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Kleber Rosa aciona Justiça para anular sessão conturbada da CMS que aprovou reajuste dos servidores

Por Leonardo Almeida

Kleber Rosa aciona Justiça para anular sessão conturbada da CMS que aprovou reajuste dos servidores
Foto: Divulgação / Sindseps

O ex-candidato à prefeitura de Salvador e coordenador da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Kleber Rosa (Psol), acionou a Justiça para anular a conturbada sessão da Câmara Municipal de Salvador (CMS) que aprovou o reajuste de 4,83% aos servidores municipais neste ano. O psolista moveu a ação popular na 6ª Vara Pública de Salvador contra o presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), no dia 28 de junho.

 

No documento, Kleber Rosa também solicita a concessão de uma tutela de urgência para suspender os efeitos da sessão da CMS do dia 22 de maio de 2025, quando se aprovou o Projeto de Lei nº 174/2025, que reajustou os vencimentos dos servidores, até o fim do julgamento da ação.  

 

Relembrando o caso, no dia da votação, que seria realizada de portas fechadas no Centro de Cultura da Câmara, manifestantes do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) invadiram o plenário e agrediram dois vereadores. Sob a alegação de priorizar a segurança dos edis, Muniz realizou a votação do projeto em outra sala fechada, apenas com a presença dos vereadores.

 

Conforme a ação movida por Kleber Rosa, a medida adotada pelo presidente da CMS violou os princípios da “publicidade e impessoalidade”, o que, segundo ele, configura lesão à moralidade administrativa, e um “vício de forma insanável do ato administrativo”.

 

“Essa decisão causou espanto e revolta por parte dos cidadãos presentes, que exigiam a realização da sessão de votação a portas abertas, com transparência, como determina a democracia. As imagens disponíveis demonstram que a presidência da Sessão, tinha desde o início a intenção de transformar a sessão em um ato a portas fechadas, sem a participação popular, e no menor sinal de manifestação do público concretizou sua intenção, transformando a participação popular/sindical em uma ‘ameaça’ ao ato legislativo. Tal conduta é absurda e antidemocrática”, diz a ação.

 

Na ação, o psolista cita o Regimento Interno da Câmara Municipal de Salvador que asseguraria a participação popular nas sessões da Casa, salvo em casos de motivos relevantes para a preservação do decoro parlamentar.

 

“A conduta do Presidente da Câmara em promover uma sessão oculta da sociedade civil configura abuso de poder e manifesta violação à Constituição, maculando de nulidade absoluta os atos deliberativos realizados na sessão. No caso em tela, não houve justificativa plausível”, diz a ação.

 

Além da nulidade da sessão e concessão da tutela de urgência, a acusação requer a citação da CMS e de Carlos Muniz para apresentarem contestação no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato. Além disso, pedem a intimação do Ministério Público para acompanhamento e manifestação no processo.