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conflito de terra na bahia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (23) que vai atuar para encontrar uma solução pacífica no conflito entre indígenas e fazendeiros na Bahia. Lula se solidarizou com os familiares da indígena pataxó Hã-Hã-Hãe Maria Fátima Muniz de Andrade, morta no último domingo (21) em Potiraguá, no Médio Sudoeste baiano.
Eu queria dar um recado aos povos indígenas do Sul da Bahia sobre o assassinato de uma liderança Pataxó-hã-hã-hãe. Estou conversando com o governador @Jeronimoba13 e a ministra @GuajajaraSonia, que foi à região para tratar da situação. Hoje irei discutir esse assunto com a…
— Lula (@LulaOficial) January 23, 2024
Dois fazendeiros, incluindo o autor dos disparos que vitimou a indígena, foram presos em flagrante. Outro indígena, o cacique Nailton Muniz Pataxó, também foi baleado no abdômen. Ele passou por cirurgia e o quadro de saúde é estável. Conforme o presidente da República, uma reunião, marcada para a tarde desta terça, deve tratar da situação baiana. Lula se reunirá com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
“Quero colocar o governo federal à disposição do Jerônimo e dos povos indígenas para encontrar uma solução de forma pacífica”, disse o presidente em post nas redes sociais. Na ação que prendeu os dois fazendeiros, um deles com 20 anos de idade, também foi detido um indígena que portava uma arma artesanal.
Informações do Ministério dos Povos Indígenas apontam que a ação orquestrada pelos fazendeiros envolveu mensagens disparadas a cerca de 200 pessoas. Eles denominaram o grupo como “Invasão Zero” e pretendiam retomar a posse da fazenda [mesmo sem autorização judicial] ocupada pelos indígenas desde o último sábado (20). Os pataxós reivindicam a área, por a considerarem tradicional para a etnia.
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Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"As facções também investem, e muito, em inteligência. Eles montam uma indústria de armas. No último fim de semana vimos que muitas dessas peças são montadas aqui mesmo, não vêm todas de fora".
Disse o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) ao comentar que não há negacionismo na política de segurança pública do estado e destacou que o enfrentamento ao crime hoje exige novas estratégias, diante da evolução tecnológica das facções criminosas.