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Mãe e filha moram em McDonald's do Leblon há três meses; entenda

Por Redação

Restaurante de fast food onde mãe e filha estão morando no Rio de Janeiro.
Foto: Google Street View

Mãe e filha estão morando em uma unidade do McDonald’s no Leblon há três meses. Investigações mais aprofundadas apontam histórico de calotes e processos por falta de pagamentos de aluguel.

 

Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratori, de 31, mãe e filha que moram há quase três meses em um McDonald’s do Leblon, tiveram a sua rotina acompanhada por reportagem da CBN por quase vinte dias. De acordo com o veículo, as mulheres se recusaram a dar entrevistas, mas investigações fizeram possível descobrir mais sobre as duas.

 

Bruna, a mais nova, se apresenta como brasileira, fluente em inglês e espanhol, e com conhecimentos de francês. Já trabalhou em restaurantes no Rio de Janeiro, como professora de idiomas, atendente de hotel e recepcionista de padaria.

 

Os empregos geralmente duravam poucos meses. O último foi como recepcionista em um restaurante do Leblon, de janeiro a março deste ano. Quanto a Susane, a investigação não conseguiu achar nada em relação ao seu histórico trabalhista, mas confirmou que ela se casou com um homem que mora no Reino Unido.

 

Susane e este homem eram sócios de uma empresa registrada em Porto Alegre como comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos. Após extensa pesquisa na justiça, a reportagem descobriu que as mulheres alugavam apartamento e, depois, deixavam de cumprir o contrato, parando de pagar o aluguel.

 

Em 2017, ainda no Rio Grande do Sul, as duas foram condenadas pelo Tribunal de Justiça por ficarem quatro meses sem pagar aluguel, entre agosto e novembro. A dívida chegou a quase R$ 10 mil. No Rio de Janeiro, os primeiros registros são de 2019, e existem pelo menos três casos de contratos feitos em nome das duas.

 

Em um deles, a justiça condenou ambas e determinou despejo. A dívida era de mais de R$ 13 mil. Em outro, o juiz determinou que se tratava de um caso de hipossuficiência, ou seja, elas não tinham condições financeiras de arcar com as dívidas.

 

Em todos os casos mencionados foram citadas dificuldades em entrar em contato com as duas. Em alguns foram feitos até pedidos a órgãos públicos, como o Tribunal Eleitoral, para que se pudesse obter o endereço e o telefone das duas.

 

Um ambulante da região, que preferiu não ser identificado, mencionou que as duas deram um calote em um hotel de Copacabana em que trabalhava. “Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não têm um local fixo”, contou o vendedor

 

Uma pessoa que trabalhou na gerência do hotel na época confirmou a história e disse que preferiu não denunciar o caso à polícia, para evitar exposição.

 

De acordo com internautas, em comentários de postagens feitas por perfis de notícias locais nas redes sociais, as mulheres viviam desse jeito há algum tempo, tendo se estabelecido, anteriormente, no aeroporto do Galeão e em um parque do Leblon.