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AL-BA: Deputados evitam antecipar voto após depoimento de Alden no Conselho de Ética

Por Mari Leal

AL-BA: Deputados evitam antecipar voto após depoimento de Alden no Conselho de Ética
Foto: Bahia Notícias

Prestou depoimento na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta terça-feira (7), o deputado estadual Capitão Alden (PSL), acusado de quebra de decoro parlamentar após insinuar que colegas da bancada de oposição recebiam propina da prefeitura de Salvador. 

 

Ao se defender, o bolsonarista chegou a alegar que o colegiado estaria sendo usado como mecanismo de “revanchismo político”, mas chegou a pedir desculpas aos colegas, afirmando que não estava “em um bom momento” quando proferiu as acusações, em abril deste ano. Finalizado o depoimento, membros do colegiado evitaram antecipar o posicionamento quanto ao desfecho do assunto no Conselho.  

 

Já está aberto o prazo para que o relator, deputado Luciano Simões Filho (DEM), apresente o parecer. Caso seja aprovado pelos membros do Conselho, o parecer segue para votação em plenário, onde poderá ser acatada alguma penalidade contra Alden. As punições, de acordo com o Regimento Interno, vão de advertência verbal a perda definitiva do mandato. 

 

“Ele fez a defesa dele, agora cabe ao Conselho julgar para determinar o andamento do processo. Eu não posso emitir opinião, até porque isso pode ser alegado que estou sendo parcial. Mas que assistiu viu que o Conselho não está ali para fazer nenhum tipo de teatro”, enfatizou o deputado Sandro Régis, vice-presidente do colegiado e líder da bancada de oposição na Casa.

 

No vídeo em que motivou a denúncia junto ao Conselho de Ética da Casa, Alden acusava especialmente os deputados da bancada de oposição de receber mensalmente R$ 1,6 milhão da prefeitura da capital baiana. No depoimento desta terça, o parlamentar voltou atrás e argumentou que o valor era devido a emendas parlamentares. 

 

Durante a reunião, a deputada Fabíola Mansur (PSB) fez questão de rebater o argumento de Alden sobre uma atuação pautada no “revanchismo político” por parte do Conselho de Ética. 

 

“Eu fiz questão de desconstruir essa ideia porque não é condição do Conselho de Ética fazer julgamento político. É apenas de zelar pela imagem de uma Casa, pois quem tem compromisso com o povo baiano e faz um trabalho sério, logicamente se sente ofendido, independente de ser bancada de oposição ou governo com as declarações”, explicou a parlamentar que é membro titular do colegiado.

 

Para Fabíola, no entanto, “a gravidade da retratação deve ser a altura da gravidade da ofensa”. “No meu entendimento, hoje ele se retratou de uma forma mais clara e mais objetiva. Mas o parecer do relator será encaminhado para votarmos. Qualquer punição disciplinar é votada em plenário”, ponderou. 

 

O Conselho de Ética da Casa é presidido pelo deputado Marquinho Viana (PSB) e conta ainda com os deputados Euclides Fernandes (PDT), Jurandy Oliveira (Republicanos), Bobô (PCdoB) e Zé Raiumundo (PT) entre os titulares. A próxima sessão ocorre na quarta (14). Há expectativa interna de que o prazo garanta entrega e avaliação do parecer.