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O cantor, compositor e percussionista Gilson Menezes dos Santos, mais conhecido como Tatau, esteve presente no circuito Osmar, no Campo Grande, no Carnaval de Salvador, neste domingo (02). Em conversa com o Bahia Notícias, o ex-vocalista da banda AraKetu revelou que a música mais representativa de sua carreira é “Protesto do Olodum”, de 1988. Ainda na conversa, o artista revelou que os projetos de sua carreira para 2025 estão ‘a todo vapor’.
“O Protesto Olodum é a mais representativa, até por tudo que ela conta. Ela é uma música do passado, do presente e do futuro. Ela é uma música que eu considero um beliscão. Ela, na verdade, te acorda para vários momentos, para falar da prostituição, ela te acorda para falar da AIDS, ela fala também de tantas coisas que o Brasil antigamente era, o Cubatão era a cidade mais poluída do mundo e deixou de ser, então isso mostra o quanto nós evoluímos e o quanto também a gente conseguiu ficar estagnado. É uma música muito presente até por tudo que ela relata”, contou Tatau.
O compositor também confirmou ainda dois novos projetos que serão desenvolvidos em 2025, além de ter revelado estados que vão recebê-los durante o ano, como Piauí e Rio Grande do Norte.
“Esse ano venho com muitas novidades. Tem dois projetos bacanas que estão vindo aí. Tatau cantando e contando a história dele com músicas românticas. Foram músicas que também fizeram parte da minha história. Tem também um resgate das músicas dos blocos afros que não tiveram notoriedade e eu tô trazendo também esse projeto de música dos blocos afros. São dois projetos que eu tô apaixonado e acho que vem legal para esse carnaval a gente faz hoje aqui em Salvador. Vamos percorrer o país, vamos para o Piauí e vamos também para o Rio Grande do Norte então daqui é dar continuidade, levar o carnaval para outros pontos do país”, finalizou.
O artista, que acaba sendo lembrado mais recentemente por músicas como "Melô do Tchaco" e "Rum Bragadá", sucessos nos anos 1990, é autor de diversas canções que ganharam o Brasil. O 'Tonho Matéria compositor' tem a autoria de muitas músicas para o Olodum e o Araketu - bandas que já liderou -, além de sucessos em outras vozes. Clássicos como "Arco-Íris Madagascar" (Olodum), "Dia dos Namorados", "Auê" (Cheiro de Amor, com Márcia Freire) "Se Me Chamar Eu Vou", "Reino de Daomé", "Sonho Aventureiro", "Cara ou Coroa", "Encontro dos Orixás", "Araketu Semente da Memória", entre tantas outras. O CD "Cantando História", de dezembro de 2013, conta com regravações desses e de outros sucessos, como "Menina Me Dá O Seu Amor", "Durvalino meu Rei", "Olodum Pra Balançar" e o famoso "Melô do Tchaco".
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Tonho falou também sobre o momento atual da música afro-baiana. Para ele, os blocos estão perdendo a essência das músicas antigas. "A música da Bahia ficou muito na questão do mexer a mão, mexer bundinha. A música pode fazer uma transformação na sociedade baiana. Eu tenho um projeto de um festival só com samba reggae e músicas antigas dos blocos afro. Cantei músicas do final da década de 70 para o começo de 80, e essa música fica no subconsciente das pessoas, e o Araketu é uma entidade que tem inúmeras canções, e precisa fazer essa releitura. Vera me ligou na semana passada e perguntou se eu tinha alguém para colocar para cantar no Araketu", revelou. Segundo ele, a permanência de Tatau à frente da banda não deve durar muito mais. "Ela me comunicou, dizendo que não dá mais para eles viverem essa parceria. Ela própria não quer mais. Ela não disse que queria que eu fosse, só perguntou se eu sabia de um cantor para indicar", comentou.
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E não morreu mesmo: Tonho tem shows programados para Cingapura, China e Estados Unidos, além do lançamento do novo CD, que trará participações de peso como Saulo, Bell Marques, Beto Jamaica, Marcia Freire e Reinaldo do Terrasamba. "Se rolar o Araketu, viro esse repertório para lá, teria que ver como fica", comentou. Ele encerrou a entrevista falando da banda que tanto admira. "Quero que o Araketu volte a ser uma banda de referência. A gente precisa da música do grupo Araketu e se, por acaso, eu retornar, acredito que conseguirei fazer um grupo com posicionamento diferente", concluiu.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).