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Entidades carnavalescas reiteram importância da realização da festa em 2022

Por Antônia Fernanda / Bruno Leite

Entidades carnavalescas reiteram importância da realização da festa em 2022
Foto: Max Haack/Ag Haack

Representantes de setores que compõem o Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) reiteraram a posição deliberada pelo órgão consultivo nesta quinta-feira (11), que foi à favor da festa em 2022. Ouvidos pelo Bahia Notícias, presidentes do Sindicato dos Cordeiros e da associação de entidades de matriz africana ressaltaram a importância da decisão para as categorias. 

 

Presente na reunião, o representante dos Afoxés e presidente da Acema (Associação do Coletivo de Entidades de Matriz Africana) Nelson Nunes lembrou que o COMCAR é o órgão que tem autoridade para decidir sobre a realização da festa. “Que terá já está decidido. Agora, o molde disso será feito conforme o órgão executor que neste caso é a Saltur. Eles que dirão qual será o molde, mas o conselho já decidiu que vai ter carnaval”, disse. 

 

O presidente reforçou ainda a importância da festa para os blocos afros, indígenas, e de samba. “É a cultura preta dessa cidade. Agora precisamos que comecem a ter os editais abertos. Os editais Furdunço, Fuzuê e Ouro negro. Trata-se da nossa referência de povo preto que precisa ser vista, que precisa ir pra rua manifestar sua corrida, está sendo tolhida. Já tivemos 2021 sem Carnaval e o recurso que estava destinado para o carnaval de 2021,  não se sabe para onde foi”, disse. ,

 

Já Matias Santos, do Sindicato dos Cordeiros, disse que a classe defende a folia de momo em 2022. "É uma decisão muito importante porque tange a questão da economia, da empregabilidade. São mais de 15 mil cordeiros aqui em Salvador, e a gente tem, em volta da corda, ambulantes, roading, músicos", alegou. 

 

"Todo o segmento irá ser prejudicado [caso não seja realizado o carnaval], então o Sindicordas defende sim que tenha carnaval, que estejamos vacinados, e que [seja] em fevereiro, com 100% da população vacinada", defendeu Matias.

 

Já Sidney Rocha, representante dos blocos afros de Salvador junto ao Comcar, falou dos impactos do cancelamento do carnaval. "Os impactos são imensuráveis, principalmente na questão cultural. Toda uma cadeia produtiva no conhecimento imaterial, de ancestralidade deixa de existir porque esse setor movimenta quase todos os setores da cidade, principalmente os blocos afros, os blocos localizados nos bairros populares são impactados".

 

Sobre a preparativos para a festa, mesmo sem um posicionamento do governador, ele diz: "Não posso assegurar que já há uma movimentação por conta do período de paralisação na pandemia, mas existe uma movimentação na escolha  dos temas (do carnaval) em toda a preparação de antecede a festa. Agora que já foi deliberado, cabe ao governador e principalmente o prefeito, através da Saltur, que organiza a festa. O papel da Conselho já foi feito.