Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Diego Brito avalia gestão a frente da Transalvador e celebra redução de acidentes fatais em Salvador
dificuldades
As fortes chuvas que atingiram Salvador na madrugada deste sábado (11) causaram transtornos para quem se dirigiu ao show de Léo Santana no Wet'n Wild. O evento, que reuniu muitos fãs, contribuiu para o congestionamento no trânsito da cidade, principalmente na região da Avenida Luís Viana Filho (Paralela).
O intenso fluxo de veículos, aliado às condições climáticas adversas, provocou congestionamentos e lentidão em diversos pontos da cidade. A saída do evento foi ainda mais complicada, com longas filas de carros e ônibus nos arredores do Wet'n Wild.
O transporte público também foi afetado pelas chuvas e pelo grande volume de pessoas. Linhas de ônibus e o metrô que passam pela região apresentaram atrasos e superlotação.
A prefeitura de Salvador reabriu a comparação de preços do processo licitatório que vai escolher a empresa responsável pela realização do censo socioeconômico junto às baianas de acarajé (saiba mais aqui). Com prazo final marcado para o próximo dia 19 de maio, o certame está na fase em que os interessados devem apresentar suas propostas, demonstrando cumprir, dentre outros critérios, capacidade técnica e habilitação jurídica para assumir o levantamento.
A política vai nortear as ações do poder público municipal e integra o Plano de Desenvolvimento do Turismo Étnico Afro de Salvador. Intervenções nos pontos de venda de acarajé e outros pequenos reparos estão previstos como medidas a serem implementadas.
Segundo o secretário municipal de Cultura e Turismo, Fábio Mota, o estudo visa descobrir quais "as dificuldades e necessidades a fim de melhorar seus pontos de venda em logradouros públicos, garantindo maiores ganhos financeiros, contribuindo, ainda, com a melhoria da imagem do turismo de Salvador".
O censo, bem como o Plano de Desenvolvimento do Turismo Étnico Afro da capital baiana, é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em razão do Programa Nacional de Desenvolvimento Turístico em Salvador (Prodetur Salvador).
De portas fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus e com contas em atraso desde fevereiro, o premiado Balé Folclórico da Bahia (BFB) busca apoio para não encerrar suas atividades. Para arrecadar fundos, a instituição lançou uma campanha de financiamento coletivo através da internet (clique aqui para colaborar), com meta de atingir R$ 200 mil até o dia 30 de setembro.
Criado em 1988, o Balé Folclórico desenvolve um extenso trabalho de pesquisa, manutenção e divulgação da cultura baiana no mundo. Além disso, a instituição realiza diversos projetos sociais que atendem a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade em Salvador e Região Metropolitana, mas tudo isto está ameaçado pela falta de recursos. “O BFB apresenta-se há 25 anos no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, sede da companhia em Salvador. Com o fechamento do teatro em março e a liberação de seus mais de 40 componentes, a instituição e seus integrantes vêm passando por uma situação financeira extremamente delicada, inclusive correndo o risco de encerrar, definitivamente, suas atividades ainda em 2020”, diz a descrição da campanha virtual.
“Com os shows e turnês suspensos e sem perspectiva de volta imediata, o Balé corre o risco de encerrar suas atividades e sua história”, desabafa Vavá Botelho, fundador e diretor geral do BFB. “Esperamos conseguir mobilizar e sensibilizar a sociedade e os empresários para a manutenção da companhia neste momento tão difícil”, acrescenta.
Os interessados podem doar valores a partir de R$ 25, com pagamento por boleto, cartão de crédito, Paypal, cupom ou transferência bancária. Até então foram arrecadados R$ 25.260, com contribuição de 68 apoiadores.
A cantora, compositora e instrumentista Angela Ro Ro, que no mês passado veio à público para pedir ajuda diante das dificuldades financeiras e da falta de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus (clique aqui e saiba mais), se apresenta nesta sexta-feira (17), dentro da programação do projeto Música #EmCasaComSesc.
O live show da artista acontece a partir das 19h, no Instagram do Sesc Ao Vivo e no Youtube do Sesc São Paulo. O repertório promete uma viagem do passado ao futuro, desde os clássicos do início da carreira de Angela Ro Ro, segundo ela, simbolizando a "celebração à música e à vida!". Entram no setlist ainda canções de seu último álbum, “Selvagem” (2017), e sucessos como "Amor, meu Grande Amor".
Territórios de afirmação e acolhida de pessoas que integram grupos minoritários como pessoas LGBT+ e negras, espaços da cidade de Salvador encontram dificuldades financeiras e outros empecilhos para continuarem abertos.
O Bahia Notícias conversou com os responsáveis por três desses locais, que têm como propósito ir além da lógica do lucro pelo lucro.
Um desses espaços é o Boteco do Helder, fundado pelo então casal Helder Conceição e Tayná Benecke. Ambos negros, os dois criaram o empreendimento, localizado no bairro do Dois de Julho, com um intuito: a socialização, o lazer e a fruição de sonhos de pretos e pretas.
Área externa do Boteco do Helder | Foto: Reprodução / Intagram
"O boteco vem com essa ideia de criar um espaço para que nossa comunidade possa criar, construir, se conhecer num ambiente de afeto e segurança, para que lá a gente saiba que pode ter acesso ao consumo sem ter que passar por situações de preconceito e racismo. Esse espaço é um exemplo para que outros negros, que também são empresários, compreendam que é possível fazer isso e façam do seu modo em sua comunidade", explica Helder, elencando que o quadro funcional do seu comércio também é exclusivamente formado por pessoas negras e em situação de vulnerabilidade social.
Nos últimos meses, porém, uma crise financeira se instalou sobre o Boteco. O baixo movimento no fim de ano e durante o Carnaval da região central da cidade fizeram com que as contas não fechassem. Segundo o proprietário, a expectativa em torno do período momesco era alta, mas as coisas não aconteceram como o planejado e comprometeram tanto o funcionamento do estabelecimento, como a realização de projetos sociais, como as aulas de artes marciais ministradas junto à comunidade do Dois de Julho e ações como a "Cerveja e Sonhos", que reverte 50% do lucro de toda cerveja consumida na mesa da pessoa que quer ser ajudada para o objetivo dela - a iniciativa já deu uma "mãozinha" para pessoas que foram aprovadas em programas de pós-graduação em outros estados e em intercâmbios fora do país.
Helder, do Boteco do Helder | Foto: Reprodução / Instagram
A solução para a crise foi recorrer a uma "vaquinha" online. "Pensamos que se continuarmos do jeito que está não vamos conseguir nos sustentar. Para não piorar resolvemos fechar e recorremos para a nossa comunidade. Se a galera apoiar vamos conseguir voltar e equilibrar as contas", conta. Hoje a campanha, que espera arrecadar R$ 14.500, já atingiu 27% da meta (confira aqui).
Com os recursos, a ideia do casal de realizadores é arcar com as pendências que têm com os fornecedores, repôr os produtos e até criar conteúdo por meio de um podcast. Além disso, há a intenção de incrementar o empreendimento e dar espaço para empreendedores através de uma loja colaborativa - sem nenhuma cobrança.
"A ideia é que a gente possa potencializar e ajudar de alguma forma. Fazer com que o dinheiro que a nossa comunidade investe seja convertido para potencializar dentro da nossa comunidade", complementa Helder Conceição. Fechado temporariamente, o Boteco do Helder costuma funcionar de quinta-feira a domingo.
ABRIGO E PROMOÇÃO CULTURAL
"A gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte". As estrofes da música dos Titãs falam muito sobre a relação entre liberdade, necessidades fisiológicas e existência. Cientes dessa relação, especificamente para a vida de pessoas LGBT+, um outro casal, João Hugo e Sellena Ramos, ambas pessoas trans, criou a Casa Aurora - o primeiro Centro de Cultura e Acolhimento LGBTQI+ da capital baiana.
Na casa, pessoas de 18 a 29 anos em situação de vulnerabilidade e risco encontram um lar e atividades de formação, rodas de conversa, oficinas e até apresentações artísticas.
João e Sellena já abrigavam amigos e outras pessoas próximas no apartamento em que moravam, mas a Aurora veio para tentar suprir uma demanda que é muito maior do que o suporte que podiam ofertar.
"A gente entende que dar só o abrigamento, o acolhimento, não é a única coisa que funciona, porque as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade precisam ter acesso a cultura, acesso a arte, empoderamento e precisam ter sua autoestima refeita", justifica João Hugo, argumentando que a maioria das pessoas atendidas são negras e também são atingidas pelo racismo.
Atividade de formação na Casa Aurora | Foto: Reprodução / Instagram
Dez meses se passaram desde a fundação, em maio do ano passado. As estratégias encontradas pela gestão para que haja uma continuidade das atividades foram a captação com a cobrança de entrada em apresentações, campanhas de arrecadação de alimentos e outras alternativas, como a "caixinha" para que as pessoas possam doar quanto puder. Uma plataforma digital de contribuição financeira recorrente (veja aqui) também é usada pela Casa Aurora.
Dos gastos fixos, com dinheiro garantido a cada mês, a instituição só tem mesmo o aluguel, pago por um deputado federal. Mensalmente, o Centro Cultural e de Acolhimento, nas palavras de João, "baila" para não fechar no vermelho. A troca de experiências entre outras casas de acolhimento fortalece a elaboração de modos de resistência.
CATORZE PEDRADAS
"Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra" (Jo 8,1-11). E atiraram. Não uma vez ou duas, mas catorze vezes. O alvo: o centro de cultura Caras e Bocas, voltado para o público LGBT+, gerenciado por duas mulheres lésbicas e situado na Rua Carlos Gomes.
No entanto, não foram os sucessivos ataques (veja aqui) que fizeram com que Rosy Silva e sua esposa, Alexsandra Leitte, encerrassem as atividades, mas sim um acordo mediado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), que apontou que o imóvel era inadequado para o funcionamento como uma casa de shows.
Por isso, fundado há 16 anos e aberto no endereço atual há pouco mais de 2 anos, o Caras e Bocas só funciona até o dia 1º de abril.
Reticente por causa de ataques recentes a uma publicação jornalística que noticiou o fechamento, Rosy Silva falou com o BN sobre o percurso do antigo bar na Carlos Gomes.
Pedradas danificaram o telhado | Foto: Reprodução / Facebook
Com uma outra ação junto ao MP-BA, esta parada, por conta dos atos LGBTfóbicos que teriam vindo de vizinhos, a dona relatou que elas passaram por dificuldades desde a inauguração, quando aconteceu o primeiro ataque.
Suburbano de origem, tendo nascido na orla de Periperi, o empreendimento de Rosy e Alexsandra sempre teve o direcionamento para novos artistas e a arte drag. No início, aos risos, ela conta que a sigla utilizada era a "GLS". "Foi o primeiro bar do Subúrbio [Ferroviário], até hoje, a fazer esse tipo de inclusão", defende.
Segundo Rosy, como o mote do espaço é a inclusão e o produto é a arte, consequentemente não há recursos para fazer as devidas adequações que possam permitir a permanência na Carlos Gomes.
"Houve [no tempo em que esteve na Carlos Gomes] o lançamento de livros, ocupações de todas as vertentes 'sapatônicas' e drags, bazares, aulas de dança e tudo que um espaço LGBT e cultural pode fazer. Nós ficamos tristes porque fomos agredidos e a Justiça não fez nada", finaliza, completando que não há perspectiva de onde vão reabrir, mas adiantou que já existem propostas.
Três atividades serão realizadas até o fechamento definitivo do Caras e Bocas no imóvel atual: o lançamento de uma artista lésbica que ganhou um concurso na casa; uma com drag queens; e uma "ocupação sapatônica".
Veja o universo GTA soteropolitano criado pelo Circo de Marvin:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.