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arquitetura hostil
O governo federal vai publicar nesta segunda-feira (11) o decreto que regulamenta a Lei nº 14.489/2022, denominada de “Lei Padre Júlio Lancellotti”. A medida proíbe a aporofobia, ou medo e à rejeição aos pobres, através da “arquitetura hostil”. O conceito faz referência a projetos urbanos e construções feitas para afastar dos espaços livres de uso público pessoas em situação de rua.
A regulamentação da lei está listada no conjunto de planejamentos e planos para a população em situação de rua que também está sendo divulgado hoje, após um prazo de 120 dias dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) .
A tramitação da proposta foi realizada através de vários ministérios, como Direitos Humanos, Cidades e Casa Civil. A proposta, que ficou conhecida como Lei Padre Júlio Lancellotti, proíbe obras urbanas que não permitam a utilização de espaços livres de uso público por pessoas em situação de rua.
Espetos pontiagudos instalados em fachadas comerciais, pavimentação irregular, pedras ásperas, jatos de água, divisórias em bancos de praças e paradas de ônibus, cercas eletrificadas ou de arame farpado e muros com cacos de vidro são alguns dos exemplos de arquitetura hostil.
Segundo a GloboNews, o Ministério dos Direitos Humanos vai criar também um canal de denúncias pelo Disque 100 para envio de imagens e informações pela população.
O cronograma e planejamento do governo federal projetam ainda que até dezembro de 2024 seja finalizado o pacto com cidades brasileiras, a adequação ao decreto que regulamenta a lei e também a destinação de R$ 100 mil para a elaboração de uma cartilha sobre arquitetura hostil a engenheiros, arquitetos e urbanistas.
O plano do Governo Federal e a criação da lei chega após o padre Júlio Lancellotti, religioso e coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, viralizar nas redes sociais ao protagonizar uma cena em que tentava quebrar pedras instaladas pela Prefeitura de São Paulo embaixo de um viaduto. Na ocasião, o papa Francisco denunciou a chamada "arquitetura hostil" contra os mais pobres.
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. A proposta foi vetada pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro, com a justificativa de que "a liberdade de governança da política urbana" seria ferida. No entanto, no fim do ano passado, o Congresso derrubou o veto. Mesmo assim, a medida ainda precisa da regulamentação para ser colocada em prática.
O governo Lula prepara a regulamentação da Lei Padre Júlio Lancellotti, que proíbe a arquitetura hostil contra pessoas em situação de rua em espaços públicos. A lei entrou em vigor no início de 2023, após o Congresso derrubar o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Integrantes do Ministério dos Direitos Humanos se reuniram recentemente com o padre Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua em São Paulo. O religioso pediu que o governo crie um canal de denúncias acessível a qualquer pessoa, sem burocracias, fácil de usar como uma mensagem de WhatsApp.
Lancellotti disse que recebe denúncias de violações da lei todos os dias em suas redes sociais. Além de cobrar a fiscalização da lei em empresas privadas, o padre afirmou que o poder público também faz intervenções hostis contra pessoas em situação de rua, a exemplo de bancos estatais e sedes de órgãos públicos.
Um exemplo dessa prática hostil é colocar objetos pontiagudos em calçadas e escadarias na rua, com o objetivo de expulsar pessoas em situação de rua da região. Além de reforçar o direito à cidade, a lei obriga os governos a oferecer “conforto” e “descanso” em áreas públicas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).