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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que foi a Nova York participar de encontros e uma reunião da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), decidiu retornar ao Brasil ainda nesta terça-feiras (29). Segundo informações da CNN, Vieira teria desistido de esperar que fosse marcado algum encontro com representante do governo Donald Trump, em Washington.
Antes da chegada do chanceler, o governo Lula havia informado as autoridades americanas sobre a ida do ministro aos Estados Unidos, e sobre a disposição em discutir o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump, que entra em vigor no próximo dia 1º de agosto. A princípio, o governo Lula colocou como condição para que o chanceler fosse a Washington que houvesse uma sinalização de abertura dos americanos ao diálogo, pois não bastava só um lado querer negociar.
Depois de passar o dia aguardando que fosse agendado uma reunião na Casa Branca, Mauro Vieira desistiu de esperar e encerrou sua agenda nos EUA. Fontes do governo americano afirmaram à CNN que não havia nenhuma reunião prevista de membro do governo com o chanceler.
Durante sua estadia em Nova York, o chanceler brasileiro teve três reuniões bilaterais nesta terça: com o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Mustafa; o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi; e a ministra dos Negócios Estrangeiros e da Integração Africana do Senegal, Yassine Fall.
Na segunda (28), o ministro Mauro Vieira, além de participar da conferência da UNRWA, também realizou reuniões bilaterais com ministros de Relações Internacionais do Canadá, da Espanha e de Portugal, Áustria e Palestina.
Os tópicos abordados com a ministra canadense, Anita Anand, foram a questão da Palestina, tema da reunião da ONU, e a relação comercial entre os dois países. A reunião com o ministro de Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, abordou os mesmos temas, mas também o acordo entre Mercosul e União Europeia. Essa temática ainda foi tratada por Vieira com o chanceler espanhol.
O presidente Lula utilizou as redes sociais neste domingo (13) para ironizar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um vídeo divulgado no perfil da primeira-dama, Janja da Silva, Lula fez uma brincadeira com a relação entre os dois países, alegando o “mau-humor” do presidente americano e completa com: “não precisa de briga tarifária”.
Veja o vídeo:
? VÍDEO: Lula ironiza Trump e sugere jabuticabas para evitar 'mau-humor' em briga tarifária
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 13, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/MNnpdycBTp
Ainda no vídeo, o presidente brasileiro afirmou que pretende levar jabuticabas para Trump, com um argumento peculiar: "quem come jabuticaba não fica de mau-humor e não precisa de briga tarifária". A declaração, além do tom bem-humorado, foi vista como um aceno à diplomacia e à busca por um relacionamento mais harmonioso entre Brasil e Estados Unidos.
Durante uma discussão política nas redes sociais neste domingo (13), o senador e presidente nacional do Progressistas (PP), Ciro Nogueira, criticou duramente o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Na ocasião, ele também atacou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), aliado de Rui, dizendo: “Vai trabalhar, governador!”
Veja o tweet:
Governador @Jeronimoba13, peço desculpas se mandei o ministro Rui Costa trabalhar. Sei que isso é muito ofensivo para ele e para o senhor. Mas não é nada pessoal. Por mais que vocês não gostem, foram eleitos e nomeados para isso. Então, vai trabalhar governador! pic.twitter.com/jWP3c1Jmg3
— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) July 13, 2025
A troca de farpas começou após Rui Costa afirmar que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estaria tentando agradar o ex-presidente Jair Bolsonaro ao comentar as tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Tarcísio culpou a diplomacia do governo Lula pela decisão americana, dizendo que o governo prioriza “ideologia acima da economia”. Rui respondeu pela rede X (antigo Twitter), lamentando a postura do governador paulista.
Lamento que o governador de São Paulo defenda uma tarifa de 50%, imposta pelo governo dos EUA, que, a partir de 1º de agosto, penalizará a indústria e a agroindústria paulista, em vez de defender a população do seu estado e do Brasil como nação. É curioso: liderar a maior…
— Rui Costa (@costa_rui) July 10, 2025
Aliado de Tarcísio e ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira saiu em defesa do governador de São Paulo e rebateu Rui Costa. Segundo Ciro, a função do ministro agora deve ser tirar o país da “encrenca em que o radicalismo da diplomacia do PT o colocou” — e não discutir com governadores. Veja momento:
Ministro Rui Costa, sua função agora é tirar o Brasil da encrenca em que o radicalismo da diplomacia do PT enfiou o país e não ficar batendo boca com o governador de São Paulo. Vai trabalhar!
— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) July 10, 2025
O episódio escancara a crescente tensão entre o governo federal e a oposição, especialmente em temas ligados à política externa e seus reflexos na economia.
Em discurso no plenário da Câmara, na sessão desta quarta-feira (11), o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), fez um apelo ao governo federal: que rompa relações diplomáticas com o governo de Israel.
Além do rompimento com a administração do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o deputado baiano pediu ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que articule com outros países para que tomem esse mesmo caminho.
“Já tem um ano e meio o massacre na Faixa de Gaza: mais de 67 mil pessoas assassinadas! É preciso que o governo brasileiro rompa relações com o governo de Israel. Nós não podemos, de forma nenhuma, o mundo não pode ficar assistindo a massacres, a assassinatos de crianças, de mulheres indefesas”, afirmou o deputado.
Segundo afirmou Valmir Assunção, o que se assiste na Faixa de Gaza não seria uma guerra, mas puramente um massacre contra o povo palestino, “que tem direito ao seu território”.
“É preciso dar um basta ao massacre contra o povo palestino! Não podemos observar calados o massacre de toda uma população”, reiterou o deputado do PT da Bahia.
Em entrevista coletiva durante sua viagem à França, o presidente Lula fez declarações na mesma linha do deputado Valmir Assunção. Lula disse que a guerra na Faixa de Gaza é desproporcional, já que é um “exército altamente profissionalizado matando mulher e criança”.
“Nós também criticamos o Hamas quando fez a invasão a Tel Aviv [capital do país]. Agora, o que ninguém responde é como a inteligência de Israel permitiu que alguém de asa delta invadisse Tel Aviv. Sinceramente, tem coisas que meus anos de escolaridade não me permitem compreender”, afirmou.
O presidente Lula disse ainda que fica pasmo com o silêncio do mundo em relação ao que acontece na Faixa de Gaza.
“Parece que não existe mais humanismo nas pessoas. ‘Ah, palestino pode morrer’. Palestino não é ser inferior, palestino é gente como nós. Ele tem o direito de ter o terreno dele”, disse Lula.
As críticas que sofreu por ter se dirigido ao presidente da China, Xi Jinping, com comentários sobre o TikTok, seriam fruto de machismo e misoginia. A afirmação foi feita pela primeira-dama, Janja, em conversa com a CNN nesta quarta-feira (14).
De acordo com relatos repassados ao G1, a primeira-dama, durante um jantar oferecido pelo presidente chinês, teria tomado a palavra e criticado o TikTok. Os relatos dão conta de que Janja reclamou que o algoritmo da plataforma estaria favorecendo postagens da extrema direita no Brasil, e sua intervenção irritou Xi Jinping, além de constranger a comitiva brasileira.
A fonte ouvida pelo G1 disse ainda que o presidente chinês respondeu a primeira-dama brasileira com uma reprimenda, afirmando que o país podia, se quisesse, regulamentar a presença da plataforma, ou proibi-la. A primeira-dama chinesa também teria se mostrado constrangida com a intervenção de Janja.
“Vejo machismo e misoginia da parte de quem presenciou a reunião e repassou de maneira distorcida o que aconteceu. E vejo a amplificação da misoginia por parte da imprensa, e me entristece que essa amplificação tenha o engajamento de mulheres”, afirmou a primeira-dama à CNN.
A fala de Janja, que não estava programada para acontecer na solenidade, acabou gerando um mal-estar na delegação brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ser questionado por um jornalista a respeito da situação constrangedora, saiu em defesa de Janja e disse que foi ele que fez uma pergunta a Xi Jinping sobre o TikTok.
Lula também reclamou do vazamento da informação sobre as críticas de Janja à plataforma de vídeos curtos.
“Primeira coisa que eu acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa, porque estavam só meus ministros lá. Então, alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que aconteceu durante o jantar — algo muito, muito confidencial e pessoal”, disse Lula, destacando ainda que sua esposa não seria uma “cidadã de segunda classe”, e que portanto ela poderia falar, principalmente por temer o alcance de postagens ofensivas a mulheres e crianças.
Na defesa de Janja, Lula disse que ele pediu para Xi Jinping realizar uma intervenção no TikTok. O líder petista afirmou que perguntou ao presidente chinês sobre a possibilidade de enviar ao Brasil um representante "da confiança dele" para discutir a pauta, e só depois disso Janja teria falado a respeito de efeitos nocivos da plataforma chinesa.
Nas redes sociais, o comentário feito por Janja foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quarta. Parlamentares de oposição também engrossaram as críticas à postura da primeira-dama durante a solenidade oficial na China.
Em publicação na rede o X, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a primeira-dama passou “vergonha internacional”.
“Janja foi para a China, tentou lacrar… e passou vergonha internacional. Criticou o TikTok bem na frente de Xi Jinping — num encontro diplomático! Irritou a comitiva chinesa e envergonhou o Brasil. Primeira-dama não é chanceler. Diplomacia não é palco de lacração”, escreveu Sóstenes.
À CNN, o líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), demonstrou preocupação com a conversa entre Lula e o presidente chinês sobre a regulamentação das redes sociais. O deputado mencionou o controle do governo chinês sobre a internet.
“Quando o presidente da República busca inspiração nesse modelo para lidar com as redes sociais no Brasil, o que está sendo confessado ao mundo é o desejo de transformar nossa democracia em um simulacro autoritário”, escreveu.
O líder da oposição na Câmara disse ainda que pediu a convocação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, para explicar aos deputados a fala de Lula.
Na mesma linha de Zucco, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (RN), também criticou as falas do presidente Lula a respeito da regulamentação das redes sociais. “O ato falho de Lula revela, com clareza, a força da chamada democracia relativa que a esquerda pretende implantar no Brasil. Para o PT, o modelo ideal de regulação das redes sociais é o chinês”, publicou Marinho.
Em suas redes sociais, a deputada federal Erika Hilton confirmou a informação de que foi classificada pelo governo dos Estados Unidos como uma pessoa do “sexo masculino”, no momento em que buscava retirar um visto de entrada naquele país. A deputada foi convidada a participar da Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, evento realizado nesta semana em Cambridge (EUA), e sua viagem foi autorizada como missão oficial pela presidência da Câmara.
A deputada classificou a situação como um ato de violência institucional, de abuso de poder e uma clara violação de um documento oficial brasileiro e da soberania do nosso país. Erika Hilton cancelou sua participação no evento.
Erika Hilton disse em suas redes que a atitude do governo norte-americano não a surpreendeu. Segundo a deputada, esse tipo de atitude já estaria acontecendo há algumas semanas na classificação de documentos e vistos de pessoas trans em trânsito para os Estados Unidos.
“Não me surpreende o nível do ódio e a fixação dessa gente com pessoas trans. Afinal, os documentos que apresentei são retificados, e sou registrada como mulher inclusive na certidão de nascimento. Ou seja, estão ignorando documentos oficiais de outras nações soberanas, até mesmo de uma representante diplomática, para ir atrás de descobrir se a pessoa, em algum momento, teve um registro diferente. Mas, no fim do dia, sou uma cidadã brasileira, e tenho meus direitos garantidos e minha existência respeitada pela nossa própria constituição, legislação e jurisprudência”, disse a deputada.
Na sua postagem, a deputada do Psol disse ver com preocupação o fato de o governo Trump estar ignorando documentos oficiais de outros países que confirmam a existência de seus próprios cidadãos, além de os alterar “conforme a narrativa e os desejos de retirada de direitos do presidente da vez”. Erika Hilton disse ainda acreditar que as pessoas trans são apenas um dos alvos da lista de pessoas que serão perseguidas pelo governo dos EUA.
“Isso não vai parar em nós ou atingir apenas as pessoas trans, a lista de alvos dessa gente é imensa. Ela já estava sendo escrita quando o primeiro escravizado foi liberto, quando a primeira mulher votou, quando os trabalhadores exigiram o primeiro aumento de salário, quando os indígenas reivindicaram o direito ao próprio território, quando um latino tentou ter de volta um pouco do que lhe foi roubado. E essa lista de alvos continua crescendo, e faz parte de uma agenda política de ódio global, que também não para nos EUA”, afirmou.
O trâmite de solicitação de visto por um parlamentar brasileiro costuma ser protocolar, feito diretamente entre o Congresso Nacional e a embaixada do país de destino. No entanto, segundo a equipe da deputada, o processo foi marcado por entraves incomuns, atribuídos a novas diretrizes da gestão de Trump.
Inicialmente, representantes da deputada foram orientados por telefone a solicitar um visto de turista, o que foi posteriormente corrigido após esclarecimentos. Ainda assim, o visto emitido em 3 de abril trazia a classificação de gênero masculino, algo que, segundo Erika, nunca foi informado ou consentido por sua equipe.
Diante da situação, Erika Hilton recusou-se a utilizar o documento e optou por não embarcar para os Estados Unidos, abrindo mão da participação no evento. Até o momento, não houve manifestação do Itamaraty ou da embaixada dos EUA no Brasil sobre o caso.
“Aqui no Brasil, é uma agenda política de ódio que já derrotamos uma vez. E derrotaremos quantas vezes forem necessárias”, finalizou a deputada em sua postagem.
A deputada disse que irá acionar o presidente Trump judicialmente nas Nações Unidas e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. "Queremos que o Itamaraty chame o embaixador para dar explicações", enfatizou.
Os governos do Brasil e da China vivem momento de excelente relação política e comercial, com confiança mútua nas instituições de ambos os países, com fluxo de acordos comerciais que deve se ampliar ainda mais, e o bom momento nessa relação está levando importantes obras a serem destravadas, como a construção da ponte que ligará Salvador à Ilha de Itaparica. Quem afirma é o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), que conversou com a reportagem do Bahia Notícias nesta quarta-feira (9), em Brasília.
O deputado baiano é o presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China, e nessa terça (8), junto com outros parlamentares, recebeu uma delegação chinesa para discutir estratégias que permitam a ampliação da cooperação e integração entre os dois países. O encontro ocorreu na sala de reuniões da presidência da Comissão do Trabalho na Câmara dos Deputados.
Ao BN, o deputado Daniel Almeida destacou que desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), houve uma melhora no diálogo institucional entre os dois países, que vem possibilitando a concretização de acordos comerciais, parcerias e elevação do fluxo de investimentos. Almeida destacou que esse bom diálogo entre Brasil e China está inclusive destravando obras importantes, como a construção da ponte Salvador-Itaparica.
"A relação entre os dois governos, de Brasil e China, é a melhor possível. Eu acompanhei o presidente Lula em abril do ano passado lá, depois voltei à China com uma delegação do Congresso brasileiro, fomos muito bem recebidos. Tenho dialogado aqui na embaixada, tenho dialogado com vários segmentos empresariais, então a relação é a melhor possível, e a confiança do Brasil nas transações que são feitas com a China, além da confiança da China na economia e no governo brasileiro, nas instituições brasileiras, está cada vez maior. Por isso acho que é o momento de destravar coisas que estão aí, a ponte de Itaparica está caminhando para ser destravada, teve agora um empréstimo que o governo da Bahia fez que vai dar sequência a isso", afirmou Daniel Almeida.
Nesta terça (8), foi aprovado no plenário do Senado relatório do senador Otto Alencar (PSD-BA) favorável à concessão de autorização de empréstimo internacional com garantia da União para o estado da Bahia, com objetivo de financiar a construção da ponte entre Salvador e a ilha de Itaparica. O empréstimo, que será concedido pela Corporação Andina de Fomento (CAF), chegará ao montante de US$ 150 milhões, ou mais de R$ 800 milhões.
O projeto da ponte prevê um complexo rodoviário com 21,41 quilômetros, dos quais 12,4 quilômetros sobre lâmina d’água. Isso fará a ponte Salvador-Itaparica tornar-se a maior do Brasil com esse perfil, já que a Rio-Niterói tem 8,83 quilômetros sobre lâmina d’água, de um total de 13,29 quilômetros de extensão. A estrutura ocupará a 23ª posição no ranking mundial de pontes e estará listada entre as 100 maiores obras de infraestrutura do planeta.
Um consórcio formado por três empreiteiras chinesas venceu o leilão para a construção da ponte. Para o deputado Daniel Almeida, essa obra na Bahia é exemplo dessa nova fase nas relações comerciais entre os dois países, em que há a concretização de acordos que privilegiam a transferência de tecnologia, ou seja, com o investimento sendo feito aqui, mas com a adoção de tecnologias que estão sendo incorporadas na vida industrial e econômica do Brasil.
"O Brasil tem com a China a sua maior relação comercial, que ultrapassa os US$ 150 bilhões anuais, e esse ano é especial, porque são 50 anos de relações diplomáticas. Vamos ter uma cúpula dos países dos Brics aqui no Brasil neste ano ainda em novembro, e tem um numeroso fluxo de delegações do Brasil para a China e da China para o Brasil, de autoridades governamentais que têm trocado relações, então acho que amadureceram muito as condições favoráveis para, ainda este ano e no ano que vem, nós termos muitos acordos bilaterais de garantia de recursos de investimentos. Esse foi o grande desejo do Brasil, e o Brasil está pronto para termos essa participação maior da China aqui no Brasil", disse o deputado do PCdoB da Bahia.
Daniel Almeida destacou ainda que nos próximos dias 20, 21 e 22 será realizado um encontro na Federação das Indústrias da Bahia com a delegação empresarial chinesa, quando serão discutidos novos investimentos nas áreas de ferrovia, biofertilizantes, produção de proteínas, aquisição de produtos agrícolas, entre outros. Para o deputado, há total otimismo no setor empresarial de que esse fluxo de relação comercial entre Brasil e China vai se ampliar extraordinariamente este ano e no ano que vem.
Em Brasília, após o encontro com o Grupo Parlamentar Brasil-China, o chefe da delegação chinesa, Zhu Chuangxin, agradeceu ao deputado Daniel Almeida e aos demais parlamentares pela oportunidade de discussão de novos acordos comerciais.
Uma das pautas estratégicas discutidas no encontro em Brasília foi a criação de uma rota marítima direta entre a baía de Guangdong, que fica na cidade de Zhuhai, no sul da China, e o Brasil. A ideia é que possa se estabelecer essa rota com navios saindo direto dessa região chinesa e chegando em porto do Amapá, integrando a Bahia, o que encurtaria o tempo de viagem em até 30 dias.
“Agradecemos muito o apoio do presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China para que se estabeleça essa rota marítima direta entre o Porto de Gaolan em Zhuhai e o Porto de Santana no Amapá. Isso será um avanço fundamental que beneficiará os dois países”, afirmou o presidente da delegação chinesa.
Os representantes internacionais da Argélia e Marrocos trocaram socos e chutes durante a Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano (Ticad), no Japão, nesta terça-feira (27). As imagens divulgadas por meio das redes sociais registram o momento em que o diálogo entre os diplomatas se torna uma briga física. A identidade dos diplomatas não foi revelada.
? Representantes da Argélia e Marrocos trocam socos em conferência diplomática no Japão
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 28, 2024
Confira ?https://t.co/HsbILSjIwy pic.twitter.com/W8tAyJ9pQA
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o atrito entre os diplomatas teve início após a introdução da negociação sobre a República Saaraui, região do Saara Ocidental contestada pelos marroquinos, mas que tem o apoio dos argelinos pela independência. Informações apontam que a embaixadora da República do Saaraui na União Africana, Lamine Baali, participava do encontro em posse de um passaporte diplomático conferido pela Argélia.
Lamine foi responsável por colocar a placa do país na mesa de negociações. A ação gerou irritação no diplomata marroquino, que tentou retirar a placa e foi interceptado pelo argeliano. Além das agressões físicas, a dupla trocou xingamentos e insultos. Diplomatadas de outros países foram responsáveis por separar os homens.
Acompanhado da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) abriu oficialmente a celebração, nesta terça-feira (13), da exposição "Laços: Belo Brasil, Bela China". O evento, que foi realizado no Salão Negro do Congresso Nacional, comemora os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
A exposição foi organizada pelo grupo parlamentar Brasil/China da Câmara dos Deputados, presidido pelo deputado Daniel Almeida. A Embaixada da China no Brasil participou da organização da mostra, que apresenta 30 painéis que traçam a trajetória das relações bilaterais entre os dois países, além de apresentar presentes protocolares de autoridades chinesas e objetos da cultura popular regional brasileira.
O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, também participou da solenidade no Congresso Nacional. Durante discurso no evento, o deputado Daniel Almeida destacou a importância estratégica da parceria entre os dois países para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil. Almeida enfatizou que a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
“Fortalecer laços com a China pode ajudar o Brasil a diversificar suas parcerias e reduzir a dependência de mercados tradicionais. A cooperação entre os países pode contribuir para a construção de um mundo multipolar, no qual países em desenvolvimento tenham mais voz e poder na arena internacional”, disse o deputado baiano.
A mostra, que fica em cartaz até o dia 15 de agosto no Salão Negro do Congresso, conta ainda com o apoio da Coordenação Nacional das Relações Brasil/China (CNRBC) da OAB, e do Instituto SocioCultural Brasil/China (Ibrachina).
“Celebrar meio século de relações entre Brasil e China é reconhecer a riqueza e a profundidade desses laços. A OAB tem orgulho de apoiar esta exposição que fortalece a amizade e a colaboração entre nossos países”, afirmou o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti.
A exposição “Laços: Belo Brasil, Bela China’ tem curadoria da cientista política e historiadora Ana Prestes, e conta com o trabalho do Departamento de Comunicação da Embaixada da China.
“A idealização e a concretização da iniciativa foi por parte do grupo Grupo Parlamentar Brasil-China, presidido pelo deputado federal Daniel Almeida, e também pela equipe de comunicação e cultura da embaixada da China. Foram envolvidas também empresas de arquitetura e de produção de eventos para ajudar a colocar a exposição de pé”, disse ao site Opera Mundi a cientista política Ana Prestes.
Jair Bolsonaro, em seu governo, fez o Brasil passar quatro anos como um “pária internacional”, e o atual presidente Lula, com suas gafes, estaria tirando o brilho do Brasil no G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta. Essas são algumas conclusões de artigo publicado pela revista britânica The Economist.
O artigo da revista fala sobre a 1ª reunia?o ministerial de 2024 da trilha financeira do G20, que se iniciou nesta quarta-feira (28) em São Paulo. O encontro conta com a participação de chefes de bancos centrais e ministros da Fazenda dos países-membro do grupo.
Segundo a The Economist, Lula pretende usar este ano em que o Brasil exerce a presidência temporária do G20 “para convencer o mundo de sua promessa mais repetida, de que o Brasil está de volta”.
A revista cita o Brasil como nona maior economia do mundo, e enumera alguns dos prejuízos à imagem do país junto à comunidade internacional causados durante os quatro anos do governo Bolsonaro.
“O populista de extrema-direita Jair Bolsonaro permitiu o desenvolvimento destrutivo da floresta amazônica e alinhou-se com autocratas como Vladimir Putin. Ele disse aos brasileiros para deixarem de ser um país de maricas durante a pandemia de covid-19. Ele instou-os a tomar hidroxicloroquina, um medicamento contra a malária, e especulou que as vacinas poderiam causar Aids (não causam). Bolsonaro fez poucas viagens internacionais, mesmo tendo em conta as restrições de viagens pandêmicas, e desistiu de acolher a COP25, a cimeira climática da ONU”, afirma a publicação.
Apesar de destacar a mudança de orientação na diplomacia brasileira a partir do início do governo Lula, a revista britânica faz críticas duras à postura externa do presidente brasileiro. A The Economist afirma que, apesar de um processo de cura com as relações com Ocidente, “o Brasil ainda não decidiu que tipo de país será”.
Citando as falas de Lula em relação ao conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza e os acenos ao governo Putin na Rússia, o artigo da revista sugere que os “discursos improvisados” do presidente podem colocar em xeque toda a política externa brasileira, que vem ganhando destaque nos últimos anos, particularmente, em razão do debate sobre a preservação da Amazônia.
Outro posicionamento questionado pela revista britânica é “o desejo ingênuo de Lula de parecer amigável tanto com autocratas quanto democratas”. Em seu último parágrafo, o artigo resume as desconfianças do mundo em relação ao atual governo brasileiro.
“Lula quer que o Brasil seja tudo para todos: um amigo do Ocidente e um líder do Sul Global, um defensor do meio ambiente e uma potência global em petróleo, um promotor da paz e um aliado de autocratas. O Brasil pode estar de volta, mas o papel que está desempenhando no palco mundial é mais obscuro do que deveria ser”, conclui o texto.
Conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, eleições nos Estados Unidos, resistência do fenômeno da polarização na política, assuntos bilaterais e cooperação em medidas para aceleração do emprego. Estes foram alguns dos temas presentes no encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Antony Blinken, secretário de Estado do governo Joe Biden nos Estados Unidos.
Blinken chegou ao Brasil nesta terça-feira (20) para participar de reuniões dos ministros de países do G20 no Rio de Janeiro. Antes da cúpula do G20, o secretário norte-americano foi ao Palácio do Planalto, nesta quarta (21), para o encontro com Lula.
“Foi uma ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo. Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos, estamos trabalhando bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos pela amizade”, disse o secretário Antony Blinken à imprensa, após a reunião com Lula.
Questionado sobre o conflito na Faixa de Gaza, Blinken não respondeu questionamentos feitos pela imprensa. Mais cedo, ao chegar no Palácio do Planalto, o secretário foi perguntado sobre a guerra, mas não fez comentários.
O encontro entre Lula e Blinken durou quase duas horas. Participaram da reunião a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim.
Na conversa com Lula, o secretário de Estado enfatizou o apoio norte-americano à presidência do Brasil no G20 e a parceria Brasil-EUA pelos direitos dos trabalhadores. Blinken manifestou também suporte à cooperação na transição para a energia limpa e conversou sobre as comemorações do bicentenário das relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, completados neste ano de 2024.
Durante a sessão de fotos na abertura da reunião, o secretário norte-americano, que veio pela primeira vez ao Brasil, comentou que a “temporada das primárias está bem encaminhada”, ao responder pergunta do presidente brasileiro sobre a disputa entre Biden e Donald Trump.
“É um longo caminho”, disse Blinken, explicando que a situação política nos Estados Unidos está muito polarizada, e que “as pessoas já se decidiram”.
Segundo afirmou o secretário a Lula, “dos nossos 50 estados, há apenas seis ou sete que estão realmente em competição. Portanto, você verá que quase toda a campanha provavelmente se concentrará em seis ou sete estados. Estados como a Pensilvânia, como Michigan, como Wisconsin, como Nevada”, disse o diplomata americano.
“Há uma batalha por um segmento muito restrito do eleitorado”, completou Blinken.
Após o encontro com Lula, Blinken seguiu para o Rio de Janeiro, onde participará da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20. O secretário norte-americano segue depois para Buenos Aires, onde vai se reunir com o presidente argentino Javier Milei para discutir questões bilaterais e globais.
Enquanto Venezuela e Guiana disputam Essequibo, Senado aprova novas embaixadoras para os dois países
Em meio ao impasse que envolve a Venezuela e a Guiana por conta do território da região do Essequibo, uma área de cerca de 160 mil Km² que hoje é território guianense, foram aprovadas no Plenário do Senado, nesta terça-feira (12), indicações dos novos embaixadores desses dois países. O governo federal indicou duas embaixadoras para assumirem suas funções, em uma semana que será marcada por uma reunião, na próxima quinta (14), entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, para discutir a disputa territorial.
Com 41 votos, foi aprovado no Plenário o nome da diplomata Glivânia Maria de Oliveira para a embaixada do Brasil na Venezuela. A embaixada havia sido fechada em 2020 por decisão do então presidente Jair Bolsonaro, que rompeu relações diplomáticas com a Venezuela. Ao assumir seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou relações com o governo venezuelano.
A nova embaixadora brasileira na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, tem bacharelado em relações internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e mestrado em teoria política pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres. Ocupa atualmente a função de diretora do Instituto Rio Branco, o centro de investigações, ensino e formação do Ministério das Relações Exteriores.
Com uma votação melhor do que sua colega que irá para a Venezuela, a nova embaixadora do Brasil na Guiana, Maria Cristina de Castro Martins, recebeu 49 votos dos senadores para chancelar a sua indicação. Terceiro menor país da América do Sul, a Guiana tem população de aproximadamente 808 mil habitantes e tornou-se independente do Reino Unido em 1966, tendo estabelecido relações bilaterais com o Brasil em 1968.
A embaixadora Maria Cristina de Castro Martins tem bacharelado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Ceará (UFCE) e mestrado em sociologia pela mesma instituição, além de doutorado em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB). No Ministério das Relações Exteriores, atuou como assessora da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos, de 2021 a 2022, e atualmente está lotada no Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.