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Artigos

Tadeu Paz
O maior adversário de Lula é ele mesmo
Foto: Ricardo Filho/ Divulgação

O maior adversário de Lula é ele mesmo

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva reúne um paradoxo curioso: os principais indicadores são positivos, mas sua popularidade não segue a mesma trilha, embora tenha tido um refresco nos últimos três meses, muito por conta da contenda, e agora as pazes feitas, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Multimídia

Angelo Almeida avalia críticas ao sistema logístico baiano e garante: “Tudo tem o porquê da coisa”

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O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida (PSB), avaliou as críticas relacionadas a fragilidade do sistema de logística e escoamento de produtos e serviços na Bahia. Durante entrevista no Projeto Prisma, nesta segunda-feira (3), o gestor afirmou que “toda a crítica é construtiva”, porém destacou que a falta de investimento nacional atrasaram a evolução estadual neste sentido.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

canetas emagrecedoras

Estudo aponta que canetas emagrecedoras atrasam os efeitos do álcool na corrente sanguínea
Foto: Alana Dias / Bahia Notícias

Um estudo publicado nesta quarta-feira (15), na revista científica Scientific Reports mostrou que medicamentos da classe análogos de GLP-1, como o Mounjaro, Ozempic e Wegovy podem atrasar a velocidade com que o álcool acessa a corrente sanguínea e causa efeitos no cérebro. 

 

Segundo O GLOBO, 20 participantes com obesidade participaram da pesquisa. Metade utilizava de forma análoga GLP-1: a semalgutida, do Ozempic e Wegovy, a liraglutida, do Saxenda, ou a tirzepatida, do Mounjaro. De acordo com a reportagem, todos consumiram a mesma quantidade de bebida, calculada para que a concentração alcoólica no ar expirado fosse de aproximadamente 0,08%.

 

Os participantes foram testados de meia em meia hora. No entanto, a concentração alcóolica dos voluntários aumentou mais devagar. Eles relataram em um questionário que se sentiram menos intoxicados.Todos jejuaram antes dos testes.

 

Ao chegarem para participarem da pesquisa, eles receberam uma barra de lanche com o intuito de padronizar a ingestão calórica e o conteúdo no estômago para que a alimentação não impactasse nos resultados. O professor e co-diretor interino do Centro de Pesquisa Alex DiFeliceantonio explicou que foi constatado também uma diferença entre algumas das bebidas consumidas e nos efeitos no público participante. 

 

"Por que isso importa? Drogas de ação mais rápida têm maior potencial de abuso. Elas afetam o cérebro de forma diferente. Então, se os (análogos de) GLP-1 retardam a entrada do álcool na corrente sanguínea, podem reduzir os efeitos do álcool e ajudar as pessoas a beber menos”, disse DiFeliceantonio em comunicado.

Justiça mantém patente das canetas emagrecedoras Victoza e Saxenda
Foto: Cristian Camilo / Divulgação

A farmacêutica Novo Nordisk informou nesta quinta-feira (4) que a Justiça Federal no Distrito Federal concedeu uma liminar para manter a patente da liraglutida, princípio ativo das canetas emagrecedoras Victoza e Saxenda, produzidas pela empresa.

 

De acordo com a decisão, a patente, que estava expirada, ficará mantida pelo prazo de 8 anos, 5 meses e um dia. As informações são da Agência Brasil.

 

A decisão foi tomada após a Justiça reconhecer as alegações de demora na concessão da patente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que, segundo a empresa, demorou 13 anos para analisar o processo de registro de exclusividade.

 

Diante da demora, a Justiça decidiu recompor o prazo da patente para compensar o atraso. Na avaliação da Novo Nordisk, a decisão representa segurança jurídica nos processos de patentes.

 

“Sem a garantia de que o direito à patente será respeitado e o exame ocorrerá em um prazo razoável, o Brasil corre o risco de ficar para trás no acesso a novas tecnologias em saúde”, declarou a empresa.

 

Após a decisão, a Novo Nordisk informou que também busca o mesmo entendimento para a patente da semaglutida, substância presente nos medicamentos injetáveis Wegovy e Ozempic, também produzidos pela farmacêutica.

 

Cabe recurso do INPI contra a decisão da Justiça Federal.

Sarcopenia e canetas emagrecedoras: especialista alerta para perda muscular em tratamentos de obesidade
Foto: Reprodução / Freepik

A busca pelo emagrecimento rápido tem levado milhares de brasileiros a recorrerem às chamadas “canetas emagrecedoras”, como Ozempic e Mounjaro. Embora eficazes no controle da obesidade, especialistas alertam que o uso sem acompanhamento pode trazer riscos, entre eles a perda muscular associada à sarcopenia.

 

A endocrinologista Marina Cabral, coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Hospital Mater Dei Salvador e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, explica que a condição vai além do emagrecimento em si.

 

“A sarcopenia não é só perder quantidade, é também qualidade da musculatura e perda de funcionalidade. O indivíduo sarcopênico é aquele que, além de perder massa, perde força e capacidade de realizar atividades simples do dia a dia, como levantar de uma cadeira ou subir um degrau”, afirma.

 

O QUE É?
Com aproximadamente 28 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o envelhecimento populacional acentua a prevalência da sarcopenia. A condição está ligada à perda de massa muscular e é agravada por fatores como idade avançada, déficit nutricional, sedentarismo, tabagismo e presença de comorbidades.

 

De acordo com Marina Cabral, além dos idosos, outros grupos minoritários também são afetados.

 

“Pessoas com doenças crônicas, como problemas no fígado e no coração, além de pacientes desnutridos ou submetidos a restrições calóricas severas, também podem desenvolver a condição”, ressalta.

 

Um idoso de 61 anos, entrevistado pelo Bahia Notícias, contou que decidiu iniciar atividade física na terceira idade justamente para preservar sua autonomia.

 

“Iniciar academia e o tênis, para mim, foi fundamental para manter trabalhando minha cabeça e meu corpo. Não quero que meus filhos fiquem cuidando de mim”, disse ele.

 

CANETAS EMAGRECEDORAS
Apesar da popularidade dos medicamentos injetáveis usados no tratamento da obesidade, a endocrinologista lembra que eles não são isentos de riscos.

 

“Essas medicações levam a uma perda de peso significativa, e nessa perda há redução de gordura e também de músculo. O desafio é minimizar ao máximo a perda muscular”, explica.

 

Pesquisas apontam que, em média, de 20% a 30% do peso eliminado pode corresponder à massa magra. Ou seja, de 10 quilos perdidos, até 3 quilos podem ser de músculo.

 

REDUÇÃO DE RISCOS
Para reduzir os efeitos da perda muscular, a endocrinologista orienta o que fazer, considerado por ela como "indispensável".

 

“É fundamental ter uma dieta rica em proteínas, entre 1,2 a 1,6 gramas por quilo de peso por dia, associada à prática regular de musculação de duas a três vezes por semana”, orienta Marina Cabral.

 

Segundo ela, o uso de medicações sem supervisão, aliado a dietas restritivas e ausência de atividade física, amplia o risco de sarcopenia, especialmente entre os mais vulneráveis.

 

PERSPECTIVAS FUTURAS
Atualmente, não existem medicamentos específicos para prevenir a perda muscular durante o emagrecimento. No entanto, segundo Marina Cabral, novas substâncias já estão em estudo.

 

“Estão em desenvolvimento terapias com bloqueadores da miostatina e hormônios anabólicos seletivos que podem ajudar a reduzir a perda de massa magra durante o tratamento da obesidade”, afirma a endocrinologista.

 

A médica reforça que a sarcopenia não deve ser confundida apenas com a redução da massa muscular.

 

“É um tema muito discutido entre geriatras e oncologistas, porque trata de preservar a autonomia do paciente. No caso das medicações para obesidade, dificilmente haverá sarcopenia quando há supervisão adequada, mas com o uso disseminado e sem acompanhamento, os riscos aumentam”, concluiu.

Venda de Godzilla e canetas emagrecedoras manipuladas é irregular e pode levar a ação policial
Foto: Alana Dias / Bahia Notícias

A injeção para perda de peso denominada de Godzilla em conjunto com canetas emagrecedoras com manipulação irregular estão no rol de produtos que podem ser recolhidos ou interditados no Brasil e em Salvador, em caso de ausência de normas sanitárias vigentes. 

 

Apesar da demonstração de resultados mais eficazes do que Ozempic e Mounjaro, a substância retatrutida, utilizada na Godzilla não possui nenhum registro no país, como explicou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao Bahia Notícias. Segundo a entidade, não há nenhum medicamento à base dessa substância registrado no Brasil. A Anvisa disse ao BN, por meio de nota, que mesmo existindo estudo clínico autorizado para a substância, nenhum medicamento deste tipo possui comercialização autorizada no Brasil até o momento. 

 

De acordo com o órgão, a importação e comercialização de medicamentos eventualmente produzidos em outros países e que não possuam registro sanitário no Brasil configura crime de contrabando. A prática pode ser julgada e tratada em instâncias policiais.  

 

A Vigilância Sanitária de Salvador, ligada à Secretaria Municipal de Saúde, comunicou acerca de canetas manipuladas irregulares, que, quando identificadas, medidas imediatas serão adotadas. Entre elas, estão os recolhimento dos produtos, interdição de lotes ou áreas de manipulação, inutilização de insumos, lavratura de autos de infração. 

 

Conforme o órgão, em casos mais graves, pode ocorrer ainda a suspensão temporária das atividades do estabelecimento até a regularização. No entanto, mesmo com as possíveis restrições, alguns estabelecimentos produzem os medicamentos manipulados sem autorização.

 

Em entrevista ao BN, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia, comentou sobre os médicos que pressionam pacientes a utilizarem esses produtos. 

 

“Qualquer paciente que se sentiu de alguma forma assediado por um médico para comprar qualquer medicamento no seu consultório deve realizar uma denúncia ao conselho. Essas canetas não podem ser usadas do jeito que estão sendo utilizadas, porque é um medicamento com efeito colateral. Embora sejam seguras quando usadas com orientação médica, elas podem causar problemas”, disse Marambaia. 

 

O representante do Cremeb alertou ainda a respeito da proibição da aplicação desses medicamentos em consultórios como forma de lucro. 

 

“O médico não está autorizado a fazer qualquer coisa sem o consentimento do paciente. De fato, às vezes você tem que ensinar o paciente, por exemplo, a forma de usar, isso pode ser feito na primeira aplicação em consultório, mas o médico não pode, de maneira nenhuma, fazer da aplicação uma forma, inclusive, de ganhar dinheiro ou de fazer com que o paciente obtenha um produto no seu próprio consultório”, complementou. 

Uso excessivo de canetas emagrecedoras reacende discussão sobre nova exigência de receita imposta pela Anvisa
Foto: Alana Dias / Bahia Notícias

O uso em grande escala de canetas emagrecedoras (Ozempic, Moujaro, Wegovy e Godzilla) tem se popularizado em todo o Brasil nos últimos meses. Anteriormente utilizada e indicada somente para pacientes com diabetes tipo 2, os produtos passaram a ser comercializados e ganharam espaço entre pessoas que desejam passar por tratamentos contra obesidade e perder peso. 

 

Na Bahia, por exemplo, o empresário conhecido como Dilsinho da Bahia, chamou atenção de diferentes áreas de saúde, após revelar que consumiu mais de nove canetas de Ozempic e perdeu mais de 20 kg após o consumo do remédio. 

 

“Eu não conseguia fazer muita dieta por causa da fome. A gente que é obeso sente muita fome. E para perder peso não basta somente os tratamentos e as canetas, o que perde peso é você reduzir a sua alimentação. Comecei a utilizar esses medicamentos, pois não conseguia fazer essas dietas”, revelou. 

 

“Comia cinco pães no café da manhã e comecei a ir diminuindo. Nisso fui perdendo peso e aí eu fui utilizando as canetas, aumentando os cliques de 12 para 15 e fui fazendo exames. Quando vi perdi peso, indo de 160 kg para 140 kg. Tomei nove canetas de Ozempic e agora já estou usando a Mounjaro”, contou. 

 

Indo na contramão do baiano, a Anvisa, determinou, que a compra de produtos do tipo só ocorresse após a retenção de receitas. A medida, estabelecida em abril deste ano, indicou que a prescrição médica deverá ser feita em duas vias, e a venda só poderá ocorrer com a retenção da receita na farmácia ou drogaria, assim como acontece com os antibióticos. A validade das receitas será de até 90 dias a partir da data de emissão.  

 

Para entender melhor acerca da medida e o que ela pode impactar em meio a um contexto desses produtos, o Bahia Notícias procurou especialistas de diferentes áreas de saúde para tratar do tema. 

 

O professor e diretor médico do Núcleo de Avaliação Funcional do Aparelho Digestivo (Nafad), Fábio Teixeira, avaliou positivamente a medida da Anvisa. “Essa medida é extremamente acertada. Esses medicamentos exigem indicação médica criteriosa, monitoramento contínuo, ajuste individualizado da dose e, principalmente, um compromisso real com a mudança de estilo de vida. [...] Acredito que a medida contribui para um uso mais responsável e orientado. Ela ajuda a garantir que os pacientes que realmente podem se beneficiar do tratamento sejam devidamente avaliados, acompanhados e orientados por profissionais capacitados”, disse Fábio Teixeira. 

 

O médico, porém, alertou para os pontos positivos e negativos que podem ser trazidos pelo uso do medicamento. “O mecanismo de ação dessas medicações é extremamente interessante: elas atuam sobre neurotransmissores relacionados à saciedade e ao metabolismo, favorecendo o controle do apetite e da glicose. Por outro lado, como retardam o esvaziamento gástrico, podem provocar efeitos como sensação de estômago cheio por muito tempo, náuseas, vômitos e constipação. Por isso, a chave está na indicação correta e no acompanhamento especializado”, afirmou.

 

O especialista contou ainda sobre o crescimento da procura por esses produtos na Bahia, por parte de pacientes e de profissionais. “Temos observado uma grande procura, tanto por pacientes acompanhados por equipes médicas quanto por aqueles que buscam essas medicações com base em informações equivocadas, muitas vezes disseminadas na internet”, indicou Fábio. 

 

O presidente do Conselho Regional de Farmácia, Mário Martinelli, também apontou para um crescimento na procura das marcas no setor farmacêutico da Bahia. “Com a popularização de medicamentos como Ozempic e Mounjaro, observamos um crescimento expressivo da demanda nas farmácias da Bahia. Muitos profissionais foram desafiados a lidar com o aumento da procura, muitas vezes por pacientes sem indicação médica. Foi registrado um aumento significativo na procura por Ozempic e Mounjaro no estado da Bahia, especialmente impulsionado por campanhas informais em redes sociais. Esse fenômeno causou inclusive períodos de escassez em algumas farmácias. Em paralelo, observou-se uma redução na venda de medicamentos como sibutramina, orlistate e fitoterápicos para controle de peso. Essa mudança de perfil exige atenção redobrada dos profissionais e reforça a importância da prescrição consciente e do acompanhamento clínico.

 

Já a especialista em terapia nutricional e em nutrição clínica, Cláudia Daltro, observou e alertou acerca da quantidade de casos de perda de peso em grande escala, causando desidratação e outros problemas.

 

“Tenho presenciado casos preocupantes. Pacientes que iniciaram o uso sem orientação nutricional adequada apresentaram perda de peso excessivamente rápida como 15 kg em um mês acompanhada de perda de massa muscular, desidratação e sintomas como obstipação severa. Isso ocorre porque é necessário ajustar o volume das refeições sem comprometer a qualidade nutricional”, disse. 

 

Também nutricionista, Thayane Fraga comentou que, apesar da eficácia na perda de peso, os pacientes não devem trocar uma alimentação saudável somente pelo uso do produto. 

 

“As canetas não excluem a importância de uma alimentação nutritiva, regular e equilibrada. Pelo contrário, devem servir de suporte para o processo de reeducação alimentar, inclusive porque podem ajudar a diminuir a impulsividade, aumentando as chances da pessoa desenvolver habilidades de fazer escolhas mais conscientes, saindo do piloto automático”, complementou.

Na Antena 1, médico alerta perigos associados ao consumo de álcool e a “mistura” de canetas emagrecedoras
Foto: Reprodução Antena 1 Salvador

O uso indiscriminado das canetas emagrecedoras como Ozempic, Mounjaro, Wegovy e Godzilla em conjunto com o consumo de álcool pode trazer riscos para a saúde e bem-estar de pacientes em tratamento contra a obesidade, além da possibilidade de não causar eficácia. 

 

Em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Antena 1 Salvador, o coordenador médico do Hospital da Obesidade, Cristiano Gidi, explicou acerca dos perigos relacionados ao uso dos produtos e do consumo do álcool. Para ele, bebidas alcoólicas podem atrapalhar no processo de emagrecimento, por conta da quantidade de calorias encontradas nos líquidos. 

 

“O álcool tem um efeito para quem quer emagrecer. Ele vai causar retenção de líquido por ser muito calórico. Para você ter uma ideia, o álcool é mais calórico do que o açúcar. Cada grama de álcool tem 7 calorias, e ele só perde para a gordura. Além disso, o consumo alcoólico geralmente vem associado ao consumo de outros alimentos. Para quem quer emagrecer, é a primeira coisa que deve ser evitada”, afirmou aos apresentadores Mauricio Leiro e Rebeca Menezes. 

 

No entanto, o médico observou que caso o consumo seja em pequenas doses e em casos de pacientes que não possuam doenças no pâncreas.  

 

“Se o uso for em pequenas doses, a pessoa está no aniversário, em uma festa de Réveillon, vai tomar ali uma quantidade pequena, e ela não tem nenhuma contraindicação, sem problemas no pâncreas, no fígado. O uso concomitante é possível, desde que em pequenas doses. Não é uma contraindicação absoluta, porém sempre reforço muito isso. A gente está falando de uma medicação que tem ação no pâncreas e que também tem ação no fígado. Se você está usando álcool, que tem ação nesses locais, então tem que ser com muito cuidado e não pode ser com muita frequência”, considerou. 

 

O especialista comentou ainda sobre casos de pacientes que misturam diferentes marcas de canetas emagrecedoras durante o tratamento. De acordo com Cristiano, não há necessidade de utilizar os diferentes medicamentos ao mesmo tempo, somente se médicos identificarem a necessidade. 

 

O coordenador apontou que nessas situações, os remédios podem perder a eficácia caso sejam utilizados de forma simultânea. 

 

“É contraindicado e acho que não faz nem sentido o uso de mais de uma medicação. Então você já tem uma medicação agindo nesses receptores, que faz o papel do GIP e do GLP-1. Então não faz sentido se associar, você acaba perdendo a eficácia que poderia ser utilizada de outra forma. Não é correto que a pessoa vá mudando por conta própria”, contou. 

 

“Porém, como qualquer doença crônica, se você está em acompanhamento médico e ele identificou que o controle não está legal, é necessário ver o histórico completo da pessoa, todo o histórico da evolução do peso, quando ela começou a engordar, quais foram os fatores que fizeram ela engordar, qual foi o peso máximo que ela atingiu na vida e quais tratamentos foram feitos. Com base nisso e com base no padrão alimentar que esse paciente tem, a gente escolhe qual a melhor medicação.[...] Podemos sim associar com outra classe, isso é possível, não com o mesmo tipo de mecanismo de ação. Mas caso a pessoa esteja usando uma medicação e esteja começando a ganhar peso, a gente pode mudar”, concluiu. 

Na Antena 1, especialista revela descoberta inusitada que deu origem a canetas emagrecedoras; entenda
Foto: Reprodução Antena 1 Salvador

Com a ascensão das canetas emagrecedoras (Ozempic, Wegovy, Mounjaro e Godzilla), parte da população passou a adquirir de forma mais desenfreada os produtos. Porém, sem o conhecimento de onde e como surgiu a criação do medicamento, inicialmente indicada para tratar diabetes tipo 2 e posteriormente para o tratamento da perda de peso. 

 

Em entrevista à rádio Antena 1 Salvador, o coordenador médico do Hospital da Obesidade, Cristiano Gidi explicou o ponto de partida para o surgimento dessas marcas. De acordo com o especialista, uma enzima presente no veneno de lagarto deu origem à criação dessas canetas. 

 

Conforme o especialista, a substância presente no veneno do animal é similar a ação de um hormônio que inibe a fome e regula níveis de açúcar no sangue. 

 

“Existe um lagarto no deserto americano e esse lagarto, que era chamado monstro-de-gila, que causava em sua saliva, a queda de açúcar nas vítimas, nas presas dele. E aí foi se estudar e se descobriu essa primeira molécula, que é essa exenatida e depois foi sendo melhorada”, revelou Gidi no Bahia Notícias no Ar, apresentado por Maurício Leiro e Rebeca Menezes. 

 

O médico explanou também acerca dos hormônios que são produzidos no corpo humano e são imitados nas canetas emagrecedoras. 

 

“Esses medicamentos imitam esse hormônio que é produzido na parte final do nosso intestino, que são chamados peptídeos intestinais, que a gente tem dois, o GIP e o GLP-1. A semaglutida age só no GLP-1 e a Tirzepatida, que é o Mounjaro, age no GIP e no GLP-1. 

 

O profissional destacou ainda que o medicamento age fazendo com que os pacientes tenham uma sensação de saciedade mais rápida para consumir alimentos. 

 

“Essas medicações, eu costumo explicar assim para o paciente, é como se ela enganasse o cérebro para ele pensar que já comeu demais.São hormônios que geralmente são liberados quando o paciente já está saciado e com isso, a pessoa sente uma saciedade precoce, o estômago esvazia de forma mais lenta”, apontou. 

 

O coordenador contou que os remédios atuam com ações em diferentes partes do corpo. “Existe uma regulação, uma melhor regulação do pâncreas, por isso ele tem uma ação também no controle do diabetes. Basicamente assim, tem várias ações, mas essas são as mais importantes no cérebro, no estômago e no pâncreas”, complementou.

Anvisa obriga retenção de receita para venda de canetas emagrecedoras
Foto: Rafa Neddermayer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, nesta quarta-feira (16), tornar obrigatória a retenção de receita médica na venda das chamadas canetas emagrecedoras como Ozempic, Saxenda e Wegovy. A partir da mudança, as farmácias deverão reter o receituário no ato da compra dos medicamentos, prescritos para pacientes que desejam perder peso.

 

Conforme informações da Agência Brasil, a medida foi tomada pela Anvisa durante reunião da diretoria colegiada do órgão. Antes da decisão, a venda era feita somente com a apresentação da receita. Em uma decisão unânime, a agência entendeu que a retenção é necessária para aumentar o controle do uso desses medicamentos e proteger a saúde coletiva do "consumo irracional" dos emagrecedores.

 

A medida já era defendida por outras entidades de saúde, como as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes, que, no fim do ano passado, divulgaram uma carta aberta defendendo a retenção de receita para a venda dos agonistas de GLP-1, nome técnico das canetas emagrecedoras. 

 

Para as entidades, o uso indiscriminado gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso dos pacientes que realmente necessitam do tratamento. Existe uma compreensão de que o uso de emagrecedores sem acompanhamento médico e com a dosagem inadequada pode provocar náuseas, distensão abdominal, constipação ou diarreia, também podendo agravar transtornos psicológicos e alimentares. As informações são da Agência Brasil.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Sabe como os pais fingem que não têm um filho preferido? A mesma coisa acontece com os políticos. E vale tanto do lado do Soberano quanto do Cacique. Mas tem gente que corre o risco de perder o lugar. Fica de olho, DuBicho. Já a equipe do Bonitinho não sei se está muito satisfeita com o chefe. Enquanto isso, o Ferragamo é que parece que não gosta de si mesmo... Ou gosta demais, vai saber. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Jaques Wagner

Jaques Wagner
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo". 


Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.

Podcast

Projeto Prisma entrevista secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia Angelo Almeida

Projeto Prisma entrevista secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia Angelo Almeida
Secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, e deputado estadual licenciado, Angelo Almeida (PSB) é o entrevistado Projeto Prisma nesta segunda-feira (3). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h.

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