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Baiano, ministro do TST participa de workshop no Vaticano sobre Inteligência Artificial, Justiça e Democracia

Por Redação

Alberto Bastos Balazeiro
Foto: Divulgação

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o baiano Alberto Bastos Balazeiro, participou entre a terça-feira (4) e esta quarta-feira (5) de um workshop no Vaticano. O encontro discutiu os impactos da Inteligência Artificial (IA) no campo jurídico, com ênfase nos temas “Direito, Inteligência Artificial e Democracia”. Realizado na histórica Casina Pio IV, o encontro contou com a presença de juristas e especialistas de diversas partes do mundo.

 

Nesta quarta, Balazeiro foi um dos painelistas do evento, participando de uma discussão sobre "informação e desinformação no contexto jurídico". Na fala, o ministro abordou o que descreveu como uma "era paradoxal", na qual o acesso à informação se torna cada vez mais amplo, mas, ao mesmo tempo, a verdade se torna "um bem precioso cada vez mais raro".

 

Ainda na apresentação, Balazeiro comentou: "Enquanto a produção de conteúdo factual, baseado em pesquisa séria e verificação rigorosa, demanda recursos substanciais e compromisso ético inabalável, a fabricação de narrativas falsas e desinformação tem custo ínfimo e alcance viral", disse. O painel também contou com a participação da desembargadora Ananda Tostes, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT 10), que complementou as discussões sobre os desafios enfrentados pela Justiça diante da proliferação de informações falsas.

 

Durante o workshop, o ministro Balazeiro ainda discutiu o uso de Inteligência Artificial no setor jurídico, destacando a importância de um debate construtivo para estabelecer diretrizes claras. Ele alertou sobre as limitações da IA ao afirmar que "nenhum algoritmo pode comprometer plenamente as nuances e particularidades de um país marcado por profundas desigualdades", afirmou.

 

Balazeiro também fez uma crítica aos valores que orientam o desenvolvimento dessas tecnologias, questionando: "Que tipo de aprendizado resultará de algoritmos alimentados por preconceitos e falsidades?" O ministro reforçou a necessidade de uma regulação global coordenada para o uso da IA, destacando que "em um mundo onde algoritmos e desinformação transcendem fronteiras, regulamentações isoladas e fragmentadas são inadequadas. Precisamos de um compromisso internacional com a verdade e transparência."

 

Por fim, Balazeiro defendeu que o desenvolvimento da Inteligência Artificial deve ser orientado por princípios fundamentais, como a dignidade humana, a justiça social e os valores democráticos. "Em uma era onde a mentira se tornou commodity barata e abundante, defender a verdade é mais do que um dever moral - é um imperativo democrático", concluiu.