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Gerard Piqué, ex-zagueiro e ídolo do Barcelona, juntou-se ao coro de vozes que criticam o calendário inchado do futebol. Em entrevista durante o Leaders Week, evento de lideranças esportivas em Londres, Piqué criticou os formatos da Liga das Nações e do Mundial de Clubes, sugerindo que a solução para o excesso de partidas seria reduzir o número de equipes nas competições.
“Estamos vendo os jogadores alertarem: ‘Vamos nos lesionar’. São partidas a cada três dias, e não temos tempo para descansar no verão. Eu sugeriria menos jogos. Por que não fazemos campeonatos com 16 times em vez de 20?”, comentou Piqué.
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O ex-jogador também apontou que torneios recentes, como a Liga das Nações da Uefa e o novo formato do Mundial de Clubes, previsto para 2025, visam mais lucro do que a qualidade do futebol. “Perguntaria à Uefa: ‘Por que criar essa competição difícil de acompanhar?’. E à Fifa: ‘Por que insistir nesse novo Mundial de Clubes?’. Mais partidas não significam um futebol melhor. Menos jogos, com experiências exclusivas, seriam mais interessantes tanto para o público quanto para os jogadores”, pontuou.
O tema tem gerado debates frequentes no futebol europeu. Rodri, Kevin De Bruyne e Pep Guardiola também expressaram preocupações sobre o impacto negativo do calendário intenso. Nesta semana, as principais ligas da Europa e o sindicato internacional dos jogadores, FifPro, levaram uma queixa à Comissão Europeia, acusando a Fifa de abusar do cronograma mundial.
Piqué encerrou sua carreira em novembro de 2022, após 15 anos como ídolo do Barcelona. Além dos títulos pelo clube catalão, o ex-zagueiro fez história com a seleção espanhola, conquistando a Copa do Mundo de 2010 e a Eurocopa de 2012.
O presidente da LaLiga, Javier Tebas, solicitou que a Fifa retirasse o Mundial de Clubes de 2025 do calendário. A primeira edição do novo formato do torneio será no próximo ano e, segundo ele, a competição é irrelevante e não tem o interesse dos atletas.
Ainda durante um fórum sobre futebol europeu, em Bruxelas, na Bélgica, organizado pela União de Clubes Europeus, o presidente queixou-se sobre a falta de previsão de patrocínios da competição.
“Quero fazer um pedido ao Infantino e à FIFA em relação ao Mundial de Clubes. Vocês sabem que não venderam os direitos de transmissão do orçamento que fizeram para esse Mundial de Clubes. Não tem os patrocínios que tinham sido orçados. Vocês sabem que as ligas e o sindicato dos jogadores não querem esse Mundial. Tirem esse Mundial de Clubes do calendário”, disse Tebas.
O novo Mundial tem data marcada para os dias 15 de junho e 13 de julho de 2025. O torneio terá o formato similar ao da Copa do Mundo, com 32 seleções. Os times do Brasil que representarão o país na competição são Flamengo, Palmeiras e Fluminense.
O volante Sergio Busquets, ídolo do Barcelona e atualmente no Inter Miami, foi mais um a se posicionar contra a sobrecarga de jogos no futebol. Em entrevista coletiva na última terça-feira (1º), o meio-campista relembrou as críticas feitas por Rodri, do Manchester City, e defendeu a possibilidade de uma greve como forma de os atletas serem ouvidos.
“No final, o corpo chega a um limite. Há muitas lesões, mas ninguém se preocupa com a saúde dos jogadores. Acredito que, se decidirmos fazer uma greve, teremos que fazer, pois é a única maneira de sermos ouvidos. Caso contrário, é como se não tivéssemos voz, e isso é preocupante”, argumentou Busquets.
O camisa 5 também expressou sua insatisfação com o aumento do calendário entre as diversas competições. Segundo ele, os jogadores, apesar de estarem fisicamente mais preparados, estão mais desgastados e sujeitos a lesões. “Embora sejamos os protagonistas do jogo, temos pouquíssimo poder de decisão sobre o número de partidas. Precisamos ser ouvidos e participar das decisões”, completou o espanhol.
RELEMBRE A DISCUSSÃO SOBRE UAM POSSÍVEL GREVE DOS JOGADORES
Um debate sobre uma possível greve dos atletas foi iniciado após as fortes críticas de Rodri, volante do Manchester City, ao novo formato da Liga dos Campeões, que aumentou o número de partidas das equipes.
Após a declaração de Rodri, outras personalidades do futebol, como Javier Tebas, presidente da La Liga, expressaram apoio à ideia de reduzir a carga de jogos, considerando o calendário atual como excessivo.
Capitão do Manchester City, o espanhol Rodri foi mais um jogador do atual campeão inglês a criticar o excesso de jogos do calendário do futebol europeu. Já nesta temporada, a Champions League fará os times disputarem de dois a quatro jogos a mais. O volante também falou sobre a possibilidade dos jogadores entrarem em greve,
"Acho que estamos próximos disso. É fácil de entender. Se perguntar para qualquer outro jogador, vai dizer o mesmo. Se continuar assim, chegará um momento em que não teremos outra opção. É algo que nos preocupa porque somos os caras que sofrem", disse, e continuou.
"Na minha humilde opinião, acho que é demais. Nós ou alguém tem que cuidar da gente, porque somos os principais personagens deste esporte, ou negócio, ou seja lá como queira chamar. Nem tudo é dinheiro ou marketing, é também a qualidade do show. Quando estou descansado, jogo melhor. Se as pessoas quiserem ver um futebol melhor, precisamos descansar. Quando o número de jogos começar a aumentar, o desempenho e a qualidade diminuem", declarou Rodri, em entrevista coletiva nesta terça (17).
A Uefa promoveu uma mudança no formato da Liga dos Campeões nesta temporada. No lugar da tradicional fase de grupos com turno e returno em seis rodadas, entra a fase de liga com oito rodadas contra adversários diferentes. Ainda há um playoff de ida e volta para os times que não se classificarem diretamente para as oitavas de final.
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O jogador também falou sobre a possibilidade de ganhar a bola de ouro nessa temporada. O volante concorre com nomes como Vinícius Júnior, Bellingham e Mbappé.
"Eu realmente sinto que as pessoas estão reconhecendo meu trabalho e tentando me pressionar para ganhar [a Bola de Ouro]. Não é algo que eu pense, mas seria um sonho, claro... Na minha posição, desempenho um papel diferente da maioria dos jogadores da lista, mas o futebol pode ser lindo para todos os espectadores. Muitos apreciam o papel do meio-campista, então vamos ver o que acontece", declarou.
Titular e capitão do Manchester City, o meio-campista Kevin De Bruyne, da Bélgica, falou em coletiva realizada nesta sexta-feira (6), sobre o calendário do futebol europeu com a inclusão do novo formato do Mundial de Clubes e da Champions League. De Bruyne teceu duras críticas a Fifa e a Uefa.
"Talvez este ano esteja tudo bem, mas no próximo ano, isso será um problema. As associações de jogadores tentaram encontrar soluções, mas o problema é que a UEFA e a FIFA estão criando jogos extra e nós podemos tentar dizer alguma coisa, mas não foi encontrada nenhuma solução. Eles não querem saber. O dinheiro fala por eles", declarou o meia belga, que continuou.
"Penso que o verdadeiro problema vai surgir quando terminarmos o Mundial de Clubes. Sabemos que, entre a final do Mundial de Clubes e o primeiro dia da Premier League, vão passar apenas três semanas. Portanto, temos três semanas para descansar e prepararmo-nos para jogar mais 80 jogos depois disso", finalizou o jogador de 33 anos.
A Bélgica de Kevin De Bruyne entra em campo na tarde desta sexta-feira (6), diante de Israel, no Nagyerdei Stadion, às 15h45, pela Liga das Nações.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.