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A Bahia possui um total de 233 bibliotecas públicas em atividade. É o que apontam os dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), atualizados em junho de 2024. O levantamento, alimentado no âmbito estadual pela Fundação Pedro Calmon, vinculada ao Governo do Estado, indica que 222 dos 417 municípios baianos, o equivalente a 53,2%, garantem o acesso público gratuito a acervos bibliográficos.
Nesta quarta-feira (23), em que se celebra o Dia Mundial do Livro, o Bahia Notícias realizou um levantamento que ajuda a espelhar o acesso dos baianos a acervos bibliográficos públicos na Bahia. Entre os tipos de acervo disponíveis no levantamento do SNBP, estão bibliotecas estaduais, financiadas e mantidas pelo Governo Estadual, e as municipais, geridas pelas prefeituras de cada município. Estas últimas são a maioria.
Os dados da Fundação Pedro Calmon (FPC), indicam que 97% das bibliotecas públicas baianas são de responsabilidade municipal, totalizando 228 das 233. O Governo do Estado, por sua vez, gerencia 5 unidades, todas localizadas em Salvador. Essa concentração de acervos públicos na capital baiana também se reflete em números: aproximadamente 0,8% da população baiana acessou as bibliotecas públicas estaduais em 2024.
Ainda conforme as informações do SNBP, apenas três municípios possuem mais de uma biblioteca pública, garantindo maior acervo e maior “cobertura literária” aos cidadãos, são eles: Salvador, com 5 unidades estaduais, com mais 3 unidades municipais de responsabilidade da Fundação Gregório de Matos; Feira de Santana e Eunápolis, com duas unidades, cada uma.
Foto: Fernando Frazão / Bahia Notícias
No entanto, quando considerada a concentração populacional na metrópole, os baianos de todo o estado possuem 1,5 unidades de bibliotecas públicas à disposição para cada 100 mil habitantes. Enquanto em Salvador, considerando a população soteropolitana em comparação ao número de acervos locais, os moradores possuem acesso a 0,33 a cada 100 mil habitantes.
No cenário nacional, a pesquisa Cultura nas Capitais, realizada pelo Ministério da Cultura visando analisar o acesso da população a atividades culturais, registra que o acesso a bibliotecas entre os soteropolitanos é de 19% da população, enquanto a média nacional é de 25% entre as capitais brasileiras.
INTERIORIZAÇÃO DAS BIBLIOTECAS
Conforme analisado pelo Bahia Notícias, dentre os 27 Territórios de Identidade que dividem o estado, é no território do Recôncavo que a maioria dos municípios possui bibliotecas ativas registradas no SNBP. De 19 municípios que compõem o território, 15 registram unidades ativas, o equivalente a 78,9%.
A Região Metropolitana de Salvador, composta por 13 cidades, possui 13 bibliotecas públicas, o equivalente a 100%, entretanto, oito unidades estão localizadas em uma só cidade, Salvador.
Dentre os territórios que menos possuem bibliotecas estão Piemonte do Paraguaçu e Médio Sudoeste, ambos com 30,7% dos municípios possuindo uma unidade, Médio Rio das Contas, com 31,25%, e Itaparica, com 33,3%.
Índices medidos em valor de porcentagem. Foto: Montagem / Bahia Notícias
Ao BN, a Fundação Pedro Calmon afirma que “realiza apoio, assistências e visitas técnicas as Bibliotecas Públicas Municipais, Comunitárias e Espaços de Leituras, visando atender os 417 Municípios baianos e os 27 Territórios de Identidade”
GESTÃO DAS BIBLIOTECAS ESTADUAIS NA BAHIA
O Bahia Notícias entrou em contato com a diretoria da Fundação Pedro Calmon (FPC), na intenção de compreender a gestão dos acervos bibliográficos da Bahia. A Diretoria de Bibliotecas Públicas da Fundação informou que “a Fundação Pedro Calmon, por meio da Diretoria de Bibliotecas Públicas atua na gestão, administração e manutenção das 8 bibliotecas públicas estaduais, sendo responsável diretamente pela infraestrutura, equipe, aquisição e atualização de acervos e programação cultural”.
As unidades físicas estaduais são a Biblioteca Anísio Teixeira, a Biblioteca Central do Estado da Bahia, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, as Bibliotecas Juracy Magalhães Jr. - em Salvador e Itaparica -, e a Biblioteca Pública Thales de Azevedo. Para a gestão, “esses espaços são equipamentos culturais que mediam o livro, a leitura, a literatura e a escrita por meio de múltiplas linguagens, compreende-se que as tecnologias vieram para integrar e aprimorar o papel das bibliotecas, ampliando a atuação dos atendimentos realizados e serviços prestados”, conta.
Além das unidades físicas, a FPC possui ainda um acervo itinerante e um virtual, com a Biblioteca de Extensão, formada por um ônibus e um micro-ônibus adaptados como bibliotecas, e Biblioteca Virtual Consuelo Pondé. Segundo a Fundação, cerca de 113 mil acessaram a Biblioteca de Extensão entre os municípios baianos. Além de servir como mediador da leitura, a unidade também serve para promover ações culturais em festas e feiras literárias.
Foto: Divulgação / FPC
Inaugurada em 2011, a Biblioteca Virtual Consuelo Pondé obteve, até 2024, 560 mil acessos e possui um foco no acesso estadual, nacional e internacional. Parte da Coordenação de Acervo Virtual, o acervo da biblioteca é composto por publicações digitais e obras em domínio público, em especial sobre a história e memória da Bahia.
Com relação ao mapeamento das bibliotecas ao redor do estado, a Fundação afirma que a ação é contínua e se alinha com os parâmetros nacionais.
“Essa ação de buscar informações e mobilizar o preenchimento do cadastro de bibliotecas é contínua, visando suprir as lacunas que surgem devido às trocas de gestão, mudanças de endereços e até o fechamento repentino desses espaços municipais, comunitários e de leitura elaborados pela sociedade civil e instituições privadas e públicas. Assim, após reunir essas informações há um encaminhamento para o Sistema Nacional, além da realização de reuniões e diálogos contínuos para seguir realizando um trabalho alinhado entre as esferas, federal e estadual”, completa.
O Bahia Notícias procurou informações relacionadas ao investimento estadual nas bibliotecas públicas, mas não obteve resposta.
Por meio do Centro de Memória e Arquivo Público do Estado Bahia, a Fundação Pedro Calmon (FPC) firmou convênios de cooperação técnica para fortalecer as bibliotecas públicas municipais de três cidades baianas: Santa Inês, no Vale do Jiquiriçá; Boninal, na Chapada Diamantina; e São Domingos, na região do Sisal.
De acordo com os resumos dos convênios publicados no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (18), a iniciativa visa “fortalecer a Biblioteca Pública Municipal, por meio de assistência técnica, bem como promoção de capacitação, mediante integração de ações a fim de viabilizar uma gestão que garanta a efetividade às políticas públicas de arquivos no Estado”. O prazo de vigência dos convênios é de quatro anos a partir da assinatura, podendo ser prorrogados.
“O papel da Instituição é realizar visitas de inspeção técnica para avaliar quais serão as ações prioritárias deste convênio. É de responsabilidade da FPC, também, garantir orientação na organização, formação e ampliação do acervo bibliográfico, bem como na administração e dinamização da biblioteca municipal. Todos os convênios com as bibliotecas municipais seguem o padrão. Pode ser que o convênio possa ser prorrogado”, informou a diretora do sistema estadual de bibliotecas públicas do estado da Bahia, Carmen Azevedo.
Segundo a FPC, até o momento foram feitas as assinaturas dos contratos, mas as visitas aos municípios ainda não foram agendadas. O andamento dos convênios dependem também da deliberação da gestão municipal sobre o interesse de manter ou não abertos os espaços públicos.
Para celebrar o Dia das Crianças, as Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia terão uma programação especial durante todo mês de outubro voltada para o público infantil.
Com atividades virtuais e presenciais, as unidades geridas pela Fundação Pedro Calmon (FPC) promovem atividades como contações de histórias, brincadeiras, oficinas literárias e oficinas teatrais.
Dentre os destaques da programação estão a contação de história da obra “Bia a Nuvem Que Não Queria Chover”, de Iray Galrão, dia 19, às 14h30, na Biblioteca Anísio Teixeira (BAT); a oficina criativa de confecção de brinquedos com palitos de picolé, nos dias 6, 13, 20 e 27, na Biblioteca Central; e teatro de fantoche, na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (clique aqui e confira a programação completa).
Com o objetivo de se adequar às medidas de combate à Covid-19 e se preparar para a reabertura, a Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), incorporou às suas práticas a higienização dos espaços administrados pela instituição. Desde o início de março, a FPC instituiu sistema de rodízio e de home office, adquiriu álcool em gel, luvas e máscaras para os servidores que realizam trabalhos presenciais e reforçou a higienização das unidades de trabalho e depósitos de acervo.
“Nossa iniciativa visa resguardar a saúde dos servidores e dos usuários, logo que as unidades sejam reabertas”, informou o diretor geral, Zulu Araújo, referindo-se às sete bibliotecas estaduais públicas, o Memorial dos Governadores da Bahia, o Centro de Memória da Bahia e futuramente, o Arquivo Público do Estado da Bahia e a Casa Afrânio Peixoto, em Lençóis.
Os servidores envolvidos na limpeza utilizam fardamento e todos os EPI’s necessários, como macacão, luva, máscara e viseira de proteção facial, em consonância com as medidas de segurança recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
As bibliotecas públicas da Bahia, vinculadas à Secretaria de Cultura, por meio da Fundação Pedro Calmon, terão uma programação especial em homenagem ao Mês da Mulher. Durante o mês de março, estão previstas atividades gratuitas que envolvem contações de histórias, oficinas de arte, exposições, cine vídeo, literatura e debates (clique aqui e confira a programação completa).
No dia 12 de março, às 15h, a Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, de Itaparica, realiza uma roda de conversa sobre gênero e estereotipo: “Lugar de mulher é onde ela quiser”. O evento contará com a participação de mulheres da comunidade que se destacam pela sua atuação no contexto social e político.
O público poderá conferir ainda a palestra Nascer nas Prisões, que acontece na Biblioteca Anísio Teixeira (Pelourinho), na quinta-feira (14), às 14h30. A palestra vai abordar o cenário penitenciário brasileiro, com foco nas mulheres privadas de liberdade.
A Biblioteca Central do Estado da Bahia (Barris) recebe o Seminário da Mulher com Deficiência, na quinta-feira (14), às 14h. O evento, que tem a parceria com a Associação Baiana para Cultura e Inclusão (Abaci), aborda o mercado de trabalho para a mulher com deficiência.
A Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, no bairro de Nazaré, promove na sexta-feira (15), às 11h, o Desfile Mulher: de Colete ou de Batom.
Já a Biblioteca Juracy Magalhães Jr, do Rio Vermelho realiza a I Feira de Empreendedorismo Feminino Intercultural, no sábado (30).
As Bibliotecas Públicas do Estado, vinculadas à Fundação Pedro Calmon, homenageiam neste mês o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. O público terá acesso a diversas modalidades de ações envolvendo leitura, artes e escrita. Dentre os destaques da iniciativa está o “Bate Papo Menina Mulher”, que acontece dia 8, das 9h às 11h e das 14h às 16h, na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato. Na ocasião, “profissões e mercado de trabalho para jovens” e “a força das mulheres na sociedade” serão debatidos, a ação é direcionada ao público jovem. No dia seguinte, a Biblioteca dos Barris sedia o debate “O tapinha que dói: questões sobre a violência contra a mulher”, entre 10h30 e 12h e, das 14h às 15h30. A atividade será coordenada pelo Centro de Referência de Atendimento a Mulher em Situação de Violência e pela Casa de Acolhimento Provisório de Curta Duração Irmã Dulce.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.