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casas bahia
O Grupo Casas Bahia, uma das grandes redes varejistas do país, tornou-se réu em duas ações de despejo por falta de pagamento movidas por proprietários de mais shoppings centers em Salvador, na Bahia. Os processos, que tramitam no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), revelam disputas contratuais significativas e dívidas que, somadas, ultrapassam a casa dos R$ 2,5 milhões.
SHOPPING DA BAHIA
A primeira ação, datada de 26 de agosto de 2025, o Consórcio Naciguat, representante dos proprietários do Shopping da Bahia, em Salvador, move ação de despejo contra a Via Varejo S/A, sucessora da Casas Bahia por incorporação e agora denominada Grupo Casas Bahia S.A.
A alegação é de inadimplemento do aluguel de agosto de 2025, de duas parcelas condominiais (julho e agosto do mesmo ano) e da contribuição à associação de lojistas, totalizando R$ 373.622,62. Com a inclusão de honorários contratuais de 20%, o débito chega a R$ 448.347,14, e o valor da causa atinge a expressiva quantia de R$ 2.292.519,60. Neste caso, os autores destacam que o contrato, renovado em 2021, opera sem fiador desde então, o que, segundo argumentam, atende aos requisitos legais para um pedido de despejo liminar. Para tanto, pleiteiam que a própria dívida inadimplida sirva como caução, dispensando um depósito em dinheiro.
A reportagem do Bahia Notícias tomou conhecimento de que o shopping e as Casas Bahia firmaram um acordo e resolveram a questão administrativamente, porém ainda não foi protocolado na ação de despejo, que ainda está correndo.
SHOPPING BARRA
Em um segundo processo, protocolado em 30 de outubro de 2025 pelo Condomínio Shopping Barra, alega que a Via Varejo S/A, deixou de pagar aluguéis mínimos, encargos comuns, despesas específicas e IPTU referentes aos meses de julho a outubro de 2025.
O débito atualizado, conforme a inicial, é de R$ 222.063,93, e o valor da causa foi fixado em R$ 241.143,84. A locação, feita em 2009 e foi renovada por aditivos até 2031, é garantida pela fiadora Globex Administração e Serviços Ltda. Os autores pleiteiam a retomada do imóvel localizado no Shopping Barra, condenação da ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios de 20%.
SALVADOR SHOPPING
Vale ressaltar que estas não são as primeiras ações de despejo envolvendo a rede na capital baiana. No início de outubro, o Salvador Shopping também ingressou com uma ação similar contra a Via Varejo, fato noticiado pelo BN.
O Salvador Shopping S/A ajuizou uma ação de despejo por falta de pagamento contra a Via Varejo S/A, operadora das Lojas Casas Bahia, em um processo de contrato de locação comercial de longa data, que envolve valores superiores a R$ 2,7 milhões no valor da causa.
De acordo com os autos do processo, as partes mantêm um vínculo contratual desde 2009, com a última renovação ocorrida em dezembro de 2023, estabelecendo um prazo de 60 meses para a locação de um salão comercial no Piso G2 do shopping. O valor do aluguel mensal foi fixado no valor de R$ 216.827,95, atualizado por índices predeterminados, ou 1,5% sobre as vendas brutas mensais da loja.
A alegação central da empresa autora, Salvador Shopping, é de que a locatária deixou de pagar os aluguéis e encargos contratuais, o que resultou em um débito atualizado de R$ 1.093.723,55. O contrato, que incorpora uma Escritura Declaratória de Normas Gerais, prevê a aplicação de multas e juros em caso de atraso, incluindo correção monetária pelo IGP-DI, juros de 1% ao mês e multa moratória de 10% sobre o valor em débito.
A parte autora fundamentou os pedidos nos artigos da Lei n.º 8.245/91 (Lei de Locações), afirmando que o inadimplemento caracteriza violação que autoriza a resolução do contrato e o despejo. O pedido judicial inclui a rescisão do contrato, a desocupação do imóvel e o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, calculados em 20% sobre o débito.
A ação está em estágio inicial, cabendo agora a empresa ré, Via Varejo S/A, o direito de se manifestar e apresentar a defesa. A fiadora do contrato, a Globex Administração e Serviços Ltda., também será formalmente notificada sobre a ação.
A administração do centro de compras informou que não irá se manifestar sobre o assunto. (Atualizada em 16/10/25, às 9h36)
O CEO do grupo das Casas Bahia, Michael Klein, foi alvo de busca e apreensão em seu apartamento, na cidade de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (15). O empresário é acusado de falsificar documentos do inventário do seu pai e fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, morto em 2014.
A busca e apreensão foi deferida na Justiça pelo irmão de Michael, Saul Klein. Os dois travam uma batalha judicial há anos por conta da herança deixada pelo pai.
Segundo informações divulgadas pelo Metrópoles, o objeto do mandado eram documentos relacionados a doações feitas por Samuel em 2014, pouco antes de sua morte. Essas doações teriam favorecido Michael e seus filhos ao excluir Saul Klein.
Saul também chegou a questionar até uma suposta falsificação de assinaturas do pai em documentos que beneficiaram, em tese, o irmão. Michael nega e afirma que as acusações são falsas.
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) informou, neste domingo (28), um pedido de recuperação extrajudicial. A empresa disse que dará continuidade ao Plano de Transformação divulgado ao mercado através de fato relevante em agosto de 2023.
Segundo publicação da BP Money, a Casas Bahia, assinou, neste domingo (28), um contrato com seus dois principais credores, o Bradesco e o Banco do Brasil. Os dois bancos possuem em conjunto 66% das dívidas que serão incluídas no processo de recuperação extrajudicial, estabelecendo todos os termos e condições necessárias para a operação.
Para o pedido ser aprovado, é necessário um quórum mínimo de 50% mais 1 dos credores envolvidos. Essa ferramenta é a mais simples comparada ao processo de recuperação judicial tradicional, que possibilita o varejista a reestruturar suas dívidas e reduzir seus custos financeiros significativamente.
O pedido já estaria com uma aprovação antecipada, minimizando os riscos inerentes a esse tipo de processo, conforme interlocutores da empresa. O montante total dessas dívidas é de R$ 4,1 bilhões, sendo que as CCBs representam R$ 2,2 bilhões do valor total.
A Via Varejo, dona das Casas Bahia, anunciou um plano de reestruturação que prevê o encerramento de 50 a 100 lojas até dezembro deste ano, além da demissão de 6 mil funcionários. Segundo anúncio realizado nesta quinta-feira (10), o novo plano de negócios inclui a redução de até R$ 1 bilhão em estoques neste ano e uma alteração na forma de captação para financiar o crediário.
O informe de reestruturação dos negócios ocorre após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2023 da companhia, que teve um prejuízo líquido de R$ 492 milhões. O resultado reverte o lucro de R$ 6 milhões apresentado no mesmo período de 2022.
O Ebitda ajustado foi de R$ 469 milhões, com queda de 32% frente ao reportado de abril a junho de 2022, com margem de 9%, 2,7 pontos porcentuais menor do que um ano atrás. A receita líquida, por sua vez, caiu 2%, chegando a R$ 7,5 bilhões.
Ao todo, ainda se espera a monetização de ativos de até R$ 4 bilhões em 2023. Serão mais R$ 2,5 bilhões de créditos fiscais que, se o plano correr como o esperado, se tornarão dinheiro para a empresa.
Soma-se a isso o R$ 1 bilhão pretendido com a liberação de estoques e mais R$ 500 milhões em vendas de imóveis e outros ativos.
De acordo com a CNN, em conferência com analistas nesta sexta-feira (11), o presidente da Via, Renato Horta Franklin, afirmou que espera capturar a partir de dezembro quase a totalidade dos benefícios de seu novo plano de negócios.
Segundo Franklin, a previsão não inclui a migração do financiamento do crediário para Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que exigirá mais tempo, afirmou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O dado concreto é que, do ponto de vista da quantidade de mortes, a operação foi considerada um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar a operação policial que resultou na morte de 121 pessoas no Rio de Janeiro, classificando a ação como uma “matança” e “desastrosa”.