimônia, o chanceler recebeu, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o título de membro honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat. 

 

Para Vieira, a manutenção das contribuições à UNRWA é essencial para manter a ajuda a mais de 5 milhões de refugiados palestinos. O chanceler agradeceu às Nações Unidas pela rapidez na investigação das acusações de que 12 integrantes da agência teriam participado dos ataques terroristas de 7 de outubro, em Israel.

 

Segundo o Itamaraty, Abbas agradeceu o empenho e a amizade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Palestina. O presidente da Autoridade Palestina também agradeceu a coragem de Lula em assumir papel de referência global em defesa dos palestinos na atual crise e o apoio do governo brasileiro à admissão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Durante o encontro com Maliki, informou o Itamaraty, o chanceler palestino elogiou a atuação de Lula, ao descrever “a situação como ela é” e destacou que o presidente brasileiro foi um dos primeiros líderes “a agir em defesa dos civis desde a primeira hora”. Maliki manifestou preocupação com os riscos de uma ação militar em Rafah e relatou o aumento da violência de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia.

 

Em seguida, participou da cerimônia na Fundação Yasser Arafat. Coube ao primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammed Shtayyeh entregar o título em homenagem ao presidente Lula.

 

No último compromisso do dia, Vieira e Shtayyeh se reuniram para tratar da crise em Gaza e em outros países do Oriente Médio. Os dois discutiram estratégias conjuntas para tornar a Palestina membro pleno das Nações Unidas.

Líder dos rebeldes do Iêmen ameaça retaliar ataques dos EUA no Mar Vermelho
Foto: Reprodução / Globo News

O líder dos rebeldes huthis do Iêmen, Abdel Malek al Huthi, ameaçou, nesta quinta-feira (11), responder a qualquer ataque dos Estados Unidos no Mar Vermelho. 

 

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamista Hamas em 7 de outubro, os rebeldes huthis têm realizado múltiplos ataques contra embarcações comerciais que consideram vinculadas a Israel, em nome da solidariedade ao povo do território palestino. As informações são do O Globo. 

 

Para proteger o tráfego marítimo nesta região estratégica, por onde transita 12% do comércio mundial, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, criaram uma coalizão internacional em dezembro.

 

"Nenhum ataque americano ficará sem resposta. E não será como a operação realizada recentemente com mais de 24 drones e vários mísseis, mas mais importante", disse Al Huthi em um discurso exibido pela emissora Al Masirah.

 

As forças americanas e britânicas derrubaram 18 drones e três mísseis huthis na terça-feira.

 

Os rebeldes, próximos do Irã, assumiram responsabilidade pela operação, em resposta, segundo eles, a outra operação dos Estados Unidos em 31 de dezembro.

 

Nesse dia, respondendo a um pedido de ajuda de uma embarcação comercial, helicópteros da Marinha americana afundaram três barcos rebeldes, matando dez tripulantes. 

Em almoço com repatriados de Gaza, Lula diz que situação da guerra “não é humanamente aceitável”
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almoçou na tarde desta segunda-feira (25) com brasileiros e familiares repatriados da Faixa de Gaza que chegaram em Brasília no último sábado (23). Durante o encontro, Lula afirmou que “não é humanamente possível aceitar” a situação da guerra entre Israel e Hamas em Gaza.

 

 

 

O almoço de Natal aconteceu no hotel de trânsito da Base Aérea da capital federal. Das 30 pessoas resgatadas – 16 brasileiros com dupla nacionalidade e 14 familiares palestinos –, 21 participaram do evento, porque as demais já voltaram para os seus estados de origem. 

Este é o terceiro grupo a ser resgatado de Gaza pelo governo brasileiro. Eles deixaram a região na sexta-feira (22) e embarcaram no dia seguinte do Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito. 

 

De acordo com informações do UOL, o presidente também mostrou indignação com a morte de mulheres e crianças, e a “destruição do patrimônio que foi construído pelo povo palestino”. 

 

Lula assegurou que o governo federal continuará as ações de repatriação daqueles que desejam retornar ao Brasil. “Enquanto tiver alguém na Faixa de Gaza querendo voltar para o Brasil, nós estaremos à disposição para esses casos”, garantiu. 

 

O petista ainda saiu em defesa da criação de um Estado palestino. “Há muito tempo defendo a criação de um Estado palestino e continuamos brigando na ONU para que seja construído o Estado palestino e que os dois povos possam viver em paz”. 

Grupo de resgatados da Faixa de Gaza chega a Brasília
Foto: Rafa Neddemeyer / Agência Brasil

Os brasileiros e parentes repatriados da Faixa de Gaza já estão em Brasília. O avião VC-2 trazendo os 32 resgatados pousou às 23h24 na Base Aérea. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o grupo nesse retorno ao Brasil.

 

Os repatriados aguardavam há mais de um mês para deixar a região do conflito entre Israel e Hamas. “Agradecemos muito do fundo do coração a todos que ajudaram a gente a chegar aqui. Não estou acreditando ainda que estou aqui, que estou viva", disse a jovem Shahed Al-Banna, de 18 anos.

 

O grupo ficará hospedado por, pelo menos, dois dias no Hotel de Trânsito de Oficiais, na Base Aérea. Eles receberão apoio psicológico, cuidados médicos e imunização.

 

Depois desse período, o grupo vai se dividir Brasil afora. Vinte e quatro pessoas irão para São Paulo, sendo que 12 ficarão na casa de parentes e outros 12 em um abrigo especializado em acolhimento de refugiados no interior do estado. Quatro ficarão em Brasília, dois seguirão para Florianópolis (SC), um irá para Cuiabá (MT) e outro para Novo Hamburgo (RS).

 

Ao chegarem ao Brasil, também será feita a regularização migratória, pela Polícia Federal, e a emissão de outros documentos que permitam o acesso a serviços públicos e ao emprego.

 

Das 32 pessoas, 22 são brasileiros, sete são palestinos naturalizados brasileiros e três são palestinos parentes próximos de brasileiros. No total, são 17 crianças, nove mulheres e seis homens.

 

RESGATES

Este é o décimo voo de resgate da Operação Voltando em Paz, liderada pelo governo federal para repatriação de brasileiros em áreas de conflito no Oriente Médio.

 

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, o Brasil resgatou 1.477 pessoas e 53 animais domésticos. Os primeiros resgatados desembarcaram no Brasil em 11 de outubro. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana. O grupo que chegou nesta segunda-feira, no entanto, é o primeiro que estava em Gaza, região onde se concentra a maior parte do conflito.

 

Os outros voos da Operação Voltando em Paz partiram de Tel Aviv, em Israel, de onde saiu a maioria dos resgates, e de Amã, na Jordânia, com brasileiros que estavam em Israel e no território palestino da Cisjordânia.

 

Os brasileiros que chegam hoje cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, pelo Portal de Rafah, no último domingo (12), após serem contemplados na sétima lista de autorização da saída de estrangeiros de Gaza.

 

Eles chegaram ao Cairo no período da noite, onde foram recepcionados por equipes médicas e de psicólogos. Eles jantaram, dormiram e tomaram café da manhã nesta segunda-feira (13), antes de embarcarem para o Brasil. O voo fez duas paradas técnicas: uma em Las Palmas, na Espanha, e outra na Base Aérea do Recife, já em solo brasileiro.

 

GUERRA

No dia 7 de outubro, o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas em Gaza e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

 

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios, sendo a maior parte em Gaza.

Brasileiros que deixaram Gaza viveram momentos de tensão e angústia
Foto: MRE/Divulgação

O cruzamento da fronteira de Gaza com o Egito neste domingo (12) representou mais um capítulo na jornada do grupo de 32 pessoas – 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros, três palestinos familiares próximos, 17 crianças, nove mulheres e seis homens – para escapar do conflito entre o Hamas e Israel que já deixou mais de 12 mil mortos, dos quais cerca de 1.200 israelenses e 11 mil palestinos, sendo quase 70% mulheres e crianças.

 

Depois de um mês de agonia, o grupo de 32 pessoas chegou ao Cairo, onde dorme nesta noite. O avião que transportará os brasileiros vai decolar do Cairo às 11h50 (hora local) de amanhã (13). O pouso em Brasília está previsto para as 23h30. Duas pessoas do grupo, que constavam da lista original, desistiram da repatriação e decidiram permanecer em Gaza.

 

A jornada de repatriação, marcada por momentos de tensão, angústia e terror, teve início no dia 7 de outubro, logo após o atentado do Hamas a Israel. Foram dias de espera aguardando a inclusão na lista de pessoas autorizadas a atravessar a passagem de Rafah, o que só ocorreu na sétima lista.

 

Mesmo com a inclusão, os brasileiros ainda tiveram que aguardar, já que a fronteira de Rafah, em Gaza, para o Egito foi fechada no sábado (4) após ataque a ambulâncias, que deixou vários palestinos mortos e feridos.

 

A fronteira permaneceu fechada nos dias seguintes por razões de segurança. Na sexta-feira (10), ataques aéreos de Israel atingiram ao menos três hospitais na Faixa de Gaza e mantiveram a fronteira fechada.

 

Como a saída dos brasileiros e demais estrangeiros está condicionada à transferência dos feridos da Faixa de Gaza ao Egito, os confrontos em torno dos hospitais dificultaram a logística para saída das ambulâncias. Autoridades palestinas disseram que um bebê morreu e dezenas de outros pacientes estavam em risco devido ao cerco israelense a um dos hospitais.

 

Com o fechamento, os brasileiros tiveram que retornar aos abrigos, até que a autoridade da fronteira de Gaza anunciasse que a passagem terrestre de Rafah para o Egito seria reaberta neste domingo para quem tem passaporte estrangeiro.

 

Foram momentos de frustração desde o início do périplo dos brasileiros, logo após o Exército israelense anunciar intensa incursão terrestre e determinar o êxodo dos palestinos do norte de Gaza, habitada por mais de 1 milhão de habitantes, para o Sul, no dia 13 de outubro. No dia seguinte, uma parte dos brasileiros, que estavam abrigados em uma escola da Cidade de Gaza, iniciaram a jornada para Rafah

 

O governo brasileiro já havia mandado, no dia 12 de outubro, uma aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República para resgatar brasileiros.

 

Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que havia entrado em contato com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, a fim de garantir uma passagem humanitária para os brasileiros fazerem a travessia entre Gaza e o Egito, a partir de onde seria mais viável permitir um retorno seguro.

 

Isso não ocorreu, no entanto, de imediato. Os brasileiros, que estavam em dois grupos, nas cidades de Rafah e Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza, tiveram que esperar uma pausa nos bombardeios para se deslocar com segurança. As cidades chegaram a registrar o maior número de mortes causadas pelos bombardeios de Israel no fim de outubro. Segundo a representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, os brasileiros relataram intenso bombardeio “com o uso de algum produto que afeta a respiração: ‘parece gás lacrimogêneo’”.

 

Durante esse período, os brasileiros sofreram com difíceis condições de sobrevivência. Foram momentos sem energia, sem comunicação. No dia 27, a empresa de telefonia Palestina Jawal informou o corte de todas as comunicações com a Faixa de Gaza.

 

O Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, só conseguiu retomar o contato com os brasileiros no dia seguinte. “Restabelecemos o contato com nossos nacionais nas duas cidades, e continuaremos monitorando a situação", informou o embaixador Alexandro Candeas, responsável pelo escritório.

 

Em Rafah, o grupo era formado por 18 pessoas, das quais nove crianças. Em Khan Younes, eram nove crianças, cinco mulheres e dois homens. Eles passaram por dificuldades para conseguir água e alimentos e tiveram que contar com o apoio da representação brasileira na Cisjordânia para conseguir itens básicos de alimentação.

 

Os brasileiros sofreram ainda com os bombardeios de Israel, que também atingiram o sul de Gaza. No dia 30, novo bombardeio atingiu um prédio ao lado da residência de uma das famílias de brasileiros em Khan Yunes. O fato foi registrado por Hasan Rabee, de 30 anos, que relatou o susto com o bombardeio.

 

“Acabou de cair uma bomba atrás desse prédio. Meu Deus do céu. As bombas não param. Está vendo a rua como ficou? As bombas não param. As crianças estão bem assustadas”, relatou o palestino naturalizado brasileiro.

 

Ele foi à rua para mostrar a destruição no prédio ao lado de onde estava abrigado. Contou que vizinhos tentavam salvar as pessoas atingidas pela bomba. “A casa que foi atacada ao lado de onde a gente está. Bastante gente ferida. Cidadãos fazendo ajuda humanitária para resgatar os feridos. Absurdo”, lamentou.

 

Hasan vive em São Paulo e foi a Gaza com as duas filhas e a esposa para visitar a família, poucos dias antes do início do conflito. O palestino naturalizado brasileiro contou à Agência Brasil que não já encontrava água mineral ou gás de cozinha.

 

“Água mineral a gente não tem, porque não acha. Antigamente, 500 litros (de água potável) eram 10 shekels, hoje 500 litros são 100 shekels, mas você não acha nunca. Não tem energia para filtrar essa água. Fruta é muito difícil achar na feira. A única coisa que a gente acha bastante é o pepino, o resto você não acha fácil ”, relatou.

 

SAÍDA

A demora na inclusão dos brasileiros vinha causando muita expectativa. A primeira lista autorizou um grupo de 450 estrangeiros a deixar a Faixa de Gaza no dia.

 

Além dos estrangeiros, foi autorizada também a saída de palestinos gravemente feridos. Os cerca de 81 feridos foram conduzidos em ambulâncias pela passagem da fronteira de Rafah com o Egito.

 

Em diversas ocasiões, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou a anunciar a autorização para os brasileiros cruzarem a fronteira com o Egito.

 

A veículos da imprensa brasileira, o chanceler disse que vinha conversando por telefone com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, e que havia obtido dele essa garantia.

 

Mas, com o passar dos dias, os nomes dos brasileiros não apareciam nas listas. Não apareceu na segunda, na terceira, na quarta, nem na quinta.

 

A expectativa passou para os dias seguintes, mas, sem a esperada resposta, os brasileiros permaneceram presos no sul de Gaza, ficando de fora também da sexta lista.

 

Essa ausência dos nomes gerou mal-estar nas relações diplomáticas entre o Brasil e Israel. Dos 3.463 estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza até a quarta-feira (8), 1.253 têm passaporte dos Estados Unidos, o que representava 36,1% do total. O principal aliado de Israel na guerra que o país declarou contra o Hamas lidera a lista de nacionalidades até agora autorizadas a deixar o enclave palestino.

 

Além dos Estados Unidos, mais oito países tiveram mais de 100 nacionais autorizados a sair da região. Essas nove nações somam 86% do total de estrangeiros autorizados a deixar Gaza. A segunda nacionalidade mais beneficiada foi a Alemanha, com 335 pessoas, o que representa 9,6% do total.

 

Em terceiro lugar está a Ucrânia, com 329 pessoas (9,5%) e, em quarto, a Jordânia, com 289 pessoas autorizadas a sair de Gaza (8,3%). Em seguida, estão o Reino Unido com 241 pessoas nas listas (6,9%), a Romênia com 154 (4,4%), as Filipinas com 153 (4,4%), o Canadá com 120 (3,4%) e a França com 111 (3,2%).

 

A demora foi considerada uma espécie de “retaliação” de Israel à postura do Brasil em relação ao conflito com o Hamas e ocorreu após críticas do presidente Luiz Inácio Lula Da Silva. O presidente disse que a postura do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é de querer acabar com a Faixa de Gaza e classificou o ato como “insanidade".

 

Lula também defendeu o fim do poder de veto de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que a entidade assuma posição mais forte em relação ao conflito.

 

RETORNO

 

Palestino-brasileiro Hassan Rabee, que faz parte do grupo de brasileiros que serão repatriados de Gaza, aguarda na passagem de Rafah. Em rede social, Rabee postou imagens dos brasileiros após a travessia da fronteira. “Que Deus livre o povo de Gaza e os alivie”, escreveu.

 

Ele agradeceu ao presidente Lula o empenho pela repatriação. O presidente também se posicionou, na Rede X (antigo Twitter), Lula agradeceu o Itamaraty e a Força Aérea Brasileira (FAB).

 

“Parabéns para o Itamaraty e a FAB pela dedicação e competência exemplares na Operação Voltando em Paz, que buscou e acolheu os brasileiros que vivem na região do conflito e desejavam retornar ao Brasil”, escreveu.

Bolsonaristas e lulistas duelam nas redes sobre quem ajudou brasileiros em Gaza, mas fronteira fechada impediu saída
Foto: Reprodução vídeo Hassan Rabee

Na madrugada desta quinta-feira (9), o escritor Paulo Coelho, em uma série de postagens na sua conta na rede X (antigo Twitter), criticou a atitude do embaixador de Israel, Daniel Zonshine, de se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro e a bancada de parlamentares do PL, na Câmara dos Deputados. Paulo Coelho pediu providências do presidente Lula e do Itamaraty contra o embaixador, e disse que o encontro seria posteriormente utilizado pelo bolsonarismo para afirmar que o ex-presidente teria usado sua influência junto a Israel para ajudar na autorização aos brasileiros que se encontram em Gaza a cruzarem a fronteira com o Egito. 

 

No final da tarde de quinta, o Itamaraty anunciou que o governo de Israel teria incluído os 34 brasileiros que se encontram em Gaza na lista das pessoas que poderiam cruzar a fronteira para o Egito nesta sexta (10). Rapidamente as redes sociais reagiram, e como previu o escritor Paulo Coelho, os partidários do ex-presidente Bolsonaro atribuíram a ele a conquista da permissão para que os brasileiros possam sair de Gaza pela passagem de Rafah. 

 

Leia mais: Encontro do embaixador de Israel com Bolsonaro abre crise diplomática e Paulo Coelho exige providências do Itamaraty

 

Na rede X, durante toda a manhã desta sexta houve uma guerra de hashtags para atribuir a Lula ou a Bolsonaro a responsabilidade pela libertação dos brasileiros. Inicialmente a frase “Lula resgatou os brasileiros” escalou as primeiras posições dos assuntos mais comentados neste 10 de novembro. Durante a manhã, entretanto, a tag #BolsonaroNobeldaPaz escalou as primeiras posições e chegou ao topo dos trending topics, com mais de 60 mil menções. 

 

Apesar da guerra nas redes sociais entre apoiadores de Lula e de Bolsonaro, os brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza e aguardam para serem repatriados acabaram não conseguindo cruzar a fronteira, que foi fechada pelo Egito por volta das 11h (de Brasília) após um incidente na linha que separa o norte e o sul de Israel. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou no final da manhã que a situação em Gaza não permite dizer se a travessia dos brasileiros pela passagem de Rafah acontecerá ainda nesta sexta ou no sábado. 

 

“São inúmeras questões que dificultam a abertura. A passagem de Rafah fica abertura durante algumas horas por dia e há um entendimento entre as partes que, em primeiro lugar, passam ambulâncias com feridos, e só depois disso passam os nacionais de outros países”, afirmou o chanceler. 

 

Mauro disse ainda que em seus contatos com os ministros de Relações Exteriores de Israel e Egito, recebeu o compromisso de que o governo brasileiro seria atendido e que as pessoas listadas pelo Itamaraty receberiam permissão para sair de Gaza. 

 

“A lista com o nome de todos está em poder já há vários dias das autoridades envolvidas. Nesse período, tive quatro contatos com o ministro das Relações Exteriores de Israel e com o ministro de Relações Exteriores do Egito. O ministro de Israel me garantiu, na última sexta-feira, que os brasileiros estariam na lista de quarta, o que não se confirmou, porque não houve abertura nos últimos três dias“, explicou o chanceler. 

 

“Ontem, o ministro das Relações Exteriores de Israel voltou a me informar que eles estavam autorizados, mas novamente não saíram, apesar de terem sido mobilizados até o posto de controle, não puderam passar”, completou o chanceler brasileiro. Segundo Vieira, o governo de Israel é quem controla a lista das autorizações de pessoas para deixar Gaza. 

 

Das mais de 30 pessoas autorizadas a deixar a Faixa de Gaza e que serão repatriadas pelo governo brasileiro, 22 têm dupla nacionalidade brasileira-palestina, nove são palestinos e dois de outros países. Essas pessoas embarcarão em um avião da Presidência da República que está de prontidão no Egito para repatria-los de volta ao Brasil.

Brasileiros repatriados da Faixa de Gaza serão recebidos por Lula
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Os brasileiros que serão repatriados até o próximo domingo (12) vão ser recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo informações da Coluna Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo. Os brasileiros foram repatriados após embarcarem nesta sexta-feira (10) em um avião presidencial, fornecido pela Força Aérea Brasileira (FAB), após cruzarem a fronteira de Gaza com o Egito, através da passagem de Rafah. 

 

Antes de chegar em Brasília, o voo da FAB deve realizar parada técnica na Itália, na Espanha e em Pernambuco. É estimado que o avião com os brasileiros desembarque no Brasil no próximo domingo (12). Existe a possibilidade da partida ser do aeroporto de Al Arish, local mais próximo da Faixa de Gaza, e não do Cairo, no Egito.

 

Cerca de 33 brasileiros que podem deixar a Faixa de Gaza nesta repatriação. Anteriormente o grupo de brasileiros era formado por 34 pessoas, mas uma idosa não recebeu a autorização para deixar a Faixa de Gaza.

 

Atualmente o grupo está, há pelo menos quatro horas, na fronteira de Rafah, que divide o Egito e a Faixa de Gaza. A repatriação efetuada pelo governo federal já conseguiu trazer mais de 1,4 mil pessoas ao Brasil, provenientes de Israel e Cisjordânia. 

Israel cerca cidade de Gaza com tanques e dá a civis 4 horas para deixarem local
Foto Kobi Gideon - GPO/Fotos públicas

O governo de Israel concedeu aos civis que ainda estão presos dentro da Cidade de Gaza um prazo de quatro horas nesta terça-feira (7) para deixarem o local. A região está cercada e, de acordo com a Reuters, os moradores que fugiram da cidade disseram que passaram por tanques em posição para invadir a cidade.


Israel confirma que suas forças cercaram a Cidade de Gaza, onde vive um terço dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, e estão prontas para atacá-la em breve em sua campanha para aniquilar os militantes do Hamas. Toda a guerra começou após um ataque do gurpo em cidades israelenses há exatamente um mês, no dia 7 de outubro.

A janela de trégua para a saida de cidadão foi de 10h às 14h. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país assumiria a responsabilidade pela segurança do território por um período indefinido assim que derrotar os militantes que o controlaram nos últimos 16 anos.

Ainda de acordo com a Reuters, os moradores dizem que tanques israelenses têm se movimentado principalmente à noite. A única saída humanitária na região é pelo Egito, na passagem de Rafah. 

Brasileiros ficam de fora da 3ª lista da travessia de Gaza ao Egito; Itamaraty enviará questionamentos sobre liberação
Foto: Reprodução / TV Record

O Brasil envia nesta sexta-feira (3) questionamentos ao governo do Egito sobre os critérios de liberação para que estrangeiros deixem a Faixa de Gaza. A decisão do Itamaraty vem depois de os brasileiros não integrarem por mais uma vez a lista de estrangeiros autorizados a sair da região. 

 

De acordo com informações do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o Itamaraty quer saber o motivo pelo qual os brasileiros ainda são mantidos na região, mesmo tendo sido o Brasil o primeiro país a pedir a abertura de Rafah.

 

Conforme a terceira lista publicada pela administração do posto de controle de Rafah, onde é feita a passagem de Gaza para o Egito, 571 pessoas estão autorizadas a fazer a travessia – nenhuma delas brasileira. A maioria dos cidadãos são norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios.

 

Até essa quinta (2), apenas cidadãos dos seguintes países foram autorizados a entrar no Egito por Gaza: Azerbaijão, Austrália, Áustria, Bulgária, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Indonésia, Jordânia, Japão, Macedônia, México, República Tcheca, Suíça, Sri Lanka e Chade. Ao todo, mais de mil pessoas já entraram pela fronteira africana.

 

O Itamaraty estuda enviar diplomatas ao Egito para negociar a liberação. Na visão do Ministério das Relações Exteriores, “não faz sentido” o veto a brasileiros.

 

Até agora, nenhum brasileiro deixou a Faixa de Gaza pelo Egito. A fronteira foi aberta apenas na quarta-feira (1º) e contou com a liberação de poucos estrangeiros e agentes da Cruz Vermelha.

 

O Brasil já havia enviado o chanceler Mauro Vieira ao Egito para conversar sobre a abertura de Rafah. Além dos brasileiros, o ministro pediu a liberação de palestinos feridos, além de mulheres, idosos e crianças.

Ajuda humanitária chega em Gaza, mas não consegue levar combustível para geradores
Foto: Reprodução Youtube

O governo palestino confirmou, em comunicado, que os caminhões com insumos de ajuda humanitária que chegaram à Faixa de Gaza não puderam levar combustíveis. Neste sábado (21), foi permitida a entrada de 20 caminhões em território palestino.

 

Os caminhões que levavam combustível não entraram na área pelo risco de que o Hamas pudesse desviar o combustível para ações de guerra. Além disso, o governo afirma que os veículos tinham quantidades insuficientes de material hospitalar. As informações são do Metrópoles, parceiro Bahia Notícias.

 

Em comunicado do Ministério da Saúde local, porém, sete hospitais estão com serviços suspensos, já que não há luz e tampouco combustível para alimentar os geradores que permitiriam atender aos feridos e doentes da região.

 

“Apelamos à comunidade internacional para que importe material médico e combustível para os hospitais”, pediu o governo palestino.

 

Informações apuradas pelo site apontam que as agências de cooperação internacional estão buscando formas de permitir que o combustível chegue de forma rastreada para ser usado nos geradores sem ser desviado de função, mas não há perspectiva para que isso ocorra nos próximos dias.

 

Desde o ataque do Hamas ao território israelense, em 7 de outubro, o fornecimento de eletricidade e de combustível a Gaza está suspenso em uma operação de cerco do governo de Israel.

Cerca de 150 brasileiros estão entre a Faixa de Gaza e Israel aguardando repatriação
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.137 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza.

 

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Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18).  As informações são da Agência Brasil.

 

“Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa.

 

Vieira destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

 

Agora, o Itamaraty aguarda a possibilidade de retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, alvo dos bombardeios diários de Israel. "O presidente Lula falou com o presidente do Egito, El-Sissi, eu falei ontem com o ministro do Exterior do Egito pedindo o apoio para que o os brasileiros possam ser evacuados assim que essa passagem for aberta”, informou o ministro.

 

Duas aeronaves, um KC-390 e um KC-30, estão de prontidão, uma em Roma, na Itália, e outra no Rio de Janeiro, para trazer mais brasileiros, “em virtude das listas estão sendo compostas pela nossa Embaixada”, relatou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.  Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.

 

“Evidentemente, foi dada preferência nos primeiros voos aos cidadãos brasileiros. Mas estamos programando que, no último voo dessa primeira faze, se possa transportar 15 estrangeiros ainda interessados em voltar ao Brasil e daqui para seus países”, afirmou o ministro Mauro Vieira.   

Países da América do Sul pedem ajuda à FAB pra repatriar cidadãos; ministro diz que brasileiros têm prioridade
Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, revelou nesta segunda-feira (16) que outros países da América do Sul pediram ajuda ao Brasil para repatriar cidadãos que estão em Israel e na Faixa de Gaza, em meio ao conflito com o Hamas.


Apesar das solicitações, Padilha declarou que a prioridade do governo é repatriar primeiro todos os brasileiros.


"Alguns países da América do Sul solicitaram, se pudesse ter apoio, mas nossa concentração absoluta agora, é natural, é repatriar os brasileiros e brasileiras e posteriormente o governo certamente pode continuar apoiando de forma cooperativa outros países", disse, após participar de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Segundo informações do ministro, países como Argentina e Uruguai pediram formalmente auxílio ao Brasil para repatriar seus cidadãos. Chile e Paraguai já tinham feito pedidos semelhantes. Já o Chile, conseguiu encontrar uma solução.


"Estamos ajudando. Agora, o avião está à disposição de repatriar os brasileiros. Em primeiro lugar, cabe à Força Aérea Brasileira repatriar os brasileiros, todos os esforços têm sido nesse sentido. Essa é a prioridade absoluta", afirmou.

Sobe para 32 o número de brasileiros em Gaza que aguardam repatriação
Foto: Itamaraty / Divulgação

Aumentou para 32 o número de brasileiros que estão na Faixa de Gaza que aguardam as tratativas diplomáticas entre Egito, Israel e Brasil. Até então, o grupo somava 28 pessoas.

 

Eles serão transportados ao Brasil por meio da aeronave da Presidência da República, o avião VC-2, que tem capacidade para até 40 passageiros. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

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Esses brasileiros estão nas cidades de Rafah e Khan Yunis, na Faixa de Gaza. Do grupo, a maioria são mulheres e crianças, e seis são homens. Das pessoas que aguardavam o resgate, 16 foram deslocadas para Rafah, e o número de pessoas que serão repatriadas, mas optaram por continuar em suas residências, subiu.

 

Quem também aguarda a autorização do Egito e os trâmites diplomáticos com Israel é a própria aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República, que está em Roma, na Itália, desde a última sexta-feira (13). As informações são da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

 

Das pessoas que aguardavam o resgate, 16 foram deslocadas para Rafah, e o número de pessoas que serão repatriadas, mas optaram por continuar em suas residências, subiu.

 

Do grupo de 32 brasileiros, há 17 crianças, 9 mulheres e 6 homens. Destes, 16 aguardam na cidade de Rafah, onde estiveram alocadas em um imóvel alugado pelo Itamaraty, como é chamado o MRE. Antes, esse grupo (composto por três homens, cinco mulheres e dez crianças) estava na escola de Rosary Sisters School, que fica ao Sul da Faixa de Gaza.

 

Outras 16 pessoas aguardam a repatriação, mas optaram por ficar em suas próprias casas, em Khan Yunis, também em Gaza. Esse grupo é composto por 22 brasileiros, 7 palestinos portadores do Registro Nacional de Imigração (RNM) e mais 3 palestinos que são parentes próximos.

Guerra entre Israel e Hamas já deixou mais de 3 mil mortos, afirmam autoridades
Foto: Reprodução

O conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas chegou ao sétimo dia e ultrapassou a marca de 3 mil óbitos. Em guerra desde sábado (7), quando os radicais do Hamas invadiram Israel, matando e sequestrando civis, o número de mortos e feridos vem crescendo em larga escala, com ampla crise humanitária.

 

Nesta sexta-feira (13), o Ministério da Saúde palestino confirmou que 1.799 pessoas morreram na Faixa de Gaza nesse período. Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram 1,3 mil mortes. A soma é de 3.099, além de 11 óbitos confirmados na Cisjordânia. As informações ssão do portal Metrópoles, Parceiro do Bahia Notícias.

 

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Segundo informações do jornal norte-americano The New York Times, militares israelenses atacaram a Cisjordânia após palestinos participarem de um protesto contra o governo de Israel e em solidariedade a Gaza. Há ainda cerca de 10 mil feridos, sendo 6.388 devido a bombardeios israelenses em retaliação ao ataque do grupo radical islâmico Hamas.


EVACUAÇÃO DA FAIXA DE GAZA
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou ordem de evacuação enviada pelas Forças de Defesa israelenses. De acordo com o comunicado, todos os habitantes do norte da Faixa de Gaza devem abandonar a região e seguir para o sul nas próximas 24 horas.


Segundo a entidade, militares alertam que “toda a população de Gaza ao norte de Wadi Gaza [rio que divide a região em sul e norte]” deve ir para o sul. O texto foi enviado para cidadãos abrigados em instalações da ONU. A Cidade de Gaza, capital da ocupação, fica no norte.

Chef baiana ajuda a arrecadar mantimentos para soldados em Israel: “Fui dormir em festa e acordei em guerra”
Foto: Arquivo Pessoal

A chef de cozinha baiana Katia Waxman viu sua rotina mudar drasticamente nos últimos dias na cidade de Tel Aviv, em Israel, onde mora há 34 anos. Ela contou em detalhes, ao Bahia Notícias, como tenta fazer sua parte para ajudar os soldados do país que está há quatro dias enfrentando uma forte ofensiva do grupo terrorista Hamas: “Fui dormir em festa e acordei em guerra.”

 

Katia relatou como foi sua experiência no momento em que tudo começou no local. “Eu fui dormir em uma sexta-feira, que foi um feriado que celebra a vida [Simchat Torá ou Regozijo do Torá], fomos dormir em paz. Acordei às 6h da manhã com a sirene. Nós estávamos sendo bombardeados, estavam jogando mísseis da Faixa de Gaza para dentro de Israel”.

 

Apesar do conflito entre Israel e Palestina, que envolve política e religião, se estender há mais de 70 anos, a brasileira disse que os israelitas não estavam esperando o ataque.

 

Waxman explicou ainda que, enquanto Israel tem uma prática de informar a população da Faixa de Gaza antes de enviar qualquer míssil, os ataques do Hamas foram "completamente inesperados". “Quando o Estado [Israel] lança de volta os mísseis, ele avisa por telefone, pela imprensa Palestina, que vai atacar. Então os palestinos, os civis, têm a oportunidade de sair para não serem feridos. Fora isso, já desenvolveram uma tecnologia muito grande de, por exemplo, se um terrorista está no quinto andar e tem mais três andares em cima, menos quatro andares em baixo, já chegou em um ponto de perfeição que ele pode atacar aquele andar, o prédio não cai. Então o míssil de Israel que é lançado para pegar um terrorista é muito exato”, afirmou.

 

Além da guerra, a chef de cozinha ressaltou que Israel vive uma onda de protestos contra o governo atual, que, segundo ela, está tentando modificar o sistema para uma ditadura de “hiper direita”. Com isso, a população tem se manifestado há cerca de 30 semanas, voltando todas as preocupações em “proteger a democracia". "É a única democracia do Oriente Médio”.

 

“Israel estava fragilizado com todos esses protestos e o Hamas, esse grupo terrorista, se aproveitou disso”, declarou.

 

“Ninguém estava esperando. Eu fui acordada pela sirene, eu corri para o bunker,  o abrigo antiaéreo. A gente escuta o Domo de Ferro, que alcança o foguete no ar, mas a gente ainda consegue escutar o ‘bum’, por que é muito forte e também tem o tremor. E aí, depois disso tem que esperar 10 minutos para poder sair do abrigo antiaéreo”, explicou.

 

Katia detalhou ainda que os abrigos são construídos em todas as casas do país, sendo uma medida obrigatória por lei. É necessário ter pelo menos um quarto, tanto em apartamentos, quanto em casas, feito totalmente de cimento armado, para as pessoas ficarem e se protegerem em casos de ataques.

 

“Quando a sirene toca, você tem três minutos para chegar no abrigo. O país é tão pequeno que em três minutos da Faixa de Gaza são 200 km de Tel Aviv. Em três minutos chegam em Tel Aviv alguns mísseis”, disse, acrescentando que apesar do Domo de Ferro, alguns mísseis ainda caem no chão, por serem lançados em grande quantidade.

 

A baiana revelou que a situação na Faixa de Gaza é bem crítica e que os extremistas têm torturado os civis. Em relatos, ela descreveu que recebeu um telefonema de um colega, que integra o exército de Israel, que contou que foram encontrados 40 bebês decapitados no local, corpos de famílias de pai, mãe e filhos, que foram queimados vivos e foram encontrados abraçados. “Você pode imaginar uma coisa pior que isso? É essa crueldade desse grupo.”

 

A chef de cozinha diz que a sua família do Brasil tem ligado até cinco vezes ao dia com a preocupação de saber sobre a situação de Kátia no país. Ainda assim, ela ainda relatou que a comunicação não foi afetada, e que as pessoas só têm evitado sair de casa por uma orientação do próprio exército. Ainda assim, passou o dia ajudando a arrecadar mantimentos para os soldados israelenses, e também trabalhando em um restaurante local para preparar alimentos para os combatentes.

 

“Não tivemos nenhuma interrupção da vida. Supermercados estão abertos, as pessoas não saem nas ruas porque é o que o exército pede, é menos uma preocupação, que é defender as pessoas dos mísseis. Os hospitais estão cheios, nós temos até agora 1.200 mortos, 2.500 feridos, mais ou menos. Só que cada dia aumenta mais o número de mortes, porque cada dia eles tão descobrindo mais cadáveres. Estão varrendo o país.”

 

Kátia também esclareceu que mesmo com a guerra e a sua mãe, junto ao seu irmão e suas sobrinhas, estando no Brasil, ela não pensa em voltar ao país onde nasceu. “Eu não posso. Não posso nem ficar com isso na cabeça.”

 

“Eu nunca vou ser israelense. Vou dizer, meus filhos são israelenses, eles se sentem israelitas, eu sempre vou ser a brasileira que mora em Israel. A minha saudade do Brasil é sempre muito grande, mas a minha vida é aqui, os meus filhos e os meus netos estão aqui, então nunca vai passar, não passou, apesar de que minha mãe me liga cinco vezes por dia, minha filha vem para cá, pega meus meus netos e vem para cá, ela sabe que eu não vou, eu não posso deixar a vida aqui”, concluiu

Brasileiro desaparecido após ataque à rave em Israel é encontrado morto
Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Um brasileiro que estava presente na rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel neste fim de semana, identificado como Ranani Glazer, foi declarado como morto. A informação foi confirmada pela tia do jovem à Folha de S.Paulo na noite desta segunda-feira (9).

 

Glazer estava acompanhado de outros dois brasileiros, sua namorada Rafaela Treistman e seu amigo Rafael Zimerman, durante uma festa próxima à Faixa de Gaza na noite do último sábado (7), quando o local foi invadido por militantes da facção terrorista palestina. Homens armados cercaram a área, lançaram granadas e abriram fogo.

 

De acordo com o relato de Zimerman, os três conseguiram fugir e se esconder em um abrigo ao ouvirem os primeiros disparos. No entanto, ao deixarem seu esconderijo, não sabiam mais o paradeiro de Glazer.

 

O número de vítimas fatais no ataque à rave ultrapassou 260, porém, não está claro se o brasileiro já está incluído nesse total ou se ele faz parte do número total de vítimas do conflito que teve início no sábado.

Lula se diz chocado com ataques em Israel: “Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito”
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Por rede social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade aos familiares das vítimas do bombardeio em Israel neste sábado (7) e se disse “chocado com os ataques terroristas” realizados contra civis. O ataque foi feito pelo movimento islâmico armado Hamas e é considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.

 

“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu Lula no X, antigo Twitter. 

 

O Brasil preside o Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro e já anunciou que irá convocar uma reunião de emergência do órgão para lidar com a crise palestina (saiba mais). 

 

“Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, declarou o petista. 

 

De acordo com os serviços de urgência, ao menos 298 pessoas morreram durante o bombardeio: 100 em Israel e 198 na Faixa de Gaza.

 

 

Ataque do Hamas já deixa mais de 380 mortos em Israel
Foto: Reprodução / TV Globo

O bombardeio feito pelo movimento islâmico armado Hamas em Israel, neste sábado (7), matou ao menos 382 pessoas, segundo dados dos serviços de urgência. Desse total, 150 foram mortas em Israel e 232 na Faixa de Gaza. Outras milhares de pessoas ficaram feridas. O Ministério de Saúde de Israel afirmou que pelo menos 1.104 pessoas foram levadas a hospitais para serem atendidas. Dessas, há 17 em estado crítico.

 

O ataque surpresa na manhã de hoje, no horário local, é considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. De acordo com informações do G1, os ataques aconteceram principalmente na parte sul de Israel. 

 

Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”.

 

Ao reivindicar a autoria do ataque, o grupo Hamas afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território. Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra. O premiê lançou a operação "Espadas de Ferro" e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. O país convocou uma grande quantidade de reservistas.

 

O ministro da Defesa do país, Yoav Galant, afirmou que o Hamas cometeu um "grande erro". O premiê israelense também pediu aos cidadãos que sigam as instruções de segurança. A recomendação é que as pessoas fiquem próximas a prédios e espaços protegidos.

 

“As Forças de Defesa de Israel defenderão os civis israelenses e a organização terrorista Hamas pagará um alto preço pelas suas ações”, disse o comunicado divulgado pelos militares israelenses.

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com o premiê israelense e afirmou que o país está pronto para oferecer “todos os meios apropriados de apoio”. (Atualizada às 15h22)

Demitido do CQC, Ronald Rios alega ter sido boicotado e se revolta com a Band na internet
Foto: Reprodução/Facebook
Após sua demissão, o ex-repórter do CQC Ronald Rios se revoltou nas redes sociais ao saber que uma reportagem feita por ele na Faixa de Gaza, durante conflito entre Israel e Palestina, não entraria no especial de melhores momentos do programa em 2014. "Estou puto da vida. Hoje [29] tem especial dos melhores momentos do ano no CQC e a Band deletou dele a matéria de Gaza. Eles reescrevem o passado. É foda admitir que me mandaram embora depois de eu ter feito isso por vocês. Mas fácil fingir que eu não existi", escreveu Rios no seu perfil do Facebook.
 
O desabafo não parou por ai. Sentindo-se boicotado, o ex-CQC, que entrevistou palestinos e israelenses, por uma semana, em locais de difícil acesso no epicentro do conflito, continuou as críticas à sua antiga emissora de TV. "Isso não se faz. Fizemos um grande trabalho e arriscamos nossas vidas. Mas aí: não passar a matéria não significa nada. O povo viu. E está na internet até a Terra explodir", provocou.

Confira a reportagem:

Ronald Rios estendeu a revolta também para o twitter:
 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

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