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cultura indigena
O documentário “Estamos Vivos e Atentos: Mutirão Payayá”, dos diretores Edilene Payayá, Sarah Payayá e Alejandro Zywica, representará a Bahia como obra convidada na 4ª edição do Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul (FALA São Chico 2025). O evento será realizado entre os dias 25 e 28 de junho, na cidade de São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
O curta-metragem baiano mostra o encontro da cultura do povo Payayá. Durante quatro dias, foram registrados os trabalhos realizados no marco de um mutirão de cercamento do território indígena e a cerimônia tradicional do solstício de inverno.
Dedicado exclusivamente a documentários, o festival exibirá 29 filmes, oriundos de 13 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e de seis países. A programação é dividida em três categorias: Mostra Curtas Catarinenses e Latinos, Mostra Infantojuvenil e a mostra com os cinco curtas produzidos durante o Rally Panvision.
Com o tema “Novas Perspectivas”, a curadoria destaca obras que abordam temas como trabalho, envelhecimento, questões sociais, presença feminina e narrativas indígenas. Esta edição registrou número recorde de inscrições, com 718 filmes enviados por realizadores de 19 países.
Em sua segunda edição, o Festival de Cinema Ambiental da Chapada Diamantina (Facine), que acontece nos dias 21 a 30 de novembro, tem destaque as mulheres de comunidades importantes, como a comunidade indígena Payayá em Utinga, grupo de artesãs e ativistas sociais.
Liderança indígena Edilene Payaya com árvore centenária do território | Foto: Reprodução / Camilo Lobo
O evento conta com uma vasta programação de 54 filmes em formato híbrido, com sessões presenciais seguidas de debates em 15 localidades da Chapada Diamantina: Andaraí, Barra da Estiva, Capão, Ibicoara, Igatu, Iraquara, Itaetê, Lençóis, Morro do Chapéu, Mucugê, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Seabra e Utinga.
O Facine vai começar suas atividades no dia 21 de novembro, em Lençóis, com a exibição do filme “Cinzas da Floresta”, que homenageia as brigadas voluntárias de combate a incêndios, essenciais para a preservação da Chapada Diamantina.
E será encerrado no dia 30 de novembro, no Território Indígena Payayá, em Utinga, com a exibição do filme "A Queda do Céu”, que mergulha na cultura Yanomami. A sessão contará com a participação de lideranças indígenas e promoverá um diálogo sobre a importância da cultura e dos direitos dos povos originários.
Imagens de casa dentro território Payayá de Utinga | Foto: Reprodução / Camilo Lobo
Além disso, o Facine realizará uma atividade especial de plantio e criação de mudas no Território Indígena Payayá, em parceria com o MAIP, demonstrando o compromisso do festival com a preservação ambiental e a valorização das comunidades locais.
Com seis mostras distintas, o festival explora a diversidade do cinema brasileiro, com destaque para temas como meio ambiente, direitos humanos e cultura indígena, além de celebrar a produção regional e infantil.
O evento também oferece oficinas gratuitas como a Oficina de Cinema Socioambiental, com o cineasta e ativista André D´Elia, nos dias 21 e 22 de novembro na Casa e Memorial Afrânio Peixoto, em Lençóis. A Oficina de Audiovisual com Celular, com a cineasta Lara Beck, de 27 a 29 de novembro no CETI Iraquara.
Também a Oficina de Animação e Sessão de Cinema para Crianças com o Mirá — Núcleo de Animação da Escola de Belas Artes da UFBA, nos dias 28 e 29 de novembro na Escola Comunitária Brilho do Cristal e no Colégio Municipal de Primeiro Grau de Caeté Açu, no distrito de Caeté Açu, município de Palmeiras.
O Festival tem patrocínio do Banco do Nordeste, através da Lei de Incentivo à Cultura — Lei Rouanet, com realização da Araçá Cultura e Meio Ambiente e Ministério da Cultura, Governo Federal. Também com patrocínio do Festival Movies that Matter e apoio do MAIP – Movimento Associativo Indígena Payayá e Estúdio Caetê.
Ao lado de 47 pessoas indígenas representando etnias do Brasil, Argentina e Equador, a ONG baiana, Thydêwá, localizada em Olivença, distrito de Ilhéus, anunciou o lançamento de um livro paradidático sobre a diversidade cultural e etnica dos grupos indígenas na América Latina.
O livro “11.645 Indígenas e Diversidade para a Paz”, da Rede de Abya Yala com Amor com realização da ONG Thydêwá, será lançado no dia 16 de outubro, às 9h, no Colóquio "Poéticas e Narrativas Indígenas e Negro-brasileiras", do Núcleo de Estudos Afro-Regionais e Indígenas (KÀWÉ) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), localizada no Campus de Ilhéus, no extremo sul baiano.
O livro, que é digital, foi desenvolvido durante seis meses, para ser uma ferramenta aliada no dia a dia das escolas, auxiliando educadores na incorporação da temática das Culturas Indígenas em suas práticas pedagógicas. Além de enriquecer o currículo escolar, o livro busca fomentar uma sociedade mais inclusiva, livre de preconceitos, racismos e violências.
A obra será disponibilizada em português para download gratuito no dia 16 de outubro, no site da ONG Thydêwá (https://www.thydewa.org/paz). No conteúdo do livro, o público vai encontrar histórias, relatos, contos, reflexões, poesia, desenhos, ilustrações, colagens e atividades para serem realizadas em salas de aulas.
Segundo Sebastián Gerlic, presidente da ONG Thydêwá, "Este livro é como sementes e adubo para o despertar de nossa nova humanidade, reconectada com a Natureza e a Vida. Trazemos a diversidade cultural viva e as sabedorias indígenas como inspiração e guia para todos caminharmos, superando fronteiras, irmanando, limpando preconceitos, curando feridas e alimentando o espírito", afirma.
O livro é uma ferramenta para tentar reduzir os preconceitos sobre os indígenas. "Com a invasão veio a colonização e os religiosos pregaram o preconceito e a discriminação, que ainda hoje existem, mas para nós Tupinambás cada ser humano é livre para viver como quiser. O que, aos olhos do não indígena, é pecado, para nós, é natureza, é natural. Portanto, sim, existem indígenas LGBTQIAP+ e é para pôr fim de vez a essas dúvidas que nos reunimos para escrever este livro", afirma um dos autores, Herbert Tupinambá.
A Thydêwá foi fundada em 2002 e é uma organização reconhecida nacional e internacionalmente. Ao longo de sua trajetória, já publicou mais de 40 livros, entre impressos e digitais, de protagonismo indígena e vários conteúdos audiovisuais, tendo como missão a valorização das Culturas Indígenas, da Diversidade Cultural em Diálogo e da Cultura da Paz.
Serviço
Evento - Lançamento do livro digital paradidático “11.645 Indígenas e Diversidade para a Paz”.
Data - 16 de outubro, às 9h.
Local - Colóquio "Poéticas e Narrativas Indígenas e Negro-brasileiras", na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Campus Soane Nazaré de Andrade, Rod. Jorge Amado, Km 16 - Salobrinho, Ilhéus – BA.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.