Os sites porn&ocirc;s hospedados na Fran&ccedil;a ou em pa&iacute;ses fora da Uni&atilde;o Europeia v&atilde;o passar a exigir a idade de seus visitantes no territ&oacute;rio franc&ecirc;s a partir de s&aacute;bado (11), ap&oacute;s uma batalha judicial.&nbsp;

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Na nova regra, os sites devem cobrar o envio de uma foto ou de um documento de identidade, e ainda assim utilizar um m&eacute;todo que respeite o princ&iacute;pio do &quot;duplo anonimato&quot;, que permite a verifica&ccedil;&atilde;o da maioridade sem revelar a identidade.

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Em caso de n&atilde;o cumprimento do anonimato ou da verifica&ccedil;&atilde;o, o site poder&aacute; ser punido e, at&eacute; mesmo bloqueado pelas operadoras de telecomunica&ccedil;&otilde;es. De acordo com a Arcom (ag&ecirc;ncia de monitoramento do setor digital da Fran&ccedil;a), 2,3 milh&otilde;es de menores visitam regularmente sites com conte&uacute;do pornogr&aacute;fico.

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A medida vinha sendo solicitada h&aacute; muito tempo por associa&ccedil;&otilde;es de prote&ccedil;&atilde;o &agrave; crian&ccedil;a. A decis&atilde;o judicial concedeu ainda uma toler&acirc;ncia at&eacute; 11 de abril para sites que j&aacute; oferecem identifica&ccedil;&atilde;o por cart&atilde;o banc&aacute;rio, mas depois disso eles s&atilde;o obrigados a propor uma solu&ccedil;&atilde;o de &quot;anonimato dupla&quot;.

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Por um lado, o usu&aacute;rio comprova sua maioridade fazendo o upload de um documento de identidade para um aplicativo; j&aacute; o site, por sua vez, recebe as informa&ccedil;&otilde;es de idade do visitante sem conhecer sua identidade.

A maquiadora brasileira Marcela Vinhal de Carvalho, de 25 anos, denunciou ter sido v&iacute;tima de assalto e tentativa de estupro durante uma viagem a Paris, na Fran&ccedil;a, em novembro deste ano. Em seu relato, a v&iacute;tima afirma que teve o apartamento invadido por sete homens armados no &uacute;ltimo dia de viagem.&nbsp;

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O caso ocorreu no dia 16 de novembro. Marcela, que &eacute; maquiadora e natural da cidade de Contagem, em Minas Gerais, havia alugado um apartamento na capital francesa por meio do Airbnb junto com duas amigas, sendo que uma delas n&atilde;o estava presente no momento do ocorrido. A brasileira conta que elas ouviram batidas na porta e acharam que era a terceira amiga pedindo para entrar na casa, no entanto, foram surpreendidas por sete homens invadindo o apartamento.

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Ao g1, Marcela detalha: &quot;Isso aconteceu por volta de 20h, e uma das nossas amigas que tinha sa&iacute;do estava para chegar. Eles entraram gritando muito, nos bateram com tapas, murros e cotoveladas. Eles tentaram atirar em mim, pois eu estava em p&acirc;nico e gritando muito. Bateram com a arma na cabe&ccedil;a da minha amiga quando ela tentou me acalmar. Eles ainda tentaram arrancar nossas cal&ccedil;as e blusas&quot;.&nbsp;

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As jovens teriam conseguido fugir ilesas quando a terceira colega retornou ao im&oacute;vel e interfonou diversas vezes, assustando os suspeitos, que sa&iacute;ram do local levando os celulares e bolsas de ambas. Ao total, foram levados quatro celulares, 900 euros &ndash; aproximadamente R$ 6 mil &ndash;, cart&otilde;es de cr&eacute;dito e outros itens.

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Ao sa&iacute;rem da casa, o trio buscou ajuda em uma esta&ccedil;&atilde;o de metr&ocirc; pr&oacute;xima e foram auxiliados por uma outra mulher, que acionou a pol&iacute;cia. As jovens foram levadas para a delegacia por volta de 21h, e l&aacute; ficaram at&eacute; &agrave;s 8h da manh&atilde; do dia seguinte. Marcela relata que o grupo foi interrogado e policiais teriam sugerido que elas seriam prostitutas ao verem medicamentos ginecol&oacute;gicos e preservativos nas malas delas.

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&quot;Foi bizarro. A gente pensou que eles [policiais] eram super preparados. Eles andaram pela casa, coletaram digitais... Mas tinham algumas pe&ccedil;as &iacute;ntimas em algumas das malas e os policiais falaram que era cor de calcinha de prostituta. A gente n&atilde;o conseguia entender o idioma, mas uma das minhas amigas compreendia o que eles falavam. Fomos interrogadas como se f&ocirc;ssemos as suspeitas&quot;, disse.

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Ap&oacute;s cerca de 11h na delegacia, o grupo retornou ao apartamento quando, horas depois, foram convocadas por policiais no local a cumprirem os tr&acirc;mites para um exame de corpo e delito. Na volta, o propriet&aacute;rio do im&oacute;vel as expulsou do apartamento alegando &ldquo;motivos de seguran&ccedil;a&rdquo;&nbsp;

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Marcela afirma que buscou apoio do Consulado-Geral do Brasil em Paris, mas n&atilde;o foi bem atendida. Ela conta que chegou a se ajoelhar e pedir ao seguran&ccedil;a que a deixasse ficar no local j&aacute; que estava sem dinheiro, celular ou local de hospedagem no pa&iacute;s. &quot;Quando isso aconteceu, eles [do Consulado] amea&ccedil;aram chamar a pol&iacute;cia para mim&quot;, conta.

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Depois de tentar aux&iacute;lio brasileiro na Fran&ccedil;a, Marcela decidiu voltar para o Brasil. A equipe do Consulado emprestou um telefone para que ela conseguisse falar com a fam&iacute;lia e outros brasileiros que viram as jovens buscando ajuda tamb&eacute;m as auxiliaram no contato com a fam&iacute;lia. Marcela conseguiu retornar ao Brasil no &uacute;ltimo domingo (1&ordm;), quando retomou suas atividades no est&uacute;dio de maquiagem que administra.&nbsp;

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&quot;Me sinto segura aqui, mas os traumas n&atilde;o passam nunca. Meu est&uacute;dio fica no 2&ordm; andar de uma loja, e sempre penso que algu&eacute;m vai aparecer. Tenho crises de p&acirc;nico. &Eacute; um sentimento de impot&ecirc;ncia, sabe?&quot;, contou.

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Por nota, o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores (Itamaraty) afirmou que acompanhou o caso e prestou assist&ecirc;ncia consular &agrave;s brasileiras, por&eacute;m sem citar a den&uacute;ncia de que as v&iacute;timas n&atilde;o foram devidamente avaliadas. A pol&iacute;cia francesa e o Airbnb n&atilde;o se pronunciaram sobre o ocorrido. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do G1.&nbsp;

Parlamentares da Fran&ccedil;a afirmaram que apresentaram um voto de desconfian&ccedil;a contra o primeiro-ministro Michel Barnier, nesta segunda-feira (2). A mo&ccedil;&atilde;o foi apresentada ap&oacute;s Barnier passar por cima do parlamento para aprovar uma lei or&ccedil;ament&aacute;ria que prev&ecirc; um aumento consider&aacute;vel de impostos.

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O mandato de Barnier, que come&ccedil;ou no dia 5 de setembro deste ano, pode acabar prematuramente ap&oacute;s a apresenta&ccedil;&atilde;o, por parte dos parlamentares da esquerda, de uma mo&ccedil;&atilde;o de desconfian&ccedil;a devido &agrave; aprova&ccedil;&atilde;o do or&ccedil;amento de seu governo para 2025. O plano or&ccedil;ament&aacute;rio inclui um aumento de impostos de 60 bilh&otilde;es de euros (R$ 380 bilh&otilde;es).

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Barnier prop&ocirc;s corte de gastos, visando reduzir o d&eacute;ficit para 5% em 2025 e voltar a se alinhar &agrave;s regras europeias, que estabelecem um limite de d&eacute;ficit em 3%, at&eacute; o fim da d&eacute;cada.

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O premi&ecirc;, escolhido como l&iacute;der de um governo minorit&aacute;rio, apoiado por centristas e conservadores, tentou promulgar o or&ccedil;amento usando uma cl&aacute;usula constitucional que lhe permitia ignorar uma vota&ccedil;&atilde;o na legislatura. A manobra, no entanto, concede aos legisladores a chance de apresentar votos de desconfian&ccedil;a contra ele.

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A esquerda francesa, que repetidamente prometeu derrubar o governo de Barnier, apresentou estes votos. &ldquo;Apresentamos um voto de desconfian&ccedil;a. A queda de Barnier &eacute; uma conclus&atilde;o precipitada. Macron ser&aacute; o pr&oacute;ximo&rdquo;, afirmou a parlamentar Mathilde Panot, da esquerda, opositora ao governo Barnier.

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Caso a medida contra o premi&ecirc; seja aprovada, ela lan&ccedil;aria a Fran&ccedil;a em um caos pol&iacute;tico. A curto prazo, o projeto de lei or&ccedil;ament&aacute;ria seria rejeitado, e Barnier e seus ministros serviriam como interinos at&eacute; que Macron nomeasse um novo primeiro-ministro.

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