Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
/
Tag

Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

agro

Lula anuncia novo Plano Safra 2025/2026 com R$ 516 bilhões para agricultura, aumento de 1,5% em relação ao ano passado
Foto: Cadu Gomes/Vice-Presidência da República

Junto com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (1º) um novo recorde na destinação de recursos para o Plano Safra: serão R$ 516,2 bilhões para a agricultura empresarial no período 2025/2026, um total de R$ 8 bilhões a mais do que o liberado na última safra.

 

Voltado a atender médios e grandes produtores do país, o Plano Safra 2024/2025 da agricultura empresarial é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e envolve operações de custeio, comercialização e investimento. As condições variam de acordo com o perfil do beneficiário e o programa acessado.

 

O novo plano, o terceiro seguido em que o governo Lula bate recorde na concessão de recursos para a agricultura, foi apresentado sob o slogan “Força para o Brasil crescer”. O plano faz parte da estratégia do Ministério da Agricultura de melhorar a eficiência e competitividade do campo, a partir da ampliação do crédito, do incentivo à produção sustentável e do fortalecimento das políticas voltadas ao setor.

 

Estão presentes neste novo Plano Safra medidas de renegociação de dívidas, que são oferecidas aos produtores que enfrentaram dificuldades em safras anteriores. Esses produtores terão mais flexibilidade para reorganizar passivos e retomar o fluxo produtivo.

 

Nesta edição do Plano Safra, o governo também ampliou o Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira). A partir deste ano, beneficiários de programas da agricultura familiar poderão acessar o fundo mesmo que já tenham contratos ativos pelo Plano Safra.

 

Assim como havia feito na solenidade desta segunda (30), no anúncio dos recursos do Plano Safra da agricultura familiar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um pronunciamento rebatendo o que chamou de fake news em relação a programas do governo. O ministro ironizou críticas feitas ao governo mesmo com a economia apresentando números positivos. 

 

“Eu tenho visto notícias nos jornais dizendo assim, meu Deus, a coisa vai complicar pra gente, a economia está indo muito bem. A economia vai estar bem em 2026, vai complicar pro nosso lado. De que lado nós estamos falando, é do lado do Brasil? São patriotas que estão pensando assim? Que como a economia está bem, o Brasil está indo mal? Nós temos que colocar o pé no chão e começar a falar em país grande, falar de política pública. Falar de projeto de nação. Parar com essa briga ideológica, com fake news de dizer que o Plano Safra é menor do que o anunciado. É 42% maior do que o de 2022”, afirmou Haddad. 

 

“Um país começa a ter problemas quando a verdade incomoda. A verdade é parte da solução dos nossos problemas. Quanto mais transparente nós formos, tanto nos nossos sucessos quanto nos nossos desafios, mais nós vamos nos unir em torno de um projeto de Brasil grande, e de Brasil justo”, concluiu o ministro. 

 

A citação de uma fake news sobre o tamanho do Plano Safra também foi feita no pronunciamento do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O ministro fez menção a uma fala da ex-ministra do governo de Jair Bolsonaro, senadora Tereza Cristina (PP-MT), que afirmara que o Plano Safra não bateu recorde, como anunciava o governo.

 

“Ontem a grande ex-ministra Tereza Cristina caiu na fake news e falou que o Plano Safra não é recorde”, criticou Fávaro.

 

No seu pronunciamento, o presidente Lula destacou o trabalho de ministros e suas equipes para que o Plano Safra pudesse apresentar um novo recorde, pelo terceiro ano seguido. Lula destacou que o plano representa um conjunto de sacrifícios de membros do governo, e que vai além do valor conquistado para financiar a produção agrícola. 

 

“Esse plano vai muito além de termos batido um recorde de valor disponível, muito além dos R$ 516 bilhões que anunciamos. Nós queremos dar um passo além. Queremos elevar ao máximo os ganhos que esses recursos podem gerar para os empresários, para a sociedade e sobretudo para o nosso país, já que nosso objetivo é consolidar o papel do Brasil como celeiro do mundo”, afirmou Lula. 

 

O presidente Lula também destacou, na sua fala, a questão das mudanças climáticas, e citou as paralisações que ocorrem no Campeonato Mundial de Clubes da Fifa, realizada nos Estados Unidos. 

 

“O mundo vive profundas transformações de ordem política e econômica e climática, e quem não acreditava na questão climática, deve ter acompanhado a Copa do Mundo Interclubes nos Estados Unidos, e perceberam que pela primeira vez a gente viu uma partida de futebol ser suspensa por mais de duas horas e meia por conta do excesso de calor. Se alguém tinha dúvida de que o mundo tá mudando, essa Copa revelou essa realidade”, disse o presidente.

 

Outro ponto defendido pelo presidente Lula no seu pronunciamento foi a proposta do governo de isentar do imposto de renda os trabalhadores que recebem até R$5 mil por mês, com aumento de cobrança sobre os mais ricos. Lula disse que o Brasil precisa de uma política tributária mais justa.

 

“A gente tem que diminuir os privilégios de alguns para dar um pouco de direito dos outros. O que estamos tentando fazer é dar a esse país a cara do que precisa para ser um país desenvolvido”, colocou.

 

Lula participou da cerimônia ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

 

O novo plano apresentado por Lula e seus ministros apresenta uma outra novidade neste ano: o fato de o crédito rural de custeio agrícola passar a exigir a observância das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). A exigência se estende a contratos em que o Proagro não é exigido e a financiamentos acima do valor anterior de até R$ 200 mil contratadas por agricultores familiares do Pronaf com enquadramento no Proagro.

 

O objetivo do governo Lula com essa medida é a de evitar a liberação de crédito fora dos períodos indicados ou em áreas com restrições, e contribuir para maior segurança e sustentabilidade na produção. A exceção ocorre somente nos casos em que não houver zoneamento disponível para o município ou para a cultura financiada.

 

Dentro das novas iniciativas do novo Plano, há ainda o estímulo a produtores que adotarem práticas sustentáveis. Esses produtores terão acesso a condições diferenciadas, como juros reduzidos. O Plano Safra 2025/2026 também oferece crédito para produção de mudas, reflorestamento e culturas de cobertura, que ajudam a preservar o solo entre uma safra e outra.

 

Além disso, o governo prorrogou para o período de 1º de julho de 2025 a 30 de junho de 2026 a aplicação do desconto de 0,5% na taxa de juros das operações de crédito rural de custeio. A medida vale para produtores enquadrados no Pronamp e para os demais produtores que investirem em atividades sustentáveis, respeitados os limites definidos em cada instituição financeira para o ano agrícola.
 

Lula pede que Macron "abra o coração" ao acordo Mercosul-União Europeia, mas o francês segue com posição contrária
Foto: Ricardo Stuckert / PR D

No seu primeiro dia de compromissos de uma extensa agenda que cumprirá na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pedido ao presidente da França, Emmanuel Macron: que “abra o coração” para permitir o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. 

 

O presidente brasileiro fez o pedido a Macron durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5) no Palácio do Eliseu, em Paris, sede do governo francês. Lula foi recebido por Macron nesta manhã, e depois de passar as tropas em revista, participou de uma reunião com o presidente francês.

 

“Assumirei a presidência do Mercosul em 6 de junho, por seis meses. Quero dizer a vocês que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a UE. Por isso, meu caro [Macron], abra seu coração para fechar este acordo", disse Lula.

 

O presidente francês tem se mostrado resistente a aceitar a ratificação do acordo comerciais entre os dois blocos. A justificativa é que os produtores franceses reclamam que o acordo vai beneficiar o agro sulamericano e causar perda de receita e demissões. 

 

Lula disse também que o apoio da França ao tratado entre Mercosul e União Europeia seria “a resposta mais forte que nossas regiões poderiam oferecer diante da incerteza causada pelo retorno do unilateralismo e do protecionismo tarifário", referindo-se às tarifas impostas a diversos países e blocos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

Em resposta a Lula, o presidente francês disse que os seis meses que o governo brasileiro ficará à frente do Mercosul poderiam ser usados para aperfeiçoar o texto do tratado. Para ele, o acordo atual não seria bom nem para o clima, e nem para os agricultores frances. 

 

“Não sei como explicar aos meus agricultores que, em um momento em que estou pedindo que eles cumpram mais normas, [e no outro] estou abrindo meu mercado em grande escala para pessoas que não cumprem nada. Não será melhor para o clima, mas destruiremos completamente nossa agricultura”, disse Macron. 

 

O presidente da França defendeu ainda a adoção de uma cláusula de reciprocidade, que aplicaria os mesmos padrões fitossanitários em ambos os blocos. Macron também argumentou que seria necessário que fosse adotada uma cláusula de “freio”, que paralisaria parte do acordo caso um setor específico fosse desestabilizado em decorrência de uma concorrência considerada desleal.

 

De sua parte, Lula respondeu que seria importante que os agricultores franceses soubessem que a agricultura brasileira seria complementar à deles. "O que não pode é um bloqueio. Vamos colocar eles pra conversar com os nossos agricultores, vamos colocar as nossas cooperativas para discutir com as cooperativas francesas. Vamos fazer uma mesa de negociação. Tenho certeza que não haverá dúvidas”, concluiu.

 

No encontro que tiveram nesta manhã, Lula e Macron assinaram 20 acordos bilaterais, em áreas como meio ambiente e segurança. Entre as ações conjuntas está a implementação do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, anunciado pelo governo brasileiro como “a maior iniciativa de cooperação em defesa já empreendida” pelo Brasil. 

 

Os dois governos também discutem uma nova encomenda de aeronaves para o Brasil e a Polícia Federal de ambos coordenam esforços para combater o tráfico, o garimpo ilegal e o desmatamento na região da Amazônia. Outros dois atos assinados nesta quinta focam na cooperação para produção de hidrogênio de baixo carbono e de descarbonização do setor marítimo. 

 

Há 13 anos o governo brasileiro não realiza uma visita oficial de um chefe de Estado à França. A última ocorreu em 2012, durante o mandato de Dilma Rousseff.

Puxado principalmente pelo desempenho do agro, PIB brasileiro cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025
Foto: Divulgação

Graças ao forte desempenho da agropecuária e pelo mercado de trabalho aquecido, que impulsiona a demanda por serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o último trimestre do ano passado.

 

O percentual apresentado nesta sexta-feira (30) pelo IBGE está acima das expectativas projetadas no início do ano pelo mercado financeiro, que apostava em um crescimento em torno de 0,8% a 1% para o período. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.

 

O índice apurado também ficou acima da prévia do PIB apresentada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que projetava uma alta de 1,3% no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o último do ano passado.

 

De acordo com o IBGE, na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB do período janeiro-fevereiro-março de 2025 teve crescimento de 2,9%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%. O PIB atual marcou a 17ª taxa positiva consecutiva (o último resultado negativo foi no segundo trimestre de 2021, quando o PIB ficou em -0,7%). 

 

Na composição do resultado do PIB nos três primeiros meses do ano, o peso maior foi do setor agropecuário, que registrou aumento de 12,2%. 

 

Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, condições climáticas favoráveis impactaram o desempenho de algumas culturas. Entre os produtos com safra no 1º trimestre que apresentaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).

 

“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, afirmou a coordenadora do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

O setor de serviços, com alta de 0,3%, também teve boa contribuição. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade. 

 

Em valores correntes, forem gerados R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. 

 

Entre as atividades de Serviços, que têm peso de aproximadamente 70% da economia do país, segundo o IBGE, houve crescimento em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%).

 

Pela ótica da demanda, destaque para a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.

 

Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
 

Motta derrota obstrução do PL e garante aprovação da urgência a projeto que permite retaliação contra "tarifaço"
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

 

Por 361 votos a favor e apenas dez votos contra, foi aprovado na sessão desta quarta-feira (2) da Câmara dos Deputados o requerimento de urgência para votação do PL 2088/2025, que cria a Lei de Reciprocidade Econômica. Com isso, o projeto deve ser votado ainda nesta quarta. 

 

No início da ordem do dia no plenário, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu levar o requerimento de urgência mesmo com a obstrução mantida pelo PL e pela oposição. Os parlamentares de oposição estão nesta semana obstruindo todos os trabalhos nas comissões e no plenário por exigência de que seja votado o projeto que anistia os presos e condenados pelos acontecimentos em 8 de janeiro de 2023.

 

Em cerca de dez minutos desde o início da ordem do dia, a sessão atingiu o quoroum mínimo, e Hugo Motta iniciou a votação do requerimento. Como a obstrução não funcionou, deputados do PL e da oposição passaram a apoiar a aprovação da proposta. 

 

Os deputados de oposição disseram votar a favor do projeto em apoio à bancada do agronegócio, um dos setores que pode ser prejudicados pela imposição de novas tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

O projeto, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), permite que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) tenha poderes para suspender concessões comerciais e de investimentos em resposta a países ou blocos econômicos que impactam negativamente a competitividade dos produtos nacionais. Pelas regras atuais, o Brasil não pode aplicar tarifas unilateralmente a um país, o que poderia dificultar uma eventual resposta ao “tarifaço” de Trump.

 

O projeto, que no Senado foi relatado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) e acabou sendo aprovado por 70 votos a favor e nenhum contra, permite ainda que a Camex possa adotar medidas de restrição às importações e suspender concessões, patentes ou remessas de royalties, além de aplicar taxações extras sobre os países a serem retaliados.

Dois órgãos do governo revelam previsões diferentes para safra de grãos, mas ambos confirmam recorde em 2025
Foto: Jaelson Lucas/AEN-PR

A safra brasileira de grãos em 2024/2025 deve bater o recorde histórico de 316,4 milhões de toneladas obtido em 2023, mas há divergências em relação às estimativas apresentadas nesta quinta-feira (13) por dois órgãos do governo federal. Enquanto o levantamento divulgado pelo IBGE aponta que a safra será de 323,8 milhões de toneladas neste ano, a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) projeta um número ainda maior: 328,3 milhões.

 

Os números apresentados pelo IBGE fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que mostram um resultado 10,6%, ou 31,1 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas). A pesquisa do IBGE, entretanto, revelou uma redução de 0,5% nas previsões feitas em janeiro deste ano, quando o órgão previa que a safra seria de 322,2 milhões de toneladas.

 

Já o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 feito pela Conab, que é uma empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, revela um aumento de 10,3% em comparação com o volume obtido no ciclo anterior. A estimativa aponta que haverá um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas a serem colhidas, levando a produção total no Brasil a 328,3 milhões.

 

Apesar de divergirem no total da produção, os dois órgãos possuem a mesma avaliação a respeito da expansão da área plantada no país. IBGE e Conab apontam que o recorde na produção de grãos é resultado de uma área plantada que atingiu 81,6 milhões de hectares, assim como é reflexo da recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare. 

 

Os levantamentos dos dois órgãos também possuem discordâncias em relação às estimativas para a produção de soja. Para o IBGE, a soja deve registrar aumento de 13,4% em comparação à safra do ano passado, chegando a 164,4 milhões de toneladas. Este patamar já representaria um recorde em relação ao que foi produzido na safra recorde de 2023.

 

A Conab, entretanto, possui números ainda mais otimistas na avaliação da produção de soja. De acordo com o órgão, a safra de soja tem estimativa de produção de 167,4 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada. 

 

A Companhia avalia que após o início de colheita mais lento, devido a atrasos no plantio e excesso de chuvas no mês de janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida. A Conab afirma ainda que os rendimentos obtidos até o momento têm superado as expectativas iniciais em estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

 

Em relação à produção agrícola nas regiões brasileiras, o estudo do IBGE revela que todas as cinco tiveram alta nas estimativas de produção: Centro-Oeste (10,7%), Sul (11,7%), Sudeste (12,1%), Nordeste (10,2%) e Norte (3,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Nordeste (0,3%), a Sudeste (1,2%) e a Centro-Oeste (0,6%), enquanto a Região Norte (-0,1%) e a Sul (-3,2%) apresentaram declínios.  

 

O IBGE mostra ainda que o estado do Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,8%, seguido pelo Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,4%), Sul (27,0%), Sudeste (9,0%), Nordeste (8,8%) e Norte (5,8%).

 

As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (940 856 t), em Minas Gerais (341 149 t), no Paraná (284 300 t), na Bahia (76 400 t) e no Maranhão (15 655 t). As variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-3 214 922 t), em Rondônia (-26 497 t), em Alagoas (-771 t) e no Rio de Janeiro (-265 t).
 

Puxado por serviços e indústria, PIB registra 0,9% no 3º trimestre e resultado pode ajudar a frear alta do dólar
Fonte: Agência de Notícias CNI

Puxado principalmente por altas maiores nos setores de serviços e na indústria, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano. O resultado ficou abaixo da alta de 1,4% no segundo trimestre e também do índice de 1,1% do primeiro trimestre, e a queda nos números do setor agropecuário influenciaram nessa redução recente do PIB.

 

Os dados constam do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira (3) pelo IBGE. Segundo o relatório, apesar da queda em relação aos dois trimestres anteriores, o PIB do país acumulou alta de 3,3% entre os meses de janeiro a setembro de 2024, enquanto nos últimos quatro trimestres, a alta foi de 3,1%. Frente ao 3º trimestre de 2023, o indicador cresceu 4,0%. 

 

A divulgação dos números do PIB causaram uma pequena mudança no humor do mercado de câmbio. A partir das 9h30, o dólar começou a verificar uma leve baixa frente ao real nas primeiras negociações desta terça. Os investidores passaram a analisar os números do PIB brasileiro para o terceiro trimestre e ainda aguardam dados de emprego dos Estados Unidos.

 

Às 9h40, o dólar à vista caía 0,08%, a R$ 6,0531 na venda. Nesta segunda (02), o dólar à vista fechou o dia com alta de 1,07%, cotado a R$ 6,0652. Este foi o maior valor nominal de fechamento da história no Brasil.

 

Os números do IBGE mostraram que no terceiro trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores (abril-maio-junho), dois dos três grandes setores econômicos avançaram: Serviços (0,9%) e Indústria (0,6%). Já a Agropecuária registrou queda de 0,9% no período.

 

Em relação aos Serviços, eles cresceram principalmente os setores de Informação e comunicação (2,1%), outras atividades de serviços (1,7%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), atividades imobiliárias (1,0%) e comércio (0,8%). Houve pequeno crescimento ainda nos setores de transporte, armazenagem e correio (0,6%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).

 

Na Indústria, o IBGE apurou uma alta de 1,3% nas Indústrias de transformação. Por outro lado, caíram: Construção (-1,7%); Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e Indústrias extrativas (-0,3%).

 

Neste relatório mais recente do IBGE, houve uma revisão dos números referentes a 2023, por conta das modificações nos dados primários apurados pelo órgão. Com isso, o resultado do PIB para o ano de 2023, anteriormente um crescimento de 2,9%, foi revisto para 3,2%. Esse aumento foi ocasionado com as revisões, sob a ótica da produção, em Serviços (de 2,4% para 2,8%), na Indústria (de 1,6% para 1,7%) e na Agropecuária (de 15,1% para 16,3%).

 

Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 4%, o que representou a 15ª alta consecutiva nesta base de comparação. A última vez que um trimestre teve resultado negativo para o PIB foi no período de abril-maio-junho de 2021, quando houve um resultado de -0,6%.

 

Para o setor da Indústria, a alta foi de 3,6% frente ao terceiro trimestre do ano passado, com destaque para Construção (5,7%). Já a Agropecuária registrou queda de 0,8% frente a igual período em 2023. 
 

Em encontro da indústria, Lula diz que a França "não apita nada" no acordo entre Mercosul e União Europeia
Foto: Gabriel Pinheiro / CNI

O agronegócio não pode ser visto como inimigo e é um setor que precisa continuar crescendo e causando raiva nos franceses que estão achincalhando os produtos brasileiros. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (27) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a aberura do 14º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), principal evento de mobilização do setor.

 

Ao falar no evento, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, Lula fez referência às críticas de autoridades e do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, sobre o acordo de livre comércio entre União Europeia e o Mercosul.  Com objetivo de agradar agricultores franceses que fazem pressão para que o presidente Macron não assine o acordo, Bombard declarou que o supermercado não mais compraria carne de países do Mercosul, gerando uma crise com empresários do setor do agro, parlamentares e o governo brasileiro. 

 

"É importante que a gente não veja o agronegócio como inimigo […] Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva num deputado francês que hoje achincalhou os produtos brasileiros porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul nem tanto pela questão do dinheiro. Nós vamos fazer porque eu estou há 22 anos nisso e nós vamos fazer", afirmou Lula. 

 

Os principais negociadores do Mercosul e da União Europeia começaram a se reunir em Brasília desde esta terça (26), em Brasília, para tentar finalizar o texto do acordo de livre comércio entre os dois blocos. Se conseguirem fechar todos os pontos que ainda estão sendo negociados, o anúncio do tratado de livre comércio UE-Mercosul pode vir a ocorrer entre 5 e 6 de dezembro, quando acontecerá, em Montevidéu, a reunião de cúpula do bloco sul-americano.

 

"Se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen tem procuração para fazer o acordo, e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda. Tirar isso da minha pauta”, completou o presidente Lula durante a abertura do 14º Encontro Nacional da Indústria (ENAI).

 

Participam do encontro dirigentes das federações estaduais da indústria, de associações setoriais e sindicais, autoridades e especialistas. A abertura foi realizada pelo presidente da CNI, Ricardo Alban, e contou ainda com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que durante o evento lançará o Observatório do Custo Brasil.

 

"O Encontro Nacional da Indústria é uma oportunidade para discutirmos políticas e soluções que impulsionem a produtividade, preparando o setor industrial brasileiro para enfrentar as transformações do mercado e as exigências de sustentabilidade e inclusão, fundamentais para o desenvolvimento do país", destacou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Lula acena ao agro e deve ir à inauguração de mega fábrica no Mato Grosso do Sul
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da inauguração de uma grande fábrica da Suzano Papel e Celulose, no dia 5 de dezembro, em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. O evento ocorre como um sinal de apoio ao setor do agronegócio.

 

Com um investimento estimado em mais de R$ 22 bilhões, a nova unidade será o maior investimento privado do Brasil em 2024. A expectativa é que a planta tenha capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

 

A Suzano, líder do mercado brasileiro de celulose e papel, é a maior fabricante de celulose do mundo e uma das maiores produtoras de papel da América Latina.

 

As informações são do site Metrópoles.

Alckmin, no exercício da presidência, comemora recorde de expansão de novos mercados para produtos brasileiros
Foto: Cadu Gomes / Vice-Presidência da República

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) alcançou nesta quarta-feira (25), um feito inédito ao abrir 200 novos mercados internacionais em pouco mais de 20 meses. Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 60 novos destinos foram contemplados, ampliando a presença do agronegócio brasileiro em todos os continentes.

 

“Chegamos a marca de 200 mercados. O Brasil é um grande protagonista hoje planetário: segurança alimentar, energética e clima”, comemorou o presidente em exercício Geraldo Alckmin.

 

As aberturas recentes de embriões para a Rússia e erva-mate para Angola e Coréia do Sul foram essenciais para atingir a marca. De acordo com a secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, a conquista reforça a estratégia do governo de fortalecer o comércio exterior e diversificar as exportações, consolidando o Brasil como um dos maiores players globais no setor agropecuário.

 

O número atual supera a soma dos mercados abertos durante nos anos de 2019 (35), 2020 (74) e 2021 (77), quando, ao longo de 36 meses, foram conquistadas 186 novas aberturas. O recorde obtido neste mês já se aproxima do total alcançado nos últimos quatro anos da gestão anterior, que registrou 239 aberturas de mercado.

 

“A abertura de novos mercados comprova a competitividade e confiabilidade do setor produtivo brasileiro, reconhecido em mais de 200 países pela sua qualidade sanitária. Essa expansão internacional impulsiona as exportações, contribuindo para o saldo positivo da balança comercial, gerando divisas, empregos e renda ao homem do campo”, destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

 

Somente neste ano, já foram abertos 122 novos mercados, com quase todos os meses estabelecendo recordes históricos. Entre os números mensais, destacam-se 26 novos mercados em junho (13 países), 16 em julho (9 países), 15 em maio (10 países), 15 em agosto, 10 em março (7 países), 7 em fevereiro (6 países), 9 em janeiro (5 países) e 5 em abril (3 países). Até o momento, já foram abertos 19 novos mercados neste mês em 10 destinos.

 

As aberturas incluem não apenas produtos tradicionais do Brasil, como carnes e soja, mas também uma diversificada gama de produtos agropecuários, como pescados, sementes, gelatina e colágeno, ovos, produtos de reciclagem animal, noz-pecã, erva-mate, arroz, açaí em pó, café verde, embriões e sêmen.

 

“Nos últimos 20 meses, criamos, em média, uma nova oportunidade de comercialização a cada três dias. Esse marco reflete a determinação e o esforço contínuo do ministro Carlos Fávaro e de toda a equipe do Mapa em diversificar nossa pauta exportadora e ampliar as oportunidades para os produtos agrícolas brasileiros no cenário global”, ressalta Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais.

 

Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Pesquisa do IBGE mostra que o estado da Bahia segue como líder nacional na produção de ovinos e caprinos
Foto: Luiz Gonzaga Pinto de Queiroz/Embrapa

Assim como em anos anteriores, o estado da Bahia fechou 2023 como o líder nacional na produção da caprinocultura e da ovinocultura. Os maiores rebanhos brasileiros de bodes, cabras e cabritos (caprinos) e ovelhas, carneiros e borregos (ovinos) estão na Bahia.

 

Foi o que revelou a Pesquisa da Pecuária Municipal 2023, divulgada nesta quinta-feira (19) pelo IBGE. A pesquisa investiga, anualmente, informações sobre os principais efetivos de rebanhos das espécies animais criadas no Brasil, além de informações sobre o valor da produção durante o ano de referência.

 

Segundo o IBGE, a cidade baiana de Casa Nova, localizada na região do semiárido nordestino, segue como um dos principais símbolos da caprinocultura e da ovinocultura no Brasil. Dos 12,9 milhões de cabeças de caprinos do país, 725 mil estão no município baiano. Já em relação aos ovinos, em meio ao rebanho total de 21,7 milhões de ovelhas e carneiros, Casa Nova lidera a produção nacional com 658 mil animais. 

 

O efetivo de caprinos no Brasil aumentou 4% no ano de 2023 em relação ao ano anterior, enquanto o número de ovinos aumentou 1,3%. Os dois valores são recordes históricos da pesquisa do IBGE. A região Nordeste foi a principal responsável por este aumento, já que possui 96% do total de caprinos e 71,2% dos ovinos do país. 

 

A Bahia é o destaque nacional nesta produção, como primeiro estado em ambas as criações, sendo que 30,7% do rebanho caprino e 23% do rebanho ovino de todos o país são baianos. Além de Casa Nova, se destacam na produção de caprinos os municípios de Juazeiro e Curaçá. Já em relação aos ovinos, Juazeiro e Remanso estão logo atrás de Casa Nova no ranking do tamanho do rebanho. 

 

A pesquisa do IBGE mostrou ainda que o valor dos principais produtos da pecuária cresceu 5,4% em 2023 e atingiu R$ 122,4 bilhões. Os produtos de origem animal atingiram R$ 112,3 bilhões, alta de 4,5% em relação a 2022, e os itens da aquicultura foram responsáveis por R$ 10,2 bilhões, aumento de 16,6%.

 

O efetivo bovino no Brasil chegou a 238,6 milhões de cabeças em 2023, o maior da série histórica iniciada em 1974. Apesar da marca representar crescimento do rebanho, o acréscimo de 1,6% em relação ao ano anterior foi o menor aumento percentual observado nos últimos três anos pelo IBGE, mostrando a tendência de desaceleração no setor e inversão de ciclo pecuário.

 

A pesquisa mostra ainda que a Bahia também vem se destacando na produção de mel. No ano de 2023, a região Nordeste teve um aumento de 4,1% na produção em relação ao ano anterior, e passou a ser responsável por 39,9% do total nacional. A Bahia é o terceiro maior produtor do país, concentrando 7,4% do mel produzido, só perdendo para Piauí (13,8%) e Ceará (8,9%).

 

Em relação à produção nacional de mel, a pesquisa do IBGE revelou que houve um crescimento geral de 2,7% em 2023, totalizando 64,2 milhões de quilos, o mais alto valor já registrado na série histórica. Este setor desde 2016 apresenta crescimentos consecutivos e, a partir de 2018, a cada ano, vem alcançando recordes na estimativa.

IBGE confirma recorde na safra de 2023; São Desidério segue como segunda maior cidade na produção do agro
Foto: Wenderson Araújo / Confederação Nacional da Agricultura

A safra de grãos no Brasil bateu recorde no ano de 2023, com uma nova expansão da área plantada do país, mas o valor de produção das principais culturas agrícolas caiu no ano passado em relação a 2022. Esses são alguns dos resultados do agro brasileiro apresentados nesta quinta-feira (12) pelo IBGE, por meio da Pesquisa Agrícola Municipal 2023.

 

De acordo com a pesquisa, a safra de grãos no ano de 2023 alcançou 316,4 milhões de toneladas, um recorde histórico, apresentando um volume 19,6% maior do que a produção do ano anterior. Segundo avaliação do IBGE, esse resultado foi possibilitado por um bom ciclo de chuvas no ano passado, que levou à recuperação da produtividade das lavouras e impactou diretamente no aumento da produção.

 

“A safra recorde de grãos pode ser justificada, além da recuperação na produtividade, pela manutenção do ritmo de ampliação das áreas de cultivo, visto que ao longo dos anos as áreas vêm se ampliando em uma média de aproximadamente 4% a 5% ao ano, o que em 2023 não foi diferente”, afirmou o coordenador da pesquisa do IBGE, Winicius Wagner.

 

Como explicou o coordenador, a área plantada do país, considerando todas as culturas, totalizou 96,3 milhões de hectares, uma ampliação de quase cinco milhões de hectares. Essa expansão atingiu um total de 5,5% em relação a 2022, com a manutenção do ritmo de crescimento observado ao longo dos últimos anos.

 

A maior produtividade no ano, entretanto, não foi capaz de elevar o valor de produção das principais culturas agrícolas brasileiras. A pesquisa mostrou que o valor de produção caiu 2,3% em 2023 frente a 2022 e alcançou R$ 814,5 bilhões. 

 

Essa queda se explicaria, segundo o IBGE, pela autorregulação do mercado que se seguiu ao aumento na produção de grãos. Essa autorregulação teria levado a uma queda nos preços dos produtos.

 

A pesquisa mostrou que os os cinco primeiros produtos no ranking de valor de produção foram a soja, a cana-de-açúcar, o milho, o algodão e o café. Esses itens da pauta agrícola registraram recordes de produção na série histórica, com resultados variados na comparação entre 2022 e 2023.

 

A unidade da federação com maior valor de produção no país segue sendo Mato Grosso, com R$ 153,5 bilhões. O estado é o maior produtor nacional de soja e milho. Em seguida, aparece São Paulo, com 13,8% do valor de produção nacional (R$112,5 bilhões) e 9,0%% de crescimento em relação a 2022. 

 

A Bahia é o 8º estado com maior participação no valor de produção agrícola nacional (essa participação caiu de 5,5% em 2022 para 5,3% no ano passado). Esse valor de produção na Bahia atingiu R$ 43,3 bilhões em 2023, a maior da região Nordeste e que chega a quase 50% do total de R$ 94,2 bilhões atingidos pela soma de todos os nove estados nordestinos.

 

Entre os municípios, o destaque na produção agrícola brasileira, pelo quinto ano consecutivo, foi a cidade de Sorriso (MT), que, sozinha, respondeu por 1% do total nacional, e atingiu um total de R$ 8,34 bilhões em valor de produção. A segunda posição no ranking de valor da produção agrícola foi ocupada por São Desidério, na Bahia, que totalizou R$ 7,8 bilhões, retração de 12,4% em relação a 2022. 

 

A produção de soja, algodão e milho foram destaques no município baiano de São Desidério. Somente a produção de soja representou um total de R$ 4,2 bihões no total alcançado pelo município. 

 

A Bahia conta ainda com a cidade de Formosa do Rio Preto entre os dez municípios brasileiros com os maiores valores de produção agrícola. A cidade teve valor de produção total de R$ 5,7 bilhões, cm R$ 4,2 bi vindos somente da produção de soja.

 

A pesquisa do IBGE mostra ainda que a cultura do algodão voltou a apresentar bom desempenho no ano de 2023, com aumento de 18,3% no volume produzido, totalizando 7,5 milhões de toneladas de algodão (em caroço). Esse resultado representou um recorde na série histórica da pesquisa, com rendimento médio da cultura superior a 14,2% na comparação com o ciclo anterior.

 

Os estados do Mato Grosso e Bahia seguiram preponderantes na produção de algodão no Brasil. Cerca de 90,2% da área plantada no país concentraram-se nessas duas unidades da federação. Enquanto Mato Grosso gerou R$ 20,3 bilhões em valor com a cultura do algodão, a Bahia totalizou R$ 7,3 bilhões, resultado que veio após um aumento de 7% no valor de produção em comparação com o ano de 2022.
 

Abapa realiza 3ª edição do Dia do Algodão e atinge público recorde

Com o tema "O Presente da Transformação", a terceira edição do Dia do Algodão, maior evento da cadeia produtiva do algodão no Nordeste e Matopiba da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) reúne público recorde de mais de 1.400 pessoas, incluindo produtores, representantes do setor do agronegócio, pesquisadores e estudantes. 

 

No evento, os participantes puderam explorar um universo de conhecimento, tecnologia e inovações para a cotonicultura. Nesta edição, o evento celebrou o algodão baiano e apresentou as novidades do setor, com ampla difusão de pesquisas, estudos e práticas sustentáveis. 

 

Foto: Divulgação / Abapa

 

Recebemos pessoas da Bahia, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, “que trocaram experiências que fortalecerão as ações na lavoura e fora dela”, destacou o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

 

Uma estrutura dinâmica foi montada em meio à lavoura de algodão, permitindo ao público acessar informações e participar de três estações técnicas simultâneas, lideradas por especialistas renomados. Mais de 25 expositores trouxeram marcas, produtos e serviços, com estandes na área interna e exposições de máquinas, aviões agrícolas e equipamentos na área externa.

 

Na primeira estação, o presidente da Abapa recepcionou os visitantes e apresentou a palestra institucional “Fitossanidade, Sustentabilidade e Resultados do Setor". Em seguida, o consultor e professor Marcos Fava Neves compartilhou suas experiências na segunda estação com a palestra “Futuro do Agro: Perspectivas para o Algodão”, oferecendo uma visão inovadora e estratégica sobre o tema. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) liderou a terceira estação com a palestra “O Algodão Brasileiro no Cenário Global: Estratégias para Ampliar a Participação no Mercado”, apresentada pelo diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte.

 

Foto: Divulgação / Abapa

 

O presidente da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel, destacou: “Tenho uma sorte imensa em participar da terceira edição do Dia do Algodão na Bahia, um evento que traz inovações e informações essenciais sobre o algodão no mundo. Precisamos evoluir e ajudar a ter um algodão cada vez mais sustentável e eficiente.” A plenária principal, comandada por Maurício Schneider, incentivou os produtores a utilizarem Inteligência Artificial e outras tecnologias na lavoura e nos processos financeiros e burocráticos, promovendo a modernização dos negócios.

Aprovado na Câmara projeto de Roberta Roma que cria a Rota Turística da Chapada Diamantina
Foto: Secretaria de Turismo do Governo da Bahia

A Comissão de Turismo da Câmara aprovou, em sessão nesta quarta-feira (03), o PL 1.221 de 2024, de autoria da deputada Roberta Roma (PL-BA), que tem como objetivo incluir na Rota Nacional do Turismo a Região da Chapada Diamantina no Estado da Bahia. O projeto da deputada baiana busca criar a Rota Turística da Chapada Diamantina, direcionada aos segmentos do ecoturismo, da história, da cultura, da gastronomia, da arqueologia, do esporte e de aventura.

 

Na Comissão de Turismo, o projeto recebeu parecer favorável do deputado Gabriel Nunes (PSD-BA). De acordo com a proposição, a Rota Turística da Chapada Diamantina teria alguns objetivos, tais como: promover o desenvolvimento do turismo local com foco em diversos aspectos; implantar os mecanismos de educação ambiental, patrimonial e empreendimentos turísticos; incentivar a organização produtiva da vitivinicultura local, voltada à gastronomia e à geração de novas fontes de emprego e renda; incentivar o empreendedorismo e a capacitação de mão-de-obra. 

 

O projeto da deputada Roberta Roma também busca promover melhorias da infraestrutura de acesso aos pontos turísticos na região da Chapada, além de prospectar fontes de financiamento para o desenvolvimento turístico. 

 

A Rota Turística da Chapada Diamantina abrangeria os seguintes municípios no Estado da Bahia: Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Bonito, Ibicoara, Ibitiara, Iramaia, Iraquara, Itaetê, Jussiape, Lençóis, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Mucugê, Nova Redenção, Novo Horizonte, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Seabra, Souto, Soares, Utinga e Wagner.

 

Na defesa da aprovação do projeto, o deputado Gabriel Nunes afirmou que as belezas naturais, como as cachoeiras, os chapadões e as matas fechadas, além do rico patrimônio arquitetônico presente em boa parte das cidades do território da Chapada, estão entre os maiores atrativos turísticos da Bahia. Segundo o deputado baiano, apesar de, nos últimos anos, municípios da região desenvolverem a aptidão para diversas atividades econômicas, seria necessário fomentar o turismo na região como motriz da geração de emprego e renda para todo o conjunto populacional da Chapada Diamantina.

 

“Colocar a Região da Chapada Diamantina como Rota Nacional do Turismo é uma oportunidade de fomentar a geração de emprego e renda nessa região. O Território Chapada Diamantina engloba vinte e quatro municípios e ocupa uma área de 32.407,36 km2, com uma densidade demográfica de 11,48 hab/km2, possuindo enorme potencial turístico”, defendeu Gabriel Nunes.

 

Em suas redes sociais, a deputada Roberta Roma comemorou a aprovação do projeto pela Comissão de Turismo. A deputada baiana destaca que a região da Chapada Diamantina, além de ser rica em belezas naturais, com belíssimas cachoeiras, é muito forte também no agro, com produção de frutas e os cafés e vinhos de alta qualidade, inclusive com reconhecimento internacional.

 

“Esse projeto significa mais políticas públicas de fomento ao turismo para a região, mais oportunidades de emprego e renda para a população. Vamos torcer para que logo, logo esse projeto tenha força de lei no nosso ordenamento jurídico e a prosperidade venha com força para a nossa belíssima chapada”, disse Roberta Roma.

 

Com a aprovação pela Comissão de Turismo, o PL 1221/2024 segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após a votação da matéria nessa comissão, a proposição seguirá para ser apreciada no Plenário da Câmara. 
 

Com alta no setor de serviços e consumo de famílias, PIB cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024
Foto: Agência de Notícias IBGE

Puxado principalmente pelo setor de serviços e o aumento no consumo das famílias, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com os últimos três meses do ano passado. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (4) pelo IBGE. 

 

O resultado foi superior ao que era esperado por diversas instituições financeiras do mercado. O monitor de mercado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, apostava em um crescimento do PIB de 0,7% no primeiro trimestre de 2024. Há algumas semanas, as instituições financeiras cravavam um crescimento de apenas 0,2% no período. 

 

Segundo o IBGE, o resultado dos meses analisados (janeiro, fevereiro e março de 2024) revela a continuidade do crescimento do consumo das famílias brasileiras. No relatório divulgado nesta terça, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, avalia que o consumo das famílias foi beneficiado pela melhoria do mercado de trabalho no país e às taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.

 

“O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”, afirmou Rebeca Palis.

 

A coordenadora da pesquisa disse ainda que outro destaque positivo que propiciou o resultado do primeiro trimestre do PIB foi o aumento dos investimentos no país. Segundo Rebeca Palis, esses investimentos foram alavancados pelo aumento na importação de bens de capital, no desenvolvimento de softwares e no setor da construção. 

 

Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.

 

Na formação do crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre de 2024, o setor de serviços foi um dos principais responsáveis, com alta de 1,4%, principalmente devido às contribuições do Comércio (3,0%), de Informação e Comunicação (2,1%) e de “Outras atividades de serviços” (1,6%). A Agropecuária cresceu 11,3% E a indústria registrou uma pequena variação negativa (-0,1%), que é considerada estabilidade.

 

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Agropecuária (6,4%), na Indústria (1,9%) e nos Serviços (2,3%).

 

Para a coordenadora da pesquisa, Rebeca Palis, os destaques para a formação do crescimento em relação a 2023 foram os mesmos, com o setor de serviços puxando a alta de 2,5% frente ao mesmo trimestre de 2023. Entretanto, a analista destaca que houve mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia. 

 

“Em 2022 e 2023, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações crescendo mais do que as importações. Nesse primeiro trimestre essa contribuição virou negativa. Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou”, explicou Rebeca.

 

A coordenadora do IBGE lembrou ainda que o setor do agronegócio não está com um desempenho favorável como em anos anteriores. “Nesse primeiro trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna”, disse Rebeca Palis.
 

PIB ficou em 2,9% no ano de 2023, puxado principalmente por recorde de crescimento da agropecuária
Foto: Wenderson Araújo / Confederação Nacional da Agricultura

Com forte influência da atividade agropecuária e das atividades extrativas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo IBGE, por meio do seu Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

 

O indicador ficou dentro do que era aguardado pelos analistas de mercado, que projetavam um crescimento entre 2,9% e 3,1%. O Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por exemplo, apontava que a economia brasileira teria um crescimento de 3% em 2023. 

 

Os números apresentados pelo IBGE mostram que a agropecuária, com crescimento de 15,1% de 2022 para 2023, foi o principal motor do crescimento do PIB do país. Houve crescimento também na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%). Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

 

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das Indústrias Extrativas. A atividade teve alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro.

 

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou, ao divulgar o resultado, que o recorde obtido pela Agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, foi influenciado principalmente pelo crescimento da produção e do ganho de produtividade da Agricultura. 

 

“Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)”, disse Rebeca.

 

O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do 4º contra o 3º trimestre de 2023. Entre os setores, a Indústria cresceu 1,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,3%. Com importantes safras concentradas no primeiro semestre, a Agropecuária recuou 5,3%.

 

Nas atividades industriais, destaque para a alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,2%.

 

Assim como nas avaliações sobre a inflação de 2023, também em relação ao crescimento do PIB o mercado errou todas as suas projeções no começo do ano passado. Os primeiros boletins Focus do Banco Central em janeiro de 2023, com a média das estimativas de mais de 100 analistas e agentes do mercado, projetavam um crescimento do Produto Interno Bruto de 0,77% ao final do ano. 

 

Em relação à inflação, o mercado, no começo de 2023, projetava que o ano fecharia com o IPCA na casa de 5,39%. Em janeiro, o IBGE anunciou que a inflação brasileira foi de 4,62% no ano de 2023. 

 

Durante ao ano, os analistas do mercado foram progressivamente revisando suas estimativas e elevando as previsões para o PIB, assim como rebaixaram a sua expectativa em relação à inflação. O último boletim Focus de 2023, em 26 dezembro, apontava um PIB de 2,92% para o ano passado, número que, afinal, se mostrou correto. 

 

Já em relação à inflação, o Boletim Focus de 26/12 indicava que o IPCA fecharia o ano em 4,46%. Com uma aceleração da alta de preços principalmente em dezembro, a inflação oficia acabou em 4,62%, ainda dentro do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (4,75%). 
 

 

Abapa concede prêmio a jornalistas e estudantes destaque na cobertura do setor do algodão da Bahia
Foto: Divulgação

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) premiou, nesta terça-feira (28), os jornalistas e estudantes que se destacaram na produção comunicacional sobre a produção de algodão na Bahia. A cerimônia do Prêmio Abapa de Jornalismo 2023 foi apresentada pela jornalista especializada em agro, Georgina Maynart, ao lado do presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi, que revelaram os vencedores com a entrega de R$ 81 mil em dinheiro e certificados. 

 

Na categoria Profissional, modalidade Televisão, o prêmio foi para a TV Bahia, afiliada da TV Globo, que veiculou a reportagem especial “Onde tem Bahia: Conheça histórias de quem leva a Bahia pelo mundo”, de Eduardo Oliveira (repórter), Jefté Rodrigues (cinegrafista) e Douglas Souza de Oliveira (editor). Na Internet, o site Notícias Agrícolas conquistou a honraria com a reportagem “A revolução da cotonicultura brasileira em duas décadas”, do autor Aleksander Horta de Souza.

 

O destaque foi para a categoria Jovens Talentos, onde estudantes de seis faculdades baianas – Centro Universitário UNIFTC; Unijorge; UNIFACS; UFBA, UNIME e UESB - participaram de uma imersão, por meio de um ciclo de palestras e visitas técnicas nos campos de algodão do oeste da Bahia. Para esta edição, diante da qualidade do trabalho dos estudantes, além de premiar os trabalhos dos três melhores colocados, de acordo com o regulamento, foram reconhecidas mais duas reportagens das modalidades escrita e vídeo, com uma menção honrosa, além dos troféus. Confira a lista completa com os ganhadores:

 

Categoria Jovens Talentos - Escrita

 

1º lugar – UFBA - Larissa Pereira Almeida. Título: ESG na cotonicultura: saiba como a adoção da onda sustentável impulsiona a cadeia produtiva do algodão no Oeste da Bahia

2º lugar - UFBA- Jade Araújo de Oliveira. Título: Caminhos alvos para o futuro.

3º lugar- UNIFACS – Universidade Salvador - Maria Eduarda Gonzaga Matos. Título: Conhecendo o Agro: Programa educacional estimula o interesse pelo agronegócio em escolas do Oeste Baiano.

4º lugar - Centro Universitário UNIFTC - Quézia Silva Nascimento. Título: Cotonicultura anda de mãos dadas com a sustentabilidade.

5º lugar - UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado - Millena Marques de Sousa. Título: Cotonicultura: o coração do oeste baiano.

 

Categoria Jovens Talentos - Vídeo

 

1º lugar – Centro Universitário UNIFTC - Marcos Vinícius Freitas de Jesus, Atamires Miranda do Nascimento e Wendel Alves de Araújo. Título: O processo produtivo do algodão na Bahia.

2º lugar - UNIFACS – Isla Maria de Carvalho Ribeiro, Lis Gabrieli Bonfim Soares Silva. Título: Brasil está prestes a superar os EUA e se tornar o maior exportador de algodão do mundo ainda em 2023/2024

3º lugar - UESB – direto de Vitória da Conquista - Ane Caroline Sousa Xavier, Ellen Milena Gomes Santana. Título: Moda Consciente: Sustentabilidade em cada fibra.

4º lugar - Centro Universitário UNIFTC - Bruna Silva da Costa, Vitória Sacramento Vieira. Título: Sustentável, econômico e social: Entenda a importância do aproveitamento do algodão.

5º lugar - UNIFACS – Universidade Salvador - Sued Mattos Conceição Gomes. Título:  Farelo e torta de algodão: subprodutos têm potencial de expandir a criação de gado na Bahia.

Rebanho de gado e frango no Brasil (1,8 bilhão de cabeças) é nove vezes maior do que a quantidade de pessoas
Foto: Secretaria de Agricultura BA / Divulgação

Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com um diagnóstico sobre a pecuária em todo o Brasil revelou que atualmente o país possui um rebanho total de 1,9 bilhão de cabeças de diversos tipos de bichos criados para atender os brasileiros e o mercado externo. Esse número é aproximadamente nove vezes maior do que a quantidade de seres humanos no Brasil (203 milhões de habitantes), e maior do que a população de qualquer país do mundo.

 

Quase todo esse rebanho é formado por bois, vacas, galinhas e frangos (1,8 bilhão de cabeças). E há no país, ainda, numerosos rebanhos de porcos, ovelhas, codornas e cabras, maiores do que a população de todos dos municípios brasileiros.

 

De acordo com o IBGE, a quantidade de cabeças de galináceos atualmente chega a 1.530.668.972. O Brasil é líder na exportação mundial de carne de frango desde 2004 e detém, hoje, 35% desse mercado. Só no ano passado, o país produziu 14,3 milhões de toneladas de carne de frango. Deste total, 32% foram exportados para mais de 150 nações, gerando uma receita de US$ 7,6 bilhões.

 

Em relação às cabeças de gado, o Brasil possui hoje um rebanho total de 224.602.112. Assim como na produção de frango, o país é também o maior exportador de carne bovina do mundo. No primeiro semestre de 2023 o Brasil exportou 1,02 milhão de toneladas de carne bovina, com faturamento de US$ 4,8 bilhões.

 

Em relação a outros rebanhos, o Brasil possui 44,3 milhões de porcos, 21,5 milhões de ovelhas, 14 milhões de codornas, 12,3 milhões de cabras, 5,8 milhões de cavalos e 1,5 milhão de búfalos. Uma curiosidade: para transportar esses rebanhos, que somados pesam 152 bilhões de quilos, seriam necessários 374 navios de carga. 

 

A cidade brasileira com maior concentração de gado bovino é São Félix do Xingu, no Pará, com 2.522.608 cabeças. Em segundo lugar está Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 1.981.843 cabeças, e em terceiro, Porto Velho, capital de Rondônia, com 1.685.258. A cidade baiana com maior estoque de gado é Itamaraju, no sul do Estado, com 187.821, seguida de Itanhém, com 168.030 cabeças de gado. 

 

Já em relação à quantidade de frangos, a cidade campeã no Brasil é Cascavel, em Santa Catarina, com rebanho de 21.066.852 cabeças. A segunda coloca é Rio Verde, em Goiás, com 13.285.023 cabeças de frango. Na Bahia, a cidade campeã na quantidade de cabeças de frango é Barreiras, com 7.316.877, seguida do município vizinho de Luís Eduardo Magalhães, com 3.449.350 cabeças. 

 

Com relação aos porcos, a cidade com maior população desta espécie é Toledo, no Paraná, com 909.879 cabeças. Em segundo lugar está a mineira Uberlândia, com 633.885 cabeças de porcos. Na Bahia, a capital dos porcos é Pilão Arcado, no semiárido do norte do Estado, com 23.096 cabeças. Em seguida vem Casa Nova, com 17.308 cabeças, e no terceiro lugar outra cidade na mesma região, Remanso, com rebanho de 14.589 porcos.

 

Uma curiosidade sobre a cidade de Casa Nova é o fato dela ter o maior rebanho de cabras na Bahia (690.115), assim como de ovelhas (617.787). Contando todos os bichos pesquisados, Casa Nova tem um rebanho total de 1.465.030. A cidade baiana campeã em rebanhos totais, entretanto, é Barreiras, com 7.452.350 de animais, seguida da sua vizinha Luís Eduardo Magalhães, com 3.534.794. 

 

Barreiras, cidade com mais rebanhos de bichos na Bahia, tem 156.975 habitantes. Já Luís Eduardo Magalhães, com seus mais de três milhões de rebanhos de animais, possui 90.162 moradores. 

Pacheco atende bancada do agro e cancela sessão, mas não garante votação do veto ao marco temporal
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Atendendo a pedidos da Frente Parlamentar da Agropecuária e da bancada ruralista, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cancelou a sessão do Congresso Nacional que seria realizada na manhã desta quinta-feira (26). Na pauta da sessão estava prevista a votação de 31 vetos presidenciais, sendo que 27 deles já ultrapassaram o prazo regular de 30 dias para apreciação e, por isso, têm prioridade.

 

Pacheco havia comunicado aos parlamentares que não iria incluir na pauta da sessão desta quinta o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto do marco temporal indígena. Um dos principais dispositivos vetados foi o que estabelecia que os povos indígenas só teriam direito às terras que ocupavam ou reivindicavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

 

Os únicos trechos que não foram alvos de veto por Lula são os que tratam das disposições gerais com a definição dos princípios orientadores da lei, as modalidades de terras indígenas para reconhecimento da demarcação e os pontos que norteiam o acesso e a transparência do processo administrativo.

 

A Frente Parlamentar da Agropecuária emitiu nota recente afirmando que o veto presidencial ao PL 2.903/2023 representou um “desrespeito” ao que foi decidido pelo Congresso Nacional. O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), disse que o grupo possui os votos necessários na Câmara e no Senado para derrubar os vetos. 

 

“Esse veto vai ter resposta no Congresso Nacional, pois não vamos assistir de braços cruzados a injustiça com os proprietários rurais do Brasil e a escalada de violência no campo. Nós vamos trabalhar para derrubar os vetos e aprovar as PEC’s 132, para indenizações, e a 48, no Senado Federal. A FPA está mobilizada para garantir o direito de propriedade no país”, destacou Lupion.

 

O presidente da FPA, grupo que conta com a adesão de 303 deputados e 41 senadores, pediu ao senador Rodrigo Pacheco que o veto ao marco temporal fosse incluído na sessão desta quinta, e anunciou que iria obstruir as votações. Diante da promessa de quórum baixo, o presidente do Senado preferiu cancelar a sessão. Pacheco deixou em aberto tanto a marcação da próxima sessão quanto a inclusão na pauta dos vetos ao projeto do marco temporal indígena. 

 

Como já estão agendadas sessões deliberativas do Senado para as próximas terça (31) e quarta (1º), a votação dos vetos em reunião das duas casas do Congresso deve ficar para a semana posterior ao feriado de Finados. 

 

Em 27 de setembro deste ano, o STF rejeitou a possibilidade de adotar a data da promulgação da Constituição como marco temporal para definir o direito à ocupação tradicional da terra pelas comunidades indígenas. A decisão do STF balizou o veto do presidente Lula à definição do período para a demarcação de novos territórios indígenas presente no projeto aprovado no Congresso. Lula vetou também a possibilidade de exploração econômica das terras indígenas, inclusive em cooperação ou com contratação de não indígenas. 

 

Os vetos presidenciais ao PL 2.903/2023 incluíram ainda a rejeição ao trecho que garante que “não haverá qualquer limitação de uso e gozo aos não indígenas que exerçam posse sobre a área, garantida a sua permanência na área objeto de demarcação”. No mesmo sentido, o presidente Lula rejeitou trecho que ampliava as possibilidades de indenização às ocupações de boa-fé. 

 

Para a Presidência da República, “ao alargar as hipóteses de casos indenizáveis, o dispositivo pode gerar incentivo à ocupação e à realização de benfeitorias após a expedição da portaria declaratória, ampliando eventuais custos com pagamento de indenizações a cargo da União”. Todos esses vetos serão analisados em sessão conjunta do Congresso em data ainda a ser definida pelo senador Rodrigo Pacheco.
 

 

IBGE projeta safra recorde em 2023; Bahia é o sétimo maior estado do País na produção agricola
Foto: Divulgação Seagri/BA

A safra agrícola de 2023 deve totalizar um volume recorde de 318,1 milhões de toneladas para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reviu as previsões apresentadas em agosto. De acordo com o levantamento do órgão, o Brasil deve produzir um total de 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, o que representa um aumento de 20,9%. 

 

Os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro do IBGE mostram que a área a ser colhida em todo o País é de 77,8 milhões de hectares, uma alta de 6,3% (mais 4,6 milhões de hectares) no ano e de 0,4% frente a agosto (mais 338.967 hectares). O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra, que, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida.

 

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida. Em relação aos resultados da safra de 2022, houve altas de 26,5% para a produção de soja, de 12,3% para o algodão herbáceo (em caroço), de 43,3% para o sorgo, de 19,6% para o milho, com aumentos de 10,1% no milho na 1ª safra e de 22,4% na 2ª safra, e de 4,8% para o trigo.

 

A estimativa da produção nacional apresentou variação anual positiva em todas as cinco regiões do País: Centro-Oeste (23,2%), Sul (26,3%), Norte (21,4%), Sudeste (9,2%) e Nordeste (7,6%). A distribuição regional da produção foi: Centro-Oeste, 161 milhões de toneladas (50,6%); Sul, 83 milhões de toneladas (26,1%); Sudeste, 30,4 milhões de toneladas (9,5%); Nordeste, 27,3 milhões de toneladas (8,6%) e Norte, 16,4 milhões de toneladas (5,2%).

 

De acordo com os números do IBGE, o Estado da Bahia responde por 3,8% do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no País. A Bahia é o sétimo estado brasileiro com maior produção agrícola, ficando atrás de Mato Grosso (31,3% de participação no total produzido), Paraná (14,5%), Goiás (10,3%), Rio Grande do Sul (9,3%), Mato Grosso do Sul (8,8%) e Minas Gerais (6,1%). A produção na Bahia está à frente de São Paulo, que possui 3,5% do total nacional. 

 

De acordo com os dados obtidos pelo IBGE em setembro, a previsão é de que a produção na Bahia deve chegar a 12.147.984 toneladas neste ano de 2023, o que representa um recorde. O resultado ficará 6,9% acima (+786,3 mil toneladas) do que foi colhido em 2022 (11.361.707 t). Não houve nenhuma mudança para essa estimativa frente a agosto.

Ex-deputado Abelardo Lupion e esposa são feitos reféns por criminosos que invadiram sua fazenda
Foto: Antônio Araujo/Arquivo Câmara dos Deputados

O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) divulgou a informação, nas suas redes sociais, de que a fazenda da sua família, localizada na cidade de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro paranaense, foi invadida e roubada por três criminosos. A invasão ocorreu na noite do último domingo (1º) e de acordo com o relato do parlamentar, os bandidos estavam armados e agrediram a sua mãe e o seu pai, o ex-deputado federal Abelardo Lupion. 

 

Em relatório, a Polícia Militar do Paraná informou que, durante o assalto, o ex-deputado Lupion foi ferido na cabeça e precisou de atendimento no Posto de Saúde da cidade de Jacarezinho. Por conta do ferimento, ele levou três pontos. O deputado Pedro Lupion disse ainda que seus pais foram feitos reféns pelos criminosos. 

 

“No fim da noite deste domingo (1°), três homens armados invadiram e assaltaram a fazenda da minha família. Os criminosos agrediram meu pai, Abelardo Lupion, tornaram ele e minha mãe reféns, levaram bens pessoais e outros itens de valor. Recebemos todo o apoio das polícias do Paraná que estão investigando o caso. Agradeço o apoio de todas as forças policiais do estado - polícia militar, polícia civil, polícia científica, em nome do governador Ratinho Jr. Acredito na justiça de Deus, dos homens e na nossa polícia. Eles chegarão até os bandidos", disse o deputado Pedro Lupion nas suas contas em redes sociais. 

 

A Polícia Militar disse que os bandidos forçaram Aberlado Lupion a abrir o cofre da residência, onde estavam algumas armas. Todas elas foram roubadas pelos assaltantes, além de outros bens de valor como um relógio de ouro, joias e uma coleção de facas. O crime está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado, e os bandidos ainda não foram identificados.

 

Aberlado Lupion foi deputado federal pelo Paraná por seis mandatos, presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) e também presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) na gestão do ex-governador e atual deputado federal Beto Richa (PSDB). O último mandato de Abelardo foi na legislatura 2011-2014.
 

Valmir Assunção diz que bancada bolsonarista fracassou em tentar criminalizar as atividades do MST
Foto: Reprodução TV Câmara

Assim como fizeram deputados de direita liderados por tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), os representantes dos partidos de esquerda na CPI do MST realizaram uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (27), para falar sobre o encerramento dos trabalhos da comissão de inquérito. A entrevista contou também com dirigentes do Movimento dos Sem Terra e lideranças partidárias. 

 

Na entrevista, os parlamentares disseram que ao final de meses de trabalho, a CPI não teria conseguido provas para criminalizar as atividades do MST, e foi utilizada apenas como palanque político para o grupo de direita bolsonarista interromper avanços na luta em defesa da reforma agrária. Para a bancada de esquerda, a CPI se omitiu de investigar os principais problemas agrários do Brasil que seriam, para eles, provocados pelo agronegócio, tais como o crescente desmatamento e queimadas, a grilagem de terra, a violência no campo, a super exploração do trabalho, entre outros.

 

A CPI do MST foi encerrada nesta quarta sem votação do relatório do deputado Ricardo Salles. Em sua fala na coletiva no Salão Verde, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que não era esperado outro desfecho para os trabalhos dessa comissão de inquérito.

 

“O relatório do Salles se tratava de conteúdo extremista, que não representa o Parlamento brasileiro. Eles tiveram a prorrogação e foram incompetentes em produzir alguma contribuição às políticas de reforma agrária, de produção de alimentos. Começamos a CPI denunciando que ela não tinha fato determinado. Agora se finda desta forma justamente por não ter tido sucesso em nenhuma das suas tentativas de criminalizar o MST e suas lideranças”, afirmou Valmir. 

 

Ainda segundo o parlamentar baiano, o MST sai como grande referência de força política. “O bolsonarismo tentou atacar o estado da Bahia de todos os modos. Só conseguiram produzir fake news. Enquanto que o MST se consolida como referência de força política na Bahia e no Brasil, um grande movimento legítimo e democrático. Agradeço toda solidariedade ao MST e meu mandato. Saímos mais fortalecidos e animados para a defesa da pauta dos movimentos sociais”, completou o deputado. 

 

Em nota divulgada nesta tarde, a direção nacional do MST afirma que o encerramento da CPI, da forma como se deu, representou uma derrota política da “bancada agromilitar”. A direção do movimento diz ainda que o MST recebeu a solidariedade de milhares de organizações sociais do Brasil, através da plataforma “MST em Debate”. Por ela, diz a nota, o Movimento recebeu quase 65 mil assinaturas de brasileiros, além de centenas de notas e moções de apoio. 

 

“Superada mais uma tentativa de criminalização, seguiremos em luta. Esta CPI em nenhum momento intimidou a histórica bandeira da Reforma Agrária, pela qual marcharemos até que a terra seja um bem de todas e todos no Brasil. Não recuaremos da tarefa de alimentar o povo brasileiro com dignidade e justiça social”, finaliza a nota do MST.

Inadimplência atinge 28% dos produtores rurais, e Bahia está entre os 10 estados com menor endividamento
Foto: Divulgação internet

Um recente estudo realizado pela Serasa Experian divulgado nesta semana revelou que 28% dos produtores rurais brasileiros estavam inadimplentes em julho deste ano. O percentual, verificado após levantamento nos 27 estados do País, é considerado baixo em relação a toda a população negativada, cujo índice chegou a 43,7% em julho.

 

De acordo com o estudo, a região Sul foi a que registrou o menor nível de negativação, com apenas 15% dos trabalhadores do campo com nome no vermelho. Depois no ranking do endividamento no campo vieram as regiões Sudeste (24,6%), Centro-Oeste (30,4%), Nordeste (33,8%) e Norte (40,1%).

 

A Serasa Experian divulgou os índices de inadimplência no campo em cada uma das 27 unidades federativas. O estudo mostrou que a Bahia tem a 10ª menor taxa de inadimplência de produtores rurais entre todos os estados, com 30,3%. O índice na Bahia está abaixo da média dos estados do Nordeste. 

 

Dentre os estados do Nordeste, a Bahia é que possui o menor índice de devedores no meio rural. O estado com maior inadimplência no campo é o Amapá, com 53,4%, e o que possui a menor quantidade de produtores endividados é Santa Catarina, com 13,3%. 

 

Segundo a pesquisa, a idade é um fator determinante sobre a negativação no campo. Os dados mostram que os trabalhadores rurais que possuem mais de 60 anos possuem menor inadimplência, enquanto aqueles que possuem entre 18 e 25 anos marcaram níveis mais altos. 

 

A tabela divulgada pela Serada Experian mostra que 23,2% dos produtores acima dos 60 anos estão endividados, enquanto a inadimplência entre os que se situam na faixa dos 18 aos 25 anos atinge 47,2%. Curiosamente, o endividamento vai caindo conforme vai subindo a faixa etária dos produtores: 26 a 30 anos, 40,1%; 31 a 40 anos, 35,7%; 41 a 50 anos, 31,4%; 51 a 60 anos, 26,7%. 
 

Brasil atinge recorde na produção de grãos e Bahia tem duas cidades entre as três maiores produtoras de soja
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quarta-feira (6) consolidam a estimativa do recorde na produção de grãos no País na safra 2022/2023. Segundo o órgão, a produção de grãos atingirá o total de 322,8 milhões de toneladas. No levantamento apresentado no mês passado, essa previsão estava em 320 milhões.

 

Em relação aos dados da safra 2021/2022, houve um acréscimo de 50,1 milhões de toneladas. De acordo com o levantamento da Conab, a alta foi de 18,4% entre a última safra de grãos e essa recente. O resultado recorde foi obtido graças ao aumento da área plantada, chegando a 78,5 milhões de hectares, combinado com a melhor produtividade média nas lavouras, saindo de 3.656 quilos por hectares para 4.111 quilos por hectare.

 

A Bahia segue sendo o 7º estado da Federação com maior produção de grãos. Na safra 2022/2023, a Bahia produziu um total de 13,3 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 11,6% ao resultado obtido no ano passado. Os produtores baianos também conseguiram aumentar em 8,2% a produtividade média nas lavouras em relação à safra 2021/2022.

 

O levantamento da Conab mostra que a soja ainda é o produto com maior volume colhido no país, com produção recorde estimada em 154,6 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 23,2% sobre a última safra. A Bahia contribuiu para esse resultado com o total de 7,7 milhões de toneladas produzidas, um aumento de 6% em relação à safra anterior. 

 

Atualmente, 2.468 municípios brasileiros cultivam a oleaginosa, ou seja, 44,3% dos 5.568 existentes. Ainda que o grão esteja presente em grande parte do território brasileiro, 14 municípios se sobressaem na produção de soja. 

 

Neste ranking dos 14 maiores produtores, a cidade baiana de Formosa do Rio Preto está no segundo lugar, com 1,855 milhão de toneladas, e São Desidério em terceiro, com produção de 1,650 milhão. As duas só perdem para Sorriso, no Estado do Mato Grosso, com 2,010 milhões de toneladas de soja produzidas nesta safra.

 

A cidade de Barreiras também vem crescendo no ranking dos maiores municípios produtores de soja no País. De acordo com a Conab, Barreiras já é a 20ª cidade que mais produz soja, com 831 mil toneladas alcançadas na safra 2022/2023. 

 

Para o milho, de acordo com o levantamento, também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. Nas três safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.

 

O Estado da Bahia também teve um exponencial aumento de produção nas lavouras de milho, entre a safra passada e esta mais recente. O levantamento da Conab mostra que a Bahia produziu 4,026 milhões de toneladas, com um aumento de 19,3% em relação ao que foi produzido na safra 2021/2022. 

 

Entre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no país, chegando a 3,45 milhões de hectares, e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas. O resultado é 2,5% acima da obtida na safra anterior.
 

Banco do Brasil liberou em agosto o maior volume mensal de crédito rural na história da instituição
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (04), o Banco do Brasil informou que liberou a produtores no mês de agosto, a título de operações do Crédito Rural, o total de R$ 26,4 bilhões. O valor representou o maior desembolso mensal para crédito rural em toda a história da instituição, além de significar um avanço de 7% na comparação com os desembolsos realizados em agosto de 2022.

 

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, no comunicado, afirma que a diretoria da instituição está se preparando para avançar ainda mais na liberação de recursos para dar sustentabilidade ao setor agropecuário. 

 

“Temos o desejo de alcançar um saldo de R$ 200 bilhões em operações de crédito em agricultura sustentável, uma carteira que já bateu os R$ 141,4 bilhões”, disse a presidente do BB.

 

De acordo com o comunicado, o Banco do Brasil já soma um total de R$ 47,4 bilhões em desembolsos ao agronegócio no acumulado da safra 2023/2024. O valor representa um crescimento de 9% em relação ao mesmo período da temporada anterior.

 

Para alcançar o referido patamar, os produtores rurais brasileiros contrataram mais de 142 mil operações de financiamento, com destaque para os pequenos e médios agricultores, que representam 70% do montante.
 

Entidades do agro elogiam volume de recursos do Plano Safra 2023/2024, mas revelam preocupação com juros altos
Foto: Divulgação Ministério da Agricultura

Algumas das principais associações e entidades ligadas ao agronegócio receberam com elogios o lançamento, pelo governo Lula, do Plano Safra 2023/2024. O Plano, que prevê recursos de R$ 364,2 bilhões para apoiar a produção rural no País, representa um volume financeiro recorde, com a novidade do incentivo à sustentabilidade, por meio da redução da taxa de juros a produtores que adotarem práticas de preservação ao meio ambiente.

 

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), por exemplo, parabenizou o “esforço” do governo federal em oferecer um plano à altura das necessidades do setor. Lupion destacou em especial o comprometimento com o agro demonstrado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na elaboração do Plano Safra 2023/2024.

 

“Gostaria de destacar e parabenizar o esforço do governo, em especial do ministro Fávaro, em buscar entendimentos entre as diferentes pastas para atender a uma grande demanda de negócios no Plano Safra. O montante disponibilizado é significativo e merece nosso reconhecimento”, disse.

 

De acordo com o presidente da FPA, no entanto, é preciso destacar a preocupação do agro em relação ao volume de equalização de juros. Lupion lembra que a essa equalização é essencial para viabilizar uma grande quantidade de negócios por meio dos recursos do Plano.

 

“Se a equalização for insuficiente, os recursos se esgotarão rapidamente e perderemos uma parte significativa do potencial de negócios que poderia ser alcançado. Precisaremos aguardar o lançamento do MDA amanhã para obter uma compreensão mais precisa desse montante disponível”, afirmou o deputado.

 

Na mesma linha, o presidente do Sistema Faep/Senar do Paraná, Ágide Meneguette, afirmou que o Plano Safra atendeu as expectativas do setor produtivo, e que é preciso destacar o aumento significativo no volume financeiro, tanto para custeio quanto para comercialização. Entretanto, Meneguette alertou para as taxas de juros acima do esperado.

 

“As taxas de juros vieram um pouco acima do esperado, com algumas linhas com taxas em dois dígitos, o que acaba pesando para o produtor”, avaliou. “Esperamos que os recursos sejam liberados da forma mais adequada possível, para que não tenhamos problemas de financiamento que observamos na safra 2022/23”, acrescentou o presidente do Sistema Faep/Senar do Paraná.

 

O Plano Safra 2023/2024 prevê que para o custeio de comercialização, as taxas de juros devem ser de 8% ao ano a médios produtores – enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Promamp) – e de 12% aos demais produtores. No caso dos recursos previstos para as linhas de investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano, de acordo com o programa acessado.

 

Já o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antonio Galvan, classificou como “insuficiente” o volume de recursos destinados ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, os recursos destinados ao PCA aumentarão em 81% para construção de armazéns com capacidade de até seis mil toneladas e em 61% para armazéns de maior capacidade, com taxas controladas de 7% e 8,5%.

 

Na avaliação de Galvan, o volume está aquém da necessidade do produtor.

 

“A safra brasileira cresceu 40 milhões e toneladas neste ano. Os valores não atendem a nossa necessidade. E temos outra questão, de acesso ao PCA. A burocracia é muito grande. É preciso facilitar”, afirmou o presidente da Aprosoja Brasil.
 

Alvo de deputados, Coelba corre risco de não ter concessão renovada; entenda
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

Com vencimento em 2027, a concessão da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) pode não ser renovada. A concessionária está na mira dos deputados estaduais baianos e foi o alvo prioritário das reclamações durante a audiência pública promovida pela Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta quarta-feira (7), na Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães.

 

O presidente da Comissão, Manoel Rocha (União), destacou que a ineficiência energética é o principal entrave para o crescimento do agronegócio na Bahia. Ele apontou também que a insatisfação com a Coelba é generalizada entre os colegas de Casa, sejam eles da situação ou oposição, e até mesmo do governo, o que, segundo ele, facilitaria a adoção de medidas mais drásticas contra a distribuidora.

 

“A insatisfação é geral. Esse debate vai ter que passar pela Assembleia e lá não tem um deputado da situação ou oposição que defenda a qualidade dos serviços da Coelba. A rejeição é unânime na assembleia e também no governo. Secretários estaduais estiveram aqui manifestando a situação do governo contra a qualidade dos serviços prestados pela Coelba. Então, existe a possibilidade muito grande do contrato não ser renovado”, iniciou o deputado.

 

“A Coelba precisa investir e atender as demandas que são de sua responsabilidade. São milhares de hectares já com outorga de água, licenciamento ambiental, mas faltando energia para poder entrar em produção. É uma reclamação geral, do pequeno, médio e grande produtor, essa falta de infraestrutura energética. A Coelba precisa mudar essa postura”, acrescentou.

 

Para o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, o tema é urgente e precisa de atenção da empresa e do governo.

 

“Quando a Coelba era estatal, o estado da Bahia separava as regiões onde as solicitações foram feitas, botava o dinheiro do orçamento do estado e repassava para a Coelba. Fazendo orçamento com base no dinheiro que o estado tinha. Depois que a Coelba foi privatizada, não teve mais essa verba para investir em redes prioritárias. Em algumas reuniões com a Coelba, a gente ouvia do presidente que o que é preciso para fazer o investimento em cada região, é que o empresário assine a contratação para investir. Se existe a possibilidade concreta de se fazer o empreendimento, a Coelba vai fazer a rede. Temos que ter uma saída. É disponibilizar, não sei de onde, e talvez permitir legalmente que a Coelba invista já que ela tem disponibilidade de caixa para isso, que a gente destrave as ações no Oeste. O fumo, por exemplo, tem uma trava para crescer no Oeste por falta de energia”, destacou o produtor.

 

Também presente no encontro, o superintendente da Coelba ouviu as críticas e falou sobre os investimentos no setor nos últimos e anos e garantiu que a empresa vai se comprometer em atender as demandas do setor.

 

“Investimos na Bahia, basicamente 40% a mais que o segundo colocado no Brasil. Nos últimos quatro anos nós tivemos um investimento na ordem de R$ 6,6 bilhões e faz com que a gente tenha investido tanto pra qualidade quanto pra novos negócios [...] buscamos firmar parcerias, para que a gente realmente consiga alavancar os negócios da região Oeste e em toda a Bahia, porque sabemos da importância da energia para o agronegócio”, pontuou.

 

BRONCA ANTIGA

Em novembro de 2021, a AL-BA instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visava investigar denúncias contra a Coelba. A proposta foi idealizado pelo então deputado Tum, hoje secretário de Agricultura (Seagri), mas não seguiu adiante.

 

Após algumas discussões, a CPI não tomou corpo e acabou naufragando. O principal motivo foi o imbróglio entre os membros governistas e de oposição, que disputavam a presidência da comissão.

 

Com a proximidade das eleições a matéria foi enterrada de vez.

Em reunião com parlamentares da frente agropecuária, Geraldo Alckmin diz ser contra invasão de terras
Foto: Cadu Gomes/ Divulgação

Marco temporal das terras indígenas, política de fertilizantes, projeto do novo arcabouço fiscal, CPI do MST, Plano Safra e outros temas ligados ao agronegócio brasileiro estiveram entre os assuntos debatidos nesta terça-feira (16), em almoço oferecido pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) ao vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. 

 

O vice-presidente ouviu dos parlamentares do setor a preocupação com a urgência na votação do PL 490/2007, que pretende tornar lei a tese sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O projeto aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados, e a bancada do agronegócio pretende apresentar requerimento de urgência para que o projeto seja votado antes do julgamento do tema marcado para o dia 7 de junho pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

Alguns dos parlamentares que falaram durante o encontro pediram que o vice-presidente interceda junto ao governo para que sejam tomadas medidas que impeçam invasões de terra por membros do MST. Em resposta aos deputados e senadores, Alckmin disse ser terminantemente contra invasões de terras produtivas, e destacou que é preciso repensar a quantidade de área demarcada no País para as comunidades indígenas. 

 

“Invasão não pode ser tolerada por ninguém. Está na Constituição. Invadiu, desinvade-se, simples assim”, afirmou o vice-presidente. 

 

Em sua exposição aos parlamentares da Frente Agropecuária, Alckmin destacou a força do agro brasileiro, que gerou um novo recorde nas exportações. Segundo lembrou o vice-presidente, o Brasil atingiu a marca de US$ 50,6 bilhões em vendas para o exterior nos primeiros quatro meses do ano, um crescimento de 4,3% na comparação com o mesmo período de 2022. Alckmin também comentou no almoço sobre a situação dos fertilizantes no Brasil. 

 

“Nós somos o grande exportador de proteína animal do mundo, mas somos dependentes de fosfatados, nitrogenados e potássio. Com isso foi criado corretamente o Confert, para fazermos crescer a indústria de fertilizantes no País. Vai ser instalado agora e precisamos do apoio de todos vocês”, disse Geraldo Alckmin. 

 

Como lembrou o vice-presidente, o decreto do presidente Lula que reestruturou o Confert (Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas) foi publicado no Diário Oficial da União no dia 5 de maio. O Confert, que será presidido pelo ministro Geraldo Alckmin, tem como principal atribuição revisar, debater e implementar o Plano Nacional de Fertilizantes, para tentar reduzir a dependência externa nessa área (os importados chegam a 85% dos produtos utilizados no Brasil).

 

Ao saudar a presença do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin no encontro com os deputados e senadores da Frente Parlamentar Agropecuária, o presidente do grupo, deputado Pedro Lupion (PP-PR), reiterou a importância do agro com o governo Lula. “É algo que tentamos todos os dias e o vice-presidente Alckmin provou que o governo tem pontos em comum conosco, ao vir aqui. Se o governo é contra invasões, então precisa tomar uma posição clara para impedir as invasões”, disse Lupion. 

 

O presidente da FPA também expôs ao vice-presidente a preocupação do setor com a votação do PL 490/2007 antes que o STF julgue ação sobre o marco temporal das terras indígenas. “É preciso que falar bastante sobre o PL 490, e já temos o apoio de mais ou menos 300 parlamentares para votarmos a urgência. Não estamos falando só de invasão. Estamos falando de inviabilização da produção de um setor que ocupa grande parte do território nacional”, afirmou Pedro Lupion. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia
O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

Mais Lidas