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Um levantamento realizado pela empresa de inteligência esportiva Twenty First Group classificou o Campeonato Brasileiro como a sexta liga de futebol mais forte do mundo e a segunda mais equilibrada, atrás apenas da Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos.
A análise, divulgada pelo portal The Athletic, considera critérios como desempenho técnico e equilíbrio entre os clubes. O cientista de dados sênior da empresa, Aurel Nazmiu, explicou os parâmetros adotados.
“Atualmente, classificamos a Série A do Brasil como a sexta melhor liga do mundo, então esperávamos que os quatro times brasileiros fossem competitivos antes do torneio”, disse Aurel Nazmiu.
O ranking de qualidade coloca o Brasileirão atrás da Premier League (Inglaterra), LaLiga (Espanha), Bundesliga (Alemanha), Serie A (Itália) e Ligue 1 (França). Já no quesito equilíbrio, apenas a liga norte-americana supera a brasileira, beneficiada por políticas como o teto salarial.
A metodologia do estudo utiliza um algoritmo que mede a força média das equipes a partir de sua posição em um ranking global de clubes. O equilíbrio do Campeonato Brasileiro é explicado pela pequena diferença técnica entre as equipes. A distância entre times como Palmeiras e Flamengo e o Juventude, atual penúltimo colocado, é considerada relativamente baixa, o que aponta para uma competitividade mais ampla.
O relatório também destacou o caso da liga da Arábia Saudita, apontada como a quinta mais desigual do mundo em termos de qualidade técnica. O alto investimento feito por clubes como o Al Hilal, em contraste com o restante da competição, amplia a disparidade.
“Embora classifiquemos a Liga Saudita como a 50ª melhor liga do mundo, o Al Hilal está significativamente melhor do que o restante da liga no momento”, afirmou Nazmiu, citando que o clube saudita ocupa a 132ª posição no ranking mundial do grupo.
Os desempenhos recentes de clubes brasileiros como Fluminense, Palmeiras, Botafogo e Flamengo em competições internacionais também contribuíram para a repercussão dos dados e reforçaram o destaque do futebol nacional no cenário global.
Um estudo publicado nesta semana no periódico Ecology revelou que 4.103 aves colidiram com janelas de vidro ao longo de sete décadas em 11 países da América Central e da América do Sul. A pesquisa, liderada por dois brasileiros e um cientista da Universidade de Helsinque, na Finlândia, identificou que mais de 500 espécies foram impactadas, incluindo algumas ameaçadas de extinção, entre 1946 e 2020.
O levantamento aponta que 2.537 aves morreram imediatamente após os choques e 1.515 foram resgatadas vivas e encaminhadas a centros de reabilitação. De acordo com os pesquisadores, os acidentes estão relacionados, em grande parte, a períodos de migração e reprodução das espécies.
No Brasil, foram registrados 1.452 casos, com destaque para espécies ameaçadas, como o gavião-pombo-pequeno (Buteogallus lacernulatus), a cigarrinha-do-sul (Sporophila falcirostris) e a saíra-pintor (Tangara fastuosa), todas endêmicas da Mata Atlântica.
A pesquisa foi conduzida por Augusto João Piratelli, da Universidade Federal de São Carlos, Bianca Ribeiro, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e Ian MacGregor-Fors, da Universidade de Helsinque, com a colaboração de mais de 100 cientistas, incluindo diversos brasileiros.
Flávia Guimarães Chaves, pesquisadora do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e uma das colaboradoras do estudo, explica que os vidros representam uma ameaça significativa para as aves, que não percebem essas barreiras. “Na cidade de São Paulo, foram 629 colisões de aves. Não havia muita diferença se o vidro dessas residências ou prédios era translúcido ou reflexivo”, destacou.
Segundo ela, os resultados podem ajudar na formulação de políticas públicas, normas de construção e campanhas de conscientização para reduzir esses impactos. “Um passo importante para tornar as cidades mais amigáveis [para as aves] são ações simples como a aplicação de adesivos nos vidros, como bolinhas numa distância entre 10 e 15 centímetros, de forma simétrica, que fazem com que as aves possam enxergar esses vidros. Outra possibilidade é utilizar cortinas antirreflexo e persianas nas janelas. No período da construção ou reforma, pode-se optar por vidros que sejam serigrafados, que possuem faixa UV na sua composição e são enxergadas pelas aves”, explicou.
O atacante Mohamed Salah, do Liverpool, foi considerado o jogador mais influente da temporada, levando em conta atletas de 60 ligas nacionais ao redor do mundo. Ao menos é o que apontou o estudo do Observatório de Futebol do Centro Internacional de Estudos de Esporte (CIES Football Observatory), divulgado nesta quarta-feira (28).
O egipício atingiu a pontuação máxima do ranking geral estipulado pelo CIES Football Observatory, que tem base no desempenho de cada jogador em seis especificidades de um jogo de futebol, ao longo da temporada. As áreas são: jogo aéreo; defesa terrestre; distribuição; dribles; chances criadas; e finalização.
Nesta edição da Premier League, Salah foi o artilheiro da competição de forma isolada. Com 29 gols marcados, o camisa 11 dos Reds liderou a lista. Além dos tentos, ele também contribuiu com 18 assistências distribuídas. Sendo o grande nome da campanha do título do Liverpool, o atacante disputou todas as rodadas do torneio.
Dentre os brasileiros, Raphinha foi o melhor posicionado, ficando em sétimo lugar (93,2 pontos), por conta de sua performance geral no Campeonato Espanhol. Ele registrou 18 gols marcados e nove assistências distribuídas na La Liga 24/25. Considerando especificamente o atributo do drible, Vinicius Junior, do Real Madrid, teve a maior nota no ranking (93 pontos).
Confira o top 10 geral do ranking de jogadores mais influentes:
1. Mohamed Salah (Liverpool) - 100 pontos
2. Lamine Yamal (Barcelona) - 99,6 pontos
3. Michael Olise (Bayern de Munique) - 98,1 pontos
4. Pedri González (Barcelona) - 98,7 pontos
5. Joshua Kimmich (Bayern de Munique) - 96,2 pontos
6. Granit Xhaka (Bayer Leverkusen) - 94,1 pontos
7. Raphinha (Barcelona) - 93,2 pontos
8. Trent Alexander-Arnold (Liverpool) - 92,6 pontos
9. Cole Palmer (Chelsea) - 92,4 pontos
10. Kylian Mbappé (Real Madrid) - 92,3 pontos
Um estudo apresentado no Congresso Europeu de Obesidade (ECO) nesta terça-feira (13), indicou que o Wegovy (semaglutida 2,4mg) pode reduzir em 37% o risco de morte cardiovascular, infarto e acidente vascular cerebral (AVC) não fatais em apenas três meses de tratamento.
Os resultados foram baseados no estudo SELECT, que contou com a participação de 17.604 adultos com 45 anos ou mais, sobrepeso ou obesidade e doença do coração, sem histórico de diabetes. O levantamento foi efetuado em 41 países em mais de 800 centros de pesquisa.
Os pesquisadores analisaram que esse novo estudo, trata da proteção cardiovascular gerada pelo produto e que não se deve apenas a perda de peso, que também é uma ação possível da semaglutida.
Segundo publicação do O GLOBO, a possibilidade de morte por doenças do coração caiu em 50% com o medicamento. Já o risco de hospitalização ou necessidade de atendimento de urgência por insuficiência cardíaca ou morte por doença do coração se reduziu em 59%.
Outros levantamentos já tinham indicado que o Wegovy não seria seguro somente na área cardiovascular para pacientes com obesidade, mas em outros atos cardiovasculares graves, a exemplo de infarto, derrame e morte por doença do coração.
Um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley mostrou um crescimento de 50% nos discursos de ódio no X, antigo Twitter, entre outubro de 2022 e maio de 2023. O estudo foi publicado na revista científica Plos One.
Conforme o estudo, a frequência de posts, dentro da rede social, considerados homofóbicos, transfóbicos e racistas aumentaram em torno de 50%, após a compra do X. Antes da aquisição feita pelo bilionário Elon Musk, a média semanal de posts encontrados, que eram considerados discurso de ódio, foi de 2.179 mil. Após a compra de Elon Musk, aumentou 50%, saltando para 3.246 mil.
Para ser usado como classificação, um modelo de reconhecimento da linguagem que identifica um comentário que contenha algo considerado “rude, desrespeitoso ou despropositado, provável de fazer alguém deixar uma discussão”.
Os autores do artigo publicado dissertaram sobre a necessidade de um aumento na moderação da rede, além de não apontar que a compra feita por Musk tenha sido a causalidade desta mudança no X, antigo Twitter.
“Reconhecemos que, como não temos acesso a mudanças internas específicas nos procedimentos, quadro de funcionários e prioridades do X sob a gestão de Musk, somos incapazes de fazer afirmações causais definitivas sobre os padrões documentados”, escreveu.
A Bahia foi apontada como o estado brasileiro com a polícia mais letal, com 1.702 mortes no ano de 2023, segundo estudo feito pela Rede de Observatórios da Segurança publicado nesta quinta-feira (7).
O estado vem recorrentemente se destacando na letalidade policial, em 2022 também foi líder nacional com 1.467 óbitos, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O número de mortes oriundas da violência policial na Bahia é o maior desde 2019 entre os estados monitorados e, também, é quase o dobro dos outros entes federativos: Rio de Janeiro (871), Pará (530), São Paulo (510), Ceará (147), Pernambuco (117), Maranhão (62), Amazonas (59) e Piauí (27).
“O que a gente vê na Bahia é uma escalada. Desde que a Rede começou a monitorar o estado, houve um aumento de 161% nas mortes. De 2019 a 2023, aconteceu o seguinte dentro da polícia baiana: em vez de coibir o uso da força letal, houve incentivo. Pode ter certeza, não é só porque os criminosos estão confrontando mais a polícia. É porque tem uma polícia cuja ação letal foi liberada”, comentou a cientista social e coordenadora da Rede, Silvia Ramos, ouvida pela reportagem da Agência Brasil.
Outro dado que impressiona é a alta proporção de pessoas negras mortas por intervenções policial na Bahia (94,6%), só atrás de Pernambuco (94,6%). Outros entes federativos apresentaram índices elevados Amazonas (92,6%), Ceará (88,7%), Maranhão (80%), Pará (91,7%), Piauí (74,1%), Rio de Janeiro (86,9%) e São Paulo (66,3%).
Silvia abordou a questão do estereótipo racial nessa grande quantidade de mortes.“O perfil do suspeito policial é fortalecido nas corporações. O policial aprende que deve tratar diferente um jovem branco vestido de terno na cidade e um jovem negro de bermuda e chinelo em uma favela. A questão é: 99,9% dos jovens negros das favelas e periferias estão de bermuda e chinelo”.
Um estudo recente publicado no Journal of Oncology Medicine & Practice revelou que muitos médicos no Brasil enfrentam dificuldades no rastreamento do câncer de pulmão, especialmente entre pacientes de alto risco, como fumantes. De acordo com a Fundação do Câncer, o tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil, sendo um dos principais fatores de risco para a doença.
Este trabalho apresenta o primeiro estudo nacional sobre o conhecimento dos médicos brasileiros em relação ao rastreamento do câncer de pulmão. O Projeto ProPulmão, uma iniciativa pioneira que vem sendo executada na Bahia há um ano, continua a oferecer diagnóstico e tratamento a pacientes. Hoje (27/08), dois novos pacientes estão sendo submetidos a cirurgias no Hospital Santa Izabel, após diagnóstico e biópsia realizados pelo projeto.
O ProPulmão tem revelado as dificuldades enfrentadas para promover o rastreamento no sistema público de saúde, evidenciando os gargalos no encaminhamento dos pacientes e a falta de comunicação eficiente entre os diversos setores da saúde.
“Apesar do apoio da SESAB e de várias prefeituras, ainda há um grande atraso na realização de biópsias, resultado não apenas da falta de organização, mas também da deficiência estrutural na oferta de serviços em uma área tão complexa”, afirma Dr. Ricardo Sales, cirurgião torácico, coordenador do Projeto ProPulmão e professor e pesquisador do Centro Universitário Senai Cimatec.
O ESTUDO
O estudo "Avaliação do Conhecimento dos Profissionais de Saúde no Rastreamento de Câncer de Pulmão" analisou 324 profissionais de saúde no Brasil, sendo a maioria médicos (94,7%). Apenas 46,2% dos participantes acertaram todos os critérios de rastreamento, revelando uma lacuna preocupante, especialmente entre especialistas em doenças respiratórias (62,3%).
Capacitar os profissionais é crucial para diagnósticos mais precoces e melhores desfechos para os pacientes, conforme preconizado pela Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) no Sistema Único de Saúde (SUS). “Essa falta de conhecimento ressalta a necessidade urgente de programas de educação continuada para melhorar a compreensão e adesão às diretrizes de rastreamento”, reforça Dr. Ricardo Sales, co-autor do estudo recém publicado
TABAGISMO
O câncer de pulmão é amplamente associado ao tabagismo, responsável por cerca de 85% dos casos diagnosticados. Fumantes têm 30% mais chances de desenvolver a doença em comparação aos não fumantes, conforme dados da International Agency for Research on Cancer (IARC). Projeções alarmantes indicam que, se as tendências atuais de tabagismo persistirem, poderá haver um aumento de mais de 65% na incidência e 74% na mortalidade por câncer de pulmão até 2040, comparado a 2022.
Os compostos químicos do cigarro causam danos ao DNA das células pulmonares, predispondo a mutações genéticas que podem evoluir para câncer. Além disso, o tabagismo crônico inflama persistentemente os pulmões, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de células cancerígenas.
Durante o mês de março, o Ministério da Saúde dará seguimento na segunda fase da coleta de dados do 'Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil'. Cerca de 33.250 pessoas que tiveram Covid-19 de 133 municípios receberão visitas domiciliares.
Na Bahia, serão entrevistadas 2.500 pessoas, sendo 250 na capital, Salvador, e mais 250 em cada um dos seguintes municípios: Santo Antônio de Jesus, Ilhéus-Itabuna, Vitória da Conquista, Guanambi, Barreiras, Irecê, Juazeiro, Paulo Afonso e Feira de Santana. A pesquisa vai levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid (covid longa), que são as sequelas da doença.
“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da Covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.
De acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo, a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. “O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explica.
Dinâmica da Epicovid 2.0
A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como: vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.
Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário. Hallal esclarece que, diferente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de Covid.
Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entrevistadores identificados
Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.
Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho – por meio de suas secretarias municipais de Saúde – e participaram de reunião online com Pedro Hallal e integrantes do Ministério da Saúde. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.
A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.
Primeiras fases do estudo
Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos.
Com objetivo de reunir o conhecimento produzido a respeito da Doença de Chagas, a organização não governamental (ONG) Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, em inglês) lançou uma plataforma voltada para a América Latina.
O projeto é uma iniciativa do consórcio Lead Optimization Latin American (Lola), que reúne instituições como Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP).
O diretor da DNDi, Jadel Kratz, explica que a plataforma Open Chagas vai permitir a troca de informações entre diversos grupos de pesquisa e instituições para aprimorar o tratamento contra a doença.
“É um projeto de ciência aberta, que visa abrir um canal seguro e estruturado para os pesquisadores de toda América Latina compartilhem os seus projetos de pesquisa acadêmica, que são realizados nas universidades com o time da DNDi para poder trabalhar juntos nesse objetivo comum de desenvolver novos tratamentos”, disse em entrevista à TV Brasil.
O consórcio Lola foi criado há 10 anos para ajudar no desenvolvimento de medicamentos e tratamentos para doenças que atingem grandes populações, mas que têm pouca atenção da indústria comercial, devido ao baixo retorno financeiro.
“Existe um grupo de doenças, as doenças negligenciadas, que são um grupo por volta de 20 doenças, que afetam populações mais pobres e que moram em áreas de infraestruturas mais precárias”, disse Kratz nominando enfermidades como a Doença de Chagas, a leishmaniose e a hanseníase.
A iniciativa recebe ainda financiamento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo Barbeiro, inseto semelhante a um besouro. A infecção pode afetar diversos órgãos, como o sistema digestivo e o coração. Segundo o Ministério da Saúde, existem aproximadamente 1 milhão de pessoas com a doença no Brasil, que causa cerca de 4,5 mil mortes por ano.
Em todo o mundo, de acordo com o diretor da DNDi, existem cerca de 1 bilhão de pessoas afetadas por doenças negligenciadas.
Um estudo conduzido pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e publicado na última sexta-feira (11) na Revista Latino-Americana de Enfermagem aponta que a mortalidade relacionada ao diabetes no Brasil está ligada à desigualdade social, com fatores como a concentração de renda e a baixa escolaridade exercendo um impacto significativo no número de óbitos decorrentes da doença.
De acordo com a CNN Brasil, a pesquisa envolveu uma análise minuciosa de dados relativos a 601 mil óbitos relacionados ao diabetes mellitus, uma condição crônica que afeta o processamento do açúcar no sangue, no período de 2010 a 2020, com base nos registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
No intervalo de 2010 a 2020, a taxa de mortalidade por diabetes entre brasileiros com até três anos de educação formal foi duas vezes superior à taxa de mortalidade geral, totalizando 59,53 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Os resultados dessa pesquisa apontam que a população parda também figura entre as mais afetadas, com uma taxa de 36,16 óbitos a cada 100 mil habitantes. As regiões com as taxas mais elevadas de mortalidade foram identificadas como o Nordeste (34,4/100.000 hab.) e o Sul (31,4/100.000 hab.), com especial destaque para os estados da Paraíba e Pernambuco.
Os indicadores estão em ascensão em todas as regiões do país, e foi identificada uma notável subnotificação estimada na região Norte (23/100.000 hab.).
Pesquisadores do Museu de História Natural da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o cérebro humano está diminuindo conforme a temperatura do planeta aumenta. Os cientistas compararam o tamanho de 298 crânios datados dos últimos 50 mil anos com a temperatura, umidade e quantidade de precipitação catalogadas no período.
Eles descobriram que, conforme o clima esquenta, o tamanho médio do cérebro humano diminuiu em comparação com períodos de frio. No período do Holoceno (há cerca de 11 mil anos), quando houve um aquecimento do planeta, o órgão diminuiu cerca de 10,7%, por exemplo. O estudo foi publicado na revista científica Brain, Behavior and Evolution em abril.
Alterações na umidade e níveis pluviométricos também fazem diferença no crescimento do cérebro — em períodos de seca, por exemplo, o volume do órgão parece ser ligeiramente maior.
“As mudanças no tamanho do cérebro só aparecem milhares de anos depois da mudança climática, e isso é especialmente pronunciado depois do último máximo glacial, há aproximadamente 17 mil anos”, escreve o cientista cognitivo Jeff Morgan Stibel, principal autor do estudo.
O pesquisador explica que até uma pequena diminuição no tamanho do cérebro pode impactar a fisiologia humana de uma maneira que ainda não é completamente compreendida.
“Precisamos avançar no estudo para determinar se o impacto das mudanças climáticas na fisiologia humana é um resultado específico da alteração de temperatura ou um efeito indireto de outros elementos de um ambiente em constante evolução”, aponta Stibel. As informações são do Metrópoles.
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Um estudo tocado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificaram canabidiol (CBD) nos frutos e flores de uma espécie nativa brasileira, a Trema micrantha Blume. A descoberta levanta a possibilidade de uso legal da substância para fins medicinais. A espécie brasileira, ao contrário da Cannabis sativa (nome científico da maconha), não possui entre os componentes químicos o Tetrahidrocanabinol (THC), de efeito psicoativo.
A Cannabis tem uso medicinal e industrial autorizado em países como os Estados Unidos, Canadá e Portugal. Mas no Brasil, o Congresso ainda discute a liberação do cultivo da planta. Ações judiciais e medidas liminares têm garantido o cultivo da Cannabis ou a importação do canabidiol em casos isolados. No ano passado, uma resolução do Conselho Federal de Medicina determinou que os médicos só podem prescrever o CBD para o tratamento de epilepsias na infância e na adolescência. A medida inclui especificamente a Síndrome de Dravet, a Síndrome de Lennox-Gastaut e a Esclerose Tuberosa.
O professor do Instituto de Biologia da UFRJ e coordenador da pesquisa, Rodrigo Soares Moura Neto, explica que a planta nativa brasileira conseguiria fugir das barreiras legais impostas hoje à Cannabis. “Quando você vende canabidiol, a Anvisa impõe uma restrição na fórmula, que só pode ter 0,2% de THC. No caso da planta brasileira, isso não seria um problema, porque não existe nada de THC nela. Também não haveria a restrição jurídica de plantio, porque ela pode ser plantada à vontade. Na verdade, ela já está espalhada pelo Brasil inteiro. Seria uma fonte mais fácil e barata de obter o canabidiol”, disse.
Cientistas estrangeiros já tinham descoberto o canabidiol em uma planta da mesma família, a Trema orientale Blume, que não é nativa do Brasil. O estudo da UFRJ usou essa referência no início das investigações. No estágio atual, cerca de 10 pesquisadores estão mapeando os métodos mais eficazes de análise e extração do canabidiol da planta. Em seis meses, está previsto o fim da primeira fase, e o início dos processos in vitro, quando vai ser analisado se o componente tem a mesma atividade que o canabidiol extraído da Cannabis sativa. As informações são da Agência Brasil.
Pessoas que tiveram Covid-19 têm um risco maior de desenvolver diabetes, e esse vínculo parece ter persistido na era Ômicron, segundo um novo estudo publicado no JAMA Network Open. Segundo os pesquisadores do Cedars Sinai Medical Center, em Los Angeles, as evidências sugerem que as infecções por Covid-19 estão ligadas a um novo diagnóstico de diabetes, embora não esteja claro se essa relação é uma coincidência ou causa e efeito.
Os pesquisadores analisaram os registros médicos de mais de 23 mil adultos que tiveram Covid-19 pelo menos uma vez. Eles analisaram a probabilidade de essas pessoas receberem um novo diagnóstico de diabetes, pressão alta ou colesterol alto nos três meses após a infecção por Covid-19 em comparação com os três meses anteriores.
Como as visitas aos serviços de saúde foram frequentemente interrompidas durante a pandemia, muitas pessoas estão apenas fazendo exames de rotina e exames que podem ter deixado para trás.Para os estudiosos, isso poderia torná-los mais propensos a obter um novo diagnóstico de uma condição, como diabetes, que eles podem estar desenvolvendo de qualquer maneira.
Para controlar isso, eles também analisaram o risco de algo que chamaram de diagnóstico de referência – um novo diagnóstico de refluxo ácido ou infecção do trato urinário – como uma forma de lidar com esse viés. Os dados brutos mostraram que as pessoas que tiveram Covid-19 tiveram maiores riscos de serem diagnosticadas com diabetes, colesterol alto e pressão alta após suas infecções.
Mas quando os pesquisadores ajustaram esses números para contabilizar o diagnóstico de referência, apenas o risco de diabetes permaneceu significativamente elevado. A Covid-19 aumentou as chances de um novo diagnóstico de diabetes em cerca de 58%.
Outro ponto forte do estudo foi o fato de incluir pessoas diagnosticadas entre março de 2020 e junho de 2022, portanto, foi capaz de estimar o risco mesmo depois que a variante Ômicron varreu os Estados Unidos. Vários estudos sugeriram que o Ômicron causa infecções por Covid-19 menos graves do que as variantes que o precederam.
O estudo também analisou o papel da vacinação e descobriu que ela pode ajudar a proteger contra o diabetes. Quando os pesquisadores analisaram seus dados para distinguir entre aqueles que foram vacinados contra o coronavírus e aqueles que não foram, eles descobriram que os vacinados quase não tinham risco aumentado de diabetes após a Covid-19, mas os não vacinados tinham quase 80% mais risco de um novo diagnóstico de diabetes.
Esta diferença não foi estatisticamente significativa, no entanto. Kwan diz que se os pesquisadores tivessem um pouco mais de dados, a conexão poderia ser mais clara. Os cientistas não têm certeza de como a Covid-19 pode aumentar o risco de diabetes. Pode haver várias razões. Para realmente entender se o diabetes é uma doença diferente após a pandemia, seriam necessários estudos que acompanhassem as pessoas para coletar informações sobre fatores sociais relacionados à pandemia e mudanças na capacidade do corpo de produzir e usar insulina.
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) encomendou um estudo para calcular o impacto econômico das meias-entradas nos cinemas do Brasil. Segundo informações levantadas pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, a análise tem como objetivo descobrir se há um equilíbrio entre os preços cobrados, as faixas de renda e a atual legislação.
Ainda segundo a publicação, a diretoria da agência acredita que existem distorções nos preços praticados e que isto atrapalha o consumo e prejudica a democratização do acesso ao cinema no país.
Pesquisadores do Museu Nacional viajarão ao Egito, em maio, para integrar o estudo e restauração de uma tumba que pertencia a Neferhotep, integrante da elite do país em 1323 a.C..
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o grupo é formado por sete brasileiros, que irão trabalhar com equipes da Universidade de Buenos Aires (Argentina), Universidade de Chieti e Pescara (Itália) e da Fundação Gerda Henkel (Alemanha).
Ainda segundo a publicação, a tumba encontra-se próxima à margem oeste do rio Nilo e será aberta ao público após o trabalho dos pesquisadores.
Uma pesquisa realizada pela consultoria JLeiva Cultura & Esporte apontou que as mulheres têm mais interesse em atividades culturais do que os homens. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o estudo concluiu, no entanto, que apesar do interesse maior feminino, foram os homens que disseram de fato ter frequentado ou consumido a maior parte das atrações apontadas na pesquisa. O levantamento levou em conta 12 quesitos, a exemplo de ler livros e ir a cinema, teatro, museus, concertos, shows de música. De acordo com os dados coletados, 60% das mulheres disseram ter interesse, contra 52% dos homens. Quanto ao consumo propriamente dito, 29% delas disseram ter realizado nos 12 meses anteriores à pesquisa, enquanto entre os homens o percentual foi de 33%.
Com o objetivo de compreender como sexo, idade, escolaridade e renda influenciam na vida cultural da população, o estudo envolveu entrevistas com 10.630 pessoas de 12 capitais brasileiras entre os dias 14 de junho e 27 de julho de 2017. Os resultados serão divulgados em um livro lançado na terça-feira (24) e estarão disponíveis em um site.
A Netflix fez um levantamento para identificar a grade de programação dos usuários, ponderando as semelhanças e diferenças da TV aberta. De acordo com a Folha, os dados apontam que as pessoas costumam começar a ver séries e parar. Em entrevista, a diretora global da plataforma, Anne Trench, falou que os hábitos costumam ser parecidos em todo o mundo. Como por exemplo, assistir noticiários e séries cômicas no início do dia e no horário nobre. Apesar dos fatos constatados, a grade pode mudar de acordo com os hábitos das pessoas. A programação mundial é a mesma, mas existem diferenças, segundo Anne. No Brasil, por exemplo, a liderança é no horário do almoço, o que não acontece em todos os países. “Eu diria que os brasileiros amam seu entretenimento. É uma população socialmente muito engajada, ou seja, para nós significa que vocês não conseguem parar de ver um programa que estejam amando”, afirmou a diretora. Se no café da manhã o humor é o favorito, no almoço os dramas preenchem quase metade da audiência, sendo assistidos por 47% dos usuários. No fim do dia os suspense são os preferidos e no corujão as pessoas buscam por séries mais leves e com humor, como “Friends”. Os documentários são os mais vistos durante a madrugada.
De acordo com suas pesquisas, Martinelle concluiu que, como o preço do ingresso médio se baseia na expectativa de beneficiários que devem comparecer ao evento, o valor da entrada inteira acaba por subsidiar a meia. De acordo com um dos promotores de eventos entrevistados, os idosos e estudantes, que, por lei, tem direito a meia-entrada, na verdade, pagam pelo valor real do ingresso, enquanto o restante das pessoas paga quase o dobro do preço real. "Uma vez que nenhuma das leis pesquisadas impõe qualquer tipo de contrapartida financeira por parte dos governos que as estabelecem, a dedução lógica é a de que cabe ao promotor do evento a tarefa de precificar o ingresso de forma a viabilizar o benefício da meia-entrada por meio de transferência de renda pura e simples: entre quem não faz uso do benefício e quem o faz", afirmou o pesquisador. Outra problemática observada por Martinelli é a “máfia das carteirinhas”. "A centralização da concessão de carteirinhas poderia ser uma solução, pois hoje é muito fácil as pessoas falsificarem o documento para conseguirem o desconto".
Gale pretende transformar o assunto em um programa dramático com episódios de uma hora, protagonizados por dois funcionários da base militar. Na trama, os personagens percebem que suas vidas estão em risco após descobrir informações secretas, que o governo norte-americano estaria disposto a proteger a qualquer custo.
O projeto é baseado no livro "Area 51: An Uncensored History of America’s Top Secret Military Base", de Annie Jacobsen, que reúne relatos de 19 indivíduos que trabalharam na base, sendo que alguns deles chegaram a morar lá.
Outras 55 pessoas que tiveram algum tipo de conexão com a instalação militar também foram entrevistados pela autora, que esclarece alguns dos boatos que cercam o local.
O roteiro da nova série deve ficar a cargo de Karl Gajdusek, que também será o produtor executivo.
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Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.