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Abençoado por suas belezas naturais, o Nordeste foi também abençoado com o maior potencial para geração das energias eólica e solar. E, dentro deste cenário, dois estados duelam pelo protagonismo na produção de hidrogênio verde (H2V) em larga escala: Bahia e Ceará. Um estado busca fomentar e atrair a indústria de fertilizantes e químicos verdes, o outro foca na exportação de energia sustentável.
Segundo o portal BP Money, parceiro do Bahia Notícias, A Bahia saiu na frente anunciando a primeira fábrica brasileira para produção de H2V em escala industrial uma parceria da Unigel com a thyssenkrupp, com investimento de US$ 120 milhões. O Ceará ganhou destaque produzindo a primeira molécula de H2V da América Latina, em uma iniciativa do Grupo EDP, cujo investimento é de R$ 42 milhões no Projeto Piloto de H2 da UTE do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
Duelando pelo protagonismo na pauta do hidrogênio verde, cada estado tem se destacado com diferentes estratégias de utilização do “combustível do futuro”.
Enquanto o Ceará investe R$ 2,2 bilhões para modernizar o Porto de Pecém com foco na exportação de hidrogênio verde (que, para isso, precisará ser transformado em amônia verde, viabilizando o transporte), a Bahia, que já tem o Polo Petroquímico todo pronto para tais importações, está vislumbrando a produção de fertilizantes verdes para abastecer o agronegócio, bem como outros químicos verdes.
É da Bahia, inclusive, o maior projeto de hidrogênio e amônia verde do mundo anunciado até hoje. O projeto é desenvolvido pela empresa baiana Quinto Energy, que visa a implantação de parques eólicos e solares, no sertão baiano, com 14 GW de capacidade instalada.
Por meio desse projeto, a expectativa do mercado é tornar o Brasil autossuficiente na produção de ureia – insumo básico para fertilizantes nitrogenados do agronegócio –, fomentar a produção brasileira de metanol – insumo básico para indústria química e farmacêutica, e fazer o país assumir a liderança estratégica para produção dos combustíveis sustentáveis como diesel verde e SAF.
ESTADOS COLOCAM BRASIL NO PROTAGONISMO MUNDIAL DA PAUTA
Na análise do secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE-BA), Angelo Almeida, outro aspecto que destaca o protagonismo dos baianos na pauta é que o estado foi o primeiro do Brasil a implementar um plano de economia para a indústria do H2V.
“Existe uma regra que já é norma global: o mundo corporativo cada dia mais vai estar escorado no compliance ambiental. Precisamos ser eficientes para colhermos os resultados do que nós temos a nosso favor. É no Nordeste e principalmente na Bahía que o mundo encontrará energia limpa, abundante, segura e barata para fomentar e tornar realidade o H²V como combustível do futuro”, defende o secretário baiano.
Ainda em 2022, o governo baiano lançou o Plano para a Economia do H2V, com o intuito de promover, fortalecer e consolidar a produção e o uso do hidrogênio verde, bem como impulsionar pesquisas científicas.
Na outra ponta, o Estado do Ceará foca no mercado exterior e projeta exportar 1 milhão de toneladas de hidrogênio verde para a Europa até 2030, conforme explica o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Salmito Filho.
“O Porto de Roterdã (localizado na Holanda), projeta produzir, até 2030, quatro milhões de toneladas de hidrogênio verde. Desse total, 25% são (para serem produzidos) aqui no Ceará”, afirma.
O estado chegou em novembro ao seu 35º MoU (memorando de entendimento) assinado para a produção e desenvolvimento do H2V. O último foi com o grupo Jepri, da Espanha, que prevê investimento de 3,3 bilhões de euros para viabilizar uma planta com produção anual de 1,2 milhões de toneladas do hidrogênio.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.