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campo da polvora
Os arqueólogos Jeanne Almeida Dias e Railson Cotias da Silva iniciam, nesta terça-feira (13), escavações para investigar o primeiro cemitério de Salvador, localizado no Campo da Pólvora. Jeanne, uma das líderes da escavação, destaca a importância da investigação por se tratar de um sepulcro de escravizados que passaram por um "apagamento histórico". A data coincide com publicação da Lei Áurea, legislação que extinguiu formalmente a escravidão no Brasil.
"Houve um apagamento histórico dentro do processo de produção de narrativas, principalmente dessas populações. Não temos informações sobre seus ascendentes mais distantes, principalmente algum que tenha alguma relação com os grupos que vieram de África, relação direta com esses grupos. Então, quando você traz essa discussão, quando você traz materialidade, essa materialidade, você está diretamente contribuindo a uma escrita das populações, uma escrita que foi apagada, inclusive, dessas populações", afirmou a arqueóloga.
Ainda segundo a pesquisadora, esta etapa servirá apenas para a coleta de dados. A eventual remoção de possíveis ossos que forem encontrados - usados para análises mais profundas - só poderá ocorrer após debates com o Ministério Público, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e outros órgãos de proteção do patrimônio, além da Santa Casa de Misericórdia, responsável pelo Conjunto da Pupileira.
Silvana Olivieri, arquiteta urbanista e doutoranda em Urbanismo pela UFBA, responsável pelo projeto de pesquisa histórica documental, ressalta que a escavação pode trazer descobertas "grandiosas" sobre o passado e aponta para um possível aprendizado com o histórico de erros, incentivando as pessoas a "agirem diferente daqui para frente".
A ideia da prefeitura de Salvador de construir um túnel subterrâneo ligando o Centro de Salvador ao bairro do Comércio segue na geladeira. O projeto chegou a avançar na fase de estudos de viabilidade no primeiro semestre de 2023, mas o custo elevado e a complexidade das intervenções fizeram a gestão do prefeito Bruno Reis recuar.
Em nota enviada ao Bahia Notícias nesta semana, a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, pasta responsável pela análise do túnel, informou que no momento não há atualização sobre o assunto. A Seinfra indicou que o projeto chegou a ser inscrito no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal para obtenção de recursos, mas ainda não obteve retorno.
Além disso, a "menina dos olhos" da prefeitura agora é outra obra de mobilidade: a construção do Teleférico do Subúrbio. Com recursos garantidos por meio de financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), o equipamento deve começar a ser implementado no final deste ano ou até o início de 2026, conforme mostrou o Bahia Notícias.
Ainda no início do ano passado, a reportagem mostrou que a prefeitura de Salvador esbarrou na captação de recursos para dar continuidade ao projeto. À época, a Seinfra decidiu rescindir o contrato com a empresa responsável pela elaboração do projeto e estudos de viabilidade do túnel, após a finalização das etapas iniciais.
A empresa em questão era a Sanehatem Consultoria e Projetos LTDA, que chegou a entregar à prefeitura um documento com detalhes do projeto da chamada "passagem urbana". No escopo do planejamento, constam estudos e anteprojeto de engenharia de duas passagens subterrâneas (A e B). A primeira ligando o Campo da Pólvora à Ladeira da Montanha e a segunda ligando a estação da Lapa ao Terminal da Barroquinha.
A ideia do túnel é ligar o Campo da Pólvora - nas proximidades da Arena Fonte Nova - ao bairro do Comércio, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves. A iniciativa da gestão tentaria integrar toda essa região, onde se localiza o porto da cidade, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, ao metrô de Salvador.
O escopo da análise também indicou que na saída do túnel localizada no bairro Comércio - especificamente, na Rua Guindaste dos Padres -, seria construído um “edifício de apoio” para a operação da passagem subterrânea. Para a construção, o estudo previa a desapropriação de três lotes na região.
A edificação também tinha a previsão de instalar cafeterias, sanitários com acessibilidade, lojas e uma área administrativa. A ideia era que o local fosse a porta de entrada de um “boulevard”: uma espécie de área de trânsito preferencial de pedestres, admitindo, eventualmente, o tráfego local de veículos, semelhante às “ramblas” de Barcelona.
A ideia de construir um túnel subterrâneo ligando o Centro de Salvador ao bairro do Comércio, por parte da prefeitura da capital baiana, vai para a geladeira. Ao menos, o equipamento deve ficar para um capítulo futuro nos planos da gestão municipal. Isso porque na última semana a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas decidiu rescindir o contrato com a empresa responsável pela elaboração do projeto e estudos de viabilidade do túnel, após a finalização das etapas iniciais.
A empresa em questão é a Sanehatem Consultoria e Projetos LTDA, que chegou a entregar à prefeitura um documento com detalhes do projeto da chamada "passagem urbana". No escopo do planejamento, constam estudos e anteprojeto de engenharia de duas passagens subterrâneas (A e B). A primeira ligando o Campo da Pólvora à Ladeira da Montanha e a segunda ligando a estação da Lapa ao Terminal da Barroquinha.
No termo de rescisão contratual, a Seinfra informa que as duas partes chegaram ao entendimento de forma amigável e a partir de agora "não mais haverá qualquer obrigação" da empresa e da gestão do prefeito Bruno Reis. Por fim, o documento estabelece ainda que é "expressamente proibida" a execução de quaisquer objetos do contrato por parte da contratada. O termo foi assinado no último dia 17 de janeiro pelo secretário Luiz Carlos.
A rescisão ocorre um mês depois de o prefeito de Salvador ter pedido novos ajustes no projeto para tentar tirar a construção do papel. Os estudos de viabilidade dos túneis foram entregues a Bruno Reis ainda em novembro, e, no mês passado, o gestor fez novas recomendações.
Ao Bahia Notícias, a Secretaria de Infraestrutura informou que "a empresa foi contratada para elaboração dos estudos de viabilidade, geológicos, sondagens, tipografia, projeto da obra, dentre outros". "Os elementos já levantados desde o início das atividades da empresa são suficientes para licitar a obra, caso o recurso seja viabilizado. A gestão está avaliando as possibilidades de captação de recursos para, posteriormente, decidir sobre a continuidade da execução do projeto", completou a pasta.
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O TÚNEL
A ideia de construir um túnel subterrâneo com quase 1 km no Centro de Salvador avançou no primeiro semestre de 2023. Em março, a prefeitura a prefeitura fechou contrato com a Sanehatem para a elaboração do projeto. A ideia era ligar o Campo da Pólvora - nas proximidades da Arena Fonte Nova - ao bairro do Comércio, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves. A iniciativa da gestão tentaria integrar toda essa região, onde se localiza o porto da cidade, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, ao metrô de Salvador.
Segundo o documento, na saída do túnel localizada no bairro Comércio - especificamente, na Rua Guindaste dos Padres -, seria construído um “edifício de apoio” para a operação da passagem subterrânea. Para a construção, o estudo previa a desapropriação de três lotes na região.
A edificação também tinha a previsão de instalar cafeterias, sanitários com acessibilidade, lojas e uma área administrativa. A ideia era que o local fosse a porta de entrada de um “boulevard”: uma espécie de área de trânsito preferencial de pedestres, admitindo, eventualmente, o tráfego local de veículos, semelhante às “ramblas” de Barcelona.
Finalizado desde o início de novembro, o projeto que estuda a viabilidade de construção de um túnel ligando o Campo da Pólvora ao bairro do Comércio, em Salvador, vai passar por novos ajustes. A proposta, que foi entregue ao prefeito Bruno Reis (União) ainda no mês passado, ganhou um novo aditivo e a empresa responsável pelos projetos básico e executivo de engenharia terá mais 60 dias para incluir novos detalhes sobre a obra.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Obras Públicas, Luiz Carlos, o aditivo para prorrogação do prazo é para atender pedidos do prefeito da capital baiana, que fez novas recomendações em relação ao projeto do túnel. Ao Bahia Notícias, o titular da Seinfra ressaltou que apesar do encaminhamento do projeto, tirar a obra do papel depende de "outros fatores".
"Essa prorrogação, a gente está esperando a empresa cumprir com as entregas. É um projeto desafiador, tem uma escavação de 920 metros, quase 1 km, atingindo uma profundidade de 52 metros em um sítio histórico, em que você deve ter todo um cuidado. O método de escavação não é o mesmo que você aplica em um túnel que vai passar veículo, que está em uma outra região menos sensível. Não é uma coisa simples, a gente apresentou ao prefeito, ele fez as ponderações. Para isso, a gente precisava desse aditivo de expansão de prazo para que a empresa pudesse entregar com as determinadas recomendações do prefeito. Agora vamos aguardar porque fazer o projeto é o primeiro passo, a obra vai depender de outros fatores", disse.
No mês passado, Luiz Carlos informou que o projeto foi realizado de forma conjunta com outras instituições, inclusive o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e a proposta precisou passar por algumas adequações. "A estação, por exemplo, precisou ser relocada porque a gente pensava em fazer a estação na Rua 12 de Outubro [Pelourinho] contudo o espaço é apertado e o Iphan só autoriza ali um pavimento e a gente precisa subir um pouco mais", disse.
Além disso, informações apuradas pelo Bahia Notícias apontam que o processo para executar a obra é "lento". Caso o projeto de fato avance,a intervenção precisaria ser feita com uma espécie de "micro explosões" por conta da fragilidade da região e reduzir a chance de eventuais impactos sofridos ao longo da obra. Ainda de acordo com as informações, inicialmente a previsão é que as intervenções durem entre 24 e 36 meses.
O TÚNEL
A ideia de construir um túnel subterrâneo com quase 1 km no Centro de Salvador avançou no primeiro semestre de 2023. Em março, a prefeitura a prefeitura fechou contrato com a Sanehatem Consultoria e Projetos para a elaboração do projeto. A ideia é ligar o Campo da Pólvora - nas proximidades da Arena Fonte Nova - ao bairro do Comércio, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves. A gestão tem a pretensão de integrar toda essa região, onde se localiza o porto da cidade, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, ao metrô de Salvador.
Segundo o documento elaborado pela Sanehatem, na saída do túnel localizada no bairro Comércio - especificamente, na Rua Guindaste dos Padres -, deve ser construído um “edifício de apoio” para a operação da passagem subterrânea. Para a construção, o estudo prevê a desapropriação de três lotes na região.
A edificação, que abrigará a saída da passagem subterrânea, também deverá ter cafeterias, sanitários com acessibilidade, lojas e uma área administrativa. A ideia é que o local seja a porta de entrada de um “boulevard”: uma espécie de área de trânsito preferencial de pedestres, admitindo, eventualmente, o tráfego local de veículos, semelhante às “ramblas” de Barcelona.
O Boulevard, que tem projetos de iluminação, arborização e mobiliário próprios, possuiria ainda travessias elevadas, para separar das vias que dão acesso a ele, de modo a reduzir a velocidade dos veículos que transitam por ali, visando garantir mais segurança aos transeuntes do local.
O secretário de Infraestrutura de Salvador, Luiz Carlos, disse que o projeto do túnel subterrâneo que liga o Campo da Pólvora ao Comércio deve ser entregue em setembro.
Durante conversa com a imprensa na manhã desta terça-feira (22), o titular da Seinfra informou que algumas mudanças na proposta original precisaram ser feitas por determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
"Tivemos algumas interferências no dialogo com o IPHAN, porque quando vamos fazer um projeto que está dentro de uma área de interferência do órgão, você tem que consultá-lo e eles deram o ok. No decorrer temos que ir mostrando o projeto acatando as considerações, ou ponderando alguma coisa que o IPHAN não tenha entendido, então isso demanda tempo. A estação, por exemplo, precisou ser relocada porque a gente pensava em fazer a estação na Rua 12 de Outubro [Pelourinho] contudo o espaço é apertado e o IPHAN só autoriza ali um pavimento e a gente precisa subir um pouco mais. Então, até o final do próximo mês acredito que a gente já tenha esse projeto executivo pronto, o que significa que estará em condições de licitar e posteriormente fazer a obra", justificou o secretário.
O vereador licenciado desconversou sobre o empréstimo de R$ 300 milhões que a Prefeitura de Salvador pretende fazer. Informações obtidas pelo Bahia Notícias apontam que parte do valor seria destinado à obra do túnel. O Executivo aguarda análise da Câmara Municipal para contrair a quantia, e a expetativa é de que o pedido seja votado pelos vereadores nesta terça.
"O prefeito não comentou sobre o empréstimo de R$ 300 milhões. Fato é que nós tínhamos um empréstimo anterior de US$ 125 milhões e existia um conjunto de projetos que estavam dentro deste projeto, inclusive o túnel. Tem outros projetos que são tocados pela Fundação Mario Leal Ferreira, pela Seinfra e outros projetos que o prefeito não me disse quais eram as necessidades especificas, mas cabe a mim fazer o projeto e tocar", comentou.
A prefeitura de Salvador está estudando a construção de um túnel subterrâneo de 960 metros de extensão para pedestres, ligando o Campo da Pólvora – nas proximidades da Arena Fonte Nova – ao bairro do Comércio, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves. A ideia é ligar toda essa região, onde se localiza o porto da cidade, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, ao metrô de Salvador.
O Bahia Notícias teve acesso ao resultado de estudos realizados pela Sanehatem Consultoria e Projetos Ltda, empresa contratada pela gestão municipal para a elaboração de um diagnóstico urbanístico, paisagístico, patrimonial e de mobilidade urbana inicial ao desenvolvimento do projeto, que é chamado de “Túnel A” pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra).
Acesso intermediário, na Baixa dos Sapateiros | Foto: Reprodução / Sanehatem
De acordo com o projeto em desenvolvimento, a passagem subterrânea deve contar também um acesso intermediário, na região da Baixa dos Sapateiros. A intenção, de acordo com a Sanehatem, é atender à demanda por deslocamentos gerada e atraída pelo complexo turístico do Pelourinho e de todo o Centro Antigo de Salvador.
Durante todos os 960 metros de extensão do túnel, o projeto prevê, além de painéis de publicidade, placas coloridas, fazendo referência às fitas do Senhor do Bonfim, consideradas uma grande tradição da cidade. Também está prevista a instalação de quatro esteiras rolantes de 50 metros e outras cinco de 90 metros em cada sentido de deslocamento, encurtando o percurso.
No acesso intermediário da Baixa dos Sapateiros, deverá ser instalada outra esteira rolante, só que externa, fazendo a ligação entre a passagem subterrânea e o Largo do Pelourinho. Esse espaço, entre a Av. José Joaquim Seabra e a Rua 12 de Outubro, deve ser coberto. De acordo com o estudo, a ideia é permitir “que os pedestres transitem em segurança em um local considerado perigoso”.
EDIFÍCIO DE APOIO E BOULEVARD
Ainda conforme o documento elaborado pela Sanehatem, na saída do túnel localizada no bairro Comércio – especificamente, na Rua Guindaste dos Padres –, deve ser construído um “edifício de apoio” para a operação da passagem subterrânea. Para a construção, o estudo prevê a desapropriação de três lotes na região.
Edifício de apoio no Comércio, com acesso no Boulevard | Foto: Reprodução / Sanehatem
A edificação, que abrigará a saída da passagem subterrânea, também deverá ter cafeterias, sanitários com acessibilidade, lojas e uma área administrativa. A ideia é que o local seja a porta de entrada de um “boulevard”: uma espécie de área de trânsito preferencial de pedestres, admitindo, eventualmente, o tráfego local de veículos, semelhante às “ramblas” de Barcelona.
O Boulevard, que tem projetos de iluminação, arborização e mobiliário próprios, possuiria ainda travessias elevadas, para separar das vias que dão acesso a ele, de modo a reduzir a velocidade dos veículos que transitam por ali, visando garantir mais segurança aos transeuntes do local.
Para a Sanehatem, o projeto é viável e provoca mais impactos positivos do que negativos. A empresa avalia ainda que a construção da passagem subterrânea é necessária e enumera medidas que possam mitigar os problemas citados no relatório, como realizar as obras em dias úteis e horários comerciais, para impedir que a geração de ruídos incomode moradores e transeuntes.
Sem aprofundar, o relatório fala ainda de um “Túnel B”, que ligaria a Estação da Lapa – entre o Vale dos Barris e o bairro do Tororó – ao Terminal da Barroquinha, na boca do Centro Histórico de Salvador. A ideia dessa segunda passagem subterrânea visa aprofundar a revitalização da área, que já foi vital para o comércio da capital baiana e hoje se encontra esvaziado.
Boulevard, na Rua Guindaste dos Padres | Foto: Reprodução / Sanehatem
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.