enrique delgado

Enrique Delgado, de apenas seis anos de idade representou o Brasil e a Bahia no Open International e no World Karate-do Alliance CHampionships, realizados em Malta, entre os dias 21 e 24 de março. Dentre os mais de 90 karatecas que representaram o Brasil, o pequeno Enrique foi um que chamou bastante atenção. 

No Open International, que é uma espécie de abertura do Mundial, Enrique conquistou o terceiro lugar nas duas categorias que disputou: Kata (apresentação) e Kumitê (luta). Já no Mundial, ele ficou com a terceira posição no Kumitê e foi vice-campeão no Kata. O grande fato que chamou a atenção de seu pai Ronald, foi que Enrique é faixa verde, um nível avançado para garotos de sua idade, e na competição ele iria disputar as medalhas com meninos que estavam na idade certa da faixa. Ele competiu com meninos de 7 a 8 anos e conseguiu ir bem.

Ronald Delgado, pai do menino Enrique, contou ao Bahia Notícias a sensação de ver seu filho performar tão bem dentre crianças mais velhas.

"Eu pensei, talvez meu filho deve se acanhar por ver as crianças um pouquinho mais velhas. Apesar de ser um ano de diferença ou um ano e meio de diferença, nessa idade é muito né, é um ano mais de treino no Karate, digamos assim. Mas não, ele não se acanhou, partiu para cima e foi tudo certinho. No Open Malta ele conquistou dois trofeus, ambos de terceiro lugar, mas foram dois trofeus, e no campeonato mundial duas medalhas".

Surpreendentemente, Enrique demonstrou maturidade ao cumprimentar e se abraçar com o menino que o venceu, Teegram, mostrando uma atitude admirável. 

"Depois que ele finalizou e ficou como vice campeão, ele foi lá e falou assim pai, eu posso cumprimentar o menino? Teegram é o nome dele. Eu sei quem é ele, o menino que ganhou de mim. Aí ele foi lá, deu parabéns. Ficaram brincando, sorrindo e depois se abraçaram e tiraram uma foto", disse.

"O sensei dele, ele faz no dojô de Décio Caribé, que fica na associação atlética, que eu acho que valeria a pena mencionar. Décio Caribé, que é o técnico, inclusive foi técnico da seleção brasileira lá no campeonato. E Bruno Santana, que foi o sensei também do meu filho. Então esses dois foram muito responsáveis do meu filho ter conquistado o que conquistou", finalizou Ronald.