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Alden defende isenção para quem ganha até R$ 10 mil e diz que corrupção do governo impede benefício maior

Por Edu Mota, de Brasília

Deputado Capitão Alden no plenário da Câmara
Foto: Edu Mota / Brasília

A oposição é favorável à aprovação do projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil, mas pretende ampliar os benefícios para pessoas que ganham até R$ 10 mil, além de não concordar com a taxação dos chamados “super-ricos” e de buscar inserir entre os isentos categorias como os profissionais de segurança pública.  

 

A estratégia da oposição foi confirmada ao Bahia Notícias pelo vice-líder do bloco, o deputado Capitão Alden. Em conversa antes do início da votação no plenário, na sessão desta quarta-feira (1º), Alden detalhou o posicionamento dos deputados do PL e oposicionistas para o debate sobre o projeto, de autoria do governo Lula. 

 

“O Imposto de Renda é uma pauta extremamente importante, e o Partido Liberal se posiciona favoravelmente à isenção, mas não somente isso. Estamos apresentando emendas ampliando a isenção não somente para os que ganham até R$ 5 mil, mas também para quem ganha até R$ 10 mil. O que temos hoje é que o custo total previsto e divulgado pelo Tesouro Nacional é que haverá um impacto de aproximadamente R$ 27 bilhões com esta isenção do IR. Portanto, nós somos favoráveis à isenção, mas somos contrários à forma como está sendo feita a compensação das perdas”, disse o deputado. 

 

Para Capitão Alden, o governo federal compensaria o benefício da isenção, inclusive com a ampliação da quantidade de beneficiados, se ele “parasse de roubar”. 

 

“O custo da corrupção no Brasil, com dados apresentados pelos principais institutos que se dedicam a estudar o tema, nós temos uma média de R$ 250 bilhões que são desviados, perdidos, que são redirecionados para outros destinos que não a sua fonte primária, então se o governo federal radicalizar, fizer um combate duro à corrupção como foi feito na época do presidente Bolsonaro, se cortasse na própria carne, não tenho dúvidas que iria sobrar recursos para ampliar a isenção”, disse o vice-líder da oposição.

 

Em relação a taxação aos super-ricos, que fazem parte do pacote de compensação apresentado pelo relator, deputado Arthur Lira (PP-AL), Capitão Alden critica a forma como os governistas qualificam essa cobrança, chamando-a de “justiça social”. Segundo ele, muitos da esquerda se esquecem que as pessoas que estão nessa faixa de renda, apesar de significarem apenas 1% do total, são os que geram renda e riqueza para o país. 

 

“O Brasil hoje tem metade da sua população vivendo com dependência de alguma bolsa, de algum programa de assistência social. O governo não cria riquezas. O governo não tem fábricas, não tem indústrias, não gera riquezas, quem gera é essa pequena parcela da população que é mais abastada e tem mais recursos, portanto, essas pessoas têm que ser incentivadas a continuar investindo. Se o governo taxa em mais de 10%, além dos impostos e tributos que ele paga da União, estados, municípios, na compra e venda de produtos, então isso não é justiça social. Fazer justiça social é tratar de forma idêntica pessoas com situações diferentes”, afirmou o deputado baiano. 

 

Capitão Alden falou também ao BN sobre a emenda que apresentou, e que será analisada pelo relator, que inclui todos os profissionais da segurança pública na isenção total do Imposto de Renda. Segundo o deputado, profissionais de segurança pública não possuem diversos direitos sociais, e por isso acabam sendo prejudicados em relação às outras categorias de trabalhadores. 

 

“Policiais militares, bombeiros militares e demais profissionais da segurança pública não têm FGTS, dos 34 direitos e garantias fundamentais que todos os trabalhadores têm, os policiais não possuem, como hora-extra, adicional noturno, nada daqueles benefícios que os demais trabalhadores têm. E tem mais: quando esse policial comete um erro, comete uma falha, no universo de milhares de acertos, ele é demitido, com uma mão na frente e outra atrás, sem nenhum tipo de previsão para reparar danos. Inclusive não somente ele, mas também a sua família é condenada por tabela”, afirmou o deputado, ao defender a emenda para isentar os profissionais de segurança pública.