Associação denuncia ao MP-BA evento de deputado evangélico que teria virado telas com imagens de Orixás na AL-BA
Por Redação
A Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (AFA) encaminhou, nesta quinta-feira (13), um ofício ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitando providências diante de um episódio registrado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na última terça-feira (11). O documento é dirigido à 1ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, sob responsabilidade da promotora Lívia Vaz.
Segundo a entidade, a AL-BA recebe a exposição “Baianinhas”, idealizada pela artista visual Teka Portela e instalada no saguão Josaphat Marinho. O ofício relata que, durante um evento religioso ocorrido em 11 de novembro, telas que retratam elementos da cultura e religiosidade africana - incluindo imagens de Orixás - teriam sido viradas de costas. A ação, conforme descrito, teria sido realizada durante evento do deputado estadual José de Arimatéia (Republicanos), referido no texto como pastor evangélico.
A AFA afirma que o episódio deixou “perplexas muitas pessoas que trabalham e transitam” no espaço e classifica o ato, no documento, como manifestação de intolerância e racismo religioso. A entidade solicita que o MP-BA oficie a Presidência da Assembleia para apurar se houve anuência ou conhecimento prévio dos autores da intervenção mencionada no ofício.
A associação também pede que a AL-BA disponibilize imagens das câmeras de segurança do local, a fim de permitir a identificação dos envolvidos.
O ofício é assinado pelo presidente da AFA, Leonel Monteiro.
