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Deputados baianos justificam escolha pelo 'voto impresso' em debate na Câmara

Por Ailma Teixeira / Lula Bonfim

Deputados baianos justificam escolha pelo 'voto impresso' em debate na Câmara
Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

Apenas nove dos 39 deputados federais eleitos pela Bahia votaram a favor do “voto impresso”, pauta bolsonarista derrotada na Câmara nesta terça-feira (10). Entre eles, os parlamentares Alex Santana (PDT), Cacá Leão (PP), Igor Kannário (DEM) e Leur Lomanto Jr. (DEM), que se manifestaram nesta quarta-feira (11) sobre seus posicionamentos frente ao tema.

 

O Bahia Notícias procurou todos os nove deputados. Único pedetista baiano a se colocar favoravelmente ao voto impresso, Alex Santana afirmou nunca ter duvidado da lisura do processo eleitoral, mas defendeu que excesso de zelo não faria mal às eleições.

 

“Eu acho que a maior segurança para todos nós é interessante. Então, assim, se você está criando o melhor mecanismo, um sistema que vai possibilitar segurança, que você vai poder auditar o processo eleitoral, por que não querer esse processo? O que está por trás de não querer? É por que o presidente da República encampou essa ideia? Por que a oposição não quer essa ideia? Acho que isso reduz muito”, criticou Alex Santana.

 

O deputado Cacá Leão se posicionou de forma semelhante, afirmando acreditar na segurança das urnas eletrônicas, mas sem ver mal algum em também utilizar o voto impresso no processo eleitoral brasileiro. “Eu confio no sistema eleitoral vigente, mas acho que qualquer evolução e transparência são bem-vindas”, disse ao BN.

 

O parlamentar Leur Lomanto Jr. foi no mesmo sentido, dizendo não ter nenhuma desconfiança pessoal acerca das urnas eletrônicas, mas defendendo um “aperfeiçoamento” do modelo eleitoral no Brasil.

 

“O meu voto em favor da PEC 135/2019 foi por acreditar que o sistema eleitoral brasileiro precisa ser aperfeiçoado. Não há desconfiança pessoal, em relação ao atual processo, mas a visão de que ele pode ser aprimorado, pois toda eleição há alguns casos de eleitores que reclamam que não viram a foto do candidato ou que houve algum problema que gerou questionamentos”, afirmou Lomanto Jr. ao Bahia Notícias.

 

“O voto impresso auditável seria uma forma de dirimir essas dúvidas, um instrumento a mais para dar mais transparência e confiabilidade. Lamentavelmente, houve uma má interpretação sobre a PEC”, finalizou o parlamentar.

 

Diferente do que as justificativas dos deputados podem dar a entender, todas as urnas eletrônicas já são auditáveis desde 2014. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é possível auditar o processo de votação antes, durante e depois das eleições.

 

Segundo o tribunal, toda urna eletrônica possui três mídias: a interna, que armazena os votos; a externa, que funciona como um backup dos votos e a de resultado, que registra o final da votação.

 

OUTROS DEPUTADOS

Os deputados Cláudio Cajado (PP), Márcio Marinho (Republicanos), Tia Eron (Republicanos) e Uldurico Jr. (Pros) também foram procurados pela reportagem, mas não responderam a tempo da publicação. O parlamentar Tito (Avante) não foi encontrado.

 

Igor Kannário, por outro lado, utilizou as redes sociais para se manifestar. Em publicação no Instagram, o cantor afirmou que quem o estava criticando pelo posicionamento a favor do voto impresso “não entende porra nenhuma”.

 

“Votei sim porque eu quero mais transparência, eu quero verdade. O povo está cansado de ser enganado, o povo está cansado de mentira, o povo está cansado de falcatrua. Então, se é para ter mais transparência, se é para as coisas ficarem mais claras, se é para o povo parar de ser enganado, eu votei sim mesmo. Sim, pela transparência e pela verdade”, disparou Kannário.

 

Entretanto, o “Príncipe do Gueto”, como é chamado por seus fãs, quis deixar claro que não apóia o governo de Jair Bolsonaro (sem partido): “Não sou genocida, não sou a favor de governo genocida”, falou Kannário, se referindo à ausência de política bolsonarista no enfrentamento à pandemia.