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Entre os 417 municípios da Bahia, apenas nove têm baixa dependência do Bolsa Família, com menos de 30% da população recebendo o benefício. O levantamento exclusivo do Bahia Notícias, baseado em dados de 2024 do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) e do Censo do IBGE, analisou todos os territórios do estado.
Confira aqui listados os nove municípios da Bahia com baixa dependência:
O levantamento exclusivo realizado pelo Bahia Notícias considera os dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em conjunto com o número de beneficiários do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) ainda este ano.
A cidade de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul baiano, destaca-se como a que possui a menor porcentagem de beneficiários do Bolsa Família, com 24,5% dos moradores do território municipal. Ela é também a menos dependente entre as grandes cidades.
Já os municípios mais dependentes, ou seja, aqueles onde mais de 70% da população recebe auxílio do programa, destacam-se: São José da Vitória (74,5%), Rodelas (74,4%), Itanagra (73,6%), Marcionílio Souza (70,06%) e Ibiquera (70,0%).
Salvador ficou em 3° na lista de todos os municípios avaliados. Este é um exemplo perfeito para ilustrar a diferença entre números proporcionais e absolutos. Salvador possui mais de 670 mil beneficiários do Bolsa Família, mas isso representa apenas 26,2% da população da cidade.
Caso seja considerado apenas o número absoluto de beneficiários para o levantamento, este seria maior que a população de Feira de Santana, o que não é uma medida comparativa justa. Afinal, Salvador sozinha possui quase 2,6 milhões de habitantes.
Vale lembrar que a dependência do Bolsa Família é reflexo de uma situação de vulnerabilidade social, onde muitas famílias necessitam desse auxílio para suprir suas necessidades básicas. Múltiplos fatores são associados a essa dependência. Entre eles, destacam-se a histórica desigualdade social, a concentração de renda e a falta de oportunidades, que limitam o acesso a serviços básicos como educação, saúde e saneamento básico.
No entanto, é fundamental destacar que o programa não impede a busca por trabalho e renda. A combinação de trabalho e benefícios sociais é crucial para a superação da pobreza e para o desenvolvimento social, exigindo políticas públicas que promovam a geração de emprego e renda, ao mesmo tempo em que garantem a proteção social.
Veja o mapa da Bahia realizado pelo Bahia Notícias:
Em análise geral observada no mapa, temos 5 municípios com altíssima dependência (acima de 70%), 66 com alta dependência (entre 70% e 60%), 141 municípios com dependência moderada (entre 60% e 50%), 155 com dependência média (entre 50% e 40%), 41 com dependência considerável e, por fim, 9 com baixa dependência.
Do ponto de vista político, o PSD foi o partido vitorioso nas cidades com maior dependência de beneficiários, com 26% das 100 cidades mais dependentes da Bahia. Embora o Avante, PT e MDB se mantenham no páreo desde as eleições de 2020, já nas maiores cidades, o União Brasil foi o partido com melhor resultado nas urnas, conquistando a vitória em 8 das 18 maiores cidades, o equivalente a 44% do total.
Analisando os partidos políticos que lideram os executivos municipais na Bahia e o número de beneficiários do Bolsa Família em seus municípios, observamos um cenário interessante. O União Brasil, embora administre apenas 39 municípios, concentra o maior número de beneficiários do programa, com cerca de 1,6 milhão.
Em seguida, o PSD se destaca com uma expressiva liderança estadual em 115 municípios, totalizando aproximadamente 1,2 milhão de beneficiários. O PT completa o pódio, com 657 mil beneficiários em seus municípios em seus 50 municípios baianos. Não muito atrás vem o MDB, com 551 mil beneficiários em seus 39 municípios baianos.
Confira um gráfico quantos municípios / beneficiários cada partido lidera na Bahia:
É possível consultar a lista de todos os prefeitos eleitos para assumir em 2025 aqui.
Entre as 18 maiores cidades da Bahia, aquelas com mais de 100 mil habitantes, Teixeira de Freitas se destaca como a que possui a menor porcentagem de beneficiários do Bolsa Família. Já Simões Filho é a maior cidade do interior da Bahia com mais beneficiários, representando 41,56% dos moradores.
Na lista, algumas das maiores cidades da Bahia aparecem em posições relativamente altas: Feira de Santana (29,45%), Itabuna (28,25%), Lauro de Freitas (29,07%) e Salvador (26,21%) estão entre as 10 com menor proporção.
O levantamento exclusivo realizado pelo Bahia Notícias considera os dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em conjunto com o número de beneficiários do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) ainda este ano.
Veja o ranking das 18 maiores cidades realizado pelo Bahia Notícias:
Observando as maiores números proporcionais por habitantes, há 6 municípios considerados com baixa dependência (menos de 30%), 10 com considerável dependência (entre 30% e 40%) e 2 com média dependência (40% a 50%).
Em proporção, a capital baiana ficou em segundo lugar. Este é um exemplo perfeito para ilustrar a diferença entre números proporcionais e absolutos. Salvador possui mais de 670 mil beneficiários do Bolsa Família, mas isso representa apenas 26,2% da população da cidade. Se considerarmos apenas o número absoluto de beneficiários, este seria maior que a população de Feira de Santana, o que não é uma medida comparativa justa.
Para fins de comparação, o Bahia Notícias também publicou os resultados das cidades com as maiores dependências: os municípios de São José da Vitória (74,5%), Rodelas (74,4%) e Itanagra (73,6%). No entanto, todas essas cidades possuem menos de 20 mil habitantes, sendo um valor pequeno quando comparado com qualquer uma das 18 maiores cidades do estado.
Veja em comparação com a cidade com menos habitantes entre as maiores avaliadas:
Entre os prefeitos eleitos nesses municípios para assumir o pleito em 2025, destaca-se o partido União Brasil com 8 prefeitos eleitos, seguido pelo PSD com 4 das maiores cidades, PP com 2 municípios em terceiro lugar. E por fim, PT, PL, MDB e PSDB, cada um com 1 cidade.
O Bolsa Família pode estar sendo pago de forma indevida para 2,5 milhões de famílias brasileiras. Isso foi o que informou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, nesta quinta-feira (9), após visita a uma unidade da chamada Cozinha Solidária, projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no Sol Nascente, no Distrito Federal.
De acordo com o ministro, o programa está passando por análise e os dados serão apresentados para o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda no mês de fevereiro. Os dados mais atualizados do ministério apontam que 21,5 milhões de famílias recebem o benefício.
“Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação dessa revisão do cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões destes que recebem têm grandes indícios de irregularidade", disse o ministro.
Para Dias, no governo Jair Bolsonaro (PL) “foi desmantelado o cérebro do Cadastro Único. É como se tivesse uma bagunça para perder o controle".
"Temos, infelizmente, pessoas com renda elevada, com nove salários mínimos, recebendo Bolsa Família. E pessoas sem renda, com fome, que não conseguem acessar [o programa]. É mais que uma atualização de cadastro, é justiça social", acrescentou.
O futuro ministro escolhido por Jair Bolsonaro para chefiar a pasta da Cidadania, que abrigará os atuais Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura, deu uma declaração controversa sobre suas novas atribuições. À Folha de S. Paulo, Osmar Terra (MDB) afirmou que não conhece nada sobre os dois últimos temas do ministério ao qual estará à frente. "Só toco berimbau", afirmou, dando gargalhadas.
Após a fala de Terra, nas redes sociais Caetano Veloso o desafiou: “Tocar berimbau é uma coisa muito difícil. O ministro tem que provar que sabe tocar berimbau”, disse o cantor e compositor baiano, em tom descontraído. Manno Góes, que também estava presente, completou: “além do que, o berimbau é um instrumento histórico”.
À Folha, Osmar Terra disse ainda que desconhece a maioria de suas atribuições, mas defende uma auditoria na Lei Rouanet, apesar de confessar não saber muito sobre a política de incentivo. "Eu não tenho conhecimento ainda como está, mas pelo que acompanhei no noticiário tem que auditar a Lei Rouanet, saber como foi gasto esse dinheiro dela. Tem que se estabelecer, talvez, um limite, não pode dar R$ 10 milhões para uma pessoa, R$ 20 milhões para outra, não dar nada para a cultura popular. Tem que estabelecer cota, eu acho, de valores", avaliou o futuro ministro, que ao ser perguntado sobre se tinha alguma experiência na área, afirmou que "Cultura é um mundo, né? E um mundo problemático".
Veja a declaração de Caetano:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Adolpho Loyola
"É uma escolha técnica e cuidadosa, que representa um novo polo de desenvolvimento da Bahia. Podemos compará-lo a um novo polo petroquímico".
Disse o secretário de Relações Institucionais da Bahia (Serin), Adolpho Loyola ao destacar a capacidade do secretário Mateus Dias para cuidar do desenvolvimento da ponte Salvador-Itaparica.