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Coronel da PM-DF apresenta atestado médico para não depor, mas recua e decide falar na CPMI do 8 de janeiro

Por Edu Mota, de Brasília

Coronel da PM-DF apresenta atestado médico para não depor, mas recua e decide falar na CPMI do 8 de janeiro
Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Depois de uma hora de atraso e dúvidas se haveria reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, decidiu depor, apesar de ter apresentado atestado médico com pedido para não falar na CPMI. O coronel da PM-DF havia ingressado com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o depoimento, mas decisão do ministro Alexandre de Moraes obrigou o comparecimento, apesar de permitir que ele pudesse ficar calado. 

 

O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (PP-BA), solicitou que uma junta médica do Senado fizesse uma avaliação do depoente, entretanto, mesmo antes de sair o laudo, Jorge Naime preferiu dar o seu depoimento à CPMI, segundo disse, porque já estava ali no Senado e gostaria de responder a tudo que fosse perguntado. O coronel da PM-DF está preso desde janeiro e salientou que por isso não estava em perfeitas condições mentais para dar o seu depoimento. 

 

“Quando a gente está na situação de preso, e eu não entendo porque estou preso, mas qualquer alteração na nossa rotina acarreta alterações mentais. O médico me consultou ontem, onde estou detido, viu minha situação, e hoje apresentou o atestado médico para que a minha rotina não fosse alterada para não causar prejuízo à minha saúde mental. Mas como houve o deslocamento para o Senado, e tinha sido alterada a minha rotina, e como eu não tenho nada que não possa declarar perante essa CPMI, espontaneamente decidi falar, mesmo não estando na minha melhor condição”, disse o depoente. 

 

No início dos seus questionamentos, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), retomou a lembrança dos acontecimentos em Brasília no dia 7 de setembro de 2021, quando houve invasão da Esplanada dos Ministérios por caminhões e ameaças não concretizadas de vandalismo nos prédios sedes dos três Poderes. A relatora buscou entender a atuação da Polícia Militar do Distrito Federal naquele dia e no anterior, e como foi o planejamento diante das ameaças de invasão e quebradeira de prédios, principalmente a sede do STF.