Na Antena 1 Salvador, Ronaldo Caiado diz que União Brasil “jamais marchará como partido acessório do PT”
Por Victor Hernandes
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, comentou, nesta quinta-feira (23), sobre a aproximação de algumas lideranças do seu partido, o União Brasil com o Governo Federal, em Brasília. A declaração de Caiado foi baseada em após alguns nomes do partido ocuparem cargos na gestão petista e possuírem aproximação com o Partido dos Trabalhadores em alguns regiões do Brasil.
Em entrevista à rádio Antena 1 Salvador, o goiano reforçou que, mesmo com a certa aproximação entre os adversários políticos, a característica da sigla ainda é mantida.
“Então, quando você faz essa pesquisa e você analisa de um todo, entre a base dos 59 deputados federais, dos 7 senadores da República, dos 4 governadores, dos 4 prefeitos de capitais, dos quase 500 prefeitos no Brasil, é visto que essa base ela é 95% defensora da economia de mercado livre mercado, direito de propriedade, representa exatamente o perfil de um centro-direita no Brasil. Então, quando você vai para um debate base, essa posição fica muito clara, ou seja, não tem dúvida”, afirmou.
Em sequência, o gestor estadual considerou normal e disse respeitar integrantes do União Brasil que possuem cargos no governo, devido à quantidade de votos recebida pelo presidente Lula nas últimas eleições presidenciais.
No entanto, Caiado negou que seja uma característica do partido a aproximação com o grupo petista, apesar da relação ser uma realidade em alguns estados e cidades.
“Eu respeito o colega que no estado dele, o atual presidente teve maioria de votos, de que ele tenha um cargo no governo, mas isso não é um reflexo do partido. Está certo? Isso é um reflexo de uma situação mais regionalizada, ou mais estadualizada, assim dizendo. Então, eu tenho certeza que o partido saberá entre os tantos filiados no próximo ano, lógico, quem trabalhar mais, quem souber se apresentar melhor, quando chegar lá em julho de 2026, o partido saberá”, indicou.
O governador reafirmou que mesmo com esse movimento, a sigla “jamais marchará como partido acessório do PT”.
“[...] Jamais União Brasil marchará com partido acessório do PT. Jamais, União Brasil vai como linha acessória do PT no Brasil. Se eu posso me garantir, não sei com quem ele [Lula] vai, pode ser comigo, pode ser com outros, dentro de uma convenção nacional, mas jamais aliados ou acessórios do PT no Brasil”, ratificou.