Crianças são incentivadas a comportamentos sexuais em troca de moedas virtuais no jogo “Roblox”, revela portal
Por Redação
Em meio a debates sobre adultização de crianças e adolescentes e a regulamentação do espaço virtual, foi revelado que o jogo “Roblox”, que é extremamente popular entre jovens, tem sido usada por jogadores para simular atos sexuais. Os usuários da plataforma têm sido estimulados a terem comportamentos sexuais em troca de “robux”, moeda virtual utilizada dentro do jogo.
Conforme o revelado por uma reportagem do Portal Núcleo, os personagens são motivados a atuarem com trabalhos similares a prostituição, e, em alguns casos, até realizam uma espécie de “sexo virtual” por meio dos jogos. No Roblox, os jogadores chegam a ganhar apelidos como “meninas do job” ou “primas do job”.
Na plataforma de vídeos TikTok, inclusive, há alerta de pais e responsáveis de crianças e adolescentes a sobre a prática em jogos online. Na rede social, também há vídeos dos próprios jogadores simulando o sexo virtual no Roblox.
Lançado em 2006, o Roblox permite que usuários criem e joguem games desenvolvidos pelos jogadores. O jogo ganhou muita popularidade durante a pandemia da Covid-19 e, atualmente, possui cerca de 120 milhões de jogadores ativos mensais.
Contudo, embora tenha uma proposta voltada à criatividade e interação social, o acesso livre a salas criadas por terceiros abre brechas para práticas inadequadas, incluindo a sexualização de menores. É nesse contexto que surgiram ambientes onde avatares infantis simulam relações em troca de benefícios no jogo.
Em alguns cenários, a proposta não é cumprir missões ou disputar pontos, mas sim interpretar personagens e construir narrativas coletivas. Nesse formato, o jogador pode criar e personalizar seu avatar, definindo características físicas, vestimentas, profissão e comportamentos.
Inclusive, nos Estados Unidos, o Roblox está sendo processada sob a alegação de que o site não possui medidas de segurança eficazes para proteger os usuários de predadores sexuais. Em suas redes sociais, a procuradora-geral Liz Murrill, autora da ação, afirmou que a plataforma é um "ambiente propício para predadores sexuais" e alertou os pais para que fiquem atentos à atividade de seus filhos on-line.