Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Bahia

Notícia

Projeto de Lei quer impedir atuação no serviço público da Bahia de condenados por crimes contra menores

Por Leonardo Almeida

Projeto de Lei quer impedir atuação no serviço público da Bahia de condenados por crimes contra menores
Foto: Elza Fiuza / EBC

O deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) apresentou um projeto de lei que busca impedir que pessoas condenadas por crimes contra crianças e adolescentes ocupem cargos, empregos ou funções públicas no Estado da Bahia. Conforme a matéria publicada nesta segunda-feira (25), a medida vale para vínculos na administração direta e indireta e se aplica a funções que envolvam contato direto ou indireto com o público infantojuvenil.

 

Segundo a proposta, a vedação alcança nomeações para cargos em comissão ou de confiança, admissões em concursos públicos — inclusive durante o estágio probatório — e contratações temporárias. O texto ainda prevê que a restrição permanecerá pelo período correspondente à pena imposta, incluindo seus efeitos secundários, salvo decisão judicial em contrário.

 

Na justificativa, Pancadinha destaca que o objetivo é garantir a proteção integral e prioritária às crianças e adolescentes, em conformidade com a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. “Nenhuma forma de violência, negligência ou exploração pode ser tolerada em ambientes institucionais”, argumenta.

 

LEIA TAMBÉM:

 

O parlamentar também cita dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, que registrou 83.988 casos de estupro no Brasil em 2023, sendo 76% das vítimas crianças e adolescentes. Na Bahia, o Disque 100 contabilizou 13.740 denúncias de violações infantojuvenis em 2024, além de 568 casos de estupro de vulnerável apenas nos cinco primeiros meses de 2025, colocando o estado entre os cinco com maior número de ocorrências.

 

A proposta ainda se apoia em decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhecem a legitimidade de restrições ao acesso a cargos públicos quando há incompatibilidade entre o crime praticado e as atribuições da função.

 

“É razoável e proporcional impedir que pessoas condenadas por crimes contra crianças e adolescentes assumam funções públicas em contextos que envolvam esse mesmo público. A proposta não cria uma nova pena, mas atua como barreira administrativa protetiva”, completa a justificativa do projeto.