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Naufrágio da lancha Cavalo Marinho I completa cinco anos

Por Redação

Naufrágio da lancha Cavalo Marinho I completa cinco anos
Foto: Alberto Maraux / SSP-BA

O naufrágio da lancha Cavalo Marinho I na Baía de Todos-os-Santos completa cinco anos nesta quarta-feira (24). O acidente causou a morte de 19 pessoas e deixou outras 54 feridas. A embarcação virou momentos após a saída do terminal de Mar Grande em direção a Salvador.

 

Em 2020, o Tribunal Marítimo da Marinha do Brasil condenou o engenheiro responsável técnico da lancha, Henrique José Caribé Ribeiro, além de Lívio Garcia Galvão Junior, dono da CL Empreendimentos Eirelli, proprietária da embarcação, e a própria empresa (lembre aqui).

 

A Defensoria Pública da Bahia ajuizou 46 ações contra a CL Transportes Marítimos – dona da embarcação Cavalo Marinho I. Desse total, 41 ficou na comarca de Itaparica e as outras cinco em Salvador.

 

Apesar disso a Justiça ainda não indenizou as vítimas do acidente. De acordo com informações do G1, alguns sobreviventes e familiares constituíram advogados particulares e 35 processos seguiram com a Defensoria Pública. Esses processos contemplam 37 pessoas, porque três pessoas de uma mesma família entraram com a ação juntas.

 

A maioria das ações foi conclusa desde 2019, ou seja: os autos finalizados já foram enviados à Justiça. Com isso, falta apenas que o juiz determine a sentença de indenização. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que já apresentou as alegações finais e aguarda a decisão judicial.

 

Uma das sobreviventes, Jucimeire Santana diz que espera uma resposta da Justiça. “Hoje, a minha maior revolta, é a impunidade. Todo ano nós fazemos manifestação sem apoio de ninguém. No ano passado, nós tivemos audiência de conciliação com o juiz e os advogados da Cavalo Marinho. O advogado teve a coragem de dizer que eles pagariam R$ 5 mil e um celular para os sobreviventes, e R$ 7 mil para as famílias de quem morreu. E quem não aceitasse o acordo, não iria receber nada", disse ao G1.

 

“Eu tomo novo remédios controlados. Fiquei com depressão e síndrome do pânico. Eu estou com pânico de lanchas, eu não aguento ver o mar. Os nossos processos estão todos parados. O que a gente quer é justiça. Cinco anos e não se resolve nada. Por quê? As famílias estão passando dificuldade, estão doentes – como eu. Perdi minha faculdade, perdi minha liberdade", acrescentou.

 

O G1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.