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Após afirmar que é negra, Fátima Nunes alega falta de conhecimento quando se autodeclarou branca

Por Carine Andrade / Victor Hernandes

Após afirmar que é negra, Fátima Nunes alega falta de conhecimento quando se autodeclarou branca
Foto: Reprodução TV ALBA

A deputada estadual baiana Fátima Nunes (PT) alegou que a falta na clareza da identidade étnica foi o que causou sua autodeclaração como pessoa branca na ficha eleitoral das eleições. A declaração da deputada chega após ela dizer que tem "orgulho de ser preta", durante discurso na sessão plenária da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta terça-feira (3). 

 

"Por isso hoje encerro minhas palavras, dizendo a todos e a todas do meu orgulho de ser preta, de ser pobre, de ser mulher, mas estar aqui no 6º mandato, para lutar para que nossas comunidades tenham o direito de viver e viver com tranquilidade nos lugares onde estão, principalmente na agricultura familiar”, afirmou em discurso. 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, a parlamentar atribuiu que sua autodeclaração se deu por conta da “falta de conhecimento” sobre a identidade da cor da pele durante a época do registro. Fátima disse ainda que, por entender a miscinegação, já que é filha de um homem negro e uma mulher branca, ela se considera “ parda”. 

 

“O negócio é o seguinte, quando a gente se batizou e se registrou ainda não havia toda essa clareza, essa definição da identidade. Com o passar do tempo eu sempre prestei atenção, meu pai é um homem negro, mas negro mesmo, pele bem escura e minha mãe branca talvez  descendente de português ou não sei de alguma origem”.

 

“A gente nasceu com as características mista, miscigenada na verdade e não era normal, nem era cultural naquele período ir ao cartório e colocar parda. Colocava branca ou às vezes colocava negra, ao decorrer do debate da evolução do entendimento da sociologia, da sociedade é que veio esse tempo e então ao verificar essa minha miscigenação eu entendi que eu sou parda”, afirmou. 

 

 

A parlamentar contou ainda à reportagem do BN que se declarou branca nas eleições por estar seguindo seus documentos de identidade. No entanto, a deputada disse também que passou a se considerar negra após “fazer uma análise sociológica e cultural”, pois ela passou a ver que não era branca, já que a mãe era branca e o pai negro. 

 

“Eu fui seguindo o meu registro de nascimento, carteira de identidade, carteira de trabalho. A documentação que eu fui fazendo sempre fui registrando sempre com essa cor branca. Mas ao fazer uma análise sociológica cultural e até do DNA também eu disse que não sou branca, já que meu pai era negro e minha mãe parda branca, eu sou parda, a mistura desses DNAs”, observou.