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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio da Bahia cresceu 14,6% no segundo trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. A informação foi divulgada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O crescimento real, descontando a inflação, foi de 5,0%.
Em termos monetários, o agronegócio baiano movimentou R$ 41,9 bilhões, o que representa 29,6% do total da economia do estado. Isso significa que, para cada R$ 1,00 gerado na Bahia, quase R$ 0,30 vieram de atividades ligadas ao setor agropecuário.
O crescimento foi impulsionado pela alta produção agrícola, especialmente de soja, algodão e café, e pelo aumento nos preços desses produtos. A análise da SEI destaca que o agronegócio é um motor importante para o crescimento da Bahia, pois está diretamente ligado a outras áreas essenciais da economia, como a indústria, o comércio e os transportes.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 19,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando 14,3% de toda a economia do estado no período. A participação é menor do que o registrado no mesmo intervalo do ano passado, que foi equivalente a 15,2% do PIB baiano. O levantamento foi realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos (SEI).
Segundo a SEI, a menor participação do agronegócio neste ano se deve ao fato do conjunto da economia baiana ter experimentado crescimento de 3,2%, ao passo que o agronegócio cresceu 1,4%. Conforme a superintendência, quando se analiso o crescimento nominal, foi que houve expansão de 16,5% do agronegócio baiano na comparação com o primeiro trimestre de 2024.
A estimativa do PIB do agronegócio baiano é feita a partir da análise e cálculo de quatro grandes agregados: agregado I (insumos agropecuários); agregado II (setor agropecuário, também conhecido como da “da porteira para dentro”); agregado III (indústrias de base agrícola – consomem produtos do agregado II) e agregado IV (distribuição e comercialização dos produtos do agronegócio – agregados II e III.
Os preços dos produtos agropecuários (agregado II), registraram incremento de 20% no trimestre, comparando com o primeiro trimestre de 2024, com destaque para a soja, laranja, café, bovinos e lavoura permanente. Além da elevação nos preços da agropecuária, os insumos do setor primário (agregado I) subiram 11%, enquanto nos serviços (agregado IV), a variação de preços foi de 15%. Por sua a vez, a agroindústria (agregado III) registrou a menor variação de preço, fechando em 9%.
A 19ª edição da Bahia Farm Show foi oficialmente aberta nesta terça-feira (10) em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. O evento, que segue até o próximo sábado (14), tem como tema “Agro Inteligente, Futuro Sustentável” e se consolida como um espaço para negócios, inovação e troca de conhecimento no agronegócio nacional.
A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades, expositores e representantes do setor produtivo, incluindo o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Em seu discurso, o governador destacou o papel do agronegócio como vetor do desenvolvimento regional e a importância da integração entre tecnologia e responsabilidade socioambiental.
“Este é o momento do agro inteligente, porque produzir bem é produzir com responsabilidade. Esta transição sustentável não é mais uma promessa, é uma realidade. A nossa força [do estado] está na combinação entre tecnologia de ponta e responsabilidade socioambiental, um caminho essencial para garantir a perenidade das nossas riquezas naturais e produtivas”, diz o governador.
O presidente da Bahia Farm Show e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Moisés Schmidt, celebrou o amadurecimento da feira, que se tornou uma referência nacional em inovação tecnológica para o setor.
“Estamos prontos para mais uma edição histórica, de bons negócios, muito aprendizado, reencontros e novos caminhos. Que possamos sair ainda mais fortalecidos, certos de que o agro é inteligente, sustentável e essencial para o Brasil”, argumenta o presidente.
O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Junior Marabá (PP), destacou a importância da Bahia Farm Show para o desenvolvimento do município, classificando-a como “uma vitrine de oportunidades e um motor para gerar emprego, renda e prosperidade para todos que aqui vivem”.
A presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto, por sua vez, ressaltou o compromisso do setor com práticas produtivas sustentáveis e o fortalecimento das cadeias produtivas locais.
Também participaram da solenidade de abertura Fábio Martins, presidente da Associação de Máquinas e Implementos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba), e Ademar Marçal, presidente da Fundação Bahia, que destacaram o legado de inovação e crescimento contínuo da feira. Este ano, o evento também celebra os 35 anos da Aiba, entidade organizadora.
Durante a solenidade, o governo baiano entregou aos presidentes da Aiba e Abapa certificados de boas práticas fitossanitárias do Programa de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalba), representando 117 estabelecimentos rurais com base em metas de sustentabilidade, competitividade e modernização tecnológica, através da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Na ocasião, foi também apresentado o selo da Bahia como estado livre da febre aftosa.
A cerimônia de abertura contou ainda com a presença de autoridades civis e militares, deputados, prefeitos e vereadores da região, além de representantes dos patrocinadores
O presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Moisés Schimidt, falou sobre as novidades da Bahia Farm Show, que segue como uma vitrine para as inovações do setor agropecuário. Durante entrevista, Schimidt destacou os esforços da organização para levar a feira a outros estados e ampliar o alcance de suas apresentações.
"Estamos fazendo uma turnê pelo Brasil. Estaremos em São Paulo e em Brasília, levando uma versão da Bahia Farm Show para esses locais e mostrando ao público as inovações que a feira tem a oferecer", afirmou.
O evento, que já é um marco no calendário do agronegócio, busca destacar sua proposta de "agricultura inteligente com cultura sustentável". Schimidt reforçou que, com foco em uma agricultura regenerativa, a feira promove a produção de alimentos de forma sustentável, visando tornar os produtos mais acessíveis aos consumidores.
Com o tema central "Agricultura inteligente com cultura sustentável", a Bahia Farm Show se posiciona como um evento que propaga práticas agrícolas que unem tecnologia, inovação e responsabilidade ambiental.
"Queremos mostrar que é possível produzir alimentos, aquele café da manhã, aquele almoço, aquela janta, de forma sustentável, com um custo menor para o consumidor", explicou o presidente da Aiba.
Quanto às expectativas para a feira deste ano, Schimidt apresentou números animadores: "Hoje, temos mais de 450 expositores presentes. Na edição anterior, ultrapassamos a marca de mil, e nossa meta é aumentar ainda mais esse número, trazendo mais marcas e representações para dentro da feira."
Schimidt também fez questão de ressaltar a importância da imprensa no sucesso da feira. "Os meios de comunicação são essenciais para comunicar da porteira para fora. Para nós, é fundamental ter o apoio da mídia, pois isso ajuda a levar a mensagem da Bahia Farm Show para um público cada vez maior", afirmou.
A edição deste ano promete ser um marco, não só pela quantidade de expositores e inovações apresentadas, mas também pela preocupação com a sustentabilidade e com a transformação do setor agropecuário. Para Schimidt, a Bahia Farm Show segue como um cartão postal da Bahia, mostrando ao Brasil e ao mundo as melhores práticas agrícolas e a força do agronegócio baiano.
Em evento de apresentação da Bahia Farm Show 2025, o governador Jerônimo Rodrigues destacou o papel fundamental do oeste da Bahia como líder do agronegócio, mas também ressaltou os avanços significativos em outras regiões do estado. Rodrigues enfatizou que, embora a mídia associe frequentemente a liderança ao oeste, a realidade é mais ampla, com outras áreas do estado, como o norte e o extremo sul, também registrando grandes progressos no setor.
“O oeste lidera, puxa a frente, levanta a bandeira. Mas olha o avanço que tivemos no norte, com a fruticultura. Ali, inclusive, casado entre Pernambuco, Bahia contamos com a exportação de fruticultura. O extremo sul da mesma forma, se você pegar Teixeira de Freitas, por exemplo, naquela região, nós demarcamos uma força muito forte do agro, fruticultura, café, eucalipto, leite e carne”, contou o governador.
Outro ponto destacado pelo governador foi a inovação na Chapada Diamantina, que, com sua produção diferenciada de frutas vermelhas e azeite de oliva, vem se consolidando como um polo de qualidade e inovação no agronegócio.
Rodrigues ressaltou a importância dessa inovação como um diferencial competitivo, mostrando como a tecnologia e o empreendedorismo têm contribuído para transformar a região.
"Estamos vendo uma Bahia que, além de ser pioneira no oeste, também se reinventa e se fortalece em outras regiões, sempre com a tecnologia e o espírito empreendedor como pilares desse crescimento", afirmou Jerônimo Rodrigues.
A Bahia Farm Show 2025 promete ser o palco para mostrar esses avanços e inovações do agronegócio baiano, com uma visão de futuro voltada para a sustentabilidade e o fortalecimento das cadeias produtivas em todo o estado.
A Bahia Farm Show 2025, uma das maiores feiras agrícolas do Brasil, já tem data confirmada: 9 a 14 de junho, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. Este ano o tema escolhido foi "Agro Inteligente, Futuro Sustentável", o evento reunirá empresas expositoras, produtores rurais e instituições financeiras para apresentar as mais recentes tecnologias agrícolas.
Em 2024, a feira alcançou a marca de R$ 10,9 bilhões em negócios e comercialização, consolidando-se como uma vitrine de inovação do setor, com foco em modernidade e sustentabilidade.
O presidente da Bahia Farm Show, Moisés Schmidt, destaca a importância da tecnologia para o futuro do agronegócio: "Estamos cercados pela inteligência artificial, e a gestão eficiente de dados já é uma realidade. A feira é a melhor oportunidade para as empresas apresentarem inovações e para os agricultores incorporarem modernas tecnologias".
A três meses do evento, 90% da área do complexo já foi comercializada para empresas que apresentarão máquinas agrícolas, plataformas de comunicação remota e sistemas sustentáveis de irrigação e pulverização, entre outras novidades. Em 2024, a feira ocupou 246 mil metros quadrados e reuniu 434 empresas expositoras, representando mais de mil marcas.
Além da exposição de produtos e serviços, a Bahia Farm Show 2025 promoverá palestras, workshops e fóruns técnicos, com a participação de especialistas que discutirão os desafios e oportunidades do setor. Instituições financeiras também estarão presentes, oferecendo condições especiais de financiamento e crédito.
"A Bahia Farm Show é uma referência na área agrícola do Matopiba, que compreende também os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. Os produtores da região aguardam ansiosos pelo evento", afirma Moisés Schmidt, presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), entidade realizadora da feira.
Em um discurso na tribuna do plenário nesta terça-feira (4), na primeira sessão deliberativa da Câmara em 2025, o deputado federal João Leão, do PP da Bahia, fez um alerta para o que chamou de “grave crise” dos Estados Unidos, que, segundo ele, coloca todo o mundo e um cenário de potenciais dificuldades. Ao mesmo tempo, o deputado baiano afirma que o Brasil possui uma situação vantajosa que lhe permite enfrentar eventuais medidas protecionistas impostas pelo governo Trump, mas é preciso, segundo ele, insistir em medidas que promovam o equilíbrio fiscal.
No seu pronunciamento, João Leão dimensionou o tamanho da crise norte-americana, ao confrontar o déficit de US$ 18 trilhões com o superávit de US$ 8,7 trilhões da China. Para o deputado, os Estados Unidos estão em situação falimentar, e não tem restado a Donald Trump outra medida que não a tentativa de equilibrar a sua balança comercial.
“O déficit dos Estados Unidos, nesses últimos 40 anos, de 1984 a 2024, é de US$ 18 trilhões. É realmente uma coisa absurda. Nesse mesmo período, a China teve um superávit de 8,7 trilhões de dólares. Quando se compara a economia americana com a economia chinesa, a economia americana está pré-falimentar. É a mesma coisa de um pai de família, que, por 40 anos consecutivos, compra mais, faz mais coisas dentro de casa do que o volume do seu salário. Isso não pode acontecer para ninguém”, disse João Leão.
O deputado baiano fez críticas às ações recentes do presidente norte-americano, e disse que ele deveria promover maior diálogo com as nações para obter o equilíbrio no comércio mundial.
“O que Trump está fazendo nos Estados Unidos está errado. A maneira que ele se pronuncia não é correta. Ele teria que chamar todos os países, sentar, conversar, discutir e mostrar a situação deles. Eles estão quebrando, no bom português. Ou ele toma providências de fazer isso tudo que está fazendo, ou os Estados Unidos da América vão quebrar”, afirmou.
Ainda no seu pronunciamento, o deputado baiano salientou que o Brasil tem uma situação equilibrada no momento, com superávit na balança comercial. João Leão exaltou a participação do agronegócio brasileiro na composição desse saldo positivo, e destacou a posição obtida pela Embraer no cenário internacional.
“O Brasil tem um superávit global de US$ 1,1 bilhão. Então, a situação do Brasil não é igual à da China, mas é uma situação equilibrada. Isso tudo deve-se ao agronegócio brasileiro. É o agronegócio que está empurrando o Brasil, como as outras commodities. Outro exemplo é a Embraer, que tem crédito o tempo inteiro na balança comercial mundial. Então, nós precisamos tomar cuidado para não chegarmos ao ponto a que os Estados Unidos da América chegaram” concluiu o deputado João Leão.
O município de São Desidério desponta como um dos gigantes do agronegócio brasileiro. Em um ranking divulgado nesta última quinta-feira (17) pelo Mapa/SPA, o município se destaca entre os 100 mais ricos do país, superando muitas cidades do Centro-Oeste, tradicionalmente associadas ao agronegócio.
A Secretaria de Política Agrícola (Mapa/SPA) analisou a produção agrícola de 5.563 cidades brasileiras e constatou que a Bahia possui oito municípios entre os 100 mais ricos do Brasil no setor. E destaca São Desidério como o segundo município mais rico do país. No mapa dos 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio estão, além de São Desidério, as cidades baianas de Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Jaborandi e Juazeiro.
Os dados revelam que em 2023, a produção agrícola brasileira alcançou um valor total de R$ 814,5 bilhões, sendo que os 100 municípios mais produtivos contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões. Vale lembrar que quase 14% das exportações do primeiro semestre deste ano foi devido ao agronegócio baiano.
Os dados demonstram que São Desidério é um grande produtor de algodão e soja no Brasil. O município produz 543.506 toneladas de algodão, ocupando a terceira posição nacional, e 2 milhões de toneladas de soja, o que o coloca na quarta posição do ranking nacional.
Para o secretário da agricultura da Bahia, Wallison Tum, a liderança da Bahia no agronegócio nordestino é “resultado de diversos fatores, como investimentos em tecnologia, infraestrutura, políticas públicas de incentivo e apoio aos produtores, e a adaptação das culturas às condições climáticas da região”.
Ilhéus e Wenceslau Guimarães foram mencionadas também como importantes produtores de cacau no Brasil, contribuindo com cerca de 3% da produção global, com 8.961 e 8.775 toneladas, respectivamente.
Os estados da Bahia e Minas Gerais demonstram um crescimento expressivo no setor, com destaque para a Bahia, onde cidades como São Desidério, Formosa do Rio Preto e Barreiras se consolidam como polos de produção de algodão e grãos. São Desidério, inclusive, é o segundo município mais rico do agronegócio brasileiro, com uma produção avaliada em R$ 7,78 bilhões.
Com a distribuição nacional, a Bahia se destaca no ranking dos 100 maiores municípios produtores do país, ocupando a quarta posição. Seus sete municípios contribuem com 2.474.913 hectares de área colhida e oito cidades respondem por 3,4% do valor total da produção nacional. Ao todo, 14 estados estão presentes nesse levantamento, evidenciando a importância da Bahia no cenário agrícola brasileiro.
As lavouras de grãos e frutas são as grandes responsáveis por esses números. A produção de soja, milho e algodão, além de culturas como manga, maracujá, banana e uva, tem sido fundamental para o sucesso do setor no estado.
Ao todo, foram 13 cidades nordestinas, sendo oito baianas.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 35,0 bilhões no segundo trimestre de 2024, representando 28,4% do PIB estadual do período. Segundo dados calculados e divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a participação foi superior à verificada no mesmo trimestre de 2023, quando correspondeu a 27,7% do PIB baiano.
A SEI aponta ainda que o crescimento da participação do agronegócio no PIB do estado entre o segundo trimestre de 2023 e 2024 foi decorrente, sobretudo, da recuperação nos preços de algumas das commodities do agronegócio e do recuo nos preços dos insumos agropecuários importados. Esses movimentos contribuíram para que o valor adicionado registrasse variação nominal positiva. No período, houve incremento de 13,1% no valor do PIB do agronegócio, equivalente a R$ 4,1 bilhões a mais na comparação entre os dois trimestres.
Na análise, o trabalho de Contas Regionais da SEI considera a decomposição do PIB do agronegócio em quatro agregados: agregado I (Insumos para a Agropecuária); agregado II (Agropecuária, incluindo agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e pesca); agregado III (indústrias de base agrícola, que consomem produtos do agregado II) e agregado IV (transporte, comércio e serviços referentes à distribuição final dos produtos dos agregados II e III).
Observou-se que o agregado II foi o que mais contribuiu para a expansão do segmento na economia baiana, respondendo por 59,6% de todo valor do agronegócio – o segundo trimestre concentra a maior parte da produção agrícola da Bahia, com destaque para culturas de soja, café e outros. Cabe mencionar ainda que, a despeito de ter ocorrido retração no volume de produção agropecuária (-3,1%), a variação média positiva de 21,3% nos preços das commodities agrícolas foi suficiente para que o valor corrente desse agregado em 2024 superasse o valor de 2023.
Na sequência da importância de contribuição aparece o agregado IV, com 26,7% – destacando-se neste caso o valor produzido na atividade de transporte –, seguido pelo agregado III (8,1%) e, por fim, o agregado I (5,6%).
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) alcançou nesta quarta-feira (25), um feito inédito ao abrir 200 novos mercados internacionais em pouco mais de 20 meses. Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 60 novos destinos foram contemplados, ampliando a presença do agronegócio brasileiro em todos os continentes.
“Chegamos a marca de 200 mercados. O Brasil é um grande protagonista hoje planetário: segurança alimentar, energética e clima”, comemorou o presidente em exercício Geraldo Alckmin.
As aberturas recentes de embriões para a Rússia e erva-mate para Angola e Coréia do Sul foram essenciais para atingir a marca. De acordo com a secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, a conquista reforça a estratégia do governo de fortalecer o comércio exterior e diversificar as exportações, consolidando o Brasil como um dos maiores players globais no setor agropecuário.
O número atual supera a soma dos mercados abertos durante nos anos de 2019 (35), 2020 (74) e 2021 (77), quando, ao longo de 36 meses, foram conquistadas 186 novas aberturas. O recorde obtido neste mês já se aproxima do total alcançado nos últimos quatro anos da gestão anterior, que registrou 239 aberturas de mercado.
“A abertura de novos mercados comprova a competitividade e confiabilidade do setor produtivo brasileiro, reconhecido em mais de 200 países pela sua qualidade sanitária. Essa expansão internacional impulsiona as exportações, contribuindo para o saldo positivo da balança comercial, gerando divisas, empregos e renda ao homem do campo”, destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Somente neste ano, já foram abertos 122 novos mercados, com quase todos os meses estabelecendo recordes históricos. Entre os números mensais, destacam-se 26 novos mercados em junho (13 países), 16 em julho (9 países), 15 em maio (10 países), 15 em agosto, 10 em março (7 países), 7 em fevereiro (6 países), 9 em janeiro (5 países) e 5 em abril (3 países). Até o momento, já foram abertos 19 novos mercados neste mês em 10 destinos.
As aberturas incluem não apenas produtos tradicionais do Brasil, como carnes e soja, mas também uma diversificada gama de produtos agropecuários, como pescados, sementes, gelatina e colágeno, ovos, produtos de reciclagem animal, noz-pecã, erva-mate, arroz, açaí em pó, café verde, embriões e sêmen.
“Nos últimos 20 meses, criamos, em média, uma nova oportunidade de comercialização a cada três dias. Esse marco reflete a determinação e o esforço contínuo do ministro Carlos Fávaro e de toda a equipe do Mapa em diversificar nossa pauta exportadora e ampliar as oportunidades para os produtos agrícolas brasileiros no cenário global”, ressalta Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais.
Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira (6), em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia (Goiás), que o problema que o agronegócio tem com o seu governo não é motivado por uma questão financeira, mas sim ideológica.
De acordo com o presidente, a questão envolve um debate acerca do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). “Há quantas décadas os sem-terra não invadem uma terra produtiva neste país?”, questionou o presidente, que depois completou: “O agronegócio tem ódio dos sem-terra que são tão úteis ao Brasil quanto o agronegócio”.
Em declaraç?es, o presidente tem o costume de fazer críticas à postura do setor, que segundo ele, sempre reclama que os recursos liberados pelo governo são insuficientes. Em agosto, Lula bateu de frente com o setor, afirmando que “Nunca antes na história do Brasil, o agronegócio teve o Plano Safra” que teve no governo Lula.
O Plano Safra é um programa com o intuito de estimular a produção agropecuária através de empréstimos a juros mais baixos. Este ano, está prevista a liberação de mais de R$ 400 bilhões em créditos para médios e grande produtores rurais, o valor é 10% maior do que o do ano passado, de 364,22 bilhões de reais.
O presidente mencionou, ainda, que defende o MST e não faz distinção entre os grandes exportadores e pequenos produtores. “Um produz com qualidade e facilita com qu eo Brasil ganhe mercado para exportação, e os outros - se você pegar quase cinco milhões de pequenas propriedades de até 100 hectares - é essa gente que produz os alimentos que nós comemos, que produz o frango, que cria o porco: são todos os pequenos proprietários. E essa gente é importante. Eu não faço distinção”.
De acordo com o presidente, o problema do agronegócio não é falta de dinheiro, mas sim ideológico. “Eu convivo com isso tranquilamente. Vou continuar fazendo o que eu acho que é possível fazer, independentemente da pessoa votar em mim”, afirmou o presidente.
Desde o início do 3º Governo de Lula, em janeiro de 2023, o valor do plano safra saltou de 340,88 bilhões de reais, para os atuais R$ 400,59 bilhões, anunciados em julho pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, um aumento total de 17,51%.
O maior Plano Safra da história, ainda maior do que o do ano passado, foi anunciado nesta quarta-feira (3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma solenidade no Palácio do Planalto. No total são R$ 475,56 bilhões para os produtores rurais no ciclo 2024/2025, valor 9,1% acima dos R$ 435,8 bilhões desembolsados no ano passado.
Do montante total, R$ 400,585 bilhões serão direcionados para a agricultura empresarial, enquanto R$ 74,98 bilhões serão destinados à agricultura familiar. O setor agrícola esperava que o governo chegasse a RS 500 bilhões, mas comparado ao valor desembolsado no último ano do governo Jair Bolsonaro (R$ 287,16 bi), o novo Plano Safra representa um salto de mais de 70%.
O novo Plano Safra foi anunciado pelo presidente Lula e pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em um evento que não chegou a lotar o salão do Palácio do Planalto. O Plano oferece linhas de crédito, incentivos e políticas para produtores e produtoras rurais.
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Ao falar no final da cerimônia, o presidente Lula fez questão de destacar os números do Plano Safra em seu terceiro mandato, comparando as conquistas para o setor do agro cpm o que foi realizado na gestão Bolsonaro. Lula também procurou fazer acenos ao setor do agro, ao afirmar que o inimigo maior de quem produz não é o MST, mas sim os bancos.
"Tem muitos de vocês que às vezes ficam chateados porque o governo é favorável aos sem terra, porque o sem terra invade terra. Vamos ser francos: hoje não é o sem terra que toma terra de vocês, é o banco", disse o presidente.
Em outro momento da sua fala, o presidente Lula fez nova provocação a Bolsonaro, sem citar diretamente o adversário político.
"Nós precisamos incentivar muito o crescimento da nossa agricultura. É por isso que fazemos um Plano Safra melhor do que aqueles que parecem que gosta de vocês, mas não gostam", provocou.
Lula completou sua fala voltando a falar em pacificacão e apreço necessário à democracia.
"Você não governa um país ideologicamente, você não governa um país com mágoa, ressentimento", disse Lula.
Segundo afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o novo Plano Safra tem o objetivo de promover a produção sustentável de alimentos saudáveis no Brasil. Fávaro disse que o Plano foi articulado para que tivesse um foco maior na agroecologia, com a apresentação de juros menores, além do recorde de recursos.
Ao falar na solenidade, o ministro Carlos Fávaro, destacou o crescimento do setor da agropecuária em 2023, depois de o governo bater o primeiro recorde em volume de recursos.
"Esse setor cresceu 15% em 2023, maior crescimento de todas as atividades econômicas do País, apesar de crise climática e preços achatados", disse o ministro.
Depois de apresentar todos os números e avanços no setor da agropecuária, Fávaro finalizou sua fala dizendo que o governo trabalha com vigor mesmo diante da adversidade que encontra no meio do agro.
"Como o presidente Lula fala, as pessoas podem não gostar de nós, mas não estamos aqui participando de concurso de simpatia. Estamos trabalhando para que o agro continue a ser a grande força da economia brasileira", afirmou o ministro.
O valor para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) será de R$ 76 bilhões, 43,3% maior do que anunciado na safra 2022/2023 e 6,2% maior do que o da safra passada. Ao todo, serão R$ 85,7 bilhões em ações do governo federal.
A taxa de juros para a produção orgânica, agroecológica e de produtos da sociobiodiversidade será de 2% no custeio e 3% no investimento. Outro destaque do novo Plano foi o lançamento do edital do programa Ecoforte, para apoiar projetos de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também falou na solenidade, lembrou que foi no terceiro mandato do governo Lula que foram executados os dois maiores planos safra da história. Segundo Haddad, o governo vem se esforçando em dialogar com o setor do agro e com a Frente Parlamentar da Agricultura, para oferecer condições de aumento na produção e na exportação do setor.
Fernando Haddad disse ainda que o Plano Safra finalmente vai atender todo o território nacional.
"O Plano Safra sempre ficou restrito a poucos estados da federação e agora temos a perspectiva de um plano Safra Brasil com as 27 unidades da federação contempladas", destacou o ministro.
"Este é um Plano Safra que atende a um apelo antigo da agricultura para que as culturas não sejam concentradas em poucas regiões", completou Haddad.
O agronegócio baiano acumulou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 16,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando 13,76% do PIB estadual no mesmo período. É o que aponta o estudo realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Ainda segundo o cálculo da SEI, a participação do agronegócio, apesar de expressiva, é inferior à verificada no mesmo trimestre de 2023, quando era equivalente a 16,4% do PIB total baiano. A redução foi ocasionada, sobretudo, por uma retração significativa nos preços dos produtos da agropecuária e da agroindústria.
A estimativa do PIB do agronegócio baiano é calculada pela equipe de Contas Regionais da SEI a partir da análise e cálculo de quatro grandes agregados: Agregado I (insumos para a agropecuária); Agregado II (agropecuária, conforme consta nas Contas Regionais, incluindo agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e pesca); Agregado III (indústrias de base agrícola – consomem produtos do agregado II); e Agregado IV (transporte, comércio e serviços referentes à distribuição final dos produtos dos agregados II e III).
Quando são comparados os valores correntes do 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, observa-se que houve retração de 8,2%, o que equivale a R$ 1,5 bilhão a menos entre os trimestres. Neste período, o Agregado IV foi o que mais contribuiu para a definição da taxa final (47,2%); na sequência vem o Agregado II (23,4%), Agregado III (17,4%) e agregado I (12,0%).
Ao se comparar o 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, percebe-se todos agregados contribuíram menos na formação do PIB estadual. João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI, explica porque o Agronegócio perdeu participação: “Quando analisamos a participação de um segmento no PIB, estamos considerando, além das variações em termos reais, também as variações de preços. Nesse sentido, podemos ter, por exemplo, aumento nas quantidades produzidas (variação real) e ao mesmo tempo queda no valor corrente; essa queda se dá quando as variações negativas nos preços são superiores à variação real. No primeiro trimestre de 2024 tivemos essa combinação onde, apesar de se ter crescimento real de 1,3%, houve retração média de 9% nos preços do agronegócio, o que determinou menor participação da atividade na economia baiana”.
Ainda segundo os estudos, espera-se que no segundo trimestre se verifique um desempenho mais favorável para o segmento do agronegócio baiano com elevação da participação no PIB total da Bahia; entretanto, é possível que o aumento de participação não seja tão significativo como nos anos anteriores em função dos movimentos descendentes nos preços da maior parte dos produtos agropecuários.
A 18ª edição da Bahia Farm Show, maior feira de tecnologia agrícola e negócios das regiões Norte e Nordeste, teve a sua estreia nesta terça-feira (11), em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Trazendo diversos conteúdos para produtores rurais, agricultores e investidores do setor do agronegócio, o evento, que acontece até sábado (15), conta com o patrocínio da SVN/BP Investimentos.
No estande da empresa, os participantes podem conversar com alguns assessores para descobrir as melhores oportunidades para avançar no setor do agronegócio. A equipe da SVN/BP Investimentos estará disponível no Pavilhão C, Stand 28, oferecendo orientação e apresentando soluções que podem potencializar os negócios.
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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano somou R$ 88,66 bilhões em 2023 e fechou o ano com crescimento de 4,2% e participação de 21,1% na economia baiana. No último trimestre de 2023, o crescimento bateu 3,0%, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Os dados do órgão apontam que, quando comparamos a participação do agronegócio na economia baiana em 2023 contra 2022, é possível notar uma retração de 2,0 pontos percentuais – recuo de 23,1% para 21,1%. Essa queda de participação foi decorrente da redução nos preços dos principais produtos agrícolas do estado, a exemplo da soja, milho, algodão e boi gordo.
Ou seja, a apesar de se ter verificado variação positiva no volume do segmento (4,2%), essa variação não foi suficiente para manter a mesma participação na economia baiana em virtude da queda nos preços ter se dado em maior nível (-7,5%), resultando, portanto, num valor corrente menor que no ano anterior.
Por conta da queda nos preços dos produtos agrícolas, o agregado II, que corresponde exatamente à produção agropecuária, foi o que mais contribui negativamente para a perda de participação do agronegócio, recuando a participação no PIB total de 8,6% em 2022 para 7,5% em 2023.
Esse movimento também ocorreu no agregado IV – comercialização e distribuição – que registrou recuo de 9,9% para 9,1%. Por outro lado, os agregados I e II – insumos agropecuários e indústria de base agrícola, respectivamente – registraram ligeiros ganhos de participação.
O Governo Federal pretende investir R$ 4,7 bilhões, neste ano, nos chamados corredores do agro, que são as rodovias e ferrovias usadas para exportação dos principais produtos do agronegócio brasileiro, a exemplo da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, e a Transnordestina, em Pernambuco.
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O aporte foi anunciado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), em entrevista a jornalistas nesta terça-feira (6), e equivale a uma ampliação de 30% em relação às verbas destinadas no ano passado (R$ 3,6 bilhões). Em 2022, ainda segundo o Ministério dos Transportes, foi investido R$ 1,9 bilhão nos corredores do agro.
O novo pacote de investimentos prevê 60 obras consideradas estruturantes, sendo R$ 2,66 bilhões para a infraestrutura do Arco Norte e R$ 2,05 bilhões para o Arco Sul/Sudeste. Entre as obras, estão previstas a retomada dos investimentos públicos na ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, e das ferrovias Fiol 1 e 2 e a Fico, ligando Ilhéus, no Sul baiano, até Lucas do Rio Verde (MT).
“Vai criar esse corredor que estamos chamando de leste-oeste, que vai ligar Ilhéus até Água Boa (MT), mas depois de Água Boa, com a Fico 2, até Lucas do Rio Verde (MT)”, disse o ministro, que acrescentou que a ideia é, no futuro, conectar a ferrovia transnordestina a ferrovia Norte-Sul. O ministro ainda criticou o teto de gastos, criado em 2016 durante o governo de Michel Temer com o objetivo de limitar o aumento das despesas públicas à variação da inflação, afirmando que a medida fez com que o investimento fosse reduzido em diversas áreas.
“O teto de gastos transformou o Brasil no país que menos investiu entre todas as economias relevantes. Se investe pouco, obviamente a infraestrutura piora. Agora ela está voltando a melhorar, mas ainda está recuperando um passivo desses últimos anos”, disse Renan Filho. Vale lembrar que, no ano passado, o mecanismo foi substituído pelo novo arcabouço fiscal, que limita os gastos à variação da receita do governo, possibilitando aumentar despesas quando há aumento de arrecadação.
RODOVIAS
Em relação às novas obras em rodovias, no Arco Norte, que envolve os estados do Norte, além de Mato Grosso, Bahia, Maranhão e Piauí, o ministério prevê, entre outras obras, duplicar a BR-135, no Maranhão, restaurar a BR-158, no Pará, recuperar a BR-242, na Bahia. Segundo o Ministério dos Transportes, foi possível aumentar de 52% para 80% o total das rodovias do Arco Norte consideradas em bom estado no período de dezembro de 2022 a dezembro de 2023.
Inclusive, as ações, por exemplo na BR-242, que liga o Oeste da Bahia a Salvador, foi um pedido do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que defendeu que a infraestrutura é o fator mais importante para a formação dos preços dos produtos. “A formação de preços está diretamente ligada ao custo de frete. Se nós não tivéssemos essas condições de rodovias, certamente a soja estaria abaixo do custo de produção”, disse o ministro.
Sobre a infraestrutura do Arco Sul/Sudeste, que engloba todo o Centro-Sul do Brasil, o governo prevê a conclusão da Ferrovia Norte Sul, a intensificação das obras da ferrovia Fico, além de duplicação da BR-163, do Paraná, das BRs-470 e 290, em Santa Catarina, e das BRs-116 e 386, no Rio Grande do Sul.
A meta do governo, de acordo com o ministro Renan Filho, é chegar a 90% da malha rodoviária do Arco Norte sendo considerada boa, com 80% das rodovias em boas condições em todo o país. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realiza a avaliação sobre a qualidade da malha rodoviária brasileira por meio do Índice de Composição da Manutenção (ICM).
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre de 2023, representando 19,0% da economia baiana. Os dados foram calculados e divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O terceiro trimestre do agronegócio baiano foi caracterizado pelo crescimento real de 8,1% na comparação com o mesmo trimestre de 2022 e pela retração de 11,5% nos preços dos bens e serviços do segmento. “Um exemplo claro dessa queda é o preço da arroba do boi gordo que custava R$ 285,00 em setembro de 2022 e em setembro de 2023 estava a R$ 200,00”, afirmou o comunicado da SEI.
Em linhas gerais, o movimento de queda nos preços do agronegócio tem ocorrido desde o primeiro trimestre de 2023 e é determinado pela retração na cotação dos principais produtos agropecuários, a exemplo da soja, algodão, café etc. O resultado final do aumento da produção e queda nos preços foi um PIB corrente R$ 826 milhões menor que no terceiro trimestre de 2022.
De acordo com a SEI, no terceiro trimestre deste ano, dentre os segmentos do agronegócio, o Agregado IV, relativo à distribuição e comercialização, foi o que mais contribuiu na formação da economia baiana (9,1% de participação) e registrou crescimento em volume de 7,4%. “Essa contribuição é decorrente da maior movimentação de bens, que tradicionalmente ocorre nesse período, onde produtos do agronegócio são transacionados tanto para abastecimento interno quanto externo”, apontou a Superintendência.
O desempenho do agregado III, que corresponde à produção industrial de base agropecuária,também foi destacado pela SEI, uma vez que o agregado registrou crescimento em volume de 8,6%, com contribuição de 3,2% na economia baiana.
A colheita de cereais [milho, por exemplo], oleaginosas [soja, por exemplo] e leguminosas [feijão, por exemplo] na Bahia deve alcançar 12,1 milhões de toneladas. Os dados são referentes a setembro passado a partir do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE, e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
A previsão pode representar um avanço de 6,9% ante a safra de 2022, apontada como a melhor da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos pesquisados. O destaque deve vir do algodão [caroço e pluma] com safra estimada em 1,74 milhões de toneladas, uma expansão de 29,1% em relação ao ano passado. A área plantada com a fibra aumentou 25% para 363 mil hectares em relação à safra de 2022.
Já a soja deve representar 7,57 milhões de toneladas, alta de 4,5% ante 2022. A área plantada com a oleaginosa no estado ficou projetada em 1,9 milhão de hectares. Segundo a SEI, as duas safras anuais do milho podem alcançar 3,09 milhões de toneladas, alta de 8,9% na comparação anual.
As baixas da colheita baiana devem ficar com batata-inglesa [-6,3%], laranja [-2,9%], cana-de-açúcar [-2,3%] e feijão [-2,1%].
A Universidade Corporativa (Unicorp) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) inicia nesta segunda-feira (10) a Iª Jornada de Capacitação de Direito e Agronegócio. O evento acontece até sexta-feira (14), em Luís Eduardo Magalhães, no oeste do estado. Também haverá transmissão online.
O curso é voltado para os magistrados e servidores lotados em unidades judiciais localizadas em áreas de fronteiras agrícolas. O objetivo é capacitar os profissionais para atuar de maneira mais assertiva em processos que põem em risco a segurança jurídica, fundiária e tributária de propriedades rurais.
A iniciativa, pioneira no Brasil, é resultado de uma parceria entre a Unicorp, através de um termo de cooperação técnica e científica, firmado com o Instituto WP e o Sindicato Rural de Barreiras.
Serão tratados temas como: títulos de crédito no agronegócio; mercado de capitais, aspectos societários e contratos no agronegócio; e recuperação judicial do produtor rural (veja programação completa).
A ação será ministrada por facilitadores renomados e atuação destacada em todo o território nacional, tais como o conselheiro do CNMP, Daniel Carnio Costa; o advogado, membro do Instituto Brasileiro de Direito Civil e do Instituto de Direito Privado e do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário, Ermiro Neto; a advogada e consultora jurídica, Fernanda Amaral; o advogado e membro do Instituto Brasileiro de Direito Empresarial, João Glicério de Oliveira; o doutor em economia, cientista de dados e membro da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), Thomas Victor Conti; o advogado e consultor jurídico, Washington Luiz Dias Pimentel Júnior; e o advogado, palestrante e conferencista, Rafael de Medeiros Chaves Mattos.
De 10 a 14 de julho, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio da Universidade Corporativa (Unicorp), promove a Jornada de Capacitação de Direito e Agronegócio na comarca de Luís Eduardo Magalhães. As inscrições estão abertas e encerram no dia 6 de julho, próxima quinta-feira.
Magistrados e servidores do TJ-BA que desejarem participar, devem fazer a inscrição no Sistema de Educação Corporativa (Siec) - clique aqui. As vagas presenciais são destinadas aos magistrados com atuação nas comarcas do Oeste do estado. O evento também terá transmissão ao vivo.
A capacitação é feita em conjunto com o Sindicato Rural de Barreiras e o Instituto Washington Pimentel
A capacitação visa a proporcionar conhecimento aprofundado sobre a sistemática da cadeia produtiva de funcionamento do agronegócio, seus principais pontos sensíveis, além de um olhar sob a perspectiva do produtor, das dificuldades e dos desafios do mercado, da dinâmica e das soluções aplicadas ao dia a dia das principais culturas da região.
Serão tratados temas como: títulos de crédito no agronegócio; mercado de capitais, aspectos societários e contratos no agronegócio; e recuperação judicial do produtor rural (veja programação completa).
A ação será ministrada por facilitadores renomados e atuação destacada em todo o território nacional, tais como o Conselheiro do CNMP, Dr. Daniel Carnio Costa; o Advogado, Membro do Instituto Brasileiro de Direito Civil e do Instituto de Direito Privado e do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário, Dr. Ermiro Neto; a Advogada e Consultora Jurídica, Dra. Fernanda Amaral; o Advogado e Membro do Instituto Brasileiro de Direito Empresarial, Dr. João Glicério de Oliveira; o Doutor em economia, cientista de dados e membro da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), Thomas Victor Conti; o Advogado e Consultor Jurídico, Dr. Washington Luiz Dias Pimentel Júnior; e o Advogado, palestrante e conferencista, Rafael de Medeiros Chaves Mattos.
A Unicorp tem como missão assegurar a educação corporativa e a gestão do conhecimento, favorecendo uma cultura de aprendizagem organizacional que resulte no pleno acesso à justiça. Atualmente, o desembargador Mário Albiani Júnior desempenha a função de diretor-geral da Unicorp; o desembargador José Aras, como vice-diretor; o juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira, como coordenador-geral; e o servidor Marcus Vinícius Fernandes, como secretário-geral.
Em um discurso no qual buscou fazer acenos tanto ao agronegócio quanto aos movimentos de luta pela terra, com direito a algumas críticas aos dois lados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta terça-feira (27) o Plano Safra 2023/2024, com aumento de 27% em relação ao ano passado. O plano irá disponibilizar recursos no valor de R$ 364,22 bilhões destinados ao crédito rural, com objetivo de apoiar médios e grandes produtores rurais até junho de 2024.
Do total de recursos disponibilizados pelo governo para a agricultura empresarial, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, representando um aumento de 26% em relação ao ano anterior. Além disso, serão alocados para investimentos um total de R$ 92,1 bilhões, um incremento de 28% em relação ao oferecido no último ano do governo anterior. Esses recursos contemplarão produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e outros.
O presidente Lula afirmou, durante o lançamento do Plano Safra 2023/2024, que o governo vai implementar uma renovada política de assentamento que terá como objetivo estabelecer reserva de terras não produtivas. Lula também declarou que pretende criar uma lista de terras a serem avaliadas pelo Incra, que serão disponibilizadas a esse programa de assentamento. O presidente disse acreditar que essa iniciativa levará os movimentos de luta pela terra a tomar posse de propriedades rurais sem que seja necessária a invasão.
“Recentemente, conversei com o ministro Paulo Teixeira e perguntei: ´Por que devemos esperar que um movimento invada uma terra para que o Incra avalie se ela é produtiva ou não?' Em vez de permitir invasões, iremos disponibilizar as terras. Essa é uma ideia nova que não foi considerada durante meu primeiro e segundo mandatos. Surgiu agora e a colocaremos em prática. Estabeleceremos uma reserva de terras consideradas improdutivas no país, assim como terras devolutas, para a criação de assentamentos agrícolas destinados àqueles que desejam trabalhar no campo, sem a necessidade de conflitos”, afirmou Lula.
Em relação ao agro, o presidente Lula disse que “ninguém é obrigado a gostar de ninguém”, mas que todos os segmentos precisam se respeitar e se tratar de forma civilizada. Para o presidente, o seu governo está priorizando os interesses coletivos e não os individuais. Lula também não deixou de fazer críticas ao presidente anterior, Jair Bolsonaro, ao dizer que o Brasil não tem aptidão para viver em uma ditadura.
“Aqui não tem nenhuma criança. Todo mundo aqui é adulto e sabe o que aconteceu nesse país. Esse país não tem aptidão para autoritarismo. Esse país não tem aptidão para voltar a ter ditadura. Quem quiser implantar ditadura vá para outro lugar. Neste país, a gente aprendeu a gostar de democracia. E democracia é a convivência na diversidade”, destacou Lula.
“Se enganam aqueles que pensam que o governo pensa ideologicamente quando vai tratar de um Plano Safra. Se enganam aqueles que pensam que o governo vai fazer mais ou menos porque tem problemas ou não com o agronegócio brasileiro. A cabeça de um governo responsável não age assim. A cabeça de um governo responsável não tem a pequenez de ficar insultando e insuflando o ódio entre as pessoas. Esse país só vai dar certo se todo mundo ganhar”, completou o presidente.
Participaram da cerimônia de lançamento do Plano Safra o presidente Lula; o vice-presidente Geraldo Alckmin; a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Marina Silva (Meio Ambiente) e Rui Costa (Casa Civil).
Críticas ao Banco Central
Durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra 2023/2024, o presidente Lula e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, fizeram duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela manutenção da taxa de juros no patamar de 13,75% ao ano.
“O Plano Safra terá R$ 364 bilhões, a uma média, não sei o total, de 10% de juro ao ano. É caro, é muito caro. Esse juro poderia ser mais barato. Mas é que tem um cidadão no Banco Central, a gente não sabe quem colocou ele lá, que traz o juro básico em 13,75%”, declarou Lula.
O ministro Carlos Fávaro foi ainda mais contundente, e disse que o presidente do Banco Central deveria ser convocado pelo Senado para explicar a decisão de não reduzir a taxa Selic.
“Precisamos conhecer a sua responsabilidade com o Brasil. Uma das metas do Banco Central é manter o controle da inflação, o que tem sido alcançado com êxito. A política econômica está progredindo bem, enviando sinais cada vez mais fortes de que o controle da inflação é permanente. Qual é a justificativa para uma taxa de juros básica, a Selic, de 13,75%? O que ele considera sobre o emprego? E quanto ao desenvolvimento do país? A aprovação do seu nome foi feita pelo Senado, e essa aprovação ocorreu com base nessas condições e compromissos. E nós temos o direito de cobrar a sua posição”, disse.
Com espaço destinado à agricultura familiar na Bahia Farm Show, a diretora da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bahia (Unicafes), Carmélia Marques, defendeu que é possível aliar o interesse entre os produtores, do pequeno ao grande. A feira acontece em Luís Eduardo Magalhães, oeste baiano, até este sábado (10).
"É um momento único pra nós,. E as oportunidades que foram surgindo que é um sonho da agricultura familiar e poder ocupar um espaço desse. Esse momento chegou, e pra gente foi um grande avanço, com bons resultados pra todos os agricultores, da agricultura familiar. Quando iniciou a Bahia Farm Show, que antes era Agrishow, a gente tinha uma visão que era só um espaço dos grandes. A gente tinha isso na mente. Ao decorrer do tempo com a participação da gente, a gente foi ver que realmente aquilo que o presidente fala, ele se torna realidade", disse.
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias
"A gente não pode hoje atuar sem a presença do agro. Agricultura familiar depende, e o agro também depende da agricultura familiar uma vez que a gente percebe que mais de 70% vem da agricultura familiar, porque eles produzem para os grandes e nós produzimos para os grandes e para os pequenos também. Então, pra isso a gente hoje na mente nossa, na nossa visão, como Carmélia, como diretora da Unicaps, a gente já não vê isso mais como entrave, como uma coisa que não venha ser bom pra gente. Então, isso a gente só teve mais o fortalecimento tanto pra agricultura familiar e quanto pro médio também, que está ocupando esse espaço aqui", emendou.
Carmélia também detalhou o espaço da agricultura na Bahia Farm Show, que conta com 20 estandes no local. "Da agricultura familiar a gente está aqui com 20 estandes, além do empório que tem todos os produtos dentro da Unicafes federação, da qual eu faço parte. Mas também tem várias cooperativas juntos, tem várias cooperativas, todos são da agricultura familiar, que já estão com produtos de qualidade, certificados. São 25 cooperativas filiadas a nossa a federação. A federação tem sede em Serrinha. Mas a gente tem um empório que já está lá em Salvador, temos um CD que é o nosso centro de distribuição, que é onde a gente coloca todos os produtos da agricultura familiar para ser comercializado em Salvador", finalizou.
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias
Prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá mostra otimismo para a entrega da requalificação do aeroporto do município localizado no oeste baiano. De acordo com o gestor, a obra segue andamento e permitirá uma melhora na logística de deslocamento para a cidade, especialmente durante a realização da Bahia Farm Show, maior feira do agronegócio no Norte e Nordeste do país.
"Existe uma obra já em andamento, do qual essa obra do Governo do Estado foi tratada já desde a época do então governador Rui Costa e continuada pelo atual governador Jerônimo, a qual eu agradeço ambos por evoluir essa tratativa e ter a execução de obra, acredito eu que sim, que pode se concluir a obra neste ano para que nós possamos ter voos comerciais para o ano que vem, 2024, e aí isso facilita muito essa logística aeroviária de negócios, de todo o trabalho que existe entre os executivos e de empresas para virem no nosso município e dar andamento aos seus investimentos", disse o prefeito em conversa com o Bahia Notícias na manhã desta quinta-feira (7).
Marabá também projeta um aumento no tamanho da Bahia Farm Show com a entrega do aeroporto. "Sem dúvida, a feira já tem crescido muito. Nesses últimos dois anos se aumentou em 50% o espaço físico da feira. Esse ano nós ficamos com mais de 150 empresas na fila que não foi possível adentrar para o espaço físico e participar da Bahia Farm Show", disse.
"Luís Eduardo Magalhães, a Bahia Farm Show, ela cresce a todo ano, então nós como gestores temos que acompanhar ritmo, é uma luta muito grande, mas a gente tem conseguido avançar", finalizou.
Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) defendeu uma união entre os segmentos do agronegócio e da agricultura familiar com o objetivo de combater a fome no Estado e no país. Na abertura da Bahia Farm Show na manhã desta terça-feira (6), o gestor estadual pregou o fortalecimento do diálogo e pacificação do campo ao afirmar que o Brasil "é um só".
"A marca do agro da Bahia hoje aqui representado em Luís Eduardo Magalhães. Nós temos aqui um agro muito forte, no extremo sul, no norte, na Chapada, nós temos o prazer de termos clima bom, solo bom, bastou que viesse os empresários juntando com os nossos empresários para que nós pudéssemos ter a oportunidade de colocar o Brasil no ranking cotidiano de produção e de exportação. Mas aqui também no oeste nós temos uma agricultura familiar, e essa presença sua aqui hoje, presidente, é um chamado ao Brasil, um chamado pela unidade. Nós precisamos produzir com paixão o campo. Ontem na reunião com a direção do agro, com os segmentos representativos do agro, eu me coloquei à disposição. Eu sei que nós temos a chancela de falar em seu nome, que o senhor nos orienta isso. Nós nos colocamos a disposição para que o diálogo, para que a pacificação no campo seja dada para fortalecer a imagem de um Brasil que nós conhecemos. O Brasil é um só, a nossa bandeira, o nosso hino é um só, a nossa bandeira é uma só", disse Jerônimo em seu discurso.
"E nós trouxemos o senhor [Lula] de volta para fortalecer o crescimento do país, para gerar emprego, para gerar renda, para cuidar do meio ambiente, para estabelecer um diálogo e normalmente quando a gente lê ou ouve os dados do agro, a gente faz a leitura do que é produzido. Mas o agro não é só grãos, nem frutos, o também o desenvolvimento de uma produção de máquina e de tecnologia de organização de uma economia urbana. Fortalecimento dos hotéis, as pousadas, do comércio local, só que as vezes a gente só ouve falar nos grãos ou nas frutas, o agro é tudo isso", acrescentou.
Com o tom de pacificação, o governador se dirigiu a Lula ao relembrar que o país o escolheu novamente para representar os brasileiros com o resgate da "esperança".
"Lula traz os dois ministros pra demonstrar que é possível uma unidade no campo. Que é possível os dois segmentos, os segmentos do agro, o segmento da agricultura familiar e da reforma agrária, produzir, matar a fome, fazer o combate à pobreza. Eu apelo aqui pro meu povo da Bahia: empresários, prefeitos, prefeitas, vereadores, deputados, nós tivemos uma missão em 2022, foi de trazer a esperança de volta para o Brasil e agora nós elegemos, nós trouxemos o Brasil de volta, nós trouxemos a esperança de volta, mas nós temos uma missão, a cada dia, a cada hora no campo, na cidade, nas redes, construir um país, porque nós temos uma missão muito maior do que o nos diverge", sinalizou o gestor estadual.
"Nós temos uma missão de produzir alimentos, pra distribuir alimentos e matar a fome de 33 milhões de irmãos brasileiros e brasileiras. Aqui na Bahia são quase dois milhões e a primeira etapa que nós temos que fazer é providenciar comida. Nós criamos o Bahia Sem Fome", disse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença na Bahia Farm Show, uma das principais feiras do agronegócio do Brasil, que será realizada entre os dias 6 e 10 de junho no município de Luís Eduardo Magalhães, oeste baiano. Em Salvador nesta quinta-feira (11) para a primeira plenária estadual do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal, Lula aproveitou a ocasião para alfinetar uma confusão envolvendo Carlos Fávaro, seu ministro da Agricultura, em outro evento agrícola.
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"A Bahia é diferente. Quando você viu a notícia que meu ministro da Agricultura e ele é do agro... Tem a famosa feira da agricultura em Ribeirão Preto (SP), que alguns fascistas, negacionistas, não quiseram que ele fosse na feira. Desconvidaram o meu ministro, e eu falei 'não fique nervoso, que a agricultura brasileira não é só isso'. E eu chego aqui na Bahia enquanto os companheiros do agronegócio me entregando convite para vir na segunda feira mais importante do país, aqui na Bahia. Quero dizer que eu venho só pra fazer inveja", afirmou durante o evento na Arena Fonte Nova, se referindo à Agrishow, realizada no interior de São Paulo.
No final da tarde, Lula participa da cerimônia de assinatura do Decreto de Regulamentação da Lei Paulo Gustavo, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Lula confirma presença na Bahia Farm Show para "fazer inveja" em feira do agro de Ribeirão Preto
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) May 11, 2023
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), pediu para frequentar as reuniões que os colegas da bancada ruralista têm organizado mensalmente. Os senadores já fizeram dois encontros para conversar sobre projetos de lei relacionados ao agronegócio. A informação foi publicada pelo Metrópoles.
A incursão de Wagner ocorre no momento em que as relações do governo com o agronegócio enfrentam um acelerado processo de deterioração. O agro critica o que considera uma demora do governo para conter as invasões de terra promovidas pelo MST. A onda de ocupações é chamada pelo movimento de “Abril Vermelho”.
Os ruralistas já haviam se queixado do desmembramento do Ministério da Agricultura e criticado os discursos do presidente da Apex, Jorge Viana, que relacionaram o agronegócio ao aumento do desmatamento.
Os encontros não são parte dos almoços oferecidos pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e têm reunido aproximadamente 20 senadores ruralistas. Na primeira reunião, os parlamentares falaram sobre pautas prioritárias para o ano legislativo, como a regularização fundiária e o PL dos Agrotóxicos.
A tramitação do PL dos Agrotóxicos voltou a ser debatida na segunda reunião organizada pelos senadores. A pedido dos governistas, os ruralistas aceitaram promover um encontro com técnicos para discutir a proposta. O projeto é rechaçado por ambientalistas, mas tem a simpatia do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e está pronto para ser votado no plenário.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.