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cultura baiana
A banda baiana Àttøøxxá foi uma das atrações mais aguardadas do Afropunk Brasil 2025, neste sábado (8), trazendo ao público a energia do 'Pagodão Baiano' e comemorando seus 10 anos de carreira. Conhecida por misturar música eletrônica com ritmos tradicionais, a banda mostrou porque se tornou referência no cenário musical local.
Em entrevista ao Bahia Notícias (BN), os integrantes falaram sobre a responsabilidade de estar no festival e o significado deste show especial. “Acho que a nossa real vivência hoje está aqui celebrando 10 anos, que também é uma data. Não são dez dias, mas são 10 anos. A gente está fazendo o bailão, a gente faz aqui todo verão".
Confira momentos da entrevista:
??Àttøøxxá celebra 10 anos de carreira com show de pagodão baiano no Afropunk Brasil
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) November 9, 2025
????Saiba mais: https://t.co/pIOhFg6TS3
Confira: ?????? pic.twitter.com/DFLba7SIg1
O show de Àttøøxxá foi marcado pela interação com o público, danças e celebração da cultura baiana, reforçando a proposta do Afropunk Brasil 2025 de exaltar a negritude e a diversidade musical baiana em meio a cultura negra.
O samba junino, expressão rítmica e cultural típico da capital baiana, é uma tradição mantida em ao menos 21 dos 171 bairros de Salvador. O número obtido pelo Bahia Notícias é resultado de um cruzamento de dados entre os bairros que possuem grupos registrados pela Liga do Samba Junino da Bahia e os eventos registrados oficialmente pela Fundação Gregório de Matos (FGM), órgão vinculado a Secretaria de Cultura de Salvador.
Neste sábado (14), a reportagem relembra as raízes desta tradição junina na capital e organiza um calendário especial com os eventos de samba junino em toda a capital. Atualmente, três associações atuam em defesa dessa manifestação popular em Salvador: a Liga do Samba Junino; a Federação de Samba Duro Junino, do Engenho Velho de Brotas; e o coletivo Samba Junino Presente.
Segundo Vagner Shrek, representante da Liga de Samba Junino, fundada em 2011, cerca de 22 grupos espalhados pela cidade são associados a Liga. “Nós incentivamos que os grupos mantenham a tradição, ensaiando nas suas comunidades e os ensaios respeitam o calendário, porque o samba junino tem uma ligação com a religião”, contou.
Estes grupos estão espalhados especialmente pelos bairros na região central da capital, como Federação e Garcia. Veja o mapa:
Entre os associados da Liga estão o grupo Arte de Negro, com 42 anos de existência; o grupo Samba Brilho; e o Gira D’Elas, primeiro grupo feminino de Samba Junino em Salvador. A presença das mulheres nesse nicho também pode ser vista no Festival de Samba Duro Junino, organizado pela Federação de Samba Duro Junino, do Engenho Velho de Brotas.
Conforme o co-fundador do evento, Mário Bafafé, esse ano em que o evento chega a sua 47ª edição, a comissão de avaliação do festival será totalmente feminina, chamadas de “Mulheres empoderadas”. A comissão avalia o melhor grupo de samba, a melhor rainha e o melhor intérprete.
Já no que diz respeito a lista de eventos de samba junino divulgado pela Fundação Gregório de Matos (FGM), os festejos estão espalhados por 9 bairros da capital baiana. Dentre eles, os bairros do Engenho Velho de Brotas, Tororó e Federação, possuem o maior número de eventos, sendo três eventos nos dois primeiro e dois no último.
Veja o calendário completo de eventos de samba junino em Salvador:
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Foto: Bahia Notícias
A Bahia é berço de cultura e ancestralidade, tendo suas manifestações tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura (Minc). Nesta quarta-feira (12), o órgão disponibilizou para os cidadãos um portal online onde a população pode ter acesso aos bens culturais imateriais registrados como Patrimônio Cultural do Brasil. Na lista, podem ser conferidos o Ofício das Baianas de Acarajé, Roda de Capoeira, Literatura de Cordel e outras manifestações culturais baianas. Confira:
SAMBA DE RODA DO RECÔNCAVO
Presente em todo estado da Bahia, o Samba de Roda do Recôncavo é uma expressão musical, coreográfica, poética e festiva da cultura popular brasileira. De acordo com o Iphan, seus primeiros registros, já com esse nome e com muitas das características que ainda hoje o identificam, datam dos anos 1860. Essa manifestação cultural traz referências dos africanos escravizados e seus descendentes.
O Samba de Roda pode ser realizado em associação com o calendário festivo — caso das festas da Boa Morte, em Cachoeira, em agosto, de São Cosme e Damião, em setembro, e de sambas ao final de rituais para caboclos em terreiros de candomblé.

Foto: Reprodução / Iphan
OFÍCIO DAS BAIANAS DE ACARAJÉ
O acarajé é uma comida tradicional da culinária baiana, tendo sua produção e venda em tabuleiros das chamadas baianas de acarajé, com bolinhos de feijão fradinho feitos com dendê e ligados ao culto dos orixás, amplamente disseminado em Salvador. A iguaria da culinária local é feita de maneira artesanal. Segundo informações do Iphan, a receita tem origem no Golfo do Benim, na África Ocidental, tendo sido trazida para o Brasil com a vinda de escravos dessa região.

Foto: Reprodução / Iphan
OFÍCIO DOS MESTRES DE CAPOEIRA E RODA DE CAPOEIRA
Presente em todo território brasileiro e em mais de 150 países, a capoeira possui variações regionais e locais criadas a partir das chamadas “capoeira angola” e “capoeira regional”. Conforme a autarquia, o Ofício dos Mestres de Capoeira é exercido por aqueles que possuem os conhecimentos tradicionais desta manifestação e responsáveis pela transmissão oral das suas práticas, rituais e herança cultural.
Amplamente difundida no Brasil e no mundo, a prática da capoeira depende dos mestres para transmitir esse conhecimento, que é transmitido de modo oral e gestual, de forma participativa e interativa, nas rodas, nas ruas e nas academias.


Foto: Reprodução / Iphan
LITERATURA DE CORDEL
O Cordel passou a ser empregado no Brasil no final da década de 1950 e atualmente é conhecido por suas composições em versos. Com referências europeias, esse segmento artístico está diretamente vinculado com a cultura poética do Nordeste do país e suas narrativas orais, a cantoria, o repente, a embolada, a glosa e a declamação ensejaram a criação de estruturas formais para os poemas, facilitando a memorização dos versos.

Foto: Reprodução / Iphan
BEMBÉ DO MERCADO
Essa é uma celebração que possui religioso e cívico realizada no dia 13 de maio, data da Abolição da Escravatura no Brasil. Conhecido como um “Candomblé de Rua”, o Bembé do Mercado é realizado anualmente por um conjunto de terreiros no Largo do Mercado, no município de Santo Amaro, região do Recôncavo Baiano.

Foto: Reprodução / Iphan
REPENTE
O Repente figura entre as manifestações culturais mais representativas do Nordeste desde o século XIX e se difundiu por outras regiões do país. Esse segmento artístico constitui um diálogo poético em que dois repentistas se alternam cantando estrofes improvisadas, ao acompanhamento de violas. De acordo com o Iphan, a composição poética, mantém vínculos históricos com a literatura de cordel, com a qual divide a tríade estruturante centrada na métrica, rima e na oração.

Foto: Reprodução / Iphan
MATRIZES TRADICIONAIS DO FORRÓ
Baião, o Xote, o Arrasta-pé, o Xaxado, o Coco, o Forró e a Toada são tipos de dança associados a este repertório. As “Matrizes Tradicionais do Forró” possuem um conjunto de elementos vinculados a celebrações, ludicidade, saberes e objetos. Conforme descrito pela autarquia, os registros conhecidos, no início do século XX, remetem a festa popular com música e dança. Na segunda metade do século XX, a palavra assumiu também o sentido de um tipo específico de música, cantada ou instrumental, para ouvir e para dançar.

Foto: Luiz Santos / Iphan
FESTA DO SENHOR BOM JESUS DO BONFIM
A Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim integra o calendário litúrgico e o ciclo de Festas de Largo da cidade de Salvador, e é realizada anualmente, sem interrupção, desde o ano de 1745. Segundo o Iphan, sua origem remonta à Idade Média, na península ibérica e tem fundamento na devoção ao Senhor Bom Jesus, ou Cristo Crucificado. A celebração reúne ritos e representações religiosas, além de manifestações profanas e de conteúdo cultural, durante onze dias do mês de janeiro, com início após o Dia de Reis.
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Foto: Reprodução / Iphan
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O cantor baiano, de Itabuna, Ton Dantas se apresenta na 19ª edição da Lavage de la Madeleine, em Paris. O evento acontecerá das 17h às 23h e o show do artista - que este ano é atração principal - está programado para às 20h, deste domingo (13). A tradicional lavagem seguirá todas as orientações das autoridades sanitárias exigidas em tempos de pandemia do novo Coronavírus - uso de máscara, do álcool 70% e local aberto e arejado.
Famosa mundialmente, a lavagem baiana movimenta a capital francesa e boa parte da Europa, apresentando grandes nomes da cultura da Bahia. O evento, em anos anteriores recebeu artistas como Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Daniela Mercury entre outros nomes da música brasileira. Este ano, a atração principal será o cantor e compositor Ton Dantas. “Uma alegria cantar a Bahia aqui na Europa. Amo minha terra, nossa música e cultura. Estou preparando um lindo show”. Disse.
Ainda se apresentam no evento o cantor, compositor e criador da lavagem, o santamarense Robertinho Chaves, Mister JC, DJ Manuela e muito mais.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).