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Membro da equipe de Lula, economista projeta oportunidades para área com eleição do petista

Por Gabriel Lopes

Membro da equipe de Lula, economista projeta oportunidades para área com eleição do petista
Economista Guilherme Mello | Foto: Divulgação / Sindsefaz Bahia

Membro da equipe técnica da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e um dos responsáveis pela formulação de itens da área econômica do plano de governo do petista, o economista Guilherme Mello aponta que o cenário de incertezas no âmbito global sob o ponto de visto político e econômico devem ter impactos na economia brasileira para os próximos anos. No entanto, para ele, com a eleição de Lula, um "conjunto de oportunidades" se abre para esse setor.

 

Guilherme Mello afirmou na noite deste domingo (7), durante a realização do Congresso Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Conafisco), em Costa do Sauípe, que a primeira oportunidade apresentada ao país é o "destravamento" imediato do Fundo Amazônico, que possui bilhões de dólares à disposição do Brasil para fazer investimentos na preservação da floresta, além da busca pelo desenvolvimento sustentável da região.

 

"Quando você olha para o mundo, você percebe uma situação um pouco preocupante do ponto de vista político e econômico: uma guerra que permanece assustando os países, inclusive com ameaça de utilização de armas nucleares, que descamba para o conflito geopolítico de raízes profundas e incertas, as economias desenvolvidas desacelerando seu ritmo de crescimento...", iniciou o economista, que também foi convidado para fazer parte da equipe de transição do governo Lula.

 

"Mas, ao mesmo tempo, nós observamos um conjunto de oportunidades para a economia brasileira. Uma delas é muito simples, e que é visível a partir do momento em que o presidente Lula foi confirmado como legítimo vitorioso da eleição de 2022: se destravou imediatamente o Fundo Amazônico, com bilhões de dólares à disposição do Brasil para fazer investimentos na preservação da nossa floresta, e desenvolvimento sustentável daquela região. Assim como uma onda de investidores internacionais passa a abrir suas carteiras para voltar a investir nas empresas brasileiras de olho na perspectiva de o Brasil voltar a ser um ator relevante no mundo e, em particular, no tema de sustentabilidade ambiental, que o Brasil sempre liderou e passou a ser um párea nos últimos anos, e que tenho certeza vai voltar a ser exemplo nos próximos quatro anos. Essa é uma oportunidade que já se reflete inclusive na taxa de câmbio", acrescentou.

 

Ainda durante sua palestra no Conafisco, ele ressaltou as novas oportunidades podem ajudar o Brasil a se reposicionar a nível global, enquanto o resto do mundo enfrenta crises geopolíticas, econômicas e energéticas. Na avaliação de Mello, o desafio do novo governo é justamente esse: "como posicionar o Brasil para o novo ciclo de desenvolvimento com o olhar voltado para a questão da justiça social e da inovação".

 

Como um dos caminhos, o economista citou o papel da reforma tributária no país e chegou a criticar os cortes promovidos pelo atual governo de Jair Bolsonaro em programas fundamentais. "E é aí que a reforma tributária tem um papel decisivo. É evidente que a emergência do fim do Auxílio Brasil, do fim de programas fundamentais como Farmácia Popular, Minha Casa Minha Vida, o tratamento do câncer, as verbas para tratamento do HIV, que foram vergonhosamente cortadas do orçamento enviado pelo governo Bolsonaro para 2023, devem ser recompostas", disse.

 

"Porque quem tem câncer não pode esperar, e quem tem fome também não. Então essa é a emergência atual: recompor o orçamento para os programas sociais que são fundamentais para as pessoas sobreviverem. A emergência é fiscal, é de recomposição do orçamento, para conseguir manter o pais fornecendo serviços fundamentais para população. Mas isso é apenas um ponto de partida. Certamente nós teremos que avançar do ponto de vista das reformas estruturais", acrescentou Mello.

 

A 19ª edição do Congresso Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Conafisco), evento promovido pela Fenafisco, em parceria com o Sindsefaz, começou na noite do último domingo (6), em Costa do Sauípe, no Litoral Norte baiano. O evento reuniu em torno de 800 fiscais dos estados de todo o país e teve como tema “Tributação, Justiça Social e Inovação – Por um País Menos Desigual”.