Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
ensino
O ranking Times Higher Education (THE) 2025 revelou que a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) sediada em Ilhéus superou a Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Perspectiva internacional da educação. Apesar disso, a UFBA lidera entre as universidades baianas pelo 9º ano consecutivo.
Considerando a média das cinco categorias avaliadas pelo ranking (Ensino, Ambiente de Pesquisa, Qualidade de Pesquisa, Indústria e Perspectivas Internacionais), a classificação entre as universidades baianas ficou assim:
- UFBA: 24,06 pontos
- Uesc: 21,68 pontos
- Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS): 17,74 pontos
- Universidade do Estado da Bahia (UNEB): 13,94 pontos
O indicador de Perspectiva Internacional mede a proporção de estudantes e docentes estrangeiros, além do volume de colaborações internacionais em pesquisa. Esse critério é essencial para medir o grau de inserção global de uma universidade, sua capacidade de atrair talentos internacionais e sua relevância em redes acadêmicas transnacionais.
Apesar de ser superada pela UFBA na maioria dos critérios desde 2020, a Uesc obteve 40,8 pontos contra 24,8 da UFBA em Perspectiva Internacional, registrando crescimento pelo quinto ano consecutivo e ultrapassando a maior universidade do estado nesse quesito.
A melhora da Uesc nessa categoria foi expressiva: 74,5% nos últimos cinco anos, aproximando a instituição das líderes nacionais, como a USP e a Unicamp. No ranking de Perspectiva Internacional, a Uesc ocupa o 4º lugar no Brasil, ficando atrás de três instituições do Sudeste: PUC-Rio, Universidade Federal do ABC e a própria Universidade de São Paulo (USP).
Veja o Gráfico:
Para efeito comparativo entre as baianas nos últimos cinco anos, a UFBA manteve um desempenho mais estável, com um aumento de 23% no mesmo período, apresentando uma variação menor. No entanto, a federal baiana se destaca pelo engajamento com pesquisadores internacionais e colaborações acadêmicas, consolidando parcerias estratégicas com instituições da América Latina e da África.
A UEFS e a UNEB, que aparecem nas posições seguintes do ranking educacional, registram avanços graduais em pesquisa e ensino, mas ainda não alcançaram projeção internacional significativa, especialmente nos anos anteriores a 2024. Além disso, não há registros consolidados sobre o desempenho dessas duas instituições nos últimos cinco anos.
OUTROS DESTAQUES
Enquanto UEFS e UFBA se destacam pelo maior número de citações acadêmicas no índice h, com pesquisadores mais referenciados mundialmente, a Uesc lidera na Bahia na proporção de alunos no exterior.
A UFBA, por sua vez, se classifica bem quando é levado em consideração o engajamento com pesquisadores internacionais, sendo uma referência na América Latina e na África. O desempenho da instituição nesse quesito já havia sido destacado em outro ranking de avaliação internacional, o QS University.
Apesar do bom desempenho na Bahia, a UFBA segue distante da liderança nacional, ocupada pela USP, que obteve média de 58,7 pontos. O Times Higher Education 2025 avaliou mais de 2 mil instituições de ensino superior em 115 países.
Além dos resultados estaduais, o Times Higher Education World University Rankings 2025 revela uma crescente ascensão das universidades brasileiras no cenário global, com o Brasil entrando para o top 200 pela primeira vez, ao lado da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.
O THE 2025 também apontou que, enquanto as universidades do Reino Unido e dos EUA apresentam um declínio em sua reputação acadêmica, países como a China estão avançando rapidamente, se aproximando do top 10 mundial.
A Bahia se destacou no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O estado foi o terceiro com mais aprovados no país, com 21.963 aprovações. O número é o mais alto da região nordeste, com a aprovação de estudantes da rede pública de ensino selecionados para universidades espalhadas pelo Brasil.
A utilização da nota do Enem no Sisu tem feitos com que alunos da rede estadual ingressem no ensino superior para cursos concorridos como Direito, Medicina e Engrenharia. Além da seleção do Sisu, muitos jovens também conquistaram aprovações por meio dos vestibulares.
A Secretaria da Educação do Estado fortalece a preparação dos jovens com a iniciativa “Tô com Você no Enem” que promove aulões e simulados, bem como oferta transporte para o acesso aos locais de provas e incentiva a solicitação de isenção na taxa de inscrição.
Clarissa Alves, de 18 anos, que concluiu do curso técnico em Manutenção com Suporte em Informática, no Centro Estadual de Educação Profissional em Tecnologia, Informação e Comunicação (CEEPTIC), em Lauro de Freitas, comemorou a sua aprovação em Direito, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
“Sempre fui apaixonada por este curso e desde cedo busco estudar sobre o que nos pertence como cidadão e como eu posso usar meu conhecimento sobre as coisas para ajudar as pessoas. O sonho de entrar na faculdade publica sempre foi algo que andou comigo desde o Ensino Fundamental e, agora, estou realizando”, celebrou a estudante.
O estudante Ruann Felliphe Paes, de 18 anos, que concluiu os estudos no Colégio Estadual Rolando Laranjeira Barbosa, localizado em Santa Maria da Vitória, foi aprovado em Medicina na Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e falou com satisfação da sua conquista.
“Sabemos o quanto é difícil conseguir uma aprovação sendo uma pessoa de baixa renda, tendo que estudar e trabalhar para ajudar em casa. Eu decidi que queria ser médico no primeiro ano do Ensino Médio, quando comecei a estudar Biologia e ver como corpo humano funciona. Quero fazer a diferença na vida das pessoas e estou muito feliz e satisfeito”, disse Ruann.
SISU
O Sistema de Seleção Unificada reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de Ensino Superior de todo o Brasil que participam do processo seletivo vigente, sendo a maioria delas oferecida por instituições federais (universidades e institutos). Os selecionados na chamada regular do Sisu podem realizar a matrícula ou o registro acadêmico nas instituições de ensino para as quais foram admitidos no período de 27 a 31 de janeiro.
A Bahia possui mais de nove milhões de endereços, sendo o terceiro estado com a maior quantidade de registros do tipo no Brasil, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais. O detalhe é que, do total, 0,6% são estabelecimentos religiosos, o que equivale ao dobro dos estabelecimentos de ensino (0,3%) e o triplo em relação à saúde (0,2%), de acordo com dados do Censo Demográfico 2022 elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados, 6 em cada 10 municípios baianos (59,7% ou 249 de 417), incluindo Salvador, tinham mais estabelecimentos religiosos do que a soma dos estabelecimentos de ensino e saúde. Na Bahia, no Brasil como um todo e em outras 20 unidades da Federação, o total de estabelecimentos religiosos era maior (+18,5%) do que a soma dos totais dos estabelecimentos de ensino e saúde. Os 52.939 estabelecimentos religiosos encontrados no estado eram quase o dobro dos de ensino (28.315) e o triplo dos de saúde (16.347).
Em Salvador, havia 6.032 estabelecimentos religiosos (2,5 para cada 1.000 pessoas), o dobro do número de estabelecimentos de ensino (3.018). Mesmo assim, o município era a capital brasileira com o maior número de estabelecimentos de ensino por habitante: 1,3 para cada 1.000 pessoas.
O total de estabelecimentos religiosos soteropolitanos representava, ainda, quatro vezes o número de estabelecimentos de saúde no município (1.509). Entre as capitais, Salvador tinha o terceiro menor “per capita” de estabelecimentos de saúde: 0,6 para cada 1.000 pessoas, maior apenas do que os verificados em Goiás/GO (0,50/1.000 pessoas) e Manaus/AM (0,51/1.000 pessoas).
BAHIA E BRASIL
Quase 8 em cada 10 espécies de endereços encontradas na Bahia eram domicílios particulares (75,9%); 1 em cada 10 (11,4%) era estabelecimento com outra finalidade (comércio, serviços diversos etc.); 6,3%, estabelecimentos agropecuários; 5,2%, edificações em construção (residenciais ou não); 0,6%, estabelecimentos religiosos; 0,3%, de ensino; 0,2%, de saúde; e 0,1% era domicílio coletivo.
No Brasil, foram georreferenciadas 11,102 milhões de espécies de endereços, ou 55 para cada 100 habitantes. Embora tenha o 3o maior total de espécies de endereços georreferenciadas, a Bahia fica em 2o lugar nos números de estabelecimentos agropecuários (abaixo de Minas Gerais), de edificações em construção e de estabelecimentos de ensino (nesses dois últimos casos, abaixo de São Paulo). Já em relação às espécies de endereços por habitante, a Bahia, além de liderar no total, também tem os maiores números “per capita” de estabelecimentos de outras finalidades (7 para cada 100 pessoas) e de edificações em construção (3/100 pessoas).
Embora fosse uma percentagem acima da verificada nacionalmente - no Brasil, os estabelecimentos religiosos eram 13,3% mais numerosos do que os de ensino e saúde juntos -, era apenas a 14a maior entre as 27 unidades da Federação. Rondônia (+100,8%), Amazonas (+95,4%) e Pará (+83,7%) tinham as maiores diferenças para cima, enquanto no Piauí (onde havia 15,3% menos estabelecimentos religiosos do que de ensino e saúde juntos), em Santa Catarina (-14,1%) e em São Paulo (-14,1%) estavam as diferenças mais expressivas para menos.
O prazo para confirmação de matrícula na Rede Municipal de Ensino segue até a próxima sexta-feira (19). A matrícula é destinada a crianças contempladas na distribuição eletrônica de vagas de 2024. Para efetivar o acesso do filho às aulas, o responsável pelo aluno deve comparecer em qualquer unidade da rede, levando originais e cópia dos documentos necessários: CPF e certidão de nascimento da criança; CPF do responsável; Cartão SUS da criança; Cartão e Certificado de Vacinação emitido por posto de saúde; endereço de referência; e Cartão do Bolsa Família com último extrato, no caso de família beneficiária.
Após este prazo, o responsável deve dirigir-se à unidade escolhida para o estudante cursar o ano letivo, a fim de consolidar o processo.
A matrícula é realizada em duas etapas, sendo a primeira realizada nos meses de novembro e dezembro de 2023, quando a Secretaria Municipal da Educação (Smed) realizou o cadastro para a Educação Infantil e a Educação de Jovens e Adultos, englobando crianças com idades de 2 a 5 anos (educação infantil), e pessoas que deixaram de estudar, mas desejam retomar os estudos. Já a segunda etapa, que trata da efetivação e confirmação da matrícula firmada no final do ano, teve início no último dia 3.
"Paralelamente a esse processo de cadastro, que ocorre de forma descentralizada em todas as escolas da rede, acontece ainda a confirmação e a renovação da matrícula dos alunos que já são da rede. De forma a complementar o processo de matrícula que aconteceu em dezembro, as famílias confirmaram o desejo de seus filhos permanecerem na escola e, de nossa parte, confirmamos a matrícula dessas crianças e dos jovens adultos e idosos. Agora iniciamos a matrícula de quem não faz parte da rede, com a confirmação do cadastro do primeiro ao nono ano", explica a gerente de Gestão Escolar da Smed, Patrícia Moura.
Para o mês de janeiro, a secretaria estabeleceu um cronograma de matrícula, de forma que cada ano de escolarização contou com um dia específico para realização da matrícula. Apesar disso, a ação não é engessada: quem não pode ir no dia específico, poderá comparecer no dia posterior, em qualquer escola da rede municipal de Salvador, para finalizar o processo e matricular o filho na escola que deseja. A partir do dia 22, as escolas deixam de ser postos descentralizados e passam a ser postos centralizados e específicos. Ou seja, a família vai precisar ir à escola que ela deseja que seu filho estude.
"Além de um corpo profissional qualificado e da excelência na educação, estamos entregando também fardamento novos para os estudantes, bem como tablets, um novo kit pedagógico escolar, e estamos preparando a rede para receber os novos alunos, a partir do dia 15 de fevereiro, que é a data de início do período letivo na rede municipal. Então, pedimos aos pais ou adultos jovens que ainda não realizaram a matrícula que o façam até o dia 19 de janeiro, procurando qualquer escola da rede municipal para realizar o processo. Ou, a partir do dia 22, na escola específica que deseja que seu filho seja matriculado", lembra Patrícia Moura.
KIT ESCOLAR
Além do fardamento e do material escolar básico, as crianças da Rede Municipal vão receber dois pares de tênis. Para garantir, os pais dos alunos da rede precisam levá-los regularmente para a escola e acompanhar o desenvolvimento pedagógico dos filhos junto aos professores.
Entidades ligadas ao ensino e à prática da odontologia se reuniram na última sexta-feira (19) e manifestaram contrários à portaria do governo federal que cria um grupo de trabalho para apresentar propostas e sugestões com a finalidade de aperfeiçoar a regulamentação do ensino à distância nos cursos e graduação em Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem.
As entidades representativas, junto ao Conselho Regional de Odontologia da Bahia, se colocam contra a liberação da criação de cursos no formato totalmente EaD. Na opinião das instituições, a medida levaria a uma precarização da formação nestas profissões.
De acordo com o presidente do CRO-BA, Marcel Arriaga, a classe precisa politizar o debate frente aos parlamentares. Existe uma desvalorização da profissão e da classe, só será possível reverter este quadro ocupando as casas legislativas discutindo as propostas de interesse, pontua Marcel.
Marcel ainda reforça a decisão do Conselho Federal de Odontologia, através da Resolução 197/2019, de proibir a inscrição e o registro de alunos no curso de Odontologia realizados totalmente no EaD.
O representante da Associação Brasileira de Ortodontia – seção Bahia, Wendel Shibasaki. Destacou que “A autorização indiscriminada para abertura de novos cursos de Odontologia no País é prejudicial à sociedade, aos estudantes que são levados a investir em cursos sem qualquer qualidade, mera mercantilização do ensino” diz.
Ao final, foi elaborada uma nota pública, em que os participantes puderam manifestar sua posição. Subscrevem o texto entidades como o Conselho Regional de Odontologia da Bahia, a Associação Brasileira de Odontologia Seção Bahia, o Capítulo XV do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial do Estado da Bahia e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva.
Além destas, também assinaram o comunicado instituições públicas de ensino superior e instâncias relacionadas a elas, a exemplo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e do Diretório Acadêmico Jayme Bandeira (UFBA).
Confira a nota na íntegra:
O Conselho Regional de Odontologia da Bahia participou do Fórum Nacional Contra o Ensino à Distância (EaD) na Odontologia, realizado em Brasília (DF), em 26 de abril de 2023, declara e repudia a possível implantação de cursos de Odontologia que tenham na sua elaboração de política educacional a oferta de graduação na modalidade Educação a Distância – EaD. Tal discussão vem sendo proposta pelo governo federal o qual se baseou na Portaria MEC N° 668, de 14 de setembro de 2022, e foi alterada pela Portaria MEC N° 398, de 8 de março de 2023, a qual instituiu um grupo de trabalho com a finalidade de implantação de cursos à distância.
É sabido que as competências impostas pela Diretrizes Curriculares Nacionais (MEC, 2021) determinam em sua plenitude contextos incompatíveis com o ensino à distância. Dentre elas podemos destacar alguns objetivos, no seu artigo 11, in verbis:
I - exercer a Odontologia de forma articulada com o contexto social, econômico, cultural e ambiental, entendendo-a como uma forma de participação comunitária; [...]
III - desenvolver ações de promoção, prevenção, reabilitação, manutenção e vigilância da saúde, em nível individual e coletivo, reconhecendo a relação da saúde bucal com as condições sistêmicas do indivíduo [...]
Além disto, a observância dos cenários de práticas, devem estar integrados com o SUS. Tais competências determinam habilidades manuais e cognitivas que se integrem a um curso de formação majoritariamente prático e presencial, com habilidades motoras, em todo o processo de formação do(a) cirurgião(ã) dentista. É imperioso destacar que o curso na Odontologia preconiza um egresso que irá executar trabalhos clínicos os quais podem, sendo mal executados, colocar em risco a vida de pacientes. Desse modo, a proteção da vida é inerente à formação do profissional de Odontologia. A preparação pré-clínica é constituída de elementos procedimentais que obrigam o desenvolvimento continuado de habilidades motoras e cognitivas.
É fundamental que algumas tecnologias apoiem a formação do(a) cirurgião(ã) dentista, a exemplo de simuladores, ambientes virtuais, tecnologias 3D, etc. mas que componham até 20% da carga horária total do curso.
Portanto, em defesa da população, premissa estabelecida aos Conselhos Regionais de Odontologia e também, em defesa da classe odontológica, faz-se necessário o cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais, aqui já citada em parte, para que tenhamos a manutenção de uma Odontologia soberana e respeitada mundialmente.
"Acarajé", "gogó", "Arembepe", ou até mesmo a palavra "axé" são termos e expressões oriundas da língua Iorubá-Nagô. Apesar de serem presentes no cotidiano brasileiro, principalmente do baiano, a origem dos dizeres é pouco conhecida pelos falantes - assim como formas de fala como o "vumbora", derivada do Iorubá “Mo mb? wa” (que significa “estou indo”).
Apresentar essa origem e ensinar o idioma é justamente um dos objetivos de um curso ministrado pelo professor Adelson Silva de Brito, o intensivo “Lições de Língua Iorubá-Nagô para Iniciantes”, que teve na infância, na Salvador da década de 1960, uma introdução à língua, falada pelos idosos negros do seu bairro.
A ideia do projeto é oferecer aos inscritos conteúdos relacionados ao cotidiano Iorubá-Nagô, tanto na África quanto nas várias comunidades Iorubás. A metodologia inclui a realização de cinco aulas e a disposição de vídeos, textos, notícias diversas, literatura, análises de provérbios e outros materiais que fixem o aprendizado.
Trazida para o Brasil nos corpos das pessoas da diáspora africana vindas da costa ocidental do continente - de localidades que hoje pertencem a países como Sudão, a própria Nigéria, Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gana, Guiné e Togo -, o dialeto teve a nomenclatura inicial de "Nagô", por conta do povo que o falava, chamado aqui pelo mesmo nome da língua. "Hoje, a língua Nagô é chamada de Iorubá ou Ioruba-Nagô, e a parte da África ocidental antigamente chamada de kàrò-ojíire, é hoje conhecida como Terra Iorubá", aponta o docente.
Atualmente, no país, inúmeros terreiros de Candomblé de nação Queto (ou Nagô) difundem a língua em seus ritos e em suas práticas religiosas. Elas assumem participações centrais na vida dos praticantes. Mas, para além disso, o Iorubá é uma língua conversacional como o Inglês ou o Espanhol.
Na Bahia, em especial, uma questão chama a atenção: além da relação histórica com o povo Nagô, o estado é considerado, desde 2018, a Capital Iorubá para todas as Américas - alcunha que foi declarada pelo rei Adeyeye Babatunde Ogunwusi II, da cidade histórica de Ile-Ifé, em visita oficial ao Brasil.
"É dessa conjuntura que nasceu no seio das comunidades Iorubá-Nagô da Bahia o interesse pelo intercâmbio com as comunidades originais em África e a percepção de que existe um universo vivo e pulsante rico em cultura, teatro, música, literatura e religião em língua Iorubá. Todos, por isso, querem aprender", justifica Adelson.
Para ele, "o curso traz a oportunidade de inclusão de uma língua que eleva a autoestima do afrodescendente ao nível de cidadania indentitária, e lhe dá a certeza da riqueza da sua cultura, única e motivadora para seu orgulho e independência".
Diferentemente da divisão entre laicidade e religião praticada na cultura ocidental, segundo o professor, o Iorubá tem como um dos pilares o culto à ancestralidade como uma prática de conexão com a experiência vitoriosa de antepassados. "O ocidental resolveu classificar essa filosofia de vida como religião, não restando alternativa ao Ioruba-Nagô", classificou.
O curso “Lições de Língua Iorubá-Nagô para Iniciantes” acontece entre os dias 24 de setembro e 22 de outubro, com aulas semanais (toda quinta-feira, das 16h às 18h) no formato on-line e carga horária de 20 horas, com direito a certificação, promovido pelo Gabinete Português de Leitura (GPL), em Salvador. A inscrição custa R$ 100 e pode ser realizada nas plataformas Sympla e Eventbrite. Outras informações e a programação completa do curso estão no site do GPL (clique aqui).
A autobiografia do baiano Lázaro Ramos, "Na Minha Pele", passou por uma avaliação do Programa Nacional do Livro. Se aprovada pelas secretarias de educação, o livro, lançado no ano passado, pode entrar para a grade de ensino da rede pública.
"Fico feliz por palavras que saíram do meu coração atingirem leitores que talvez não tivessem acesso a esses livros", declarou Lázaro, segundo informações do blog de Marina Caruso, no jornal O Globo. Mais famoso por sua carreira como ator, Lázaro é também escritor, diretor de teatro e apresentador.
De acordo com a publicação, dois livros infantis do autor, "Caderno de rimas do João" e "Caderno sem rimas da Maria", também já foram pré-selecionados pelo programa.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.