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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou, nesta terça-feira (17), uma nova lei que proíbe a prática de tatuar, com fins estéticos, ou colocar piercing em um cão, ou um gato. A lei nº 15.150, publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (17), equipara a prática a outras condutas abusivas que causem ferimentos ou mutilem animais silvestres, domésticos ou domesticados, sejam eles nativos ou exóticos.
A medida, que altera a chamada Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998), prevê ainda a pena de dois anos a cinco anos de reclusão, além de uma multa e perda da guarda do animal. Os responsáveis pelos animais que permitirem a prática também são passíveis de sanção e a pena será aumentada se o animal morrer devido às intervenções.
Apesar da rigidez da lei, as práticas estão liberadas para fins que não estéticos, a exemplo de marcações feitas em cães e gatos para facilitar o reconhecimento dos que foram castrados, perfurações para garantir a rastreabilidade e certificação de animais de produção do agronegócio, como bois, cavalos e porcos.
A norma legal foi bem recebida por especialistas, incluindo integrantes do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), cuja Resolução nº 1236, de 2018, caracteriza práticas cruéis e maus tratos contra os animais e estipula as normas de conduta dos profissionais da categoria.
O texto da lei é de autoria do deputado federal Fred Costa (PRD-MG). A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados em agosto de 2021 e pelo Senado em 20 de maio deste ano.
Ao justificar a iniciativa, em 2020, Costa destacou que, segundo o noticiário, a realização de tatuagens e a colocação de piercings em animais domésticos despontava como uma tendência, exigindo medidas legislativas em favor da proteção de pets.
“Todos sabemos, por experiência própria ou por relatos de conhecidos, que fazer uma tatuagem é sempre algo doloroso”, apontou o parlamentar na justificativa do projeto de lei. “Não há o que se discutir quanto ao livre arbítrio de uma pessoa que queira fazer uso desse tipo de adorno em seu próprio corpo, mas a liberdade de tatuar a [própria] pele não significa que podemos tomar essa decisão pelos animais que convivem conosco”, disse o parlamentar.
Antes mesmo da decisão nacional, algumas prefeituras já tinham decidido proibir a prática em território municipal. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a Lei nº 18.269 entrou em vigor no último dia 10, com a previsão de multas de R$ 5 mil para o tutor do animal e para o responsável pelo estúdio de tatuagem ou estabelecimento comercial, cuja licença de funcionamento será cassada.
Os senadores aprovaram em plenário, nesta quarta-feira (23), o projeto originário da Câmara que obriga as empresas aéreas a oferecerem opções de transporte de animais, com equipes treinadas para esse trabalho. Como sofreu modificações no Senado, o PL 13/22 retorna para nova votação pelos deputados.
O projeto, de autoria do deputado Alencar Santana (PT-SP), impõe novas regras para o transporte aéreo seguro de animais de estimação em voos domésticos. O texto aprovado também pelos senadores define que os animais de estimação beneficiados com a futura lei são apenas cães e gatos.
A ideia da proposta foi inspirada a partir de ocorrências de maus-tratos e mortes de animais durante o transporte aéreo que chocaram a população. O deputado Alencar Santana citou, por exemplo, o caso da cadela Pandora, que ficou 45 dias perdida durante uma conexão no Aeroporto de Guarulhos (SP), entre o final de 2021 e início de 2022, caso que teve ampla repercussão.
Já a relatora do projeto no Senado, Margareth Buzetti (PSD-MT) destacou o caso do cão Joca, que morreu após erro no destino e transporte inadequado no ano passado. O projeto, aprovado de forma simbólica, inclusive passou a ser chamado de "Lei Joca".
Joca era um cão da raça Golden Retriever, e segundo laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), a causa da morte foi um choque cardiogênico causado por hipertermia, ou seja, excesso de calor. O cachorro de cinco anos morreu em 22 de abril do ano passado após erro do serviço de transporte de animais da empresa aérea Gol.
Na ocasião, o dono do cão Joca chegou na cidade de Sinop (Mato Grosso), onde moraria com o animal de estimação, enquanto que o cão foi enviado para Fortaleza (Ceará). O trajeto, que estava previsto para durar apenas duas horas e meia, passou a durar cerca de oito horas totais. Quando João reencontrou o seu cão, em São Paulo, Joca já havia falecido.
Na proposta aprovada no Senado, Margareth Buzetti promoveu mudanças, como, por exemplo, a supressão da norma que estabelecia que aeroportos com movimentação superior a 600 mil passageiros por ano seriam obrigados a ter veterinário responsável pelo acompanhamento das condições de embarque e desembarque dos animais.
Após a aprovação no plenário do Senado, a senadora afirmou que foi uma vitória da causa animal a definição de uma legislação “para ser cumprida”, já que antes o transporte de animais ficava ao arbítrio da empresa aérea e sujeito a judicialização.
“Nós conseguimos realmente construir algo por meio de que, agora, as companhias aéreas vão poder ofertar o transporte animal, o transporte dos pets nos aviões, mas de uma forma segura para os animais e para os passageiros, que é isso que importa. Então, pela primeira vez, nós temos no Brasil agora uma legislação para ser cumprida, porque antes nós não tínhamos nada. A companhia levava se ela quisesse, ou não; ou então, através da judicialização, o que era muito ruim”, declarou a senadora do PSD.
O texto aprovado no Senado obriga ainda a companhia aérea a oferecer serviço de rastreamento de animais de estimação transportados em voos domésticos, configurado como um contrato acessório e ser realizado durante todo o trajeto da viagem até o momento da entrega do animal ao tutor, ressalvadas as restrições técnicas que impossibilitem o serviço. O rastreamento poderá ser realizado também pelo próprio tutor do animal transportado.
O Zoológico de Salvador passa por diversas obras, com investimentos de R$ 3,5 milhões, tem previsão de abertura para o mês de maio. O local se encontra fechado para visitação desde o começo do Carnaval da capital baiana, que ocorreu entre os dias 22 de fevereiro e 6 de março.
A gestora técnica do parque, Ana Celly, declarou que as obras estão seguindo as datas de forma correta e destacou que a rotina dos animais não está sendo prejudicada.
“Todas as obras estão seguindo o cronograma previsto, e em breve teremos muitas novidades no zoológico. Os visitantes poderão contar com novos equipamentos e uma estrutura renovada, garantindo mais conforto tanto para os visitantes quanto para os animais”, iniciou ela.
“As obras seguem sem prejuízo aos animais, alguns foram realocados temporariamente para um setor extra e outros permanecem no seu recinto de origem, no caso dos grandes carnívoros. Tudo está sendo feito com segurança e cuidado para evitar estresse durante as obras”, detalhou Ana.
O engenheiro civil responsável pela obra, Tomás Faria, falou sobre as expectativas nas novas áreas, tanto para os primatas quanto para os visitantes do Zoológico.
“Em breve, os Primatas estarão de volta ao espaço renovado. Os visitantes podem esperar uma área totalmente revitalizada, novos materiais, mais segurança e um ambiente pensado para o bem-estar dos animais. Tudo está sendo feito com qualidade para que, quando reabrir, essa área se torne um dos grandes destaques do Zoológico”, declarou ele.
Os alunos da Universidade Federal da Bahia (Ufba) já estão meio que acostumados a conviver com a “fauna” do campus de Ondina. Iguanas, cobras, macacos, aves, entre outros animais já fazem parte do cotidiano dos universitários, mas, mesmo assim, suas aparições sempre chamam a atenção. Nesta sexta-feira (31), um “novo aluno” inusitado fez aparição no campus. Um bicho-preguiça responsável por paralisar o fluxo de veículos para realizar sua “longa” travessia.
? VÍDEO: "Aluno" inusitado interrompe tráfego para atravessar pista dentro da Ufba
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) January 31, 2025
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Enfrentando o calor da capital baiana, o animal atravessou uma rua em um trecho próximo do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC), claro, na maior pressa do mundo.
Confira:
Segundo Lenilde Pacheco, especialista em desenvolvimento sustentável e colunista do Bahia Notícias, o bicho-preguiça finalizou o trajeto e retornou em segurança para a área de vegetação que cerca o campus da Ufba.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou, nesta quarta-feira (22), em R$ 5 mil pela morte do animal mulher que aparece em um vídeo viral torturando e matando uma onça-parda. As imagens, gravadas em uma área rural de região de caatinga, causaram revolta nas redes sociais.
A mulher foi identificada após uma intensa investigação, que incluiu a análise de denúncias recebidas pelo FalaBR e outros canais. As autoridades ainda não divulgaram a identidade da criminosa para não atrapalhar as investigações em curso.
No vídeo, a mulher atira com uma espingarda na onça, que estava em uma árvore. Em seguida, seus cães atacam o animal ferido, que não resiste aos ferimentos. Veja:
? VÍDEO: Ibama identifica e multa em R$ 5 mil mulher que torturou e matou onça-parda nas redes sociais
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) January 23, 2025
Saiba mais ?https://t.co/c0U1xrHH1n
Confira o vídeo ? pic.twitter.com/YAVGVhmImY
A mulher responderá criminalmente por porte ilegal de arma de fogo, maus-tratos à onça-parda e aos cães que participaram do crime. Além disso, ela deverá pagar uma multa de R$ 5 mil pela morte do animal, valor previsto em lei para esse tipo de crime ambiental.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) projeto de lei que regulamenta a produção de clones de animais principalmente destinados à pecuária. A matéria será enviada à sanção presidencial.
De autoria do Senado, o Projeto de Lei 5010/13 classifica esses animais como “domésticos de interesse zootécnico”, incluindo bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, equinos, asininos, muares, suínos, coelhos e aves.
Os clones gerados deverão ser controlados e identificados durante todo o seu ciclo de vida por meio de um banco de dados a ser mantido pelo poder público, que contará ainda com informações genéticas para controlar e garantir a identidade e a propriedade do material genético animal e dos clones.
Informações sobre produção, circulação, manutenção e destinação do material genético e dos clones usados para produzir outros clones de interesse zootécnico serão centralizadas e disponíveis em banco de dados de acesso público.
Um regulamento identificará quais animais serão mantidos em ciclo de produção fechada, caracterizado como um regime de contenção ou de confinamento a fim de impedir sua liberação no meio ambiente.
A circulação e a manutenção de material genético ou de clones no Brasil devem ocorrer com documentação de controle e acompanhamento pelo poder público federal. Um registro genealógico também será realizado com orientação do órgão competente federal.
Já a supervisão e a emissão de certificados sanitários e de propriedade serão de competência dos serviços veterinários oficiais. Esses órgãos também deverão dar autorização de fornecimento de material genético e de clones para a produção de outros clones.
ANIMAIS SILVESTRES
Embora as definições trazidas pelo projeto para material genético animal e fornecedor se refiram exclusivamente à produção de animal doméstico de interesse zootécnico, o texto exige autorização prévia do órgão ambiental federal para a produção comercial de clones de animais silvestres nativos do Brasil.
Por outro lado, a liberação no meio ambiente, tanto de animais silvestres nativos do Brasil quanto de clones de animais domésticos de interesse zootécnico, dependerá de autorização também do Ibama se esses animais possuírem parentes silvestres ou ancestrais diretos com ocorrência nos biomas brasileiros.
Quanto às atividades de pesquisa científica relacionadas à clonagem de animais não domésticos, exóticos ou de companhia desenvolvidas por instituições de pesquisa públicas ou privadas devem seguir as regras legais vigentes e o regulamento derivado do projeto se virar lei.
Esses animais devem ser mantidos em ciclo de produção fechada e sob controle e monitoramento oficial durante todo o seu ciclo de vida.
As atividades de pesquisa são definidas como aquelas relacionadas com ciência básica, ciência aplicada, desenvolvimento tecnológico, produção e controle da qualidade de drogas, medicamentos, alimentos, imunobiológicos, instrumentos ou quaisquer outros produtos testados em animais.
Nas negociações em plenário, a relatora, deputada Adriana Ventura, não aceitou modificações no texto propostas pelo PT e PSB para deixar claro que não poderá haver maus tratos dos animais e para impedir o uso da clonagem em animais silvestres.
RISCOS
O deputado Helder Salomão (PT-ES) apontou problemas e riscos com a aprovação da proposta. “Por que não estabelecer quem são os profissionais responsáveis técnicos por esta atividade tão importante? Segundo, por que não deixar evidente que não pode haver maus tratos com os animais? O terceiro é difícil compreender: clonagem de animais silvestres, com que objetivo? Preservação? O que garante a preservação é a gente cuidar da natureza, da biodiversidade, dos animais silvestres.”
O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) também criticou o projeto por não deixar clara a proibição de maus tratos contra animais.
O PSB e o PT apresentaram emenda prevendo isso, mas a alteração não foi acatada pela relatora da proposta no Plenário, deputada Adriana Ventura (Novo-SP). Segundo ela, a Lei da Biossegurança já tem essa proibição.
Ventura ponderou que a proposta traz segurança para quem comercializa animais para pesquisa. “A gente não está falando de todos os animais, a gente não está falando de cão e gato, a gente está falando de alguns animais que são importantes para a pesquisa, que são importantes para que a gente possa produzir, comercializar e principalmente para manter muitas espécies que têm risco de extinção. O projeto avança no sentido de dar essa segurança, de ter esse banco de dados, de certificar pessoas que comercializam animais.”
Uma criança de nove anos invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais de pequeno porte, no município de Nova Fátima, no norte do Paraná, no último domingo (13).
? Menino invade Hospital Veterinário no Paraná e mata 23 animais
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 15, 2024
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O menino entrou no local acompanhado de um cachorro e violentou os animais por cerca de 40 minutos. Ele arremessou alguns bichos contra a parede e outros foram dilacerados e esquartejados. A barbárie foi vista pelos donos do estabelecimento através das imagens das câmaras de segurança.
O médico veterinário, proprietário do hospital, acionou o policiamento da região após encontrar mais de 15 coelhos mortos e outros animais soltos, segundo a Polícia Militar.
Inicialmente, os proprietários do hospital pensaram que a criança entrou na unidade para brincar com os animais e só tiveram ciência da carnificina após assistirem os vídeos. O garoto não tinha histórico de violência e mora com a avó.
O médico veterinário fez um relato melancólico sobre o incidente. “É uma situação horrível, a gente, que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e, de repente, no dia de festa de Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena daquelas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza,” contou.
Os cachorros “vira-latas”, em especial os cachorros caramelo, são uma paixão nacional. Pensando nisso, um dia no calendário anual do país foi dedicado a estes animais. No dia 31 de julho, esta quarta-feira, é comemorado o Dia Nacional do Vira-Lata ou Sem Raça Definida (SRD).
O Brasil ainda é um dos países mais apaixonados pelos amigos de quatro patas. Segundo dados do Instituto Pet Brasil, de 2021, o Brasil possui atualmente 149,53 milhões de pets, o equivalente a 0,69 animais de estimação por pessoa, sendo eles 58,1 milhões de cães.
Entre os amantes de pets, a consultora de vendas paranaense, Mayara Pereira, é uma apaixonada pela causa animal que encontrou uma maneira de ajudar animais de rua com pequenas ações diárias: a consultora transporta, diariamente, um pequeno estoque de ração no carro para ajudar cães desabrigados.
Fotos: Reprodução / Arquivo pessoal
“As rações no carro começaram quando comecei a trabalhar por Salvador. Eu visitava constantemente entre 14 e 20 lojas por mês, a trabalho, e a maioria em regiões mais periféricas. Eu ficava muito triste quando via os bichinhos na rua, muitos mal tratados, desnutridos”, conta.
“Me doía ter uma vasta disponibilidade de alimentos ali e ver eles com fome. Foi quando comecei a comprar os ‘sachêszinhos’ de ração para oferecer quando encontrava algum. Com o tempo o pessoal das lojas já até separava para mim os sachês”, detalha.
Fotos: Reprodução / Arquivo pessoal
Assim, a consultora foi criando vínculos com alguns desses cães, a exemplo de um “dentucinho” no bairro de Águas Claras. “Não consigo medir quantos dei comida, mas alguns eram fregueses fiéis. Tinha um dentucinho em Águas Claras que ele acompanhava meu carro quando eu chegava na loja e já me esperava descer com o potinho para ele”, diz.
Mãe de pet, Mayara também é cuidadora de três pets atualmente, sendo dois deles vira-latas adotados. No entanto, o amor pelos pets não para por aí, a paranaense costuma “apadrinhar” cachorros em abrigos de Salvador, no mesmo lugar onde ela já adotou um de seus “filhos caninos”.
Foto: Reprodução / Abrigo Aumigos
O Abrigo Animais Aumigos, o qual Mayara contribui, trabalha com o resgate, acolhimento, tratamento e adoção de animais vulneráveis. Em entrevista ao Bahia Notícias, uma das gestoras da ONG, a psicóloga Gabriela Lobo, conta que o projeto atualmente trabalha, em sua maioria, com vira-latas.
"A maioria dos animais acolhidos pelo abrigo são vira-latas. Existem também, animais de raças como pitbull, pinscher, poodle e pastor alemão", detalha. Gabriela ressalta que o Aumigos também investe em conscientização, especialmente por meio das redes sociais.
"A caminhada para esse propósito [a conscientização popular] ainda é longa. Mas é possível com toda certeza. Intitulados como caramelos, os vira-latas passaram a ter maior visibilidade com a formação novos ativistas dentro da proteção animal, entre eles delegados, deputados, vereadores, influenciadores digitais, artistas que abraçaram os vira-latas caramelos como símbolo da causa”, afirma a ativista. Atualmente o Abrigo Animais Aumigos está presente não somente em Salvador, mas também no interior do estado da Bahia, com sedes em Vitória da Conquista, Jequié, Nazaré, São Roque do Paraguaçu, e outros.
Fotos: Reprodução / Abrigo Aumigos
Com relação ao acolhimento dos animais, a médica Aline Quintela ressalta a importância dos cuidados com a saúde dos animais. Em entrevista ao Bahia Notícias, a especialista em Ciências Animais explica que, apesar dos cuidados exigidos pelos cães de raça, os vira-latas ou SDR também necessitam de cuidados e acompanhamento regular, sejam cachorros ou gatos.
“Algumas raças têm predisposição genética a determinadas doenças: como a displasia coxofemoral, que é uma doença que dificulta a locomoção em algumas raças de grande porte como o pastor alemão. Os 'vira-latas', por não terem uma genética pura, tem muito menos chance de carregar esses problemas genéticos. Mas os cuidados básicos com vacinas, alimentação, carinho, passeios e cuidados veterinários é comum a todas as raças”, aponta a médica.
Ao adotar animais de rua, Aline detalha que os cuidados devem ser redobrados. Considerando a vulnerabilidade desses pets, e um possível histórico de maus tratos, a guarda responsável é necessária.
“Ao adotar qualquer animal deve-se realizar, o quanto antes, uma visita ao Médico Veterinário, para realizar uma avaliação clínica, exames complementares - se for necessário -, prescrever medicação para vermifugação e vacinação. É essencial que este animal tenha atenção, alimentação e água fresca, muito carinho e que lhe seja dado tempo para se adaptar à sua nova realidade e à rotina deste novo lar. Além disso, é dar-lhe muito amor e carinho por toda a sua vida. Eles são especiais e merecem”, afirma.
ABANDONO E MAUS TRATOS
No entanto, apesar dos memes e carinho dedicados a estes animais, eles ainda são maioria quando se trata das taxas de abandono, maus tratos e falta de acesso a recursos básicos, como a saúde. A médica veterinária Aline Quintela detalha que o abandono de animais é uma questão complexa e que acaba atingindo especialmente cães sem raça definida.
“Eu acredito que o abandono é multifatorial, mas poderia destacar que algumas pessoas não estão preparadas para ter um pet. Eles são seres vivos que às vezes crescem mais do que o esperado, requerem nossa atenção, estragam coisas dentro de casa, sentem fome, adoecem e tudo isso se reflete em gastos. E, infelizmente, tem pessoas que acreditam que eles podem ser simplesmente descartados, principalmente quando não tem uma raça definida”, explica.
Para Aline, parte da problemática com relação ao direito animal está na falta de políticas públicas. “Faltam políticas públicas que promovam a castração e também uma maior fiscalização em relação à posse responsável e à punição daqueles que abandonam, pois além de se enquadrar como maus tratos, ainda nos levam a questões de saúde pública”, aponta a especialista.
Equipe do REMCA em evento de Adoção no Parque Shopping Bahia. Foto: Arquivo pessoal / REMCA
Junto com Aline, a vice-presidente da Rede de Mobilização pela Causa Animal (REMCA), a socióloga e advogada da causa animal, Ludmila Prazeres, detalha que ações de direito a cidade, meio ambiente e causa animal andam juntas. Ela conta que, no estado, o maior déficit também está nas ações de conscientização.
“Do ponto de vista da Bahia, Salvador e Região Metropolitana, [o direito animal] precisa avançar fomentando a implementação de políticas públicas que atuem de forma preventiva, de forma educativa e que trabalhem a questão da Saúde Única, que é a saúde que envolve tanto a saúde animal, quanto o meio ambiente. Quando você age na raiz do problema, você também está contribuindo com a saúde humana”, afirma.
Ludmila acredita que as políticas de controle das populações de animais de rua, são necessárias para evitar que mais animais sejam colocados em situação de vulnerabilidade.
“É preciso existir política pública de controle populacional. O que é isso? Investir maciçamente na castração desses animais que vivem em situação de rua. Porque isso reduz o abandono”, afirma. E completa: “Quando se age quando se atua de forma efetiva, do ponto de vista de implementar uma política pública que também abarque esses animais que vivem em situação de rua, a gente reduz consideravelmente a questão dos abandonos”.
Atividade socioeducativa nas escolas sobre guarda responsável junto ao Projeto TampetLauro. Foto: Reprodução / REMCA
Atualmente, entre outras ações, o REMCA atua voluntariamente em escolas, comunidades e condomínios promovendo a educação animalista, principalmente no que diz respeito a adoção responsável e defesa de todos os animais. A presidente conta que uma das opções para o modelo social de hoje, em que as pessoas tem menos tempo e menos espaço nas residências, a adoção/apadrinhamento coletivo é uma das opções para ajudar animais de rua, que, em sua maioria, são SDR.
“A gente compreende, do ponto de vista do conhecimento dessa realidade, que não há lares para todos, então é importante trabalhar o conceito do animal comunitário, que é aquele animal que ele não tem um guardião específico, mas tem uma comunidade, um grupo de pessoas, que faz os cuidados para com esses seres, dando todo suporte necessário no que se refere à saúde, a castração, vacinação, alimentação. Do ponto de vista jurídico, é uma guarda compartilhada dessas pessoas”, explica.
Com mais de quinze mil de seguidores no Instagram, o projeto da socióloga realiza rifas solidárias para ONGs, abaixo-assinados em prol do direito animal e dá visibilidade a casos de desaparecimento ou violações do direito animal, como maus tratos.
Uma médica veterinária do Distrito Federal foi alvo de operação da Polícia Civil (PCDF) por maus-tratos a animais. A profissional é Samara Rodrigues, de 30 anos, moradora de Vicente Pires, região administrativa do Distrito Federal, de acordo com apuração do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
A mulher é investigada por manter 12 animais em ambiente fétido, sem alimento ou água e com fezes espalhadas por todo o local. Segundo a PCDF, na casa de Samara foram resgatados, na última quinta-feira (9), oito cachorros, um coelho, uma ovelha e dois gatos em situação degradante.
Além disso, conforme a corporação, na varanda da casa, dentro de uma lata de lixo, havia a carcaça de um coelho em decomposição e com larvas em volta. Os policiais encontraram, ainda, um gato sem cabeça.
Procurada pelo Metrópoles, Samara, que há um ano já havia sido autuada também por maus-tratos contra animais, negou ter abandonado os animais e declarou sentir-se perseguida por moradores do condomínio onde mora.
“Os animais não foram abandonados, porque eu estava na casa à noite. No dia anterior eu tinha lavado a casa, colocado comida, olhado todos os animais. Tinha uma pessoa responsável para estar todos os dias na casa, tá? Essa pessoa tinha entrado na casa pela manhã, comprado e colocado comida pros animais” disse. “Meus animais são super bem cuidados”, acrescentou.
Sobre o coelho, a veterinária disse que o encontrou já morto fora da gaiola. “Eu não sei o que que aconteceu com esse coelho. Eu saí de casa aos prantos, porque era uma coelha afetiva minha. E aí, depois que eu limpei tudo, eu coloquei ela no balde porque era o lixo que estava dentro de casa, e saí de casa para rezar. Porque eu estava em luto.”
Ela afirmou, ainda, que é vítima de perseguição. “Há cinco anos, os moradores do prédio que fica atrás da minha casa infernizam minha vida, não me deixam dormir em paz. Me perseguem, hackeiam, me filmam. Então, eu tenho muitas provas de que essa parte da Polícia Civil ter arrombado a minha casa é perseguição sem provas.”
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) fez um alerta às autoridades sobre a necessidade de regulamentar o transporte aéreo e rodoviário de animais no país após a morte do cachorro Joca em um voo da empresa Gol.
Para a entidade, é fundamental que haja uma regulamentação clara e abrangente que respeite a particularidade de cada espécie, além de assegurar passageiros, profissionais da aviação e os animais.
"O transporte de animais, sejam eles domésticos ou selvagens, requer cuidados específicos para garantir que seja realizado de forma segura e responsável, respeitando suas necessidades fisiológicas e comportamentais”, informou o conselho, ao ressaltar que a falta de regulamentação adequada “pode acarretar riscos para a saúde e o bem-estar tanto dos animais quanto das pessoas envolvidas no transporte."
O Conselho propõe debates sobre o assunto com as autoridades que respondem pela situação, entre elas os ministérios dos Portos e Aeroportos, da Agricultura e Pecuária, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e da Saúde, além da Agência Nacional de Aviação Civil e da Polícia Federal.
A Justiça Federal na Bahia conta com uma rede protetora de animais, que busca lares para os animais em situação de risco que aparecem nas imediações da unidade judicial. O grupo é formado por servidores, magistrados e colaboradores, e atua há 10 anos, de forma independente. O grupo é encabeçado pela servidora lotada na 13ª Vara, Altenir Carvalho (Tetê), que resgata e acolhe cães e gatos abandonados, cuidando deles até que sejam adotados.
Após cada resgate, todos os animais passam por exames básicos e são castrados para que tenham mais chances de serem adotados e de encontrarem um lar amoroso. Infelizmente, nem todos têm a sorte de encontrar um tutor, pois são ariscos e traumatizados, e acabam ficando pelos jardins e estacionamentos da Justiça Federal, na Avenida Ulysses Guimarães, na Sussuarana, em Salvador, e na sede do Juizado Especial, no Centro Administrativo da Bahia.
Todos os gastos com exames, medicamentos, internação e castração são custeados por esse grupo, formado por pessoas que incentivam a causa, mas que necessita de mais apoiadores. O diretor do Foro, juiz federal Durval Carneiro Neto, tem encorajado outras pessoas a serem voluntárias nesta causa. Ele mesmo já adotou um cachorro encontrado no prédio sede e mais outros 6 abandonados na rua.
A rede é formada ainda pelo juiz federal Carlos D’Ávila Teixeira, pelos servidores Márcia Magalhães, Rita Miranda, Karina Serrano, Luciana Trindade , Fernanda Maísa, Raquel Teles, Cláudia Meireles, Luis Augusto, Emílio Paim Otero, Sérgio Santana dos Reis, Kécia Pamponet, Claúdio Carvalho, Marco Santana e Maurício Alves (gerente da Caixa Econômica Federal).
O grupo faz um apelo para que outras pessoas que tenham afinidade com a causa animal, se juntem a esta rede protetora para, posteriormente, tornar possível até mesmo a criação de uma Associação de Proteção de Animais da Justiça Federal na Bahia. Qualquer ajuda é muito bem-vinda e também pode ser baseada na assistência e acolhimento desses cães e gatos com lar temporário, ajuda financeira para realização das internações e castrações e também com doações de rações e medicamentos. “Precisamos de mais apoiadores, precisamos de campanhas informativas que possam evitar o crime de abandono, precisamos de políticas públicas. Enquanto isto não chega, faço um pedido aqui aos que têm afinidade com a causa animal: que nos juntemos, que formemos um grupo de apoio que consista em resgatar os bichinhos que surjam por aqui, procurar adoção para eles. É assim que tenho feito ao longo de anos. É gratificante”, declarou a servidora Altenir Carvalho.
MORADORES DA JUSTIÇA FEDERAL NA BAHIA
Kiko é um gato que nasceu no prédio sede em 2010. Todos os irmãos foram adotados, mas ele por ser muito arisco nunca foi “apanhado” mesmo com adoção certa. Atualmente, já sendo um gatinho idoso, não castrado, fica mais na garagem da Justiça Federal, pois já não consegue se defender dos gatos mais jovens. Ele perdeu um olho e aparenta enxergar pouco do outro e, embora manso, não permite aproximações. Apenas Valdeci, nosso terceirizado, Tetê e Márcia Magalhães são as pessoas que mais se aproximam dele. “Moqueca”, para os íntimos “Keka”, é uma cadela que mora na garagem do prédio do Juizado Especial há aproximadamente 9 anos. Por lá, os servidores e os seguranças ajudam como podem em sua alimentação diária, contudo ela ainda está à espera de um lar.
A Direção do Foro da Seção Judiciária da Bahia, juntamente com a Secretaria Administrativa, estuda a possibilidade de criar um projeto que viabilize um espaço de acolhimento para os animais em situação de risco. Neste espaço, os animais resgatados ficariam até serem adotados.
Quem desejar integrar a rede protetora de animais da SJBA ou de alguma outra forma ajudar com doação de ração, auxílio em castrações e internamentos (ocorrem com frequência) poderá entrar em contato com a servidora Alternir Carvalho (13ª Vara), pelos telefones: 71 99215- 5821 / 3617-9144. Muitas vezes os internamentos são custeados apenas por um servidor e nunca são despesas pequenas. Uma ajuda mínima de cada pessoa que tenha interesse em apoiar a causa seria alentador, pois a diluição das despesas permitiria a ampliação da rede de proteção a estes animais.
Em uma parceria com a ONG Ampara, a Turma da Mônica estampa um calendário com o cachorrinho Bidu e outros personagens icônicos, em prol da causa animal. A iniciativa visa arrecadar fundos para a instituição, que ajuda mais de 450 abrigos.
“A parceria com a Ampara Animal reflete para nós a essência do amor em prol dos animais. É necessário um olhar da sociedade para o fato de cães serem abandonados e sofrerem nas ruas. Todo o cuidado é essencial para os bichinhos viverem felizes e saudáveis. É uma parceria incrível e ficamos muito felizes em apoiar essa causa!”, comenta Mauricio de Sousa.
O calendário 2021 com imagens de Bidu custa R$ 30 e está disponível para venda no site oficial da ONG (clique aqui). Desde 2011 a Ampara Animal lança calendários para arrecadar fundos para os trabalhos em prol dos animais. Celebridades como Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Sabrina Sato, João Vicente de Castro, Sheron Menezes, Cleo Pires, Fiorella Mattheis, e Yasmin Brunet já posaram para edições anteriores.
Uma brasileira reconheceu Joaquin Phoenix, intérprete do Coringa no filme homônimo, enquanto ele panfletava a favor dos direitos dos animais nas ruas de Londres e acabou se enrolando no inglês ao tentar dialogar com o ator. Isso porque, ao puxar um papo com Phoenix, a garota disse: "You are Coringa".
Como noticiou o UOL, o problema é que, o nome do filme e também do próprio personagem em inglês é Joker, e Phoenix não entendeu muito bem o que a brasileira dizia.
Mesmo "tropeçando" no início da conversa, a brasileira ainda continuou: "You are an actor. I saw your movie I love it. You are a good actor", disse a brasileira. Em português, a frase seria: "Você é um ator. Eu vi seu filme, eu adorei. Você é um bom ator".
Embora sem entender significava "Coringa", Phoenix, que é vegano, agradeceu e seguiu panfletando.
Túlio Gadêlha, namorado de Fátima Bernardes, foi alvo de críticas, após uma postagem em sua conta no Instagram, neste fim de semana. “Namorada boa é aquela que tá contigo até na hora de ordenhar a vaquinha #eueela #nositio”, escreveu o deputado federal pernambucano, junto com uma foto na qual aparece abraçado com Fátima, com algumas vacas ao fundo. A mensagem desagradou a cantora e compositora Maria Gadu, que acusou o rapaz de ser machista. "Dois casos graves de machismo. Namorada boa é namorada que não se condiciona a especifismo algum. Não existe: namorada boa é a que... bla bla bla”, pontuou a artista, que criticou ainda supostos maus-tratos aos animais. “Vaca é feminino e mexer nas tetas também te coloca numa situação delicada. Sem contar as condições e abusos cruéis. Vamos indo juntos até onde?", questionou a cantora. Quem também se somou entre os críticos foi o ator Dado Dolabella, que agora diz ser vegano: “Deixem os animais em paz!", escreveu.
A capital baiana receberá, neste sábado (21), um concurso de Cosplay voltado para animais de estimação. O evento gratuito, que não tem restrição de raça e tamanho dos pets, acontecerá a partir das 17h, no Shopping Paralela. Os bichos, que serão avaliados em quesitos como charme, beleza e elegância, podem ir caracterizados como personagens de anime, mangá ou videogames. No mesmo dia, os humanos também poderão competir vestidos como seus personagens preferidos. Às 16h haverá o desfile infantil, seguido dos adultos, às 17h. Os concursos integram o Museu do Videogame Itinerante, que segue em cartaz até este domingo.
Rodrigo Hilbert foi intimado a depor na 14ª Delegacia de Polícia, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. De acordo com informações publicadas na coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, nesta terça-feira (20), o motivo da intimação é o episódio no qual o apresentador matou um filhote de ovelha durante o programa “Tempero de Família” (GNT), em março do ano passado (clique aqui e relembre a polêmica). Ainda segundo o colunista, uma ONG que atua no âmbito dos direitos dos animais prestou queixa na delegacia de São Joaquim (SC), onde foi gravado o programa, mas, como Hilbert vive no Rio, a polícia pediu que ele prestasse depoimento na cidade onde mora. Na ocasião da polêmica, o apresentador chegou a pedir desculpas ao público e à sociedade. “Venho de uma família grande, igual a muitas outras nesse Brasil, que tem como tradição plantar e criar o próprio alimento que consome. Foi com esse espírito que a nova temporada do ‘Tempero de família’ se ergueu, com o objetivo de documentar a vida desses pequenos produtores, que cultivam e criam para o autoconsumo. Não tínhamos a intenção de incitar qualquer violência contra animais, mas apenas de registrar o dia-a-dia desses trabalhadores que lutam para criar e alimentar suas famílias. No entanto, por também respeitar aqueles que se manifestaram contra as cenas exibidas no programa, retiraremos as imagens em questão do episódio”, disse Rodrigo Hilbert à época do incidente.
Foto: Divulgação
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.