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cidades baianas
As eleições municipais de 2024 na Bahia mantiveram alguns partidos com predominância no número de cidades conquistadas na Bahia, com o fortalecimento de prefeitos e partidos aliados ao governo da Bahia, especialmente o PSD.
Essa perspectiva aparece também, por exemplo, em municípios no contexto de crescente dependência do Bolsa Família. Apesar da expectativa discursiva de que a esquerda teria mais espaço em cidades assim, o PSD venceu a prefeitura de 26 dos 100 municípios baianos apresentando maior dependência do programa.
Vale lembrar que a recente derrota do Partido dos Trabalhadores (PT) nos grandes centros urbanos baianos, como derrota em 4 das 5 maiores cidades do estado, refletem um avanço de partidos mais distantes de uma posição ideológica explícita. Batizados no meio político como partidos do Centrão, essas siglas moldam transformações nas dinâmicas eleitorais nas prefeituras baianas.
Essa crescente adesão dos eleitores para candidatos de centro-direita, principalmente devido a promessas e planos focados em segurança pública, com pelo menos 300 dos prefeitos eleitos citando a segurança pública do estado em suas propostas de campanha. A população baiana, sobretudo as beneficiadas pelos programas de baixa renda, pode sentir que os governos anteriores não atenderam adequadamente às suas necessidades.
Os dados do IBGE deste ano, obtidos pelo Bahia Notícias, revelam que muitos municípios baianos enfrentam sérios desafios socioeconômicos, com destaque para a alta dependência do Bolsa Família. O censo populacional de 2024 trouxe novas estimativas que mostram a persistente desigualdade social no estado.
Conforme análise de dados do censo com dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), o Bahia Notícias concluiu que pelo menos 70 dos 417 municípios baianos têm alta ou moderada dependência do programa Bolsa Família. Isso significa que mais de 60% dos moradores desses municípios recebem auxílio do programa, representando uma parcela significativa da população que depende diretamente do apoio do governo federal para suprir suas necessidades básicas. Esse cenário coloca pressão sobre as políticas públicas de assistência social e inclusão.
Conforme os dados comparados entre os 100 municípios com maior dependência, o PSD é de longe o grande vencedor, com 26 municípios. Em seguida vem o MDB 14 prefeitos, Avante em terceiro que elegeram 13 prefeitos, e finalmente o PT com 11 prefeitos. Na sequência aparece o PP, elegendo 9 prefeitos, o PSB e PCdoB empatados com 6 prefeitos, o União Brasil com 5 prefeitos, o PRD, Republicanos e Podemos empatados com 2, os partidos PDT, PV e Solidariedade também com 1 cada.
Na lista de municípios altamente dependentes, ou seja, aqueles onde mais de 70% da população recebe auxílio do programa, aparece São José da Vitória (74,5%), Rodelas (74,4%), Itanagra (73,6%), Marcionílio Souza (70,06%) e Ibiquera (70,0%). Essa dependência do Bolsa Família reflete uma situação socioeconômica extremamente vulnerável, em que grande parte da população depende de assistência governamental para garantir sua sobrevivência.
Confira o gráfico para entender a proporção:
Já os municípios moderadamente dependentes, ou seja, aqueles onde 60% a 70% da população recebem auxílio do Bolsa Família, aparecem: Pau Brasil (68,6%), Paratinga (67,5%), Caetanos (67,68%), Ponto Novo (67,62%), Saubara (67,27%), Cardeal da Silva (66,8%) entre vários outros.
Embora a dependência dessas cidades não seja tão extrema quanto a dos municípios altamente dependentes, a situação ainda revela uma vulnerabilidade social significativa, em que a maioria da população municipal depende de assistência social para suprir suas necessidades básicas.
E, por fim, os municípios razoavelmente dependentes, ou seja, aqueles com dependência abaixo de 60%, municípios como Uibaí (57,6%), Manoel Vitorino (57,5%) e Itiúba (59,77%). Embora sua dependência seja mais moderada em comparação com os demais municípios da lista, ainda reflete uma vulnerabilidade social significativa, exigindo atenção nas políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade.
Apesar das cidades com alta dependência serem cidades consideradas pequenas pelo IBGE, com menos de 50 mil habitantes, a relação não é precisa. Visto que existem cidades pequenas com menor dependência de beneficiários como as cidades de Itapitanga somente com 27,1% e Caculé com 28,05%.
Veja em comparação desses dois municípios com alguns com maior dependência:
Mesmo que haja um indicativo de mudança ideológica mais à direita e do fortalecimento de prefeitos de centrão no estado, a alta dependência do Bolsa Família também destaca a necessidade de políticas de inclusão social mais robustas. Muitas dessas cidades enfrentam condições econômicas precárias, o que demanda ações focadas em desenvolvimento sustentável, capacitação da população e melhoria das condições de vida.
É possível observar quem foi o líder do executivo eleito em cada município através do resultado realizado pelo Bahia Notícias aqui.
Com os novos prefeitos assumindo seus cargos, será crucial observar como suas agendas, focadas em segurança e desenvolvimento urbano, irão interagir com os desafios socioeconômicos que a Bahia ainda enfrenta, especialmente em relação à desigualdade e à dependência do Bolsa Família.
O município de São Desidério desponta como um dos gigantes do agronegócio brasileiro. Em um ranking divulgado nesta última quinta-feira (17) pelo Mapa/SPA, o município se destaca entre os 100 mais ricos do país, superando muitas cidades do Centro-Oeste, tradicionalmente associadas ao agronegócio.
A Secretaria de Política Agrícola (Mapa/SPA) analisou a produção agrícola de 5.563 cidades brasileiras e constatou que a Bahia possui oito municípios entre os 100 mais ricos do Brasil no setor. E destaca São Desidério como o segundo município mais rico do país. No mapa dos 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio estão, além de São Desidério, as cidades baianas de Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Jaborandi e Juazeiro.
Os dados revelam que em 2023, a produção agrícola brasileira alcançou um valor total de R$ 814,5 bilhões, sendo que os 100 municípios mais produtivos contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões. Vale lembrar que quase 14% das exportações do primeiro semestre deste ano foi devido ao agronegócio baiano.
Os dados demonstram que São Desidério é um grande produtor de algodão e soja no Brasil. O município produz 543.506 toneladas de algodão, ocupando a terceira posição nacional, e 2 milhões de toneladas de soja, o que o coloca na quarta posição do ranking nacional.
Para o secretário da agricultura da Bahia, Wallison Tum, a liderança da Bahia no agronegócio nordestino é “resultado de diversos fatores, como investimentos em tecnologia, infraestrutura, políticas públicas de incentivo e apoio aos produtores, e a adaptação das culturas às condições climáticas da região”.
Ilhéus e Wenceslau Guimarães foram mencionadas também como importantes produtores de cacau no Brasil, contribuindo com cerca de 3% da produção global, com 8.961 e 8.775 toneladas, respectivamente.
Os estados da Bahia e Minas Gerais demonstram um crescimento expressivo no setor, com destaque para a Bahia, onde cidades como São Desidério, Formosa do Rio Preto e Barreiras se consolidam como polos de produção de algodão e grãos. São Desidério, inclusive, é o segundo município mais rico do agronegócio brasileiro, com uma produção avaliada em R$ 7,78 bilhões.
Com a distribuição nacional, a Bahia se destaca no ranking dos 100 maiores municípios produtores do país, ocupando a quarta posição. Seus sete municípios contribuem com 2.474.913 hectares de área colhida e oito cidades respondem por 3,4% do valor total da produção nacional. Ao todo, 14 estados estão presentes nesse levantamento, evidenciando a importância da Bahia no cenário agrícola brasileiro.
As lavouras de grãos e frutas são as grandes responsáveis por esses números. A produção de soja, milho e algodão, além de culturas como manga, maracujá, banana e uva, tem sido fundamental para o sucesso do setor no estado.
Ao todo, foram 13 cidades nordestinas, sendo oito baianas.
A previsão é que até maio 152 municípios sejam visitados, entre eles, Maragogipe (Recôncavo baiano) e Itabuna (sul). Segundo os organizadores do projeto, a expectativa é alcançar 70 mil espectadores, em cerca de 900 sessões. Tido como maior circuito de exibição não comercial da América Latina, o Cinema em Movimento selecionou para esta edição três filmes relacionados ao universo infantojuvenil e à história do Brasil, que são: 'Colegas', de Marcelo Galvão; 'Uma história de Amor e Fúria', de Luiz Bolognes; e 'Brichos 2- A Floresta é Nossa', de Paulo Munhoz. Acompanhe abaixo as sinopses e assista ao trailer de cada produção selecionada.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Valdemar Costa Neto
"Houve, sim, um planejamento de golpe" (...) e embora tenha feito críticas à decisão do STF, afirmou que ela "precisa ser respeitada".
Disse o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao se tornar o primeiro aliado de Jair Bolsonaro a admitir publicamente que houve um planejamento de golpe de Estado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), parte para Brasília com uma missão oposta: tentar viabilizar no Congresso Nacional um projeto de anistia ao ex-presidente.