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anuario da violencia 2025
“Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, é o que diz a letra da música homônima do grupo O Rappa. A frase dramática revela um cenário reforçado pelos números divulgados pelo Anuário da Segurança Pública nesta quinta-feira (24). Quando analisados os dados relacionados a mortes violentas intencionais (MVI), pessoas negras são maioria entre civis e agentes policiais.
Os dados relacionados ao ano de 2024 indicam que, ao total, 79% das vítimas de mortes violentas no Brasil são pessoas declaradas pretas ou pardas; um índice quase 4 vezes maior que o de pessoas brancas, que é de 20,5%. O número é ainda maior quando analisadas as Mortes Decorrentes de Intervenção Policial (MDIP): nesse caso, 82% das vítimas são pessoas negras, frente a 17,6% de pessoas brancas.
O resultado produz um terceiro indicador a ser considerado: a seletividade policial. As análises do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, entidade que produz o Anuário, indicam que o risco de uma pessoa negra ser morta pelas forças de segurança é 3,5 vezes maior do que o de uma pessoa branca. Acontece que não apenas civis negros são o maior alvo da violência no Brasil, mas policiais negros também estão em situação de maior vulnerabilidade.
Quando analisamos as taxas de vitimação de agentes policiais civis e militares, os policiais negros são 65,4% dos mortos, quase o dobro das taxas para policiais brancos, que é de 32,7%. Os números consideram vitimações em ocorrências de serviço, suicídio e fora de serviço. Os registros do Anuário demonstram ainda que a maioria das vitimações policiais, cerca de 87,8% dos casos, são investigadas como homicídio; e mais de 93% dos casos envolve armas de fogo.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Valdemar Costa Neto
"Houve, sim, um planejamento de golpe" (...) e embora tenha feito críticas à decisão do STF, afirmou que ela "precisa ser respeitada".
Disse o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao se tornar o primeiro aliado de Jair Bolsonaro a admitir publicamente que houve um planejamento de golpe de Estado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), parte para Brasília com uma missão oposta: tentar viabilizar no Congresso Nacional um projeto de anistia ao ex-presidente.