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Artigos

Ana Angélica
SindilimpBA luta por regulamentação da profissão de gari e margarida
Foto: Divulgação

SindilimpBA luta por regulamentação da profissão de gari e margarida

O Projeto de Lei 4146/2020 regulamenta a profissão de gari e margarida em todo o país. E o SindilimpBA não poderia ficar de fora desta luta. Em Brasília, conseguimos apoios de peso para estudar a redação do PL. É preciso cobrar a tramitação do projeto, a categoria espera pela regulamentação há décadas. A sociedade precisa participar. Vamos acompanhar mais de perto e criar estratégias para ajudar na aprovação. Os profissionais na Bahia estão celebrando o dia dos garis e margaridas, justamente neste dia 16 de maio.

Multimídia

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"
O prefeito Bruno Reis rebateu, nesta quinta-feira (16), críticas que recebe de opositores políticos e nas redes sociais em relação a falta de árvores e a projetos de viadutos na cidade. Reis participou nesta manhã da abertura do 2º Congresso de Direito e Sustentabilidade, que acontece até esta sexta-feira (17) no Hotel Wish da Bahia.

Entrevistas

Os limites invisíveis da campanha eleitoral: o que você precisa saber

Os limites invisíveis da campanha eleitoral: o que você precisa saber
Foto: Caroline Pacheco/Famecos/PUCRS
Quem não é visto, não é lembrado. Esta é uma “receita” que se tornou infalível, antes com o rádio, a TV e a mídia off, como santinhos e outdoors e logo depois com a internet e todas as suas redes sociais e plataformas.  A menos de seis meses para as eleições municipais, partidos e pré-candidatos estão em constantes articulações e principalmente correndo contra o tempo.

agro

PIB ficou em 2,9% no ano de 2023, puxado principalmente por recorde de crescimento da agropecuária
Foto: Wenderson Araújo / Confederação Nacional da Agricultura

Com forte influência da atividade agropecuária e das atividades extrativas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo IBGE, por meio do seu Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

 

O indicador ficou dentro do que era aguardado pelos analistas de mercado, que projetavam um crescimento entre 2,9% e 3,1%. O Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por exemplo, apontava que a economia brasileira teria um crescimento de 3% em 2023. 

 

Os números apresentados pelo IBGE mostram que a agropecuária, com crescimento de 15,1% de 2022 para 2023, foi o principal motor do crescimento do PIB do país. Houve crescimento também na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%). Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

 

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das Indústrias Extrativas. A atividade teve alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro.

 

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou, ao divulgar o resultado, que o recorde obtido pela Agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, foi influenciado principalmente pelo crescimento da produção e do ganho de produtividade da Agricultura. 

 

“Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)”, disse Rebeca.

 

O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do 4º contra o 3º trimestre de 2023. Entre os setores, a Indústria cresceu 1,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,3%. Com importantes safras concentradas no primeiro semestre, a Agropecuária recuou 5,3%.

 

Nas atividades industriais, destaque para a alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,2%.

 

Assim como nas avaliações sobre a inflação de 2023, também em relação ao crescimento do PIB o mercado errou todas as suas projeções no começo do ano passado. Os primeiros boletins Focus do Banco Central em janeiro de 2023, com a média das estimativas de mais de 100 analistas e agentes do mercado, projetavam um crescimento do Produto Interno Bruto de 0,77% ao final do ano. 

 

Em relação à inflação, o mercado, no começo de 2023, projetava que o ano fecharia com o IPCA na casa de 5,39%. Em janeiro, o IBGE anunciou que a inflação brasileira foi de 4,62% no ano de 2023. 

 

Durante ao ano, os analistas do mercado foram progressivamente revisando suas estimativas e elevando as previsões para o PIB, assim como rebaixaram a sua expectativa em relação à inflação. O último boletim Focus de 2023, em 26 dezembro, apontava um PIB de 2,92% para o ano passado, número que, afinal, se mostrou correto. 

 

Já em relação à inflação, o Boletim Focus de 26/12 indicava que o IPCA fecharia o ano em 4,46%. Com uma aceleração da alta de preços principalmente em dezembro, a inflação oficia acabou em 4,62%, ainda dentro do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (4,75%). 
 

 

Abapa concede prêmio a jornalistas e estudantes destaque na cobertura do setor do algodão da Bahia
Foto: Divulgação

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) premiou, nesta terça-feira (28), os jornalistas e estudantes que se destacaram na produção comunicacional sobre a produção de algodão na Bahia. A cerimônia do Prêmio Abapa de Jornalismo 2023 foi apresentada pela jornalista especializada em agro, Georgina Maynart, ao lado do presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi, que revelaram os vencedores com a entrega de R$ 81 mil em dinheiro e certificados. 

 

Na categoria Profissional, modalidade Televisão, o prêmio foi para a TV Bahia, afiliada da TV Globo, que veiculou a reportagem especial “Onde tem Bahia: Conheça histórias de quem leva a Bahia pelo mundo”, de Eduardo Oliveira (repórter), Jefté Rodrigues (cinegrafista) e Douglas Souza de Oliveira (editor). Na Internet, o site Notícias Agrícolas conquistou a honraria com a reportagem “A revolução da cotonicultura brasileira em duas décadas”, do autor Aleksander Horta de Souza.

 

O destaque foi para a categoria Jovens Talentos, onde estudantes de seis faculdades baianas – Centro Universitário UNIFTC; Unijorge; UNIFACS; UFBA, UNIME e UESB - participaram de uma imersão, por meio de um ciclo de palestras e visitas técnicas nos campos de algodão do oeste da Bahia. Para esta edição, diante da qualidade do trabalho dos estudantes, além de premiar os trabalhos dos três melhores colocados, de acordo com o regulamento, foram reconhecidas mais duas reportagens das modalidades escrita e vídeo, com uma menção honrosa, além dos troféus. Confira a lista completa com os ganhadores:

 

Categoria Jovens Talentos - Escrita

 

1º lugar – UFBA - Larissa Pereira Almeida. Título: ESG na cotonicultura: saiba como a adoção da onda sustentável impulsiona a cadeia produtiva do algodão no Oeste da Bahia

2º lugar - UFBA- Jade Araújo de Oliveira. Título: Caminhos alvos para o futuro.

3º lugar- UNIFACS – Universidade Salvador - Maria Eduarda Gonzaga Matos. Título: Conhecendo o Agro: Programa educacional estimula o interesse pelo agronegócio em escolas do Oeste Baiano.

4º lugar - Centro Universitário UNIFTC - Quézia Silva Nascimento. Título: Cotonicultura anda de mãos dadas com a sustentabilidade.

5º lugar - UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado - Millena Marques de Sousa. Título: Cotonicultura: o coração do oeste baiano.

 

Categoria Jovens Talentos - Vídeo

 

1º lugar – Centro Universitário UNIFTC - Marcos Vinícius Freitas de Jesus, Atamires Miranda do Nascimento e Wendel Alves de Araújo. Título: O processo produtivo do algodão na Bahia.

2º lugar - UNIFACS – Isla Maria de Carvalho Ribeiro, Lis Gabrieli Bonfim Soares Silva. Título: Brasil está prestes a superar os EUA e se tornar o maior exportador de algodão do mundo ainda em 2023/2024

3º lugar - UESB – direto de Vitória da Conquista - Ane Caroline Sousa Xavier, Ellen Milena Gomes Santana. Título: Moda Consciente: Sustentabilidade em cada fibra.

4º lugar - Centro Universitário UNIFTC - Bruna Silva da Costa, Vitória Sacramento Vieira. Título: Sustentável, econômico e social: Entenda a importância do aproveitamento do algodão.

5º lugar - UNIFACS – Universidade Salvador - Sued Mattos Conceição Gomes. Título:  Farelo e torta de algodão: subprodutos têm potencial de expandir a criação de gado na Bahia.

Rebanho de gado e frango no Brasil (1,8 bilhão de cabeças) é nove vezes maior do que a quantidade de pessoas
Foto: Secretaria de Agricultura BA / Divulgação

Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com um diagnóstico sobre a pecuária em todo o Brasil revelou que atualmente o país possui um rebanho total de 1,9 bilhão de cabeças de diversos tipos de bichos criados para atender os brasileiros e o mercado externo. Esse número é aproximadamente nove vezes maior do que a quantidade de seres humanos no Brasil (203 milhões de habitantes), e maior do que a população de qualquer país do mundo.

 

Quase todo esse rebanho é formado por bois, vacas, galinhas e frangos (1,8 bilhão de cabeças). E há no país, ainda, numerosos rebanhos de porcos, ovelhas, codornas e cabras, maiores do que a população de todos dos municípios brasileiros.

 

De acordo com o IBGE, a quantidade de cabeças de galináceos atualmente chega a 1.530.668.972. O Brasil é líder na exportação mundial de carne de frango desde 2004 e detém, hoje, 35% desse mercado. Só no ano passado, o país produziu 14,3 milhões de toneladas de carne de frango. Deste total, 32% foram exportados para mais de 150 nações, gerando uma receita de US$ 7,6 bilhões.

 

Em relação às cabeças de gado, o Brasil possui hoje um rebanho total de 224.602.112. Assim como na produção de frango, o país é também o maior exportador de carne bovina do mundo. No primeiro semestre de 2023 o Brasil exportou 1,02 milhão de toneladas de carne bovina, com faturamento de US$ 4,8 bilhões.

 

Em relação a outros rebanhos, o Brasil possui 44,3 milhões de porcos, 21,5 milhões de ovelhas, 14 milhões de codornas, 12,3 milhões de cabras, 5,8 milhões de cavalos e 1,5 milhão de búfalos. Uma curiosidade: para transportar esses rebanhos, que somados pesam 152 bilhões de quilos, seriam necessários 374 navios de carga. 

 

A cidade brasileira com maior concentração de gado bovino é São Félix do Xingu, no Pará, com 2.522.608 cabeças. Em segundo lugar está Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 1.981.843 cabeças, e em terceiro, Porto Velho, capital de Rondônia, com 1.685.258. A cidade baiana com maior estoque de gado é Itamaraju, no sul do Estado, com 187.821, seguida de Itanhém, com 168.030 cabeças de gado. 

 

Já em relação à quantidade de frangos, a cidade campeã no Brasil é Cascavel, em Santa Catarina, com rebanho de 21.066.852 cabeças. A segunda coloca é Rio Verde, em Goiás, com 13.285.023 cabeças de frango. Na Bahia, a cidade campeã na quantidade de cabeças de frango é Barreiras, com 7.316.877, seguida do município vizinho de Luís Eduardo Magalhães, com 3.449.350 cabeças. 

 

Com relação aos porcos, a cidade com maior população desta espécie é Toledo, no Paraná, com 909.879 cabeças. Em segundo lugar está a mineira Uberlândia, com 633.885 cabeças de porcos. Na Bahia, a capital dos porcos é Pilão Arcado, no semiárido do norte do Estado, com 23.096 cabeças. Em seguida vem Casa Nova, com 17.308 cabeças, e no terceiro lugar outra cidade na mesma região, Remanso, com rebanho de 14.589 porcos.

 

Uma curiosidade sobre a cidade de Casa Nova é o fato dela ter o maior rebanho de cabras na Bahia (690.115), assim como de ovelhas (617.787). Contando todos os bichos pesquisados, Casa Nova tem um rebanho total de 1.465.030. A cidade baiana campeã em rebanhos totais, entretanto, é Barreiras, com 7.452.350 de animais, seguida da sua vizinha Luís Eduardo Magalhães, com 3.534.794. 

 

Barreiras, cidade com mais rebanhos de bichos na Bahia, tem 156.975 habitantes. Já Luís Eduardo Magalhães, com seus mais de três milhões de rebanhos de animais, possui 90.162 moradores. 

Pacheco atende bancada do agro e cancela sessão, mas não garante votação do veto ao marco temporal
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Atendendo a pedidos da Frente Parlamentar da Agropecuária e da bancada ruralista, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cancelou a sessão do Congresso Nacional que seria realizada na manhã desta quinta-feira (26). Na pauta da sessão estava prevista a votação de 31 vetos presidenciais, sendo que 27 deles já ultrapassaram o prazo regular de 30 dias para apreciação e, por isso, têm prioridade.

 

Pacheco havia comunicado aos parlamentares que não iria incluir na pauta da sessão desta quinta o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto do marco temporal indígena. Um dos principais dispositivos vetados foi o que estabelecia que os povos indígenas só teriam direito às terras que ocupavam ou reivindicavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

 

Os únicos trechos que não foram alvos de veto por Lula são os que tratam das disposições gerais com a definição dos princípios orientadores da lei, as modalidades de terras indígenas para reconhecimento da demarcação e os pontos que norteiam o acesso e a transparência do processo administrativo.

 

A Frente Parlamentar da Agropecuária emitiu nota recente afirmando que o veto presidencial ao PL 2.903/2023 representou um “desrespeito” ao que foi decidido pelo Congresso Nacional. O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), disse que o grupo possui os votos necessários na Câmara e no Senado para derrubar os vetos. 

 

“Esse veto vai ter resposta no Congresso Nacional, pois não vamos assistir de braços cruzados a injustiça com os proprietários rurais do Brasil e a escalada de violência no campo. Nós vamos trabalhar para derrubar os vetos e aprovar as PEC’s 132, para indenizações, e a 48, no Senado Federal. A FPA está mobilizada para garantir o direito de propriedade no país”, destacou Lupion.

 

O presidente da FPA, grupo que conta com a adesão de 303 deputados e 41 senadores, pediu ao senador Rodrigo Pacheco que o veto ao marco temporal fosse incluído na sessão desta quinta, e anunciou que iria obstruir as votações. Diante da promessa de quórum baixo, o presidente do Senado preferiu cancelar a sessão. Pacheco deixou em aberto tanto a marcação da próxima sessão quanto a inclusão na pauta dos vetos ao projeto do marco temporal indígena. 

 

Como já estão agendadas sessões deliberativas do Senado para as próximas terça (31) e quarta (1º), a votação dos vetos em reunião das duas casas do Congresso deve ficar para a semana posterior ao feriado de Finados. 

 

Em 27 de setembro deste ano, o STF rejeitou a possibilidade de adotar a data da promulgação da Constituição como marco temporal para definir o direito à ocupação tradicional da terra pelas comunidades indígenas. A decisão do STF balizou o veto do presidente Lula à definição do período para a demarcação de novos territórios indígenas presente no projeto aprovado no Congresso. Lula vetou também a possibilidade de exploração econômica das terras indígenas, inclusive em cooperação ou com contratação de não indígenas. 

 

Os vetos presidenciais ao PL 2.903/2023 incluíram ainda a rejeição ao trecho que garante que “não haverá qualquer limitação de uso e gozo aos não indígenas que exerçam posse sobre a área, garantida a sua permanência na área objeto de demarcação”. No mesmo sentido, o presidente Lula rejeitou trecho que ampliava as possibilidades de indenização às ocupações de boa-fé. 

 

Para a Presidência da República, “ao alargar as hipóteses de casos indenizáveis, o dispositivo pode gerar incentivo à ocupação e à realização de benfeitorias após a expedição da portaria declaratória, ampliando eventuais custos com pagamento de indenizações a cargo da União”. Todos esses vetos serão analisados em sessão conjunta do Congresso em data ainda a ser definida pelo senador Rodrigo Pacheco.
 

 

IBGE projeta safra recorde em 2023; Bahia é o sétimo maior estado do País na produção agricola
Foto: Divulgação Seagri/BA

A safra agrícola de 2023 deve totalizar um volume recorde de 318,1 milhões de toneladas para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reviu as previsões apresentadas em agosto. De acordo com o levantamento do órgão, o Brasil deve produzir um total de 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, o que representa um aumento de 20,9%. 

 

Os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro do IBGE mostram que a área a ser colhida em todo o País é de 77,8 milhões de hectares, uma alta de 6,3% (mais 4,6 milhões de hectares) no ano e de 0,4% frente a agosto (mais 338.967 hectares). O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra, que, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida.

 

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida. Em relação aos resultados da safra de 2022, houve altas de 26,5% para a produção de soja, de 12,3% para o algodão herbáceo (em caroço), de 43,3% para o sorgo, de 19,6% para o milho, com aumentos de 10,1% no milho na 1ª safra e de 22,4% na 2ª safra, e de 4,8% para o trigo.

 

A estimativa da produção nacional apresentou variação anual positiva em todas as cinco regiões do País: Centro-Oeste (23,2%), Sul (26,3%), Norte (21,4%), Sudeste (9,2%) e Nordeste (7,6%). A distribuição regional da produção foi: Centro-Oeste, 161 milhões de toneladas (50,6%); Sul, 83 milhões de toneladas (26,1%); Sudeste, 30,4 milhões de toneladas (9,5%); Nordeste, 27,3 milhões de toneladas (8,6%) e Norte, 16,4 milhões de toneladas (5,2%).

 

De acordo com os números do IBGE, o Estado da Bahia responde por 3,8% do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no País. A Bahia é o sétimo estado brasileiro com maior produção agrícola, ficando atrás de Mato Grosso (31,3% de participação no total produzido), Paraná (14,5%), Goiás (10,3%), Rio Grande do Sul (9,3%), Mato Grosso do Sul (8,8%) e Minas Gerais (6,1%). A produção na Bahia está à frente de São Paulo, que possui 3,5% do total nacional. 

 

De acordo com os dados obtidos pelo IBGE em setembro, a previsão é de que a produção na Bahia deve chegar a 12.147.984 toneladas neste ano de 2023, o que representa um recorde. O resultado ficará 6,9% acima (+786,3 mil toneladas) do que foi colhido em 2022 (11.361.707 t). Não houve nenhuma mudança para essa estimativa frente a agosto.

Ex-deputado Abelardo Lupion e esposa são feitos reféns por criminosos que invadiram sua fazenda
Foto: Antônio Araujo/Arquivo Câmara dos Deputados

O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) divulgou a informação, nas suas redes sociais, de que a fazenda da sua família, localizada na cidade de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro paranaense, foi invadida e roubada por três criminosos. A invasão ocorreu na noite do último domingo (1º) e de acordo com o relato do parlamentar, os bandidos estavam armados e agrediram a sua mãe e o seu pai, o ex-deputado federal Abelardo Lupion. 

 

Em relatório, a Polícia Militar do Paraná informou que, durante o assalto, o ex-deputado Lupion foi ferido na cabeça e precisou de atendimento no Posto de Saúde da cidade de Jacarezinho. Por conta do ferimento, ele levou três pontos. O deputado Pedro Lupion disse ainda que seus pais foram feitos reféns pelos criminosos. 

 

“No fim da noite deste domingo (1°), três homens armados invadiram e assaltaram a fazenda da minha família. Os criminosos agrediram meu pai, Abelardo Lupion, tornaram ele e minha mãe reféns, levaram bens pessoais e outros itens de valor. Recebemos todo o apoio das polícias do Paraná que estão investigando o caso. Agradeço o apoio de todas as forças policiais do estado - polícia militar, polícia civil, polícia científica, em nome do governador Ratinho Jr. Acredito na justiça de Deus, dos homens e na nossa polícia. Eles chegarão até os bandidos", disse o deputado Pedro Lupion nas suas contas em redes sociais. 

 

A Polícia Militar disse que os bandidos forçaram Aberlado Lupion a abrir o cofre da residência, onde estavam algumas armas. Todas elas foram roubadas pelos assaltantes, além de outros bens de valor como um relógio de ouro, joias e uma coleção de facas. O crime está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado, e os bandidos ainda não foram identificados.

 

Aberlado Lupion foi deputado federal pelo Paraná por seis mandatos, presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) e também presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) na gestão do ex-governador e atual deputado federal Beto Richa (PSDB). O último mandato de Abelardo foi na legislatura 2011-2014.
 

Valmir Assunção diz que bancada bolsonarista fracassou em tentar criminalizar as atividades do MST
Foto: Reprodução TV Câmara

Assim como fizeram deputados de direita liderados por tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), os representantes dos partidos de esquerda na CPI do MST realizaram uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (27), para falar sobre o encerramento dos trabalhos da comissão de inquérito. A entrevista contou também com dirigentes do Movimento dos Sem Terra e lideranças partidárias. 

 

Na entrevista, os parlamentares disseram que ao final de meses de trabalho, a CPI não teria conseguido provas para criminalizar as atividades do MST, e foi utilizada apenas como palanque político para o grupo de direita bolsonarista interromper avanços na luta em defesa da reforma agrária. Para a bancada de esquerda, a CPI se omitiu de investigar os principais problemas agrários do Brasil que seriam, para eles, provocados pelo agronegócio, tais como o crescente desmatamento e queimadas, a grilagem de terra, a violência no campo, a super exploração do trabalho, entre outros.

 

A CPI do MST foi encerrada nesta quarta sem votação do relatório do deputado Ricardo Salles. Em sua fala na coletiva no Salão Verde, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que não era esperado outro desfecho para os trabalhos dessa comissão de inquérito.

 

“O relatório do Salles se tratava de conteúdo extremista, que não representa o Parlamento brasileiro. Eles tiveram a prorrogação e foram incompetentes em produzir alguma contribuição às políticas de reforma agrária, de produção de alimentos. Começamos a CPI denunciando que ela não tinha fato determinado. Agora se finda desta forma justamente por não ter tido sucesso em nenhuma das suas tentativas de criminalizar o MST e suas lideranças”, afirmou Valmir. 

 

Ainda segundo o parlamentar baiano, o MST sai como grande referência de força política. “O bolsonarismo tentou atacar o estado da Bahia de todos os modos. Só conseguiram produzir fake news. Enquanto que o MST se consolida como referência de força política na Bahia e no Brasil, um grande movimento legítimo e democrático. Agradeço toda solidariedade ao MST e meu mandato. Saímos mais fortalecidos e animados para a defesa da pauta dos movimentos sociais”, completou o deputado. 

 

Em nota divulgada nesta tarde, a direção nacional do MST afirma que o encerramento da CPI, da forma como se deu, representou uma derrota política da “bancada agromilitar”. A direção do movimento diz ainda que o MST recebeu a solidariedade de milhares de organizações sociais do Brasil, através da plataforma “MST em Debate”. Por ela, diz a nota, o Movimento recebeu quase 65 mil assinaturas de brasileiros, além de centenas de notas e moções de apoio. 

 

“Superada mais uma tentativa de criminalização, seguiremos em luta. Esta CPI em nenhum momento intimidou a histórica bandeira da Reforma Agrária, pela qual marcharemos até que a terra seja um bem de todas e todos no Brasil. Não recuaremos da tarefa de alimentar o povo brasileiro com dignidade e justiça social”, finaliza a nota do MST.

Inadimplência atinge 28% dos produtores rurais, e Bahia está entre os 10 estados com menor endividamento
Foto: Divulgação internet

Um recente estudo realizado pela Serasa Experian divulgado nesta semana revelou que 28% dos produtores rurais brasileiros estavam inadimplentes em julho deste ano. O percentual, verificado após levantamento nos 27 estados do País, é considerado baixo em relação a toda a população negativada, cujo índice chegou a 43,7% em julho.

 

De acordo com o estudo, a região Sul foi a que registrou o menor nível de negativação, com apenas 15% dos trabalhadores do campo com nome no vermelho. Depois no ranking do endividamento no campo vieram as regiões Sudeste (24,6%), Centro-Oeste (30,4%), Nordeste (33,8%) e Norte (40,1%).

 

A Serasa Experian divulgou os índices de inadimplência no campo em cada uma das 27 unidades federativas. O estudo mostrou que a Bahia tem a 10ª menor taxa de inadimplência de produtores rurais entre todos os estados, com 30,3%. O índice na Bahia está abaixo da média dos estados do Nordeste. 

 

Dentre os estados do Nordeste, a Bahia é que possui o menor índice de devedores no meio rural. O estado com maior inadimplência no campo é o Amapá, com 53,4%, e o que possui a menor quantidade de produtores endividados é Santa Catarina, com 13,3%. 

 

Segundo a pesquisa, a idade é um fator determinante sobre a negativação no campo. Os dados mostram que os trabalhadores rurais que possuem mais de 60 anos possuem menor inadimplência, enquanto aqueles que possuem entre 18 e 25 anos marcaram níveis mais altos. 

 

A tabela divulgada pela Serada Experian mostra que 23,2% dos produtores acima dos 60 anos estão endividados, enquanto a inadimplência entre os que se situam na faixa dos 18 aos 25 anos atinge 47,2%. Curiosamente, o endividamento vai caindo conforme vai subindo a faixa etária dos produtores: 26 a 30 anos, 40,1%; 31 a 40 anos, 35,7%; 41 a 50 anos, 31,4%; 51 a 60 anos, 26,7%. 
 

Brasil atinge recorde na produção de grãos e Bahia tem duas cidades entre as três maiores produtoras de soja
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quarta-feira (6) consolidam a estimativa do recorde na produção de grãos no País na safra 2022/2023. Segundo o órgão, a produção de grãos atingirá o total de 322,8 milhões de toneladas. No levantamento apresentado no mês passado, essa previsão estava em 320 milhões.

 

Em relação aos dados da safra 2021/2022, houve um acréscimo de 50,1 milhões de toneladas. De acordo com o levantamento da Conab, a alta foi de 18,4% entre a última safra de grãos e essa recente. O resultado recorde foi obtido graças ao aumento da área plantada, chegando a 78,5 milhões de hectares, combinado com a melhor produtividade média nas lavouras, saindo de 3.656 quilos por hectares para 4.111 quilos por hectare.

 

A Bahia segue sendo o 7º estado da Federação com maior produção de grãos. Na safra 2022/2023, a Bahia produziu um total de 13,3 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 11,6% ao resultado obtido no ano passado. Os produtores baianos também conseguiram aumentar em 8,2% a produtividade média nas lavouras em relação à safra 2021/2022.

 

O levantamento da Conab mostra que a soja ainda é o produto com maior volume colhido no país, com produção recorde estimada em 154,6 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 23,2% sobre a última safra. A Bahia contribuiu para esse resultado com o total de 7,7 milhões de toneladas produzidas, um aumento de 6% em relação à safra anterior. 

 

Atualmente, 2.468 municípios brasileiros cultivam a oleaginosa, ou seja, 44,3% dos 5.568 existentes. Ainda que o grão esteja presente em grande parte do território brasileiro, 14 municípios se sobressaem na produção de soja. 

 

Neste ranking dos 14 maiores produtores, a cidade baiana de Formosa do Rio Preto está no segundo lugar, com 1,855 milhão de toneladas, e São Desidério em terceiro, com produção de 1,650 milhão. As duas só perdem para Sorriso, no Estado do Mato Grosso, com 2,010 milhões de toneladas de soja produzidas nesta safra.

 

A cidade de Barreiras também vem crescendo no ranking dos maiores municípios produtores de soja no País. De acordo com a Conab, Barreiras já é a 20ª cidade que mais produz soja, com 831 mil toneladas alcançadas na safra 2022/2023. 

 

Para o milho, de acordo com o levantamento, também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. Nas três safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.

 

O Estado da Bahia também teve um exponencial aumento de produção nas lavouras de milho, entre a safra passada e esta mais recente. O levantamento da Conab mostra que a Bahia produziu 4,026 milhões de toneladas, com um aumento de 19,3% em relação ao que foi produzido na safra 2021/2022. 

 

Entre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no país, chegando a 3,45 milhões de hectares, e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas. O resultado é 2,5% acima da obtida na safra anterior.
 

Banco do Brasil liberou em agosto o maior volume mensal de crédito rural na história da instituição
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (04), o Banco do Brasil informou que liberou a produtores no mês de agosto, a título de operações do Crédito Rural, o total de R$ 26,4 bilhões. O valor representou o maior desembolso mensal para crédito rural em toda a história da instituição, além de significar um avanço de 7% na comparação com os desembolsos realizados em agosto de 2022.

 

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, no comunicado, afirma que a diretoria da instituição está se preparando para avançar ainda mais na liberação de recursos para dar sustentabilidade ao setor agropecuário. 

 

“Temos o desejo de alcançar um saldo de R$ 200 bilhões em operações de crédito em agricultura sustentável, uma carteira que já bateu os R$ 141,4 bilhões”, disse a presidente do BB.

 

De acordo com o comunicado, o Banco do Brasil já soma um total de R$ 47,4 bilhões em desembolsos ao agronegócio no acumulado da safra 2023/2024. O valor representa um crescimento de 9% em relação ao mesmo período da temporada anterior.

 

Para alcançar o referido patamar, os produtores rurais brasileiros contrataram mais de 142 mil operações de financiamento, com destaque para os pequenos e médios agricultores, que representam 70% do montante.
 

Entidades do agro elogiam volume de recursos do Plano Safra 2023/2024, mas revelam preocupação com juros altos
Foto: Divulgação Ministério da Agricultura

Algumas das principais associações e entidades ligadas ao agronegócio receberam com elogios o lançamento, pelo governo Lula, do Plano Safra 2023/2024. O Plano, que prevê recursos de R$ 364,2 bilhões para apoiar a produção rural no País, representa um volume financeiro recorde, com a novidade do incentivo à sustentabilidade, por meio da redução da taxa de juros a produtores que adotarem práticas de preservação ao meio ambiente.

 

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), por exemplo, parabenizou o “esforço” do governo federal em oferecer um plano à altura das necessidades do setor. Lupion destacou em especial o comprometimento com o agro demonstrado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na elaboração do Plano Safra 2023/2024.

 

“Gostaria de destacar e parabenizar o esforço do governo, em especial do ministro Fávaro, em buscar entendimentos entre as diferentes pastas para atender a uma grande demanda de negócios no Plano Safra. O montante disponibilizado é significativo e merece nosso reconhecimento”, disse.

 

De acordo com o presidente da FPA, no entanto, é preciso destacar a preocupação do agro em relação ao volume de equalização de juros. Lupion lembra que a essa equalização é essencial para viabilizar uma grande quantidade de negócios por meio dos recursos do Plano.

 

“Se a equalização for insuficiente, os recursos se esgotarão rapidamente e perderemos uma parte significativa do potencial de negócios que poderia ser alcançado. Precisaremos aguardar o lançamento do MDA amanhã para obter uma compreensão mais precisa desse montante disponível”, afirmou o deputado.

 

Na mesma linha, o presidente do Sistema Faep/Senar do Paraná, Ágide Meneguette, afirmou que o Plano Safra atendeu as expectativas do setor produtivo, e que é preciso destacar o aumento significativo no volume financeiro, tanto para custeio quanto para comercialização. Entretanto, Meneguette alertou para as taxas de juros acima do esperado.

 

“As taxas de juros vieram um pouco acima do esperado, com algumas linhas com taxas em dois dígitos, o que acaba pesando para o produtor”, avaliou. “Esperamos que os recursos sejam liberados da forma mais adequada possível, para que não tenhamos problemas de financiamento que observamos na safra 2022/23”, acrescentou o presidente do Sistema Faep/Senar do Paraná.

 

O Plano Safra 2023/2024 prevê que para o custeio de comercialização, as taxas de juros devem ser de 8% ao ano a médios produtores – enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Promamp) – e de 12% aos demais produtores. No caso dos recursos previstos para as linhas de investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano, de acordo com o programa acessado.

 

Já o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antonio Galvan, classificou como “insuficiente” o volume de recursos destinados ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, os recursos destinados ao PCA aumentarão em 81% para construção de armazéns com capacidade de até seis mil toneladas e em 61% para armazéns de maior capacidade, com taxas controladas de 7% e 8,5%.

 

Na avaliação de Galvan, o volume está aquém da necessidade do produtor.

 

“A safra brasileira cresceu 40 milhões e toneladas neste ano. Os valores não atendem a nossa necessidade. E temos outra questão, de acesso ao PCA. A burocracia é muito grande. É preciso facilitar”, afirmou o presidente da Aprosoja Brasil.
 

Alvo de deputados, Coelba corre risco de não ter concessão renovada; entenda
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

Com vencimento em 2027, a concessão da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) pode não ser renovada. A concessionária está na mira dos deputados estaduais baianos e foi o alvo prioritário das reclamações durante a audiência pública promovida pela Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta quarta-feira (7), na Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães.

 

O presidente da Comissão, Manoel Rocha (União), destacou que a ineficiência energética é o principal entrave para o crescimento do agronegócio na Bahia. Ele apontou também que a insatisfação com a Coelba é generalizada entre os colegas de Casa, sejam eles da situação ou oposição, e até mesmo do governo, o que, segundo ele, facilitaria a adoção de medidas mais drásticas contra a distribuidora.

 

“A insatisfação é geral. Esse debate vai ter que passar pela Assembleia e lá não tem um deputado da situação ou oposição que defenda a qualidade dos serviços da Coelba. A rejeição é unânime na assembleia e também no governo. Secretários estaduais estiveram aqui manifestando a situação do governo contra a qualidade dos serviços prestados pela Coelba. Então, existe a possibilidade muito grande do contrato não ser renovado”, iniciou o deputado.

 

“A Coelba precisa investir e atender as demandas que são de sua responsabilidade. São milhares de hectares já com outorga de água, licenciamento ambiental, mas faltando energia para poder entrar em produção. É uma reclamação geral, do pequeno, médio e grande produtor, essa falta de infraestrutura energética. A Coelba precisa mudar essa postura”, acrescentou.

 

Para o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, o tema é urgente e precisa de atenção da empresa e do governo.

 

“Quando a Coelba era estatal, o estado da Bahia separava as regiões onde as solicitações foram feitas, botava o dinheiro do orçamento do estado e repassava para a Coelba. Fazendo orçamento com base no dinheiro que o estado tinha. Depois que a Coelba foi privatizada, não teve mais essa verba para investir em redes prioritárias. Em algumas reuniões com a Coelba, a gente ouvia do presidente que o que é preciso para fazer o investimento em cada região, é que o empresário assine a contratação para investir. Se existe a possibilidade concreta de se fazer o empreendimento, a Coelba vai fazer a rede. Temos que ter uma saída. É disponibilizar, não sei de onde, e talvez permitir legalmente que a Coelba invista já que ela tem disponibilidade de caixa para isso, que a gente destrave as ações no Oeste. O fumo, por exemplo, tem uma trava para crescer no Oeste por falta de energia”, destacou o produtor.

 

Também presente no encontro, o superintendente da Coelba ouviu as críticas e falou sobre os investimentos no setor nos últimos e anos e garantiu que a empresa vai se comprometer em atender as demandas do setor.

 

“Investimos na Bahia, basicamente 40% a mais que o segundo colocado no Brasil. Nos últimos quatro anos nós tivemos um investimento na ordem de R$ 6,6 bilhões e faz com que a gente tenha investido tanto pra qualidade quanto pra novos negócios [...] buscamos firmar parcerias, para que a gente realmente consiga alavancar os negócios da região Oeste e em toda a Bahia, porque sabemos da importância da energia para o agronegócio”, pontuou.

 

BRONCA ANTIGA

Em novembro de 2021, a AL-BA instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visava investigar denúncias contra a Coelba. A proposta foi idealizado pelo então deputado Tum, hoje secretário de Agricultura (Seagri), mas não seguiu adiante.

 

Após algumas discussões, a CPI não tomou corpo e acabou naufragando. O principal motivo foi o imbróglio entre os membros governistas e de oposição, que disputavam a presidência da comissão.

 

Com a proximidade das eleições a matéria foi enterrada de vez.

Em reunião com parlamentares da frente agropecuária, Geraldo Alckmin diz ser contra invasão de terras
Foto: Cadu Gomes/ Divulgação

Marco temporal das terras indígenas, política de fertilizantes, projeto do novo arcabouço fiscal, CPI do MST, Plano Safra e outros temas ligados ao agronegócio brasileiro estiveram entre os assuntos debatidos nesta terça-feira (16), em almoço oferecido pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) ao vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. 

 

O vice-presidente ouviu dos parlamentares do setor a preocupação com a urgência na votação do PL 490/2007, que pretende tornar lei a tese sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O projeto aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados, e a bancada do agronegócio pretende apresentar requerimento de urgência para que o projeto seja votado antes do julgamento do tema marcado para o dia 7 de junho pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

Alguns dos parlamentares que falaram durante o encontro pediram que o vice-presidente interceda junto ao governo para que sejam tomadas medidas que impeçam invasões de terra por membros do MST. Em resposta aos deputados e senadores, Alckmin disse ser terminantemente contra invasões de terras produtivas, e destacou que é preciso repensar a quantidade de área demarcada no País para as comunidades indígenas. 

 

“Invasão não pode ser tolerada por ninguém. Está na Constituição. Invadiu, desinvade-se, simples assim”, afirmou o vice-presidente. 

 

Em sua exposição aos parlamentares da Frente Agropecuária, Alckmin destacou a força do agro brasileiro, que gerou um novo recorde nas exportações. Segundo lembrou o vice-presidente, o Brasil atingiu a marca de US$ 50,6 bilhões em vendas para o exterior nos primeiros quatro meses do ano, um crescimento de 4,3% na comparação com o mesmo período de 2022. Alckmin também comentou no almoço sobre a situação dos fertilizantes no Brasil. 

 

“Nós somos o grande exportador de proteína animal do mundo, mas somos dependentes de fosfatados, nitrogenados e potássio. Com isso foi criado corretamente o Confert, para fazermos crescer a indústria de fertilizantes no País. Vai ser instalado agora e precisamos do apoio de todos vocês”, disse Geraldo Alckmin. 

 

Como lembrou o vice-presidente, o decreto do presidente Lula que reestruturou o Confert (Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas) foi publicado no Diário Oficial da União no dia 5 de maio. O Confert, que será presidido pelo ministro Geraldo Alckmin, tem como principal atribuição revisar, debater e implementar o Plano Nacional de Fertilizantes, para tentar reduzir a dependência externa nessa área (os importados chegam a 85% dos produtos utilizados no Brasil).

 

Ao saudar a presença do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin no encontro com os deputados e senadores da Frente Parlamentar Agropecuária, o presidente do grupo, deputado Pedro Lupion (PP-PR), reiterou a importância do agro com o governo Lula. “É algo que tentamos todos os dias e o vice-presidente Alckmin provou que o governo tem pontos em comum conosco, ao vir aqui. Se o governo é contra invasões, então precisa tomar uma posição clara para impedir as invasões”, disse Lupion. 

 

O presidente da FPA também expôs ao vice-presidente a preocupação do setor com a votação do PL 490/2007 antes que o STF julgue ação sobre o marco temporal das terras indígenas. “É preciso que falar bastante sobre o PL 490, e já temos o apoio de mais ou menos 300 parlamentares para votarmos a urgência. Não estamos falando só de invasão. Estamos falando de inviabilização da produção de um setor que ocupa grande parte do território nacional”, afirmou Pedro Lupion. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Não sei quem o Ferragamo vai escolher pra vice, mas "haverá sinais". Porém, é importante que ele perceba rápido o que está acontecendo além da balança, pra não tomar mais um tiro no pé. Já no caso de Rolando Lero, nem todos os sinais o convencem da falta de apoio que enfrenta. Até o Molusco se preocupou mais em elogiar o Doido. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Jaques Wagner

Jaques Wagner
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"Tá igual a mandacaru, que não dá sombra nem encosto".

 

Disse o senador Jaques Wagner (PT) rebateu as críticas feitas pelo o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

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