Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Arthur Maia diz que se não fosse a atuação da CPMI, atos de 8 de janeiro já estariam esquecidos

Por Edu Mota, de Brasília

Arthur Maia em entrevista coletiva
Foto: Edu Mota

Se não fosse a CPMI do 8 de janeiro, certamente os acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023 já estariam esquecidos. A afirmação foi feita pelo presidente da agora encerrada CPMI dos atos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), em entrevista à imprensa ao final da reunião desta quarta-feira (18). A CPMI foi encerrada com a aprovação do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) por 20 votos a favor e 11 contrários. 

 

"É muito importante que a gente não esqueça do 8 de janeiro, como aquilo que nós não queremos. Tenho certeza que todos os deputados e senadores que participaram dessa comissão, independente das suas posições antagônicas, divergentes, todos querem o melhor para o Brasil, e são radicalmente contra o que aconteceu no dia 8 de janeiro deste ano", disse Maia. 

 

O presidente da CPMI disse na entrevista que a sociedade precisa dar um crédito ao Congresso Nacional, por ter conseguido realizar as investigações e tratar com transparência o debate sobre os acontecimentos do 8 de janeiro em Brasília. 

 

"Nós temos que dar um crédito ao nosso parlamento, por ter trazido pra cá as verdades ditas pela boca dos seus protagonistas. Porque a gente sabe, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, tramitam vários inquéritos que estão tratando desse assunto, mas nunca ninguém teve acesso a esses debates, pelo próprio rito do Judiciário. Aqui não. Aqui nós vimos de uma maneira clara, aberta, democrática, transparente, da viva-voz de todas as pessoas que estiveram envolvidas com aqueles acontecimentos, a sua palavra, a sua versão", afirmou.

 

Outro ponto abordado pelo deputado Arthur Maia na entrevista concedida ao final da última reunião da CPMI foi de que, ao contrário de outras comissões de inquérito que funcionaram neste ano no Congresso, a do 8 de janeiro teve um relatório aprovado, apesar da disputa acirrada entre as bancadas de governo e de oposição. Uma das CPIs que acabou sem votação de relatório foi a das ONGs, marcada por intensa luta entre bancadas rivais.

 

"Obviamente que numa guerra de narrativas como essa, dificilmente uma das teses sairá vencedora absoluta. Aqui nós temos um relatório aprovado. Existem aqueles que votaram contra, que fizeram votos separados. Eu sei que verdades existem em todas as duas peças. Mas é preciso que as pessoas, entretanto, reconheçam que não podemos admitir nunca mais que se fale contra a democracia", destacou. 

 

Ao falar sobre a tese da bancada governista de os manifestantes bolsonaristas se organizaram para dar um golpe de Estado, Arthur Maia afirmou que, na sua visão, o 8 de janeiro não se configurou em uma tentativa de derrubar o governo. O presidente da CPMI também elogiou o Exército, que, segundo ele, não se deixou levar pelo "canto da sereia" e se recusou a embarcar em uma aventura de intervenção militar. 

 

"Estamos encerrando sobretudo os trabalhos com esse sentimento: de valorização da nossa democracia e de reconhecimento do papel do Parlamento para trazer essa verdade", concluiu o presidente da CPMI do 8 de Janeiro.