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babalorixa
Um babalorixá acusou o padre da Igreja dos Mares, na Cidade Baixa de Salvador, de racismo religioso. O caso aconteceu na sexta-feira (22) e é investigado pela Polícia Civil através da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid). As informações são do G1.
Segundo o babalorixá Adriano Santos, ele foi até a igreja com dois iaôs, filhos de santo que estão em iniciação no Candomblé. O objetivo era receber a bênção do padre, costume que alguns terreiros têm devido ao sincretismo religioso.
Na ocasião, Adriano e os iaôs estavam vestidos com roupas da religião de matriz africana. O crime ocorreu um dia depois da data em que é celebrado o Dia Nacional do Candomblé. "O padre parou a missa e mandou a gente sair, disse que eu estava desrespeitando a religião dele", afirmou.
O babalorixá ainda contou que questionou o padre em relação ao desrespeito alegado por ele. Como resposta, o religioso teria dito que "não tinha como haver dois cultos".
"Respondi que não havia dois cultos, que os meninos estavam ali só para ver a missa. Como ali é uma casa de Deus, eu acho que ele não deveria colocar ninguém para fora", disse o babalorixá Adriano Santos.
A mãe de um dos iaôs também presenciou a cena. Segundo ela, a situação foi muito rápida: logo após sentarem em um dos bancos do tempo, o grupo foi convidado a se retirar do local.
"Me senti muito ofendida, me doeu muito. Candomblé é como qualquer outra religião, nós cultuamos a mesma humanidade, o mesmo amor ao próximo, a mesma devoção que qualquer outra pessoa tem com sua religião, nós temos com a nossa", afirmou.
Após saírem da igreja, o grupo denunciou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). A Arquidiocese de Salvador enviou uma nota de esclarecimento e disse que "está acompanhando atentamente, em vista da justa apuração do ocorrido".
(Matéria atualizada às 08h30)
O responsável pela morte do babalorixá Nilton Leal da Conceição, de 45 anos, ocorrido no bairro do Barbalho, logo após sair da Lavagem do Bonfim, no último dia 11, pode ter sido outro pai de santo.
“O que chegou até a gente é que Nilton tinha envolvimento com um rapaz, que já teve ou ainda mantinha uma relação com outro pai de santo, que mandou fazer (o crime)”, contou um parente da vítima ao jornal Correio.
Segundo o jornal, esta versão já é de conhecimento do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). “Na semana passada algumas pessoas do ciclo dele (Nilton) já foram ouvidas no DHPP”, complementou a fonte.
Ainda de acordo com a fonte, a versão diz ainda que o tal pai de santo apontado como mandante teria contratado um “profissional” para fazer o serviço. “É o que tudo leva a crer. Quem matou, chegou encapuzado e atirou em cheio, tanto que Nilton morreu na hora. Não descartamos que tenha sido um policial, porque esse pessoal de terreiro atende muita gente, conhece todo mundo, inclusive muita gente da polícia”, disse um amigo da família, que também optou pelo sigilo.
Para reforçar a tese, ele citou o fato de a cena do crime não ter sido preservada. “Quem estava lá, disse que Nilton já estava morto, mas, logo em seguida aos disparos, uma viatura da Polícia Militar chegou e ‘socorreu o corpo’. Foram quatro tiros nas costas. Se ele estava sem vida, porque retiraram? Por causa disso a perícia do local não foi feita e as cápsulas não foram recolhidas”, contou a fonte. Segundo a Polícia Civil, Nilton chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
OUTRA VERSÃO
Uma segunda versão aponta que uma disputa que envolve o seu terreiro, o Yle Axé Olufemyn, na Rua Arlindo Fragoso, no Matatu de Brotas, onde Nilton também morava, teria motivado o assassinato.
“Há cinco anos, Nilton brigou com um vizinho por causa de um pedaço de terra que fica no fundo do terreiro. Eles chegaram a ‘sair na mão’ e o caso foi parar na justiça e está rolando até hoje. Mas não acreditamos que isso tenha a ver com a morte, porque tem muito tempo isso. Na verdade, alguém trouxe essa história de volta para desviar o foco do verdadeiro motivo, o passional”, declarou um outro parente do babalorixá ao Correio, sem se identificar.
Oito meses após a polêmica envolvendo religiosos, o Porta dos Fundos e a Netflix por conta do especial de Natal de 2019 (relembre aqui e aqui), o episódio voltou a ganhar uma continuação. O babalorixá Alexandre Montecerrathe entrou com uma ação na Justiça do Rio de Janeiro contra a produtora. O religioso pede uma indenização de R$ 1 bilhão em danos morais, além da retirada do programa do catálogo da plataforma de streaming.
Segundo o blog de Lauro Jardim, em O Globo, Montecerrathe explica que abriu o processo em nome do seu centro de umbanda, o Ilê Asé Ofá de Prata, porque considerou o programa uma "afronta aos valores religiosos", e como "homossexual" se sentiu "ofendidíssimo":
"A produção mencionada, traz o homossexualismo como uma chacota! Isso porque, não é o simples fato de trazer um personagem de Jesus homossexual que ofende, mas sim a forma de como aquele homossexual se comportou, o que foi, nitidamente, descomedida e abusiva. Isso porque, o próprio representante da Autora, é homossexual e, dessa forma, se sentiu ofendidíssimo, por todo o cenário que foi denegrido, eis que estamos tratando de religião, não é a particularidade da vida das pessoas, trata-se de uma questão milenar, a qual não tem como, de forma alguma, ser objeto de brincadeira".
Alexandre Montecerrathe pede que o título seja retirado da Netflix para evitar que outras pessoas sejam "abaladas" pelo programa e porque ele é o primeiro item que aparece em buscas sobre Cristo na plataforma. "Uma pessoa que inocentemente escolhe o filme com o intuito de assistir algo com cunho religioso, vai se deparar com uma sátira insultante e vergonhosa", alegou.
Ainda de acordo com a publicação, o processo foi aberto na 4ª Vara Cível de Madureira, mas a juíza Sabrina Valmont declinou competência para julgar o caso porque o endereço do Porta dos Fundos é da área de Foro Central. A ação agora está na 26ª Vara Cível e aguarda decisão do juiz Marcos Antonio Brito.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.