Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
blocos afros
A tradição e a resistência da cultura afro-brasileira ganharam protagonismo na Micareta de Feira de Santana 2025. Ao todo, 14 entidades culturais de matrizes africanas vão passar pelas avenidas da cidade até ese domingo (4), fortalecendo o espaço das manifestações populares negras no maior carnaval fora de época do país. O investimento total do Governo do Estado destinado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), para a folia deste ano, foi de R$ 8 milhões.
O fortalecimento desses blocos é garantido pelo Programa Ouro Negro, uma iniciativa da Secult-BA, em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). O programa tem como objetivo apoiar financeiramente blocos afros, de afoxés, sambas, reggaes e blocos de inspiração indígenas que participam de festas populares e do Carnaval baiano.
Uma das atrações contempladas pelo Ouro Negro, foi o Cortejo Moviafro, um dos representantes desta celebração, que desfilou na tarde deste sábado (4) pelo circuito Maneca Ferreira, com cerca de 200 participantes. Segundo Val Conceição, coordenador do cortejo, sem o apoio do Governo do Estado, o movimento não teria condições de desfilar na Micareta. “É um reconhecimento do valor cultural, histórico e social das manifestações negras. Não encontramos apoio dos grandes empresários, das grandes entidades. Então, essa parceria se torna única e fundamental”, reforçou.
De acordo com o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, o Ouro Negro é um dos pilares da valorização da diversidade cultural no estado. “O programa está presente em mais uma edição da Micareta de Feira garantindo a conexão dessa festa, que já é um patrimônio cultural da Bahia e do Brasil, com a ancestralidade, garantindo não só recursos, mas também visibilidade e respeito às tradições de matriz africana, aos afoxés, blocos de samba e de reggae”, afirmou.
Este ano, o investimento total do Governo do Estado na infraestrutura da Micareta é de R$ 26 milhões, sendo R$ 7,5 milhões destinados à contratação de atrações artísticas, apoio aos blocos afros e instalação de um palco especial para artistas locais - o Palco Bel da Bonita. Com música, dança e ancestralidade, os blocos afros reafirmam na festa o papel central da cultura negra na construção da identidade baiana.
PROMOÇÃO DE ARTISTAS
O Palco Bel da Bonita, inclusive, é uma das novidades desta edição da Micareta. Instalado em homenagem a uma das maiores cantoras de Feira de Santana, o espaço é voltado à promoção de artistas da região, ampliando ainda mais a diversidade e o alcance da festa.
Curtindo o Carnaval de Salvador desde a abertura da folia, na última quinta-feira (8), o ator Luiz Miranda revelou que a sua expectativa é assistir ao desfile dos blocos afros.
Em entrevista ao Bahia Notícias na noite deste sábado (10), no Camarote Expresso 2222, no circuito Dodô (Barra/Ondina), o apresentador do quadro “Big Babado”, do Big Brother Brasil (BBB 24), contou o desejo de ver os “blocos afros mais presentes no Carnaval da Bahia”. Ele também citou a mistura de ritmos que fazem a festa e disse que o Carnaval é a oportunidade do público se conectar “a muita coisa boa”.
Sobre o novo quadro no BBB 24, Luiz Miranda afirmou ter recebido um feedback positivo do público. “Eu acho que as pessoas têm curtido, o que é o mais importante. E a gente está falando disso, estamos falando de Brasil que é a coisa que o programa também tem, da gente revelar como é que anda a cabeça do brasileiro”, comemorou.
O tema que irá nortear o desfile dos blocos afros no Carnaval de 2024 será “50 anos dos blocos afros: nossa energia é ancestral”. O anúncio foi feito pelo secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro, na tarde desta terça-feira (09), quando, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, ele anunciou outras ações preparadas pela pasta para enaltecer o protagonismo dos blocos de matriz africana.
Em conversa com a imprensa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), Monteiro falou que a homenagem pensada para o Carnaval visa contemplar o bloco Ilê Ayê, que este ano completa 50 anos de história, e também todos os demais blocos de afoxés. “Nós estamos fazendo, neste momento, um balanço do Carnaval do ano passado, com a ampliação do Ouro Negro, com a ampliação de projetos e, justamente, essa homenagem que ressalta o protagonismo que eles fazem, que eles têm nessa exaltação dessa energia ancestral, que é o Carnaval da Bahia”, explicou. Concebido em 2008, o edital Ouro Negro concede apoio financeiro às entidades de matrizes africanas como blocos afro, afoxés, samba, reggae e blocos de índio para a realização dos seus desfiles carnavalescos.
Bruno Monteiro destacou que a Secretaria da Cultura está comprometida em atender às reivindicações das entidades, sendo a principal delas o apoio permanente da pasta para que este não se restrinja, somente, ao período do Carnaval. “Nós assumimos o compromisso no ano passado, o Ouro Negro já traz isso: ampliar o apoio para as lavagens, para as festas populares, para micareta de Feira de Santana, para os Carnavais do interior, mas nós estamos estudando também, a partir dos recursos da Lei Aldir Blanc, um apoio continuado a essas entidades. O nosso entendimento é que elas não fazem só Carnaval, elas fazem cultura e a cultura é o ano todo”, frisou.
Lideranças de alguns blocos afros e afoxés de Salvador irão se reunir nesta quarta-feira (19), às 19h, na Caixa Cultural para um bate-papo sobre "a importância do conteúdo para preservação da memória dos blocos afros e conexão com o futuro". A entrada é gratuita.
Participam da roda de conversa Vovô do Ilê (Ilê Aiyê), Xiko Lima (Filhos de Gandhy), Claudio Araújo (Malê Debalê), Jorge Santos (Muzenza), Viviam Caroline (Didá) e Alberto Pitta (Cortejo Afro).
O encontro faz parte das ações da exposição. "À?? - Poéticas de Empoderamento", que está aberta a visitação no local até 30 de dezembro.
A mostra reúne documentos, música, dança, objetos e indumentárias que mostram a história e a luta por afirmação, conhecimento, autoestima, aceitação e valorização das origens afro-brasileiras através das ferramentas poéticas utilizadas por blocos afro e afoxés. A visitação é aberta ao público e acontece de terça a domingo, das 9h às 18h.
SERVIÇO
O QUÊ: Roda de Conversa
QUANDO: Quarta-feira, 19 de dezembro de 2018, às 19h
ONDE: CAIXA Cultural Salvador (Rua Carlos Gomes, 57 - Centro)
VALOR: Gratuito
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.