Em discurso na Pré-COP 26, Wagner prega união e igualdade entre países

O senador e presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), Jaques Wagner (PT), participou, neste sábado (9), de evento da Pré-COP 26. Durante o encontro, que reuniu parlamentares de diversos países na Câmara dos Deputados da Itália, em Roma, Wagner destacou os compromissos com o meio ambiente e as iniciativas para que essas ações saiam do papel.

Segundo Wagner, o avanço humano sobre o planeta irá provocar outras pandemias, em mais ou menos tempo, assim como foi em relação ao Coronavírus. Por isso, para Wagner, é importante que as políticas ambientais sejam colocadas em prática, e que as desigualdades econômicas entre os países não sejam um empecilho. "O abismo entre países de economia desenvolvida e os em desenvolvimento, não pode ser uma barreira para atingirmos as metas do Acordo de Paris. É imperativo que esse abismo não signifique mais desastres e mortes em decorrência do clima nos países do sul global. Precisamos ser ambiciosos na ação do clima e, acima de tudo, precisamos ser iguais nesse combate", afirmou.

O parlamentar destacou as ações que tem colocado em prática como presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal. Wagner lembrou ainda da instalação do Fórum de Geração Ecológica, que abriu espaço para a sociedade civil participar e auxiliar no desenvolvimento de um plano verde no Brasil; e do Observatório do Clima, que ele lançará durante a COP 26.

"Nesse espaço de diálogo, vamos compartilhar as melhores práticas e construiremos juntos ações perenes, dando uma maior atuação aos parlamentos nesta agenda", explicou. 

Ainda em sua fala, o senador também destacou a situação do Brasil em relação à pandemia do novo Coronavírus. Ele criticou a maneira como o governo brasileiro tratou a situação e lamentou o número de 600 mil mortes. "Como oposição ao governo federal, posso dizer que o momento vivido, desde o começo de 2020, foi muito duro para o povo brasileiro. Hoje, olhamos tristemente para a constatação de que 600 mil de nossos compatriotas perderam a vida nessa batalha, muito em razão do negacionismo e de medidas sanitárias equivocadas do governo federal", disse.